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Inclusão nas aulas de educação física Prof. José Ricardo Descrição A inclusão na escola e nas aulas de educação física, considerando os transtornos de aprendizagem e neurobiológicos e as deficiências. Propósito As aulas de educação física fazem parte dos processos pedagógicos da escola e, por isso, têm um papel fundamental na inclusão. Então, os professores devem conhecer as demandas do cenário educacional e oferecer um espaço para que todos queiram participar, garantindo a integridade física e emocional. Objetivos Módulo 1 A educação física escolar para a inclusão e o desenvolvimento 07/05/2024, 17:32 Inclusão nas aulas de educação física https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/05438/index.html?brand=estacio# 1/45 Reconhecer as deficiências e os transtornos presentes na escola e as possibilidades de inclusão nas aulas de educação física. Módulo 2 Elaboração de aulas inclusivas de EF escolar Identificar atividades e pontos de atenção em uma aula de educação física inclusiva na escola. 07/05/2024, 17:32 Inclusão nas aulas de educação física https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/05438/index.html?brand=estacio# 2/45 Introdução A educação física escolar é um componente curricular que, a partir do movimento, agrega à aprendizagem fatores essenciais ao desenvolvimento humano, como colaboração, cooperação e afetividade. Esses fatores ganham notoriedade ainda maior quando nos referimos à inclusão, ou seja, sobre a participação de qualquer aprendente, respeitando sua subjetividade. Respeitar a subjetividade significa valorizar as diferentes formas de aprendizagem, compreendendo que o ser humano, além de aprender de maneiras diversificadas, possui um ritmo individual de aprendizagem. Alguns desses estudantes possuem transtornos, dificuldades de aprendizagem ou deficiências e outros não. O grande desafio para o professor é lidar com sujeitos diferentes e grupos cada vez mais heterogêneos. Neste conteúdo, você encontrará importantes reflexões sobre inclusão, considerada como um direito de todo aluno que deseja aprender e se desenvolver como cidadão, tendo ou não algum tipo de transtorno de aprendizagem ou deficiência, e de que forma esse processo de interação deve ocorrer no âmbito das aulas de educação física. 07/05/2024, 17:32 Inclusão nas aulas de educação física https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/05438/index.html?brand=estacio# 3/45 1 - A educação física escolar para a inclusão e desenvolvimento Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer as de�ciências e os transtornos presentes na escola e as possibilidades de inclusão nas aulas de educação física. Educação física escolar e inclusão Inclusão na escola A inclusão escolar é preconizada como a garantia de que todas as pessoas tenham direito à educação, independentemente de suas dificuldades e habilidades. Na comunidade escolar, encontramos crianças com diferentes tipos de deficiências, como sensorial, motora, intelectual e física, transtornos neurobiológicos – como o autismo e o transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) – e transtornos de aprendizagem – como a dislexia e a discalculia. 07/05/2024, 17:32 Inclusão nas aulas de educação física https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/05438/index.html?brand=estacio# 4/45 Também existem estudantes que não apresentam nenhum tipo de deficiência ou transtorno, mas que enfrentam grandes dificuldades para desenvolver suas habilidades acadêmicas. Na escola, a inclusão é relacionada também com crianças, jovens e adultos remanescentes de grupos tradicionais da nossa sociedade, como os quilombolas, os indígenas e pessoas vindas de outras regiões do nosso e de outros países. Essa importante heterogeneidade é o que torna a escola um dos espaços mais democráticos da nossa sociedade. Compreender como garantir que cada uma dessas pessoas se sinta à vontade e em condições de aprender é uma tarefa complexa para as escolas, que precisam estar organizadas e estruturadas para exercer esse papel. Comentário Mas como ocorre a inclusão na escola? Recebendo a matrícula de estudantes com algum tipo de deficiência? Contratando profissionais especializados para o atendimento das demandas necessárias? Adaptando o currículo (conteúdos, recursos e avaliações)? Estabelecendo um processo de conscientização de todos os sujeitos pertencentes ao contexto escolar? Sim! Cada um desses procedimentos será fundamental para que a inclusão ocorra de forma adequada. Porém, há um ponto chave sem o qual qualquer ação tende a não ser efetiva: a mudança do olhar para a existência e diversidade humana. Olhar para a escola com o intuito de incluir é repensar como vemos o próprio ser humano. Cada um de nós é completamente diferente do outro, seja pela cor da pele, pela etnia, por sua história de vida ou de seus antepassados. Nada disso nos torna menor ou maior que ninguém, trata-se apenas de uma constatação. Somos diferentes! 07/05/2024, 17:32 Inclusão nas aulas de educação física https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/05438/index.html?brand=estacio# 5/45 Existem alunos pretos e brancos. Alguns são mais altos, outros mais baixos. Temos alunos com formações familiares particulares, com seus pais, mães, irmãos ou na ausência de uma dessas figuras. E o que isso quer dizer? Que as pessoas são diferentes e não necessariamente por causa de deficiências ou transtornos. Essa é a mudança do olhar. Quando cada um de nós compreender que é na diferença que está a formação da sociedade, poderemos, então, acreditar de fato em uma inclusão na escola. Educação física e o olhar para essa inclusão Como parte importante da organização escolar, a educação física proporcionará um ambiente acolhedor, que estimule a interação e o respeito às particularidades de cada aluno. Mas como esse processo de interação e inclusão pode acontecer em uma aula da qual também fazem parte aspectos como a competição e a progressão individual? De que forma a educação física contribuirá para que cada criança, jovem ou adulto possa sentir-se incluso na aula? É possível que estudantes com deficiências ou transtornos participem de uma mesma aula que outros que não as têm e fazendo as mesmas atividades? Vejamos a seguir. Curiosidade No passado, a educação física, como componente curricular, participou de um movimento de exclusão, pois, como relatam Rechinelli et al. (2008), no período em que se preconizava uma abordagem militarista e higienista, muitos indivíduos que apresentavam incapacidades físicas e que não atendiam a padrões esperados à época, não poderiam participar das aulas. Atualmente, a inclusão é um processo cada vez mais presente na escola, de forma que a educação física deve acompanhar esse processo. 