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Inclusão nas aulas de educação física

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Inclusão nas aulas de educação física
Prof. José Ricardo
Descrição
A inclusão na escola e nas aulas de educação física, considerando os
transtornos de aprendizagem e neurobiológicos e as deficiências.
Propósito
As aulas de educação física fazem parte dos processos pedagógicos da
escola e, por isso, têm um papel fundamental na inclusão. Então, os
professores devem conhecer as demandas do cenário educacional e
oferecer um espaço para que todos queiram participar, garantindo a
integridade física e emocional.
Objetivos
Módulo 1
A educação física escolar para a inclusão e o
desenvolvimento
07/05/2024, 17:32 Inclusão nas aulas de educação física
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Reconhecer as deficiências e os transtornos presentes na escola e as
possibilidades de inclusão nas aulas de educação física.
Módulo 2
Elaboração de aulas inclusivas de EF escolar
Identificar atividades e pontos de atenção em uma aula de educação
física inclusiva na escola.
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Introdução
A educação física escolar é um componente curricular que, a
partir do movimento, agrega à aprendizagem fatores essenciais
ao desenvolvimento humano, como colaboração, cooperação e
afetividade. Esses fatores ganham notoriedade ainda maior
quando nos referimos à inclusão, ou seja, sobre a participação de
qualquer aprendente, respeitando sua subjetividade.
Respeitar a subjetividade significa valorizar as diferentes formas
de aprendizagem, compreendendo que o ser humano, além de
aprender de maneiras diversificadas, possui um ritmo individual
de aprendizagem. Alguns desses estudantes possuem
transtornos, dificuldades de aprendizagem ou deficiências e
outros não. O grande desafio para o professor é lidar com
sujeitos diferentes e grupos cada vez mais heterogêneos.
Neste conteúdo, você encontrará importantes reflexões sobre
inclusão, considerada como um direito de todo aluno que deseja
aprender e se desenvolver como cidadão, tendo ou não algum
tipo de transtorno de aprendizagem ou deficiência, e de que
forma esse processo de interação deve ocorrer no âmbito das
aulas de educação física.

07/05/2024, 17:32 Inclusão nas aulas de educação física
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1 - A educação física escolar para a inclusão e
desenvolvimento
Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer as de�ciências e os transtornos
presentes na escola e as possibilidades de inclusão nas aulas de educação física.
Educação física escolar e inclusão
Inclusão na escola
A inclusão escolar é preconizada como a garantia de que todas as
pessoas tenham direito à educação, independentemente de suas
dificuldades e habilidades.
Na comunidade escolar, encontramos crianças com diferentes tipos de
deficiências, como sensorial, motora, intelectual e física, transtornos
neurobiológicos – como o autismo e o transtorno do déficit de atenção
e hiperatividade (TDAH) – e transtornos de aprendizagem – como a
dislexia e a discalculia.
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Também existem estudantes que não apresentam nenhum tipo de
deficiência ou transtorno, mas que enfrentam grandes dificuldades para
desenvolver suas habilidades acadêmicas.
Na escola, a inclusão é relacionada também com crianças, jovens e
adultos remanescentes de grupos tradicionais da nossa sociedade,
como os quilombolas, os indígenas e pessoas vindas de outras regiões
do nosso e de outros países. Essa importante heterogeneidade é o que
torna a escola um dos espaços mais democráticos da nossa sociedade.
Compreender como garantir que cada uma dessas pessoas se sinta à
vontade e em condições de aprender é uma tarefa complexa para as
escolas, que precisam estar organizadas e estruturadas para exercer
esse papel.
Comentário
Mas como ocorre a inclusão na escola? Recebendo a matrícula de
estudantes com algum tipo de deficiência? Contratando profissionais
especializados para o atendimento das demandas necessárias?
Adaptando o currículo (conteúdos, recursos e avaliações)?
Estabelecendo um processo de conscientização de todos os sujeitos
pertencentes ao contexto escolar?
Sim! Cada um desses procedimentos será fundamental para que a
inclusão ocorra de forma adequada. Porém, há um ponto chave sem o
qual qualquer ação tende a não ser efetiva: a mudança do olhar para a
existência e diversidade humana.
Olhar para a escola com o intuito de incluir é repensar como vemos o
próprio ser humano. Cada um de nós é completamente diferente do
outro, seja pela cor da pele, pela etnia, por sua história de vida ou de
seus antepassados. Nada disso nos torna menor ou maior que ninguém,
trata-se apenas de uma constatação. Somos diferentes!
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Existem alunos pretos e brancos. Alguns são mais altos, outros mais
baixos. Temos alunos com formações familiares particulares, com seus
pais, mães, irmãos ou na ausência de uma dessas figuras. E o que isso
quer dizer? Que as pessoas são diferentes e não necessariamente por
causa de deficiências ou transtornos. Essa é a mudança do olhar.
Quando cada um de nós compreender que é na diferença que está a
formação da sociedade, poderemos, então, acreditar de fato em uma
inclusão na escola.
Educação física e o olhar para essa inclusão
Como parte importante da organização escolar, a educação física
proporcionará um ambiente acolhedor, que estimule a interação e o
respeito às particularidades de cada aluno.
Mas como esse processo de interação e inclusão pode acontecer em
uma aula da qual também fazem parte aspectos como a competição e a
progressão individual? De que forma a educação física contribuirá para
que cada criança, jovem ou adulto possa sentir-se incluso na aula? É
possível que estudantes com deficiências ou transtornos participem de
uma mesma aula que outros que não as têm e fazendo as mesmas
atividades? Vejamos a seguir.
Curiosidade
No passado, a educação física, como componente curricular, participou
de um movimento de exclusão, pois, como relatam Rechinelli et al.
(2008), no período em que se preconizava uma abordagem militarista e
higienista, muitos indivíduos que apresentavam incapacidades físicas e
que não atendiam a padrões esperados à época, não poderiam
participar das aulas.
Atualmente, a inclusão é um processo cada vez mais presente na
escola, de forma que a educação física deve acompanhar esse
processo.
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Essa contribuição se torna perceptível a partir da década de 1980.
Darido (2008) traz à luz da comunidade acadêmica as abordagens
pedagógicas e que, segundo a autora, romperam com um formato mais
tradicionalista da educação física. Podemos citar como propostas
inclusivas as abordagens:
Dentre as abordagens, a sistêmica trouxe a reflexão inicial e a
importância da diversidade nas aulas de educação física, destacando a
participação de todos.
Nessa linha de valorização da participação de todos e
respeitando o espaço para a diversidade, a educação
física apresenta-se como um grande aliado da escola
no processo de inclusão.
Um fator que contribui para uma educação física inclusiva é a
flexibilidade de seus conteúdos. Dessa forma, o professor tem maior
liberdade de estruturar sua proposta pedagógica, considerando que, por
mais que já exista um projeto pedagógico na escola, a EF pode se
reestruturar de acordo com novas demandas.
As demais disciplinas escolares também podem ser flexíveis. Porém,
historicamente, a disciplina que lida como corpo em movimento sofre
menor pressão quanto à utilização de materiais didáticos com estrutura
padronizada e ao atingimento de notas ao final dos períodos letivos, o
que contribui para que o professor possa valorizar ainda mais a
individualidade de seus estudantes.