07/05/2024, 17:32 Inclusão nas aulas de educação física https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/05438/index.html?brand=estacio# 6/45 Essa contribuição se torna perceptível a partir da década de 1980. Darido (2008) traz à luz da comunidade acadêmica as abordagens pedagógicas e que, segundo a autora, romperam com um formato mais tradicionalista da educação física. Podemos citar como propostas inclusivas as abordagens: Dentre as abordagens, a sistêmica trouxe a reflexão inicial e a importância da diversidade nas aulas de educação física, destacando a participação de todos. Nessa linha de valorização da participação de todos e respeitando o espaço para a diversidade, a educação física apresenta-se como um grande aliado da escola no processo de inclusão. Um fator que contribui para uma educação física inclusiva é a flexibilidade de seus conteúdos. Dessa forma, o professor tem maior liberdade de estruturar sua proposta pedagógica, considerando que, por mais que já exista um projeto pedagógico na escola, a EF pode se reestruturar de acordo com novas demandas. As demais disciplinas escolares também podem ser flexíveis. Porém, historicamente, a disciplina que lida como corpo em movimento sofre menor pressão quanto à utilização de materiais didáticos com estrutura padronizada e ao atingimento de notas ao final dos períodos letivos, o que contribui para que o professor possa valorizar ainda mais a individualidade de seus estudantes. Sistêmica Construtivista Crítico-superadora 07/05/2024, 17:32 Inclusão nas aulas de educação física https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/05438/index.html?brand=estacio# 7/45 Nesse sentido, a inclusão pode ter seu início já no planejamento, contando com a participação dos estudantes, pois a possibilidade de opinarem e contribuírem para a construção de suas aulas contribui para a sensação de pertencimento ao grupo. Educação inclusiva e a educação física Neste vídeo, apresentaremos como se dá o processo de inclusão na escola e nas aulas de educação física. Educação física escolar e os transtornos do neurodesenvolvimento Transtornos do neurodesenvolvimento representam um conjunto de condições que envolvem, ainda na fase gestacional, o desenvolvimento cerebral do ser humano, e que perduram por toda a vida. Esses transtornos causam dificuldades nos processos de comunicação e de interação social. 07/05/2024, 17:32 Inclusão nas aulas de educação física https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/05438/index.html?brand=estacio# 8/45 O surgimento desses transtornos tem ligação com a hereditariedade, ou seja, fatores genéticos que favorecem a sua manifestação. O início dos sintomas ocorre nos primeiros anos de vida, mas de acordo com o grau, sintomas e o desconhecimento dos pais, pode levar mais tempo para que sejam detectados. Transtornos do neurodesenvolvimento mais frequentes na escola Na escola, os transtornos de neurodesenvolvimento mais frequentes são: Autismo Conhecido pela sigla TEA (transtorno do espectro autista). Transtorno do dé�cit de atenção e hiperatividade Conhecido pela sigla TDAH, e apresenta maior prevalência de casos em meninos. A seguir, abordaremos esses dois transtornos, tanto do ponto de vista conceitual quanto da contribuição da educação física como estimulação necessária para aqueles que apresentam esses transtornos. A inclusão de alunos com TDAH e a educação física O transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) reúne sintomas que podem ser observados a seguir: O TDAH tem uma taxa de prevalência de 5% das crianças em idade escolar (ROMERO, 2019), o que representa uma parcela significativa. 07/05/2024, 17:32 Inclusão nas aulas de educação física https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/05438/index.html?brand=estacio# 9/45 Em uma escola, um orientador educacional e coordenador de inclusão acompanhou, em um mesmo ano, cerca de 80 crianças com esse transtorno com idades entre 5 e 10 anos, num total de 450 alunos matriculados. Esse número representava quase 20% da comunidade escolar. Já entre os adolescentes, na faixa dos 11 aos 17 anos, considerando um universo de 320 alunos no total, foram registrados 42 alunos diagnosticados com TDAH, algo em torno de 13%. Saiba mais Segundo a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), o TDAH acomete 5% a 8% da população mundial (MARTINS, 2022). Considerando esses números, é possível perceber a importância da inclusão na escola. Entre os adultos, essa taxa é um pouco menor, por volta dos 2,5%. (ROMERO, 2019) A menor incidência nos adultos pode ser explicada pelo maior conhecimento sobre TDAH, o que ocasiona mais diagnósticos nas crianças e adolescentes em idade escolar. E os adultos de hoje, que não foram diagnosticados precocemente e não foram tratados, não desenvolveram estratégias para lidar com as dificuldades apresentadas pelo transtorno. A educação física pode contribuir para a interação dos alunos com TDAH, pois se trata de uma atividade física, o que é fundamental para aqueles que possuem esse transtorno. Contudo, é importante trazer, inicialmente, alguns desafios para esses alunos nos quais a intervenção do professor pode ajudar: São muito agitados (os hiperativos) e, por isso, não permanecem por muito tempo em uma mesma atividade e acabam se dispersando com facilidade. O ambiente externo e o barulho os distraem com frequência e sua atenção se desprende da aula a qualquer momento. Ao ter seu comportamento julgado por outros estudantes, os alunos com TDAH recebem diversos lid d lh t i t 07/05/2024, 17:32 Inclusão nas aulas de educação física https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/05438/index.html?brand=estacio# 10/45 Observando esses e outros desafios, o professor de educação física tem a oportunidade de construir um ambiente que favoreça a inclusão de todos. Exemplo Em um jogo, quando ocorre uma organização das regras, todos devem ter espaço para trazer suas contribuições e, assim, colaborar para uma prática corporal que seja justa para todos. O grupo percebe que cada contribuição é importante, o que significa que o educando com TDAH é capaz de colaborar com o sucesso do jogo como os demais e ele mesmo acaba percebendo isso. É importante ressaltar que a criança e o adolescente com TDAH deve aprender a lidar com suas dificuldades na perspectiva de uma interação mais afetiva, não só pelo grupo, mas por ele também. A inclusão de alunos com TEA e a educação física O transtorno do espectro autista (TEA) é ocasionado por alterações no sistema nervoso central que afetam o neurodesenvolvimento. Essa condição está presente nos indivíduos desde a infância, se apresenta em torno dos 3 anos de idade e pode ser diagnosticada baseando-se em análise clínica-comportamental. O TEA é uma condição que perdura por toda a vida, não possui cura e sua causa não é totalmente conhecida. Porém, fatores genéticos, distúrbios cerebrais, exposição a toxinas e distúrbios do sistema imunológico são alguns dos fatores que vêm sendo investigados. Suas principais características são: apelidos que podem lhes causar constrangimento e recusa à aula. Dé�cit na comunicação Di�culdade de interação social 07/05/2024, 17:32 Inclusão nas aulas de educação física https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/05438/index.html?brand=estacio# 11/45 Além disso, o indivíduo pode desenvolver um déficit motor, que pode evoluir ao longo do tempo. Para uma melhor visualização das características das pessoas com TEA, apresentamos a seguir a classificação em níveis e graus, o que corresponde ao comprometimento dos autistas na linguagem, necessidade de suporte, comportamentos repetitivos e interação social: Necessidade de pouco suporte. Interesse diminuído por atividades e por interações sociais. Dificuldade de organização, planejamento e na comunicação. Maior interesse por objetos do que por pessoas. Comportamentos repetitivos. Necessidade de suporte. Maior dificuldade na comunicação verbal e não verbal. Comportamentos repetitivos e restritos mais frequentes tornando-se mais inflexíveis quanto à mudança de ação. Grau um pouco mais grave de dificuldade nas relações sociais. Necessidade de muito suporte, pois apresentam déficits graves de comunicação. Padrões estereotipados de comportamentos e interesses Nível 1 (grau leve) Nível 2 (grau moderado) Nível 3 (grau severo) 07/05/2024, 17:32 Inclusão nas aulas de educação física https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/05438/index.html?brand=estacio# 12/45 Os movimentos repetitivos são intensos e prejudicam a capacidade cognitiva. Há prejuízos severos acerca da comunicação verbal e não verbal. Alto grau de inflexibilidade quanto à mudança de rotina e de foco, o que pode causar um alto grau de estresse na criança e extrema dificuldade de interação. A educação física tem um papel importantíssimo no desenvolvimento físico, social e emocional de crianças e adultos e ainda mais considerável quando tratamos de crianças com TEA. É um importante meio de se tratar questões de inclusão e de habilidades sociais, por se tratar de um momento em que se trabalhacom crianças em movimento, o que aumenta a possibilidade de interação entre elas. Nas aulas de educação física, trabalha-se também atividades de equilíbrio, flexibilidade, coordenação, planejamento motor, lateralidade e esquema corporal. Estas são capacidades que impactam diretamente na autonomia da criança quando falamos em atividades diárias básicas como caminhar, saltar, correr, vestir-se, entre outras. Por se tratar de uma aula dinâmica, abre espaço para ocorrência de conflitos, o que leva à possibilidade de mediação desses conflitos de maneira dialógica, desenvolvendo assim o relacionamento da pessoa com autismo com outras pessoas. Transtornos do neurodesenvolvimento Neste vídeo, apresentaremos as principais características que definem o TDAH e TEA. Trataremos ainda sobre de que forma a educação física pode ajudar as pessoas com esses transtornos de neurodesenvolvimento. 07/05/2024, 17:32 Inclusão nas aulas de educação física https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/05438/index.html?brand=estacio# 13/45 Aluno com de�ciência e a educação física escolar Consideramos como uma deficiência todo e qualquer desenvolvimento fora do esperado ou qualquer perda de ordem psicológica, anatômica ou fisiológica. Uma pessoa com deficiência pode ser considerada aquela que possui prejuízos em pelo menos uma das seguintes áreas: visual, auditiva, motora e intelectual. Características das de�ciências e a inclusão Vejamos, a seguir, quais são as principais características de cada um dos principais tipos de deficiência: Visual É a diminuição da capacidade de enxergar e na qual não é possível qualquer tipo de correção, seja por instrumentos corretivos como as lentes, tratamento clínico ou por procedimento cirúrgico. Auditiva É a redução da capacidade auditiva para discriminar sons ou diálogos, por exemplo, e que pode ocorrer em apenas um dos ouvidos ou em ambos os lados, podendo ser suave, moderada, severa ou profunda. 07/05/2024, 17:32 Inclusão nas aulas de educação física https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/05438/index.html?brand=estacio# 14/45 Motora É o comprometimento das funções de locomoção e/ou anatomia do aparelho locomotor, causando restrições na mobilidade, na coordenação ou na capacidade de falar. Intelectual É quando uma pessoa demonstra atraso no desenvolvimento e, por isso, sua aprendizagem fica prejudicada, além de comprometimento na autonomia para realizar tarefas do dia a dia e na interação com o meio. No passado, era conhecida como retardo mental e, mais recentemente, era chamada de deficiência mental. 07/05/2024, 17:32 Inclusão nas aulas de educação física https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/05438/index.html?brand=estacio# 15/45 Na escola, é fundamental pensar em uma educação de qualidade para os alunos com deficiência, considerando o ambiente, recursos materiais, conteúdos, avaliação e as atividades. Porém, não é apenas isso. Deve-se promover a igualdade entre todos, o que gera para a comunidade escolar um grande desafio, pois ainda há muito o que aprender. Re�exão Podemos começar com questionamentos como, por exemplo: o que fazer para que todos os estudantes se sintam seguros e confortáveis? Sala de aula, quadra, banheiros, material didático estão ao alcance de todos? Se a escola conseguir responder na prática, minimamente, a essas e outras questões, será capaz de realizar a inclusão, pois acolherá seus alunos de acordo com a necessidade de cada um. Outro fator importante para que uma escola esteja preparada para incluir é contar com profissionais que tenham conhecimento sobre os procedimentos de inclusão. Por exemplo, o que se deve fazer em uma turma que possui alunos com algum tipo de deficiência, outros não e com estudantes com algum tipo de transtorno? E, na aula de educação física, como promover a inclusão na realidade de uma turma com essas características? Educação física e a inclusão de alunos com de�ciência Podemos citar alguns fatores que dificultam a inclusão nas aulas de educação física, como: 07/05/2024, 17:32 Inclusão nas aulas de educação física https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/05438/index.html?brand=estacio# 16/45 É urgente que as práticas pedagógicas sejam cada vez mais instrumentalizadas de possibilidades inclusivas. Nas aulas de educação física, a participação de alunos com e sem deficiência representa a realidade do mundo, ou seja, as pessoas estão em constante Estudantes com deficiência apresentam, por vezes, um sentimento de inferioridade em relação aos demais alunos, dessa forma, é necessário aumentar a autoestima deles por meio de conversas e reforços positivos. Devido às medicações que causam diversos tipos de reação, como o sono, e as inúmeras idas às consultas médicas e terapias, é possível verificar uma grande ausência das aulas. Nesse caso, é necessário conscientizar os pais sobre a necessidade de assiduidade às aulas. A compreensão e execução das tarefas com dificuldade. As adaptações necessárias (material, conteúdo) nem sempre podem ser realizadas. Alguns dos demais alunos da turma que ainda não criaram consciência das limitações de seus colegas. 