 Sistêmica
 Construtivista
 Crítico-superadora
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Nesse sentido, a inclusão pode ter seu início já no planejamento,
contando com a participação dos estudantes, pois a possibilidade de
opinarem e contribuírem para a construção de suas aulas contribui para
a sensação de pertencimento ao grupo.
Educação inclusiva e a educação
física
Neste vídeo, apresentaremos como se dá o processo de inclusão na
escola e nas aulas de educação física.
Educação física escolar e os
transtornos do neurodesenvolvimento
Transtornos do neurodesenvolvimento representam um conjunto de
condições que envolvem, ainda na fase gestacional, o desenvolvimento
cerebral do ser humano, e que perduram por toda a vida. Esses
transtornos causam dificuldades nos processos de comunicação e de
interação social.

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O surgimento desses transtornos tem ligação com a hereditariedade, ou
seja, fatores genéticos que favorecem a sua manifestação. O início dos
sintomas ocorre nos primeiros anos de vida, mas de acordo com o grau,
sintomas e o desconhecimento dos pais, pode levar mais tempo para
que sejam detectados.
Transtornos do neurodesenvolvimento mais frequentes na
escola
Na escola, os transtornos de neurodesenvolvimento mais frequentes
são:
Autismo
Conhecido pela sigla TEA (transtorno do espectro autista).
Transtorno do dé�cit de atenção e
hiperatividade
Conhecido pela sigla TDAH, e apresenta maior prevalência de casos em
meninos.
A seguir, abordaremos esses dois transtornos, tanto do ponto de vista
conceitual quanto da contribuição da educação física como estimulação
necessária para aqueles que apresentam esses transtornos.
A inclusão de alunos com TDAH e a educação física
O transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) reúne
sintomas que podem ser observados a seguir:
O TDAH tem uma taxa de prevalência de 5% das crianças em idade
escolar (ROMERO, 2019), o que representa uma parcela significativa.
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Em uma escola, um orientador educacional e coordenador de inclusão
acompanhou, em um mesmo ano, cerca de 80 crianças com esse
transtorno com idades entre 5 e 10 anos, num total de 450 alunos
matriculados. Esse número representava quase 20% da comunidade
escolar. Já entre os adolescentes, na faixa dos 11 aos 17 anos,
considerando um universo de 320 alunos no total, foram registrados 42
alunos diagnosticados com TDAH, algo em torno de 13%.
Saiba mais
Segundo a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), o TDAH
acomete 5% a 8% da população mundial (MARTINS, 2022).
Considerando esses números, é possível perceber a importância da
inclusão na escola. Entre os adultos, essa taxa é um pouco menor, por
volta dos 2,5%. (ROMERO, 2019)
A menor incidência nos adultos pode ser explicada pelo maior
conhecimento sobre TDAH, o que ocasiona mais diagnósticos nas
crianças e adolescentes em idade escolar. E os adultos de hoje, que não
foram diagnosticados precocemente e não foram tratados, não
desenvolveram estratégias para lidar com as dificuldades apresentadas
pelo transtorno.
A educação física pode contribuir para a interação dos alunos com
TDAH, pois se trata de uma atividade física, o que é fundamental para
aqueles que possuem esse transtorno. Contudo, é importante trazer,
inicialmente, alguns desafios para esses alunos nos quais a intervenção
do professor pode ajudar:
 São muito agitados (os hiperativos) e, por isso, não
permanecem por muito tempo em uma mesma
atividade e acabam se dispersando com facilidade.
 O ambiente externo e o barulho os distraem com
frequência e sua atenção se desprende da aula a
qualquer momento.
 Ao ter seu comportamento julgado por outros
estudantes, os alunos com TDAH recebem diversos
lid d lh t i t
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Observando esses e outros desafios, o professor de educação física tem
a oportunidade de construir um ambiente que favoreça a inclusão de
todos.
Exemplo
Em um jogo, quando ocorre uma organização das regras, todos devem
ter espaço para trazer suas contribuições e, assim, colaborar para uma
prática corporal que seja justa para todos. O grupo percebe que cada
contribuição é importante, o que significa que o educando com TDAH é
capaz de colaborar com o sucesso do jogo como os demais e ele
mesmo acaba percebendo isso.
É importante ressaltar que a criança e o adolescente com TDAH deve
aprender a lidar com suas dificuldades na perspectiva de uma interação
mais afetiva, não só pelo grupo, mas por ele também.
A inclusão de alunos com TEA e a educação física
O transtorno do espectro autista (TEA) é ocasionado por alterações no
sistema nervoso central que afetam o neurodesenvolvimento. Essa
condição está presente nos indivíduos desde a infância, se apresenta
em torno dos 3 anos de idade e pode ser diagnosticada baseando-se em
análise clínica-comportamental.
O TEA é uma condição que perdura por toda a vida, não possui cura e
sua causa não é totalmente conhecida. Porém, fatores genéticos,
distúrbios cerebrais, exposição a toxinas e distúrbios do sistema
imunológico são alguns dos fatores que vêm sendo investigados.
Suas principais características são:
apelidos que podem lhes causar constrangimento e
recusa à aula.
Dé�cit na comunicação
Di�culdade de interação
social
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Além disso, o indivíduo pode desenvolver um déficit motor, que pode
evoluir ao longo do tempo.
Para uma melhor visualização das características das pessoas com
TEA, apresentamos a seguir a classificação em níveis e graus, o que
corresponde ao comprometimento dos autistas na linguagem,
necessidade de suporte, comportamentos repetitivos e interação social:
Necessidade de pouco suporte.
Interesse diminuído por atividades e por interações sociais.
Dificuldade de organização, planejamento e na comunicação.
Maior interesse por objetos do que por pessoas.
Comportamentos repetitivos.
Necessidade de suporte.
Maior dificuldade na comunicação verbal e não verbal.
Comportamentos repetitivos e restritos mais frequentes
tornando-se mais inflexíveis quanto à mudança de ação.
Grau um pouco mais grave de dificuldade nas relações sociais.
Necessidade de muito suporte, pois apresentam déficits graves
de comunicação.
Padrões estereotipados de
comportamentos e
interesses
Nível 1 (grau leve) 
Nível 2 (grau moderado) 
Nível 3 (grau severo) 
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Os movimentos repetitivos são intensos e prejudicam a
capacidade cognitiva.
Há prejuízos severos acerca da comunicação verbal e não verbal.
Alto grau de inflexibilidade quanto à mudança de rotina e de foco,
o que pode causar um alto grau de estresse na criança e extrema
dificuldade de interação.
A educação física tem um papel importantíssimo no desenvolvimento
físico, social e emocional de crianças e adultos e ainda mais
considerável quando tratamos de crianças com TEA. É um importante
meio de se tratar questões de inclusão e de habilidades sociais, por se
tratar de um momento em que se trabalhacom crianças em movimento,
o que aumenta a possibilidade de interação entre elas.
Nas aulas de educação física, trabalha-se também atividades de
equilíbrio, flexibilidade, coordenação, planejamento motor, lateralidade e
esquema corporal. Estas são capacidades que impactam diretamente
na autonomia da criança quando falamos em atividades diárias básicas
como caminhar, saltar, correr, vestir-se, entre outras. Por se tratar de
uma aula dinâmica, abre espaço para ocorrência de conflitos, o que leva
à possibilidade de mediação desses conflitos de maneira dialógica,
desenvolvendo assim o relacionamento da pessoa com autismo com
outras pessoas.
Transtornos do
neurodesenvolvimento
Neste vídeo, apresentaremos as principais características que definem o
TDAH e TEA. Trataremos ainda sobre de que forma a educação física
pode ajudar as pessoas com esses transtornos de
neurodesenvolvimento.

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Aluno com de�ciência e a educação
física escolar
Consideramos como uma deficiência todo e qualquer desenvolvimento
fora do esperado ou qualquer perda de ordem psicológica, anatômica ou
fisiológica. Uma pessoa com deficiência pode ser considerada aquela
que possui prejuízos em pelo menos uma das seguintes áreas: visual,
auditiva, motora e intelectual.
Características das de�ciências e a inclusão
Vejamos, a seguir, quais são as principais características de cada um
dos principais tipos de deficiência:
 Visual
É a diminuição da capacidade de enxergar e na qual
não é possível qualquer tipo de correção, seja por
instrumentos corretivos como as lentes, tratamento
clínico ou por procedimento cirúrgico.
 Auditiva
É a redução da capacidade auditiva para
discriminar sons ou diálogos, por exemplo, e que
pode ocorrer em apenas um dos ouvidos ou em
ambos os lados, podendo ser suave, moderada,
severa ou profunda.
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 Motora
É o comprometimento das funções de locomoção
e/ou anatomia do aparelho locomotor, causando
restrições na mobilidade, na coordenação ou na
capacidade de falar.
 Intelectual
É quando uma pessoa demonstra atraso no
desenvolvimento e, por isso, sua aprendizagem fica
prejudicada, além de comprometimento na
autonomia para realizar tarefas do dia a dia e na
interação com o meio. No passado, era conhecida
como retardo mental e, mais recentemente, era
chamada de deficiência mental.
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Na escola, é fundamental pensar em uma educação de qualidade para
os alunos com deficiência, considerando o ambiente, recursos materiais,
conteúdos, avaliação e as atividades. Porém, não é apenas isso. Deve-se
promover a igualdade entre todos, o que gera para a comunidade
escolar um grande desafio, pois ainda há muito o que aprender.
Re�exão
Podemos começar com questionamentos como, por exemplo: o que
fazer para que todos os estudantes se sintam seguros e confortáveis?
Sala de aula, quadra, banheiros, material didático estão ao alcance de
todos? Se a escola conseguir responder na prática, minimamente, a
essas e outras questões, será capaz de realizar a inclusão, pois acolherá
seus alunos de acordo com a necessidade de cada um.
Outro fator importante para que uma escola esteja preparada para
incluir é contar com profissionais que tenham conhecimento sobre os
procedimentos de inclusão. Por exemplo, o que se deve fazer em uma
turma que possui alunos com algum tipo de deficiência, outros não e
com estudantes com algum tipo de transtorno? E, na aula de educação
física, como promover a inclusão na realidade de uma turma com essas
características?
Educação física e a inclusão de alunos com de�ciência
Podemos citar alguns fatores que dificultam a inclusão nas aulas de
educação física, como:
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É urgente que as práticas pedagógicas sejam cada vez mais
instrumentalizadas de possibilidades inclusivas. Nas aulas de educação
física, a participação de alunos com e sem deficiência representa a
realidade do mundo, ou seja, as pessoas estão em constante
 Estudantes com deficiência apresentam, por vezes,
um sentimento de inferioridade em relação aos
demais alunos, dessa forma, é necessário aumentar
a autoestima deles por meio de conversas e
reforços positivos.
 Devido às medicações que causam diversos tipos
de reação, como o sono, e as inúmeras idas às
consultas médicas e terapias, é possível verificar
uma grande ausência das aulas. Nesse caso, é
necessário conscientizar os pais sobre a
necessidade de assiduidade às aulas.
 A compreensão e execução das tarefas com
dificuldade.
 As adaptações necessárias (material, conteúdo)
nem sempre podem ser realizadas.
 Alguns dos demais alunos da turma que ainda não
criaram consciência das limitações de seus
colegas.
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compartilhamento dos espaços sociais, tendo ou não alguma
deficiência.
Com base nas brincadeiras e no lúdico, esse compartilhamento dos
espaços e a liberdade do corpo em se movimentar conduz o grupo de
alunos a um processo de aceitação das diferenças, que ocorre de forma
prazerosa.
Nesse contexto, cada pessoa do grupo poderá contribuir para a inclusão
buscando novas formas de jogar. Com a interação, o professor instrui
cada estudante sobre as diversas formas de se comportar e agir perante
as próprias dificuldades e dos demais participantes. É justamente nessa
perspectiva que a pessoa com deficiência terá seu espaço respeitado,
mas também desenvolvendo autonomia para que ela própria faça
garantir o seu direito.
Ressalta-se aqui a necessidade da criação de vínculos verdadeiros entre
os alunos. Se uma turma possui indivíduos capazes de estabelecer uma
relação de afetividade e de ajuda mútua, provavelmente o ambiente,
além de acolhedor, será de crescimento e de aprendizagem. Preocupar-
se com o outro demanda o desenvolvimento de empatia e, para que os
vínculos se estabeleçam, essa habilidade emocional – a empatia – deve
ter lugar garantido.
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Inclusão do aluno com de�ciência
Neste vídeo, apresentaremos os tipos de deficiências e meios para
adaptação das aulas, tornando-as inclusivas.
Os transtornos da aprendizagem e a
educação física escolar
Transtornos de aprendizagem são condições neurológicas que
impactam significativamente as possibilidades dos aprendentes a se
desenvolverem nas habilidades básicas acadêmicas, como a leitura,
escrita e execução de cálculos.
Na escola, esses transtornos começam a surgir no
processo de alfabetização e podem dificultar a vida
acadêmica das crianças. Quando não diagnosticados
no tempo certo e de forma adequada, podem provocar
uma percepção equivocada das dificuldades e do
comportamento da criança.
Existe ainda outra categoria que remete aos prejuízos no processo de
aprendizagem e que não são transtornos: as dificuldades de
aprendizagem. Mas você sabe qual é a diferença? Vejamos a seguir:
Transtornos de
aprendizagem
São relacionados com
os aspectos
Di�culdades de
aprendizagem
São problemas que
podem ser resolvidos e,

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neurológicos e,
portanto, ocorrem
desde o nascimento e
em algum momento
irão se manifestar em
maior ou menor grau decomprometimento de
forma permanente.
portanto, passageiros.
Incluem problemas de
relacionamento,
privação de um ensino
de qualidade, uma
rotina desequilibrada,
falta de orientação para
realização de tarefas,
entre outros fatores.
A seguir, vamos conhecer um pouco mais sobre os transtornos da
aprendizagem.
A dislexia e suas características
A dislexia é o transtorno de aprendizagem específico da leitura. O
cérebro da criança com dislexia tem dificuldades em relacionar os sons
às letras. Além disso, há a ocorrência de troca de letras, dificuldade na
fluência correta da leitura e prejuízo na capacidade de decodificar e
soletrar.
Quando a criança está em idade escolar, iniciando sua alfabetização, é
mais fácil perceber a existência da dislexia. Porém, em alguns casos
mais leves, os sintomas podem levar a um diagnóstico apenas na
adolescência ou até mesmo na fase adulta. Além dessas
características, é comum que disléxicos apresentem baixa coordenação
motora e dificuldades espaciais, como o reconhecimento dos lados
direito e esquerdo e em atividades de maior complexidade na integração
sensorial.