07/05/2024, 17:32 Inclusão nas aulas de educação física https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/05438/index.html?brand=estacio# 17/45 compartilhamento dos espaços sociais, tendo ou não alguma deficiência. Com base nas brincadeiras e no lúdico, esse compartilhamento dos espaços e a liberdade do corpo em se movimentar conduz o grupo de alunos a um processo de aceitação das diferenças, que ocorre de forma prazerosa. Nesse contexto, cada pessoa do grupo poderá contribuir para a inclusão buscando novas formas de jogar. Com a interação, o professor instrui cada estudante sobre as diversas formas de se comportar e agir perante as próprias dificuldades e dos demais participantes. É justamente nessa perspectiva que a pessoa com deficiência terá seu espaço respeitado, mas também desenvolvendo autonomia para que ela própria faça garantir o seu direito. Ressalta-se aqui a necessidade da criação de vínculos verdadeiros entre os alunos. Se uma turma possui indivíduos capazes de estabelecer uma relação de afetividade e de ajuda mútua, provavelmente o ambiente, além de acolhedor, será de crescimento e de aprendizagem. Preocupar- se com o outro demanda o desenvolvimento de empatia e, para que os vínculos se estabeleçam, essa habilidade emocional – a empatia – deve ter lugar garantido. 07/05/2024, 17:32 Inclusão nas aulas de educação física https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/05438/index.html?brand=estacio# 18/45 Inclusão do aluno com de�ciência Neste vídeo, apresentaremos os tipos de deficiências e meios para adaptação das aulas, tornando-as inclusivas. Os transtornos da aprendizagem e a educação física escolar Transtornos de aprendizagem são condições neurológicas que impactam significativamente as possibilidades dos aprendentes a se desenvolverem nas habilidades básicas acadêmicas, como a leitura, escrita e execução de cálculos. Na escola, esses transtornos começam a surgir no processo de alfabetização e podem dificultar a vida acadêmica das crianças. Quando não diagnosticados no tempo certo e de forma adequada, podem provocar uma percepção equivocada das dificuldades e do comportamento da criança. Existe ainda outra categoria que remete aos prejuízos no processo de aprendizagem e que não são transtornos: as dificuldades de aprendizagem. Mas você sabe qual é a diferença? Vejamos a seguir: Transtornos de aprendizagem São relacionados com os aspectos Di�culdades de aprendizagem São problemas que podem ser resolvidos e, 07/05/2024, 17:32 Inclusão nas aulas de educação física https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/05438/index.html?brand=estacio# 19/45 neurológicos e, portanto, ocorrem desde o nascimento e em algum momento irão se manifestar em maior ou menor grau decomprometimento de forma permanente. portanto, passageiros. Incluem problemas de relacionamento, privação de um ensino de qualidade, uma rotina desequilibrada, falta de orientação para realização de tarefas, entre outros fatores. A seguir, vamos conhecer um pouco mais sobre os transtornos da aprendizagem. A dislexia e suas características A dislexia é o transtorno de aprendizagem específico da leitura. O cérebro da criança com dislexia tem dificuldades em relacionar os sons às letras. Além disso, há a ocorrência de troca de letras, dificuldade na fluência correta da leitura e prejuízo na capacidade de decodificar e soletrar. Quando a criança está em idade escolar, iniciando sua alfabetização, é mais fácil perceber a existência da dislexia. Porém, em alguns casos mais leves, os sintomas podem levar a um diagnóstico apenas na adolescência ou até mesmo na fase adulta. Além dessas características, é comum que disléxicos apresentem baixa coordenação motora e dificuldades espaciais, como o reconhecimento dos lados direito e esquerdo e em atividades de maior complexidade na integração sensorial. Comentário É comum observar estudantes com dislexia não diagnosticada acumulando frustrações por seu baixo rendimento e prováveis reprovações. 07/05/2024, 17:32 Inclusão nas aulas de educação física https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/05438/index.html?brand=estacio# 20/45 A seguir, apresentamos alguns sinais e sintomas da dislexia: Não é difícil imaginar que crianças com esses sintomas enfrentem muitas dificuldades na escola. Por isso, a família se faz indispensável, pois quando ela (família), a escola e professores reconhecem as dificuldades da criança, o processo de diagnóstico se torna mais rápido. Discalculia e suas características O transtorno de aprendizagem específico para as questões de cálculo é a discalculia e, assim como é o caso da dislexia, envolve uma desordem no cérebro. O professor deve estar atento à criança que, em fase escolar, demonstra dificuldade na formação de símbolos matemáticos, incapacidade de se desenvolver quando é necessário trabalhar com medidas, quando Leitura lenta. Inversão ou “pulos” de sílabas durante a escrita e a leitura. Troca de letras quando têm som parecido. Dificuldade de se localizar (direita e esquerda). Prejuízo na fala. 07/05/2024, 17:32 Inclusão nas aulas de educação física https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/05438/index.html?brand=estacio# 21/45 demonstra pouca ou nenhuma habilidade para identificar sinais das operações ou até mesmo fazer a leitura de números. Atenção! É fundamental entender que os transtornos de aprendizagem não devem ser confundidos com deficiência intelectual, bem como não são causados por questões relacionadas aos processos de ensino. Mas esse transtorno se trata não apenas de dificuldades com cálculos. Veja a seguir outros acometimentos causados pela discalculia: O reconhecimento e identificação desse transtorno são passos muito importantes para o bom desempenho do estudante, visto que, enquanto não há essa identificação, o aprendente pode sofrer bastante. Nesses casos, é muito comum ver a criança ou o adolescente com comportamentos agressivos, com baixo interesse pela aula e pelas atividades propostas. Educação física escolar e alunos com transtorno de aprendizagem Associar o número que está em uma moeda ao seu valor monetário. Baixa capacidade de memorização de números durante a resolução de um cálculo. Níveis de ansiedade quando se trata desse componente curricular. Dificuldade na leitura das horas. 