Comentário
É comum observar estudantes com dislexia não diagnosticada
acumulando frustrações por seu baixo rendimento e prováveis
reprovações.

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A seguir, apresentamos alguns sinais e sintomas da dislexia:
Não é difícil imaginar que crianças com esses sintomas enfrentem
muitas dificuldades na escola. Por isso, a família se faz indispensável,
pois quando ela (família), a escola e professores reconhecem as
dificuldades da criança, o processo de diagnóstico se torna mais rápido.
Discalculia e suas características
O transtorno de aprendizagem específico para as questões de cálculo é
a discalculia e, assim como é o caso da dislexia, envolve uma desordem
no cérebro.
O professor deve estar atento à criança que, em fase escolar, demonstra
dificuldade na formação de símbolos matemáticos, incapacidade de se
desenvolver quando é necessário trabalhar com medidas, quando
 Leitura lenta.
 Inversão ou “pulos” de sílabas durante a escrita e a
leitura.
 Troca de letras quando têm som parecido.
 Dificuldade de se localizar (direita e esquerda).
 Prejuízo na fala.
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demonstra pouca ou nenhuma habilidade para identificar sinais das
operações ou até mesmo fazer a leitura de números.
Atenção!
É fundamental entender que os transtornos de aprendizagem não
devem ser confundidos com deficiência intelectual, bem como não são
causados por questões relacionadas aos processos de ensino.
Mas esse transtorno se trata não apenas de dificuldades com cálculos.
Veja a seguir outros acometimentos causados pela discalculia:
O reconhecimento e identificação desse transtorno são passos muito
importantes para o bom desempenho do estudante, visto que, enquanto
não há essa identificação, o aprendente pode sofrer bastante. Nesses
casos, é muito comum ver a criança ou o adolescente com
comportamentos agressivos, com baixo interesse pela aula e pelas
atividades propostas.
Educação física escolar e alunos com transtorno de
aprendizagem
 Associar o número que está em uma moeda ao seu
valor monetário.
 Baixa capacidade de memorização de números
durante a resolução de um cálculo.
 Níveis de ansiedade quando se trata desse
componente curricular.
 Dificuldade na leitura das horas.
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É muito comum ambos os transtornos de aprendizagem apresentados
acompanharem uma mesma pessoa. Mas isso não é uma regra. Porém,
na realidade escolar encontramos muitas crianças que acumulam tanto
a dislexia quanto a discalculia.
A aula de educação física deve ser o espaço para que crianças com
transtornos de aprendizagem possam se movimentar,
independentemente das questões de leitura e resolução de cálculos.
É muito importante que o professor tenha em mente que uma criança ou
adolescente com transtornos de aprendizagem não possui efetivamente
limitações que o impeçam de participar da aula junto aos demais.O
principal fator é a convivência, a troca de experiências.
É possível que, em sala de aula, estudantes com transtornos tenham
experiências de muita dificuldade na aprendizagem, o que, por si só, é
suficiente para gerar sentimentos de exclusão, frustração e decepção.
Nas aulas de educação física, o docente pode conduzir dinâmicas para
que esses estudantes se percebam com qualidades que os tornam tão
produtivos quanto os demais.
Dica
Você, professor(a) de educação física tem pela frente uma importante
missão, que é criar um espaço de estímulos agradáveis a todos. Essa
não é uma tarefa muito simples, mas é possível.
Pensar em inclusão é entender que precisamos de um olhar atento e
empático para com os alunos e que a melhor adaptação é aquela em
que todos se sintam desafiados e seguros ao mesmo tempo e que se
sintam confortáveis em uma aula que os convida a serem pessoas
melhores e a realizarem coisas maiores.

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Os transtornos da aprendizagem e a
EF escolar
Neste vídeo, apresentamos as diferenças entre transtorno e dificuldade
da aprendizagem, além de suas causas e como deve ser o processo de
inclusão dos alunos com essas características.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Transtornos e dificuldades de aprendizagem podem ser
confundidos entre si por causa de suas nomenclaturas. Assinale a
opção que apresenta uma característica que os diferencia:
A Dificuldades são inatas.
B Transtornos são de ordem neurológica.
C
Os transtornos nos acompanham até a
adolescência.
D
Um transtorno pode surgir após um evento
estressante.
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Parabéns! A alternativa B está correta.
Os transtornos estão relacionados ao funcionamento do nosso
cérebro e não são causados por traumas ou por qualquer
experiência negativa. São, portanto, inatas. As dificuldades são
passageiras, uma vez que estão relacionadas a problemas
reversíveis, como os problemas familiares ou até mesmo privação
de um ensino de qualidade.
Questão 2
Décadas atrás, a educação física possuía um aspecto excludente
em sua essência. Assinale a alternativa que justifica essa exclusão.
Parabéns! A alternativa D está correta.
A exclusão acontecia de fato, pois, nas aulas de educação física,
buscava-se oportunizar espaço para os indivíduos com habilidades
específicas e desenvolvidas. Assim, aqueles alunos que
E As dificuldades estão presentes desde o
desenvolvimento embrionário.
A O objetivo da época era o cuidado com o corpo.
B
As aulas eram elaboradas com princípio
pedagógico.
C
O professor tinha como base os aspectos
biológicos e culturais.
D
Os alunos considerados inaptos não podiam
participar das aulas.
E
Cada aluno tinha a oportunidade de realizar
atividades do seu interesse.
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apresentavam qualquer transtorno ou dificuldade eram
considerados inaptos para participação das aulas.
2 - Elaboração de aulas inclusivas de educação física escolar
Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car atividades e pontos de atenção em uma
aula de educação física inclusiva na escola.
Aulas inclusivas para transtornos do
neurodesenvolvimento
Para o docente, uma aula bem-organizada representa uma grandeferramenta na condução do momento de encontro com os alunos e deve
apresentar elementos que tornem a aprendizagem um processo fluido,
de maneira que os objetivos delimitados estejam em conformidade com
as possibilidades da turma, mas que, ao mesmo tempo, tragam desafios
para que cada aprendente sinta segurança em participar e desejo de
evoluir.
No caso de uma aula inclusiva, que tenha como foco a inclusão de
todos, o mais importante é promover atividades considerando o coletivo,
mas que, ao mesmo tempo, forneça condições para a individualidade.
Por sinal, isso pode ser feito por meio da participação dos alunos no
planejamento de atividades, dependendo do desenvolvimento desses
alunos.
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A partir de agora, você encontrará exemplos de aulas fundamentadas
nos elementos da Base Nacional Comum Curricular (BNCC, 2018)
direcionadas à inclusão escolar nas turmas para o ensino fundamental e
para o ensino médio. Para tanto, as aulas e atividades a seguir
apresentarão a estrutura:

Competência

Unidade temática

Habilidade

Atividade
Como já mencionado, uma aula inclusiva não considera apenas alunos
com algum tipo de transtorno ou deficiência, é algo que vai além disso.
Sendo assim, as aulas que você observará possuem ponderações para
que estudantes com deficiência e transtornos possam interagir em uma
mesma atividade com os demais alunos da turma, mas, como ocorre
com todo planejamento, deve ser realizado algum ajuste, caso seja
necessário. Confira:
Ensino fundamental I 
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Competência
“Usufruir das práticas corporais de forma autônoma para
potencializar o envolvimento em contextos de lazer, ampliar as
redes de sociabilidade e a promoção da saúde.” (BNCC, 2018, p.
223)
Unidade temática
Jogos e brincadeiras.
Habilidade
(EF12EF03) “Planejar e utilizar estratégias para resolver desafios
de brincadeiras e jogos populares do contexto comunitário e
regional, com base no reconhecimento das características
dessas práticas.” (BNCC, 2018, p. 227)
Atividade
1. Twister – jogo no qual se disputa mão a mão e pé a pé quem
se manterá em pé. No tapete existem seis linhas de cores
diferentes. Utilizar dois dados, um para as cores e outro para as
partes do corpo (mão esquerda, mão direita, pé esquerdo, pé
direito), escolhe-se a parte que vai para a cor determinada. Por
exemplo, mão direita no verde, pé esquerdo no azul etc. Essa
disputa pode ocorrer entre duplas ou com um número de
crianças não muito grande.
TDAH – atividade que exige bastante concentração,
planejamento e foco se torna um grande desafio para a criança
que possui o TDAH. Sendo assim, é fundamental observar
eventuais dificuldades que poderão surgir e dar o devido suporte.
TEA: não há necessidade inicial de alteração. Contudo, podemos
considerar que, com o nível de suporte sendo maior por parte da
criança com TEA, algumas alterações serão bem-vindas, como
permitir que ela possa trocar de mão ou de pé para realizar os
movimentos.
2. Quem é a fantasminha? – separar a turma em duas equipes.
Uma deverá sair do local. Dado o sinal, a equipe que estiver no
espaço deverá cobrir uma criança com um lençol. A equipe de
fora retorna ao espaço e tenta descobrir quem é a criança
escondida. Se acertar, a equipe marca dois pontos.
TDAH: não há necessidade inicial de alteração.
TEA: não há necessidade inicial de alteração.
3. Onça dorminhoca – formar com os alunos uma grande roda.
Cada criança fica dentro de um pequeno círculo desenhado sob
os pés, exceto uma que ficará deitada no centro da roda, com os
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olhos fechados. Ela é a onça dorminhoca. Todos os alunos
andam à vontade, saindo de seus lugares, exceto a onça
dorminhoca, que continua dormindo. Eles deverão desafiar a
onça gritando: “onça dorminhoca!”. Inesperadamente, a onça
acorda e corre para pegar um dos lugares assinalados no chão.
Todas as outras crianças procuram fazer o mesmo. Quem ficar
sem lugar será a nova onça dorminhoca.
TDAH: não há necessidade inicial de alteração.
TEA: não há necessidade inicial de alteração.
Competência
“Interpretar e recriar os valores, os sentidos e os significados
atribuídos às diferentes práticas corporais, bem como aos
sujeitos que delas participam.” (BNCC, 2018, p. 223)
Unidade temática
Esportes/habilidades socioemocionais
Habilidade
“Propor e produzir alternativas para experimentação dos
esportes não disponíveis e/ou acessíveis na comunidade e das
demais práticas corporais tematizadas na escola.” (BNCC, 2018,
p. 233)
Atividade
1. Jogo dos quadrados – Dividir a turma em duas equipes e
dividir a quadra toda em vários quadrados (12 a 16 quadrados).
Cada quadrado deverá conter uma dupla de alunos, em que um
aluno da dupla será de um time e seu colega do time adversário.
Acontece um jogo de futsal normal, mas os alunos só podem
pegar na bola quando ela entrar em seu quadrado, realizando
uma disputa entre a dupla, cada um tentando evitar que a bola vá
para seu campo de defesa e buscando passar a bola para os
quadrados em direção ao seu campo de ataque ou chutando a
bola em direção ao gol. Durante a aula, o professor vai girando as
duplas de quadrado, 1 para o 2, 2 para o 3 e assim
sucessivamente. Do último vai para o primeiro quadrado
novamente.
TDAH: importante desafio para o aluno, pois, no caso do
adolescente hiperativo, manter-se em um mesmo local e
controlar sua impulsividade podem gerar ansiedade. Porém, é
fundamental essa vivência.
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TEA: a coordenação motora do adolescente pode não estar
madura o suficiente para essa atividade, o que significa dizer que
a turma precisa ter consciência desse aspecto e compreender
caso os movimentos do colega não permitam o desempenho
esperado.
Importante: isso não é uma característica exclusiva de alunos
com TEA. Mas, é um ponto a ser refletido por todos.
2. Atravessabol (pode ser usado para outras modalidades,
usando os fundamentos do esporte) – o jogo é simples. Duas
equipes divididas e defendendo metade de um espaço da quadra
poliesportiva. Equipes ficam por fora da quadra de vôlei com a
bola de handebol para iniciar o jogo e não podem invadir a
quadra de vôlei para arremessar. No centro da quadra, o
professor coloca uma bola alvo (sugestão: bola de basquete). Ao
sinal do professor, os alunos devem arremessar a bola de
handebol em direção a bola alvo, tentando retirá-la pelo campo
adversário e, ao mesmo tempo, evitando que essa bola saia pelo
seu lado, mas somente usando um novo arremesso.
TDAH: não há necessidade inicial de alteração.
TEA: dependendo do nível de suporte, pode ser interessante que
o aluno tenha mais espaço e tempo para realizar o movimento de
arremessar.
3. Mesa redonda da empatia – montar uma discussão com os
alunos trazendo, como ponto focal, as atividades apresentadas
anteriormente. Formar duplas, cada um defendendo seu ponto
de vista para determinada situação, e um grupo intermediador,
que deve buscar uma resolução para cada questão. Após
análises e discussões, o professor entra com um feedback para
perguntar aos alunos quais foram as reflexões, soluções e
possíveis impactos emocionais que as situações (resolvidas ou
não) poderiam provocar nos participantes.
TDAH: não há necessidade inicial de alteração.
TEA: a mediação do professor ou dos demais colegas será
fundamental para que o aluno com TEA possa compreender as
discussões.
Competência
“Refletir, criticamente, sobre as relaçõesentre a realização das
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práticas corporais e os processos de saúde/doença, inclusive no
contexto das atividades laborais.” (BNCC, 2018, p. 223)
Unidade temática
Práticas corporais de aventura/qualidade de vida.
Habilidade
“Praticar, significar e valorizar a cultura corporal de movimento
como forma de autoconhecimento, autocuidado e construção de
laços sociais em seus projetos de vida.” (BNCC, 2018, p. 495)
Atividade
1. Pique bandeira parkour – montar um campo com vários
obstáculos como: bancos, plintos, steps, pneus e qualquer
material em que os alunos consigam saltar, pular, se equilibrar,
ou se esconder.
TDAH: não há necessidade inicial de alteração.
TEA: não há necessidade inicial de alteração.
2. Entrevista institucional (sugestão para trabalho bimestral) –
separar os alunos em grupos e sugerir temas para entrevista
(alimentação, hidratação, nutrição, exercício ou atividade física).
Os grupos deverão formular perguntas para entrevistar
professores e funcionários da escola com relação ao tema
proposto, usando perguntas fechadas com respostas que
servirão como base para produzir tabelas e gráficos. Após a
entrevista os alunos devem se reunir para tabular os dados e
apresentar em forma de gráficos os resultados de suas
pesquisas (sugestão de trabalho interdisciplinar com
matemática e ciências).
TDAH: não há necessidade inicial de alteração.
TEA: não há necessidade inicial de alteração.