07/05/2024, 17:32 Inclusão nas aulas de educação física https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/05438/index.html?brand=estacio# 22/45 É muito comum ambos os transtornos de aprendizagem apresentados acompanharem uma mesma pessoa. Mas isso não é uma regra. Porém, na realidade escolar encontramos muitas crianças que acumulam tanto a dislexia quanto a discalculia. A aula de educação física deve ser o espaço para que crianças com transtornos de aprendizagem possam se movimentar, independentemente das questões de leitura e resolução de cálculos. É muito importante que o professor tenha em mente que uma criança ou adolescente com transtornos de aprendizagem não possui efetivamente limitações que o impeçam de participar da aula junto aos demais.O principal fator é a convivência, a troca de experiências. É possível que, em sala de aula, estudantes com transtornos tenham experiências de muita dificuldade na aprendizagem, o que, por si só, é suficiente para gerar sentimentos de exclusão, frustração e decepção. Nas aulas de educação física, o docente pode conduzir dinâmicas para que esses estudantes se percebam com qualidades que os tornam tão produtivos quanto os demais. Dica Você, professor(a) de educação física tem pela frente uma importante missão, que é criar um espaço de estímulos agradáveis a todos. Essa não é uma tarefa muito simples, mas é possível. Pensar em inclusão é entender que precisamos de um olhar atento e empático para com os alunos e que a melhor adaptação é aquela em que todos se sintam desafiados e seguros ao mesmo tempo e que se sintam confortáveis em uma aula que os convida a serem pessoas melhores e a realizarem coisas maiores. 07/05/2024, 17:32 Inclusão nas aulas de educação física https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/05438/index.html?brand=estacio# 23/45 Os transtornos da aprendizagem e a EF escolar Neste vídeo, apresentamos as diferenças entre transtorno e dificuldade da aprendizagem, além de suas causas e como deve ser o processo de inclusão dos alunos com essas características. Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos? Questão 1 Transtornos e dificuldades de aprendizagem podem ser confundidos entre si por causa de suas nomenclaturas. Assinale a opção que apresenta uma característica que os diferencia: A Dificuldades são inatas. B Transtornos são de ordem neurológica. C Os transtornos nos acompanham até a adolescência. D Um transtorno pode surgir após um evento estressante. 07/05/2024, 17:32 Inclusão nas aulas de educação física https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/05438/index.html?brand=estacio# 24/45 Parabéns! A alternativa B está correta. Os transtornos estão relacionados ao funcionamento do nosso cérebro e não são causados por traumas ou por qualquer experiência negativa. São, portanto, inatas. As dificuldades são passageiras, uma vez que estão relacionadas a problemas reversíveis, como os problemas familiares ou até mesmo privação de um ensino de qualidade. Questão 2 Décadas atrás, a educação física possuía um aspecto excludente em sua essência. Assinale a alternativa que justifica essa exclusão. Parabéns! A alternativa D está correta. A exclusão acontecia de fato, pois, nas aulas de educação física, buscava-se oportunizar espaço para os indivíduos com habilidades específicas e desenvolvidas. Assim, aqueles alunos que E As dificuldades estão presentes desde o desenvolvimento embrionário. A O objetivo da época era o cuidado com o corpo. B As aulas eram elaboradas com princípio pedagógico. C O professor tinha como base os aspectos biológicos e culturais. D Os alunos considerados inaptos não podiam participar das aulas. E Cada aluno tinha a oportunidade de realizar atividades do seu interesse. 07/05/2024, 17:32 Inclusão nas aulas de educação física https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/05438/index.html?brand=estacio# 25/45 apresentavam qualquer transtorno ou dificuldade eram considerados inaptos para participação das aulas. 2 - Elaboração de aulas inclusivas de educação física escolar Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car atividades e pontos de atenção em uma aula de educação física inclusiva na escola. Aulas inclusivas para transtornos do neurodesenvolvimento Para o docente, uma aula bem-organizada representa uma grandeferramenta na condução do momento de encontro com os alunos e deve apresentar elementos que tornem a aprendizagem um processo fluido, de maneira que os objetivos delimitados estejam em conformidade com as possibilidades da turma, mas que, ao mesmo tempo, tragam desafios para que cada aprendente sinta segurança em participar e desejo de evoluir. No caso de uma aula inclusiva, que tenha como foco a inclusão de todos, o mais importante é promover atividades considerando o coletivo, mas que, ao mesmo tempo, forneça condições para a individualidade. Por sinal, isso pode ser feito por meio da participação dos alunos no planejamento de atividades, dependendo do desenvolvimento desses alunos. 07/05/2024, 17:32 Inclusão nas aulas de educação física https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/05438/index.html?brand=estacio# 26/45 A partir de agora, você encontrará exemplos de aulas fundamentadas nos elementos da Base Nacional Comum Curricular (BNCC, 2018) direcionadas à inclusão escolar nas turmas para o ensino fundamental e para o ensino médio. Para tanto, as aulas e atividades a seguir apresentarão a estrutura: Competência Unidade temática Habilidade Atividade Como já mencionado, uma aula inclusiva não considera apenas alunos com algum tipo de transtorno ou deficiência, é algo que vai além disso. Sendo assim, as aulas que você observará possuem ponderações para que estudantes com deficiência e transtornos possam interagir em uma mesma atividade com os demais alunos da turma, mas, como ocorre com todo planejamento, deve ser realizado algum ajuste, caso seja necessário. Confira: Ensino fundamental I 07/05/2024, 17:32 Inclusão nas aulas de educação física https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/05438/index.html?brand=estacio# 27/45 Competência “Usufruir das práticas corporais de forma autônoma para potencializar o envolvimento em contextos de lazer, ampliar as redes de sociabilidade e a promoção da saúde.” (BNCC, 2018, p. 223) Unidade temática Jogos e brincadeiras. Habilidade (EF12EF03) “Planejar e utilizar estratégias para resolver desafios de brincadeiras e jogos populares do contexto comunitário e regional, com base no reconhecimento das características dessas práticas.” (BNCC, 2018, p. 227) Atividade 1. Twister – jogo no qual se disputa mão a mão e pé a pé quem se manterá em pé. No tapete existem seis linhas de cores diferentes. Utilizar dois dados, um para as cores e outro para as partes do corpo (mão esquerda, mão direita, pé esquerdo, pé direito), escolhe-se a parte que vai para a cor determinada. Por exemplo, mão direita no verde, pé esquerdo no azul etc. Essa disputa pode ocorrer entre duplas ou com um número de crianças não muito grande. TDAH – atividade que exige bastante concentração, planejamento e foco se torna um grande desafio para a criança que possui o TDAH. Sendo assim, é fundamental observar eventuais dificuldades que poderão surgir e dar o devido suporte. TEA: não há necessidade inicial de alteração. Contudo, podemos considerar que, com o nível de suporte sendo maior por parte da criança com TEA, algumas alterações serão bem-vindas, como permitir que ela possa trocar de mão ou de pé para realizar os movimentos. 