Aulas inclusivas para transtornos do
neurodesenvolvimento
Neste vídeo, apresentaremos dicas sobre atividades que envolvam
alunos com transtornos do neurodesenvolvimento, suas possíveis
adaptações e pontos de atenção para os ensinos fundamental e médio.
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Práticas pedagógicas para alunos
com de�ciência
Veja a seguir, algumas propostas baseadas nas competências e
habilidades da BNCC de atividades inclusivas para alunos com
deficiência. Cabe ressaltar que, assim como as atividades propostas
para alunos com transtornos do neurodesenvolvimento, as atividades
descritas a seguir podem ser realizadas por alunos com deficiência de
forma conjunta com aqueles sem deficiência. Confira:
Competência
“Compreender a origem da cultura corporal de movimento e seus
vínculos com a organização da vida coletiva e individual.” (BNCC,
2018, p. 223)
Unidade temática
Jogos e brincadeiras.
Habilidade
“Experimentar, fruir e recriar diferentes brincadeiras e jogos da
cultura popular presentes no contexto comunitário e regional,
reconhecendo e respeitando as diferenças individuais de
desempenho dos colegas.” (BNCC, 2018, p. 227)
Atividade
1. Abraço musical – é necessário um aparelho de som para
auxiliar na atividade. Os estudantes devem estar à vontade pelo
espaço e dançando ao som de uma música. A cada vez que o
professor parar a música, será solicitado que os alunos se
abracem de acordo com alguns comandos, como: “em duplas”,
“em quartetos”, entre outros. Ao final da atividade é importante
conversar com a turma sobre possíveis dificuldades que possam
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ter surgido ao formar os grupos e quais soluções poderiam ser
empregadas nessas ocasiões.
Deficiência motora: no caso de estudante cadeirante, o professor
ou outro estudante pode auxiliá-lo na movimentação.
Deficiência visual: a turma deve estar atenta para não se chocar
com esse estudante ou pode existir um guia.
Deficiência auditiva: se for possível, o estudante deve estar
descalço para tentar sentir a vibração da música e, no momento
do comando, o professor deve estar próximo dele para facilitar a
leitura labial.
Deficiência intelectual: alteração necessária apenas se o
estudante não conseguir compreender os comandos.
2. Ajudando seus amigos – cada estudante terá um saquinho de
feijão ou areia e deverá equilibrar em cima da cabeça, enquanto
se movimenta pelo espaço. Se o saquinho cair, a pessoa deverá
se manter imóvel no lugar e um colega poderá liberá-lo tentando
pegar o saquinho do chão e o colocando na cabeça da pessoa
congelada.
Deficiência motora: alteração apenas se a criança tiver
dificuldade em se deslocar. Do contrário, não.
Deficiência visual: o grupo o auxilia a localizar o saquinho.
Deficiência auditiva: não há necessidade de alteração.
Deficiência intelectual: não há necessidade de alteração.
3. Caiu na rede, é amigo – o grupo fica à vontade pelo espaço, e
um aluno é escolhido para ser o “pegador” inicial. Ao sinal, o
pegador corre em direção aos demais. Sempre que alguém for
“colado”, deverá dar as mãos ao grupo dos pegadores, tornando
a rede cada vez maior.
Deficiência motora: alguém deverá conduzir a cadeira.
Deficiência visual: o grupo deve criar uma estratégia para que o
colega participe. Por exemplo, alguns alunos devem estar de
olhos vendados, criando neles uma maior percepção dessas
condições.
Deficiência auditiva: não há necessidade de alteração.
Deficiência intelectual: é fundamental entender se a criança
compreendeu os comandos.
Competência
“Reconhecer o acesso às práticas corporais como direito do
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cidadão, propondo e produzindo alternativas para sua realização
no contexto comunitário.” (BNCC, 2018, p. 223)
Unidade temática
Esportes.
Habilidade
“Experimentar e fruir esportes de marca, precisão, invasão e
técnico-combinatórios, valorizando o trabalho coletivo e o
protagonismo.” (BNCC, 2018, p. 233)
Atividade
1. Cabeça pega rabo – formar colunas com cerca de 10
integrantes, segurando na cintura do companheiro da frente. O
primeiro da coluna tentará pegar o último. Este, por sua vez,
tentará esquivar-se movimentando-se para os lados, mas sem
soltar a cintura do colega da sua frente. Caso seja pego, ambos
trocam de lugar. Uma sugestão também é que o último ao ser
pego passe a ser o primeiro da coluna.
Deficiência motora: apoio de alguém conduzindo a cadeira.
Deficiência visual: sendo o último, ou seja, o que tem que se
esquivar, pode gerar a mesma condição (olhos vendados) no
pegador.
Deficiência auditiva: não há necessidade de alteração.
Deficiência intelectual: explicar de forma mais detalhada.
2. Bola ao pneu – é necessário dispor de cinco bolas com
tamanhos e pesos diferentes e quatro pneus. Os pneus devem
ser empilhados a uma certa distância (cerca de 5 metros) e
deverá haver uma linha que demarcará o local de onde cada
aluno arremessará as bolas, tentando acertar dentro dos pneus.
Em um primeiro momento, a atividade pode ser livre, apenas para
experimentação dos movimentos. Em seguida, organiza-se
equipes formando filas e, um a um, arremessam as bolas nos
pneus. Vence a equipe que mais acertar.
Deficiência motora: não há necessidade de alteração.
Deficiência visual: o estudante deve ter consciência espacial da
distância até os pneus para realizar os arremessos.
Deficiência auditiva: não há necessidade de alteração.
Deficiência intelectual: não há necessidade de alteração.
Guarda da torre – devem ser disponibilizados uma garrafa
plástica e uma bola para cada grupo, que deve ter cerca de 8
participantes. Dentro de cada um dos círculos desenhados no
chão (um para cada grupo), estará uma bola ao centro e um
estudante que a defenderá dos demais participantes que vão
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tentar derrubar a garrafa rolando a bola. Quem conseguir
derrubar, troca de lugarcom o defensor.
Deficiência motora: não há necessidade de alteração.
Deficiência visual: a bola pode estar revestida com plástico para
facilitar o defensor e os demais podem auxiliar com comandos
de direção quando for a vez do aluno tentar derrubar.
Deficiência auditiva: não há necessidade de alteração.
Deficiência intelectual: não há necessidade de alteração.
Competência
“Identificar as formas de produção dos preconceitos,
compreender seus efeitos e combater posicionamentos
discriminatórios em relação às práticas corporais e aos seus
participantes.” (BNCC, 2018, p. 233)
Unidade temática
Danças.
Habilidade
“Compreender e posicionar-se criticamente diante de diversas
visões de mundo presentes nos discursos em diferentes
linguagens, levando em conta seus contextos de produção e de
circulação.” (BNCC, 2018, p. 493)
Atividade
1. Dança do bastão – serão necessários um bastão e um
aparelho de som. Atividade deve ser realizada em duplas e
formando um grande círculo, mas com uma pessoa no centro,
sem dupla e segurando o bastão. Ao som da música, as duplas
dançarão em sentido horário. Quando o participante do centro
soltar o bastão atingindo o solo todos deverão trocar e o
estudante que estava no centro assumirá o lugar de alguém da
roda. Com isso, sobrará alguém. Este passará ao centro dando
continuidade à dinâmica.
Deficiência motora: alguém para conduzir a cadeira, caso seja
necessário.
Deficiência visual: convidar a turma a pensar numa estratégia.