2. Quem é a fantasminha? – separar a turma em duas equipes. Uma deverá sair do local. Dado o sinal, a equipe que estiver no espaço deverá cobrir uma criança com um lençol. A equipe de fora retorna ao espaço e tenta descobrir quem é a criança escondida. Se acertar, a equipe marca dois pontos. TDAH: não há necessidade inicial de alteração. TEA: não há necessidade inicial de alteração. 3. Onça dorminhoca – formar com os alunos uma grande roda. Cada criança fica dentro de um pequeno círculo desenhado sob os pés, exceto uma que ficará deitada no centro da roda, com os 07/05/2024, 17:32 Inclusão nas aulas de educação física https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/05438/index.html?brand=estacio# 28/45 olhos fechados. Ela é a onça dorminhoca. Todos os alunos andam à vontade, saindo de seus lugares, exceto a onça dorminhoca, que continua dormindo. Eles deverão desafiar a onça gritando: “onça dorminhoca!”. Inesperadamente, a onça acorda e corre para pegar um dos lugares assinalados no chão. Todas as outras crianças procuram fazer o mesmo. Quem ficar sem lugar será a nova onça dorminhoca. TDAH: não há necessidade inicial de alteração. TEA: não há necessidade inicial de alteração. Competência “Interpretar e recriar os valores, os sentidos e os significados atribuídos às diferentes práticas corporais, bem como aos sujeitos que delas participam.” (BNCC, 2018, p. 223) Unidade temática Esportes/habilidades socioemocionais Habilidade “Propor e produzir alternativas para experimentação dos esportes não disponíveis e/ou acessíveis na comunidade e das demais práticas corporais tematizadas na escola.” (BNCC, 2018, p. 233) Atividade 1. Jogo dos quadrados – Dividir a turma em duas equipes e dividir a quadra toda em vários quadrados (12 a 16 quadrados). Cada quadrado deverá conter uma dupla de alunos, em que um aluno da dupla será de um time e seu colega do time adversário. Acontece um jogo de futsal normal, mas os alunos só podem pegar na bola quando ela entrar em seu quadrado, realizando uma disputa entre a dupla, cada um tentando evitar que a bola vá para seu campo de defesa e buscando passar a bola para os quadrados em direção ao seu campo de ataque ou chutando a bola em direção ao gol. Durante a aula, o professor vai girando as duplas de quadrado, 1 para o 2, 2 para o 3 e assim sucessivamente. Do último vai para o primeiro quadrado novamente. TDAH: importante desafio para o aluno, pois, no caso do adolescente hiperativo, manter-se em um mesmo local e controlar sua impulsividade podem gerar ansiedade. Porém, é fundamental essa vivência. Ensino fundamental II 07/05/2024, 17:32 Inclusão nas aulas de educação física https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/05438/index.html?brand=estacio# 29/45 TEA: a coordenação motora do adolescente pode não estar madura o suficiente para essa atividade, o que significa dizer que a turma precisa ter consciência desse aspecto e compreender caso os movimentos do colega não permitam o desempenho esperado. Importante: isso não é uma característica exclusiva de alunos com TEA. Mas, é um ponto a ser refletido por todos. 2. Atravessabol (pode ser usado para outras modalidades, usando os fundamentos do esporte) – o jogo é simples. Duas equipes divididas e defendendo metade de um espaço da quadra poliesportiva. Equipes ficam por fora da quadra de vôlei com a bola de handebol para iniciar o jogo e não podem invadir a quadra de vôlei para arremessar. No centro da quadra, o professor coloca uma bola alvo (sugestão: bola de basquete). Ao sinal do professor, os alunos devem arremessar a bola de handebol em direção a bola alvo, tentando retirá-la pelo campo adversário e, ao mesmo tempo, evitando que essa bola saia pelo seu lado, mas somente usando um novo arremesso. TDAH: não há necessidade inicial de alteração. TEA: dependendo do nível de suporte, pode ser interessante que o aluno tenha mais espaço e tempo para realizar o movimento de arremessar. 3. Mesa redonda da empatia – montar uma discussão com os alunos trazendo, como ponto focal, as atividades apresentadas anteriormente. Formar duplas, cada um defendendo seu ponto de vista para determinada situação, e um grupo intermediador, que deve buscar uma resolução para cada questão. Após análises e discussões, o professor entra com um feedback para perguntar aos alunos quais foram as reflexões, soluções e possíveis impactos emocionais que as situações (resolvidas ou não) poderiam provocar nos participantes. TDAH: não há necessidade inicial de alteração. TEA: a mediação do professor ou dos demais colegas será fundamental para que o aluno com TEA possa compreender as discussões. Competência “Refletir, criticamente, sobre as relaçõesentre a realização das Ensino médio 07/05/2024, 17:32 Inclusão nas aulas de educação física https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/05438/index.html?brand=estacio# 30/45 práticas corporais e os processos de saúde/doença, inclusive no contexto das atividades laborais.” (BNCC, 2018, p. 223) Unidade temática Práticas corporais de aventura/qualidade de vida. Habilidade “Praticar, significar e valorizar a cultura corporal de movimento como forma de autoconhecimento, autocuidado e construção de laços sociais em seus projetos de vida.” (BNCC, 2018, p. 495) Atividade 1. Pique bandeira parkour – montar um campo com vários obstáculos como: bancos, plintos, steps, pneus e qualquer material em que os alunos consigam saltar, pular, se equilibrar, ou se esconder. TDAH: não há necessidade inicial de alteração. TEA: não há necessidade inicial de alteração. 2. Entrevista institucional (sugestão para trabalho bimestral) – separar os alunos em grupos e sugerir temas para entrevista (alimentação, hidratação, nutrição, exercício ou atividade física). Os grupos deverão formular perguntas para entrevistar professores e funcionários da escola com relação ao tema proposto, usando perguntas fechadas com respostas que servirão como base para produzir tabelas e gráficos. Após a entrevista os alunos devem se reunir para tabular os dados e apresentar em forma de gráficos os resultados de suas pesquisas (sugestão de trabalho interdisciplinar com matemática e ciências). TDAH: não há necessidade inicial de alteração. TEA: não há necessidade inicial de alteração. Aulas inclusivas para transtornos do neurodesenvolvimento Neste vídeo, apresentaremos dicas sobre atividades que envolvam alunos com transtornos do neurodesenvolvimento, suas possíveis adaptações e pontos de atenção para os ensinos fundamental e médio. 07/05/2024, 17:32 Inclusão nas aulas de educação física https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/05438/index.html?brand=estacio# 31/45 Práticas pedagógicas para alunos com de�ciência Veja a seguir, algumas propostas baseadas nas competências e habilidades da BNCC de atividades inclusivas para alunos com deficiência. Cabe ressaltar que, assim como as atividades propostas para alunos com transtornos do neurodesenvolvimento, as atividades descritas a seguir podem ser realizadas por alunos com deficiência de forma conjunta com aqueles sem deficiência. Confira: Competência “Compreender a origem da cultura corporal de movimento e seus vínculos com a organização da vida coletiva e individual.” (BNCC, 2018, p. 223) Unidade temática Jogos e brincadeiras. Habilidade “Experimentar, fruir e recriar diferentes brincadeiras e jogos da cultura popular presentes no contexto comunitário e regional, reconhecendo e respeitando as diferenças individuais de desempenho dos colegas.” (BNCC, 2018, p. 227) Atividade 1. Abraço musical – é necessário um aparelho de som para auxiliar na atividade. Os estudantes devem estar à vontade pelo espaço e dançando ao som de uma música. A cada vez que o professor parar a música, será solicitado que os alunos se abracem de acordo com alguns comandos, como: “em duplas”, “em quartetos”, entre outros. Ao final da atividade é importante conversar com a turma sobre possíveis dificuldades que possam Ensino fundamental I 07/05/2024, 17:32 Inclusão nas aulas de educação física https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/05438/index.html?brand=estacio# 32/45 ter surgido ao formar os grupos e quais soluções poderiam ser empregadas nessas ocasiões. Deficiência motora: no caso de estudante cadeirante, o professor ou outro estudante pode auxiliá-lo na movimentação. Deficiência visual: a turma deve estar atenta para não se chocar com esse estudante ou pode existir um guia. Deficiência auditiva: se for possível, o estudante deve estar descalço para tentar sentir a vibração da música e, no momento do comando, o professor deve estar próximo dele para facilitar a leitura labial. Deficiência intelectual: alteração necessária apenas se o estudante não conseguir compreender os comandos. 2. Ajudando seus amigos – cada estudante terá um saquinho de feijão ou areia e deverá equilibrar em cima da cabeça, enquanto se movimenta pelo espaço. Se o saquinho cair, a pessoa deverá se manter imóvel no lugar e um colega poderá liberá-lo tentando pegar o saquinho do chão e o colocando na cabeça da pessoa congelada. Deficiência motora: alteração apenas se a criança tiver dificuldade em se deslocar. Do contrário, não. Deficiência visual: o grupo o auxilia a localizar o saquinho. Deficiência auditiva: não há necessidade de alteração. Deficiência intelectual: não há necessidade de alteração. 3. Caiu na rede, é amigo – o grupo fica à vontade pelo espaço, e um aluno é escolhido para ser o “pegador” inicial. Ao sinal, o pegador corre em direção aos demais. Sempre que alguém for “colado”, deverá dar as mãos ao grupo dos pegadores, tornando a rede cada vez maior. Deficiência motora: alguém deverá conduzir a cadeira. Deficiência visual: o grupo deve criar uma estratégia para que o colega participe. Por exemplo, alguns alunos devem estar de olhos vendados, criando neles uma maior percepção dessas condições. Deficiência auditiva: não há necessidade de alteração. Deficiência intelectual: é fundamental entender se a criança compreendeu os comandos. Competência “Reconhecer o acesso às práticas corporais como direito do Ensino fundamental II 07/05/2024, 17:32 Inclusão nas aulas de educação física https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/05438/index.html?brand=estacio# 33/45 cidadão, propondo e produzindo alternativas para sua realização no contexto comunitário.” (BNCC, 2018, p. 223) Unidade temática Esportes. Habilidade “Experimentar e fruir esportes de marca, precisão, invasão e técnico-combinatórios, valorizando o trabalho coletivo e o protagonismo.” (BNCC, 2018, p. 233) Atividade 1. Cabeça pega rabo – formar colunas com cerca de 10 integrantes, segurando na cintura do companheiro da frente. O primeiro da coluna tentará pegar o último. Este, por sua vez, tentará esquivar-se movimentando-se para os lados, mas sem soltar a cintura do colega da sua frente. Caso seja pego, ambos trocam de lugar. Uma sugestão também é que o último ao ser pego passe a ser o primeiro da coluna. Deficiência motora: apoio de alguém conduzindo a cadeira. Deficiência visual: sendo o último, ou seja, o que tem que se esquivar, pode gerar a mesma condição (olhos vendados) no pegador. Deficiência auditiva: não há necessidade de alteração. Deficiência intelectual: explicar de forma mais detalhada. 2. Bola ao pneu – é necessário dispor de cinco bolas com tamanhos e pesos diferentes e quatro pneus. Os pneus devem ser empilhados a uma certa distância (cerca de 5 metros) e deverá haver uma linha que demarcará o local de onde cada aluno arremessará as bolas, tentando acertar dentro dos pneus. Em um primeiro momento, a atividade pode ser livre, apenas para experimentação dos movimentos. Em seguida, organiza-se equipes formando filas e, um a um, arremessam as bolas nos pneus. Vence a equipe que mais acertar. Deficiência motora: não há necessidade de alteração. Deficiência visual: o estudante deve ter consciência espacial da distância até os pneus para realizar os arremessos. Deficiência auditiva: não há necessidade de alteração. Deficiência intelectual: não há necessidade de alteração. Guarda da torre – devem ser disponibilizados uma garrafa plástica e uma bola para cada grupo, que deve ter cerca de 8 participantes. Dentro de cada um dos círculos desenhados no chão (um para cada grupo), estará uma bola ao centro e um estudante que a defenderá dos demais participantes que vão 07/05/2024, 17:32 Inclusão nas aulas de educação física https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/05438/index.html?brand=estacio# 34/45 tentar derrubar a garrafa rolando a bola. Quem conseguir derrubar, troca de lugarcom o defensor. Deficiência motora: não há necessidade de alteração. Deficiência visual: a bola pode estar revestida com plástico para facilitar o defensor e os demais podem auxiliar com comandos de direção quando for a vez do aluno tentar derrubar. Deficiência auditiva: não há necessidade de alteração. Deficiência intelectual: não há necessidade de alteração. Competência “Identificar as formas de produção dos preconceitos, compreender seus efeitos e combater posicionamentos discriminatórios em relação às práticas corporais e aos seus participantes.” (BNCC, 2018, p. 233) Unidade temática Danças. Habilidade “Compreender e posicionar-se criticamente diante de diversas visões de mundo presentes nos discursos em diferentes linguagens, levando em conta seus contextos de produção e de circulação.” (BNCC, 2018, p. 493) Atividade 1. Dança do bastão – serão necessários um bastão e um aparelho de som. Atividade deve ser realizada em duplas e formando um grande círculo, mas com uma pessoa no centro, sem dupla e segurando o bastão. Ao som da música, as duplas dançarão em sentido horário. Quando o participante do centro soltar o bastão atingindo o solo todos deverão trocar e o estudante que estava no centro assumirá o lugar de alguém da roda. Com isso, sobrará alguém. Este passará ao centro dando continuidade à dinâmica. Deficiência motora: alguém para conduzir a cadeira, caso seja necessário. Deficiência visual: convidar a turma a pensar numa estratégia. Deficiência auditiva: observar se a pessoa conseguiu compreender os comandos. Para facilitar o processo de compreensão, o professor deve estar próximo e à frente do aluno. Deficiência intelectual: não há necessidade de alteração. Ensino médio 07/05/2024, 17:32 Inclusão nas aulas de educação física https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/05438/index.html?brand=estacio# 35/45 2. Dance comigo – para a atividade, são necessários um aparelho de som e um boné ou chapéu. Em círculo, todos dançando e no centro estará o professor com o boné ou chapéu. Quando o professor colocar o chapéu em alguém, essa pessoa deverá dançar como quiser se deslocando até o centro do círculo e os demais deverão imitá-la. Em seguida, essa pessoa escolherá outro integrante do grupo para lhe colocar o chapéu e, assim por diante. Deficiência motora: caso seja necessário, alguém poderá dar o suporte na condução da cadeira. Deficiência visual: não há necessidade de alteração. Deficiência auditiva: não há necessidade de alteração. Deficiência intelectual: não há necessidade de alteração. 