Deficiência auditiva: observar se a pessoa conseguiu
compreender os comandos. Para facilitar o processo de
compreensão, o professor deve estar próximo e à frente do
aluno.
Deficiência intelectual: não há necessidade de alteração.
Ensino médio 
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2. Dance comigo – para a atividade, são necessários um
aparelho de som e um boné ou chapéu. Em círculo, todos
dançando e no centro estará o professor com o boné ou chapéu.
Quando o professor colocar o chapéu em alguém, essa pessoa
deverá dançar como quiser se deslocando até o centro do círculo
e os demais deverão imitá-la. Em seguida, essa pessoa
escolherá outro integrante do grupo para lhe colocar o chapéu e,
assim por diante.
Deficiência motora: caso seja necessário, alguém poderá dar o
suporte na condução da cadeira.
Deficiência visual: não há necessidade de alteração.
Deficiência auditiva: não há necessidade de alteração.
Deficiência intelectual: não há necessidade de alteração.
3. Arranje um par – os participantes deverão permanecer
espalhados pelo pátio e em duplas, mas um estudante fica sem
par. As duplas estarão de mãos dadas e executando movimentos
combinados e, ao sinal do professor, o aluno que está sozinho irá
pegar alguma dupla. A dupla que for pega deverá se desfazer,
para que o colega que a pegou possa trocar de lugar com um
deles. Em seguida, a dinâmica pode passar a ter mais de um
aluno sozinho, ou seja, mais pegadores.
Deficiência motora: alguém para conduzir a cadeira ou apoio de
outros dois estudantes se a pessoa não usar cadeira.
Deficiência visual: na dupla de mãos dadas, o cuidado deverá ser
com a sincronicidade e velocidade no deslocamento. Quando for
o aluno que está sem par, ele poderá fazer um sinal para que
todos parem de correr e, assim, tentará encontrar pelo som a
dupla mais próxima.
Deficiência auditiva: não há necessidade de alteração.
Deficiência intelectual: não há necessidade de alteração.
Práticas pedagógicas para alunos
com de�ciência
Neste vídeo, apresentaremos dicas de atividades para inclusão de
pessoas com deficiência, suas possíveis adaptações e pontos de
atenção para os ensinos fundamental e médio.
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Transtornos da aprendizagem e aulas
inclusivas
As aulas de educação física contribuem de forma substancial para a
inclusão de alunos com transtornos de aprendizagem. Confira algumas
atividades que podem ser propostas com essa finalidade:
Competência
“Reconhecer as práticas corporais como elementos constitutivos
da identidade cultural dos povos e grupo.” (BNCC, 2018, p. 223).
Unidade temática
Brincadeiras e jogos/danças.
Habilidade
“Explicar, por meio de múltiplas linguagens (corporal, visual, oral
e escrita), as brincadeiras e os jogos populares do contexto
comunitário e regional, reconhecendo e valorizando a
importância desses jogos e brincadeiras para suas culturas de
origem.” (BNCC, 2018, p. 227)
Atividade
1. Quem mudou de lugar? – a atividade inicia com os alunos
dispostos em um círculo, sendo que um deles observará todos
os colegas e, em seguida, sairá do local por 30 segundos. Nesse
momento, 2 ou 4 alunos trocam de lugar. Ao retornar, esse aluno
deverá dizer quem trocou de lugar.
Dislexia/discalculia: não há necessidade de alteração.
2. Brincadeiras de Roda – realizar com os alunos brincadeiras
com cantigas de roda como: Roda Cotia, Adoleta, Ciranda
Cirandinha, Batata Quente, Escravo de Jó, entre outras.
Dislexia/discalculia: não há necessidade de alteração.
Ensino fundamental I 
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3. A toca do rato – os alunos serão os ratinhos e estarão
posicionados em uma fileira no fundo da quadra. No centro da
quadra, demarque uma área de aproximadamente quatro metros,
que será a porta da toca (coloque um cone de cada lado).
Selecione um aluno que será o gato e este terá a missão de
proteger a porta da toca para que os ratinhos não voltem para
casa. Ao sinal do professor, os alunos “ratinhos” que estão nas
extremidades da fileira (o primeiro e o último) saem correndo e
tentam passar pela porta para chegar ao outro lado da quadra.
Os ratinhos obrigatoriamente têm de passar pela área
demarcada, ou seja, entre os cones. O gato deve correr
lateralmente na área demarcada e quem for pego ficará sentado
em local predeterminado. A brincadeira termina quando todos os
“ratinhos” da fileira já tentaram passar pela porta da toca. Conte
quantos ratinhos foram pegos pelo gato. Reinicie a brincadeira
escolhendo outro gato.
Dislexia/discalculia –não há necessidade de alteração.
Competência
“Experimentar, desfrutar, apreciar e criar diferentes brincadeiras,
jogos, danças, ginásticas, esportes, lutas e práticas corporais de
aventura, valorizando o trabalho coletivo e o protagonismo.”
(BNCC, 2018, p. 223)
Unidade temática
Ginásticas/lutas.
Habilidade
“Experimentar e fruir exercícios físicos que solicitem diferentes
capacidades físicas, identificando seus tipos (força, velocidade,
resistência, flexibilidade) e as sensações corporais provocadas
pela sua prática.” (BNCC, 2018, p. 233)
Atividade
1. Cicruito funcional – montar um circuito com estações de
exercícios básicos e que simulem movimentos naturais do ser
humano como: corrida, andar carregando alguma coisa, abaixar,
levantar, subir degraus, sentar-se e levantar-se, pegar objetos e
outras atividades do dia a dia. Use a maior quantidade de
possibilidades que conseguir. Dividir os alunos e orientá-los
sobre o que fazer em cada estação e dividir por tempo de
realização em cada estação do circuito.
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Dislexia/discalculia: não há necessidade de alteração.
2. Circuito ginástico – montar um circuito com diferentes
práticas ginásticas. Em cada ponto o aluno deve realizar um tipo
de ginástica diferente, Ex.: Ponto 1 – exercícios da musculação;
Ponto 2 – alongamentos; Ponto 3 – crossfit; Ponto 4 – step. Os
alunos deverão passar por cada ponto e realizar a atividade e os
exercícios propostos e explicados pelo professorpreviamente,
por 4 a 5 minutos, e rodar o circuito duas vezes.
Dislexia/discalculia: não há necessidade de alteração.
3. Capoeira – distribuir os alunos individualmente em quadra, se
possível com um arco para cada aluno ou um giz para desenhar
um triângulo virado no chão. Realizar a progressão da ginga
usando o espaço do arco ou do triângulo. O aluno inicia parado à
frente do espaço (no triangulo, pés nas pontas de cima; no arco,
os pés separados lateralmente). Iniciar a movimentação
deixando o pé da frente parado e colocando o outro atrás do
espaço demarcado. Do mesmo lado do corpo em que o pé foi
para trás, usar a mão para proteger o rosto e progredir a aula
incluindo outros golpes e movimentos. Em seguida, os alunos
podem realizar esses movimentos posicionados um de frente
para o outro, de forma espelhada. Nesse caso, as duplas podem
ser constantemente modificadas.
Dislexia/discalculia: não há necessidade de alteração.
Competência
“Identificar a multiplicidade de padrões de desempenho, saúde,
beleza e estética corporal, analisando, criticamente, os modelos
disseminados na mídia e discutir posturas consumistas e
preconceituosas.” (BNCC, 2018, p. 223)
Unidade temática
Ginásticas/qualidade de vida.
Habilidade
“Analisar os diálogos e conflitos entre diversidades e os
processos de disputa por legitimidade nas práticas de linguagem
e suas produções (artísticas, corporais e verbais), presentes na
cultura local e em outras culturas.” (BNCC, 2018, p. 493)
Atividade
1. Treino funcional direcionado – montar uma sequência de
Ensino médio 
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exercícios, começando por movimentos de mobilidade articular,
liberação tensional, alongamentos e passar para exercícios de
força, usando o peso do corpo e terminando novamente com
alongamentos. Pensar em exercícios que trabalhem a maior
parte das articulações e musculaturas possíveis.
Dislexia/discalculia: não há necessidade de alteração.
2. Pilates Solo – separar os alunos em espaços individuais, se
possível um colchonete para cada aluno ou um tatame para
preservar os alunos de um contato direto com o solo. Iniciar as
atividades falando sobre a importância do controle da respiração
durante os exercícios no pilates. Realizar uma sessão de
alongamentos para o máximo de grupos musculares e
articulações possíveis, passando por uma progressão, de
mobilidade articular, flexibilidade e relaxamento.
Dislexia/discalculia: não há necessidade de alteração.
3. Uso e diferenciação entre esteroides e suplementos
alimentares – discutir sobre o que são, para que servem, o
motivo pelo qual são usados, quais seus reais objetivos e para
que foram criados os medicamentos esteroides e os
suplementos alimentares.
Dislexia/discalculia: caso sejam solicitadas uma pesquisa e a
produção de um trabalho escrito ou em forma de apresentação
para a turma, recomenda-se valorizar mais o conteúdo do que
eventuais erros textuais.
Você acabou de observar diversos exemplos de aulas com foco na
inclusão. Observe que, para que esse processo possa ocorrer
considerando o coletivo, o mais importante é que cada aula e cada
atividade foram sugeridas de forma que crianças e adolescentes com
algum tipo de deficiência ou transtorno não ficassem em evidência, pois
é assim que devemos percorrer com nossa prática social, respeitando
as diferenças, mas sem julgar as pessoas como incapazes de se
manifestarem em grupo.
Transtornos da aprendizagem e aulas
inclusivas

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Neste vídeo, apresentaremos dicas de atividades para inclusão de
pessoas com transtornos da aprendizagem e suas possíveis
adaptações para os ensinos fundamental e médio.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Na atividade “Twister”, proposta para o ensino fundamental I, o
objetivo é possibilitar a realização de uma aula inclusiva, em
especial, que promova a participação com qualidade de estudantes
com TDAH e TEA. Para crianças com TDAH nesta faixa etária
(vamos considerar entre os 6 e 10 anos de idade), as primeiras
tentativas da atividade mencionada se tornam um grande desafio,
pois
A
a atividade em si gera baixa estimulação e, por isso,
pouca efetividade.
B
o nível de concentração exigido está além das
capacidades desses alunos.
C
essas crianças podem, no início, ter dificuldades de
manter o foco atencional.
D
a habilidade de planejar cada movimento antecede a
intencionalidade dele.
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Parabéns! A alternativa C está correta.
No início, as dificuldades podem ocorrer principalmente em função
da diversidade de estímulos (cores, formas, objetos, movimentos e
pessoas). Contudo, o desafio de executar cada movimento correto e
a dinâmica de troca de posições poderá se tornar o grande
incentivador para o estudante.
Questão 2
Com vistas a uma aula inclusiva sobre qualidade de vida no ensino
médio com adolescentes que possuem dislexia, foi indicada a
atividade “Uso e diferenciação entre esteroides e suplementos
alimentares”. No texto, há a recomendação para que, nessa
atividade, caso haja produção textual, o conteúdo tenha maior
significado no processo avaliativo. Assinale a alternativa que
justifica essa recomendação:
E a relação entre hiperatividade e controle emocional
está em constante desequilíbrio.
A
O aluno com dislexia apresenta dificuldades no
processo de leitura e, por isso, a apresentação
pessoal é o caminho mais indicado.
B
O conteúdo aprendido poderá revelar dificuldades
na expressão em forma de escrita e, por isso, a
leitura em voz alta é melhor recomendada.
C
O aluno tem uma capacidade de expressão verbal
que supera suas limitações com relação à escrita,
sendo esta uma habilidade que não deve ser
avaliada.
D
Como fator motivacional, o aluno deve ser
convidado a expor o que aprendeu de forma oral e a
produção textual se torna um elemento que agrega
maior valor ao contexto.
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Parabéns! A alternativa E está correta.
É possível que estudantes com dislexia apresentem erros
ortográficos, o que é natural para esse tipo de transtorno de
aprendizagem. Como o foco da educação física é saber se o
aprendente construiu conhecimento acerca do tema proposto
(alimentação e qualidade de vida), avaliar os erros que fazem parte
do quadro da dislexia pode causar desmotivação no aluno.
Considerações �nais
Como vimos, a inclusão na escola deve implicar na criação de
estratégias para que todos os estudantes possam participar, e incluir
não se restringe a pensar apenas naqueles alunos com deficiências e
transtornos. Contudo, é fundamental ter conhecimento sobre as
características que se apresentam em aprendentes com transtornos
neurobiológicos, transtornos de aprendizagem e deficiências.
As aulas de educação física na escola devem ser um espaço para que
toda e qualquer diferença possa ser percebida no coletivo como aquilo
que constrói a identidade de um grupo e que é direito de todos
participarem. Além disso, apresentamos atividades a serem aplicadas
ao grupo com as ponderações e observações necessárias,
considerando a presença de estudantes com transtornos e deficiências.
Podcast
E
Considerar maior pontuação nas questões
gramaticais pode significar o reducionismo da
capacidade do aluno a fatores que não expressam o
que foi aprendido no tema proposto.

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Para encerrar,ouça sobre a rotina escolar necessária para inclusão de
alunos com deficiências, transtornos do neurodesenvolvimento e
transtornos de aprendizagem.
Explore +
Para aprofundar seus conhecimentos sobre o conteúdo abordado:
Assista ao vídeo Educação física inclusiva, conceitos e abordagens,
disponível no canal Academia de Quinta, no YouTube.
Leia o artigo Educação física inclusiva e autismo: perspectivas de pais,
alunos, professores e seus desafios, de Schliemann, Alves e Duarte, de
2020, e veja as necessidades e desafios frente ao ensino de autistas.
Referências
ABDA. O que é TDAH? Consultado na internet em: 15 nov. 2022.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: Ministério da
Educação, 2018.
DARIDO, S. C. Educação física na escola: questões e reflexões. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.
MARTINS, F. Entre 5% e 8% da população mundial apresenta Transtorno
de Déficit de Atenção com Hiperatividade. Ministério da Saúde, 2022.
Consultado na internet em 09 jan. 2023.
RECHINELI, A.; PORTO, E. T. R.; MOREIRA, W. W. Corpos deficientes,
eficientes e diferentes: uma visão a partir da educação física. Revista
brasileira de educação especial 14 (2), ago./2008. Consultado na
internet em: 15 nov. 2022.
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ROMERO, P. O aluno TDAH: a pedagogia e a realidade do transtorno. Rio
de Janeiro: Wak, 2019.
SOLER, R. Educação física inclusiva: em busca de uma escola plural. 2.
ed. Rio de Janeiro: Sprint, 2009.
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