3. Arranje um par – os participantes deverão permanecer espalhados pelo pátio e em duplas, mas um estudante fica sem par. As duplas estarão de mãos dadas e executando movimentos combinados e, ao sinal do professor, o aluno que está sozinho irá pegar alguma dupla. A dupla que for pega deverá se desfazer, para que o colega que a pegou possa trocar de lugar com um deles. Em seguida, a dinâmica pode passar a ter mais de um aluno sozinho, ou seja, mais pegadores. Deficiência motora: alguém para conduzir a cadeira ou apoio de outros dois estudantes se a pessoa não usar cadeira. Deficiência visual: na dupla de mãos dadas, o cuidado deverá ser com a sincronicidade e velocidade no deslocamento. Quando for o aluno que está sem par, ele poderá fazer um sinal para que todos parem de correr e, assim, tentará encontrar pelo som a dupla mais próxima. Deficiência auditiva: não há necessidade de alteração. Deficiência intelectual: não há necessidade de alteração. Práticas pedagógicas para alunos com de�ciência Neste vídeo, apresentaremos dicas de atividades para inclusão de pessoas com deficiência, suas possíveis adaptações e pontos de atenção para os ensinos fundamental e médio. 07/05/2024, 17:32 Inclusão nas aulas de educação física https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/05438/index.html?brand=estacio# 36/45 Transtornos da aprendizagem e aulas inclusivas As aulas de educação física contribuem de forma substancial para a inclusão de alunos com transtornos de aprendizagem. Confira algumas atividades que podem ser propostas com essa finalidade: Competência “Reconhecer as práticas corporais como elementos constitutivos da identidade cultural dos povos e grupo.” (BNCC, 2018, p. 223). Unidade temática Brincadeiras e jogos/danças. Habilidade “Explicar, por meio de múltiplas linguagens (corporal, visual, oral e escrita), as brincadeiras e os jogos populares do contexto comunitário e regional, reconhecendo e valorizando a importância desses jogos e brincadeiras para suas culturas de origem.” (BNCC, 2018, p. 227) Atividade 1. Quem mudou de lugar? – a atividade inicia com os alunos dispostos em um círculo, sendo que um deles observará todos os colegas e, em seguida, sairá do local por 30 segundos. Nesse momento, 2 ou 4 alunos trocam de lugar. Ao retornar, esse aluno deverá dizer quem trocou de lugar. Dislexia/discalculia: não há necessidade de alteração. 2. Brincadeiras de Roda – realizar com os alunos brincadeiras com cantigas de roda como: Roda Cotia, Adoleta, Ciranda Cirandinha, Batata Quente, Escravo de Jó, entre outras. Dislexia/discalculia: não há necessidade de alteração. Ensino fundamental I 07/05/2024, 17:32 Inclusão nas aulas de educação física https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/05438/index.html?brand=estacio# 37/45 3. A toca do rato – os alunos serão os ratinhos e estarão posicionados em uma fileira no fundo da quadra. No centro da quadra, demarque uma área de aproximadamente quatro metros, que será a porta da toca (coloque um cone de cada lado). Selecione um aluno que será o gato e este terá a missão de proteger a porta da toca para que os ratinhos não voltem para casa. Ao sinal do professor, os alunos “ratinhos” que estão nas extremidades da fileira (o primeiro e o último) saem correndo e tentam passar pela porta para chegar ao outro lado da quadra. Os ratinhos obrigatoriamente têm de passar pela área demarcada, ou seja, entre os cones. O gato deve correr lateralmente na área demarcada e quem for pego ficará sentado em local predeterminado. A brincadeira termina quando todos os “ratinhos” da fileira já tentaram passar pela porta da toca. Conte quantos ratinhos foram pegos pelo gato. Reinicie a brincadeira escolhendo outro gato. Dislexia/discalculia –não há necessidade de alteração. Competência “Experimentar, desfrutar, apreciar e criar diferentes brincadeiras, jogos, danças, ginásticas, esportes, lutas e práticas corporais de aventura, valorizando o trabalho coletivo e o protagonismo.” (BNCC, 2018, p. 223) Unidade temática Ginásticas/lutas. Habilidade “Experimentar e fruir exercícios físicos que solicitem diferentes capacidades físicas, identificando seus tipos (força, velocidade, resistência, flexibilidade) e as sensações corporais provocadas pela sua prática.” (BNCC, 2018, p. 233) Atividade 1. Cicruito funcional – montar um circuito com estações de exercícios básicos e que simulem movimentos naturais do ser humano como: corrida, andar carregando alguma coisa, abaixar, levantar, subir degraus, sentar-se e levantar-se, pegar objetos e outras atividades do dia a dia. Use a maior quantidade de possibilidades que conseguir. Dividir os alunos e orientá-los sobre o que fazer em cada estação e dividir por tempo de realização em cada estação do circuito. Ensino fundamental II 07/05/2024, 17:32 Inclusão nas aulas de educação física https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/05438/index.html?brand=estacio# 38/45 Dislexia/discalculia: não há necessidade de alteração. 2. Circuito ginástico – montar um circuito com diferentes práticas ginásticas. Em cada ponto o aluno deve realizar um tipo de ginástica diferente, Ex.: Ponto 1 – exercícios da musculação; Ponto 2 – alongamentos; Ponto 3 – crossfit; Ponto 4 – step. Os alunos deverão passar por cada ponto e realizar a atividade e os exercícios propostos e explicados pelo professorpreviamente, por 4 a 5 minutos, e rodar o circuito duas vezes. Dislexia/discalculia: não há necessidade de alteração. 3. Capoeira – distribuir os alunos individualmente em quadra, se possível com um arco para cada aluno ou um giz para desenhar um triângulo virado no chão. Realizar a progressão da ginga usando o espaço do arco ou do triângulo. O aluno inicia parado à frente do espaço (no triangulo, pés nas pontas de cima; no arco, os pés separados lateralmente). Iniciar a movimentação deixando o pé da frente parado e colocando o outro atrás do espaço demarcado. Do mesmo lado do corpo em que o pé foi para trás, usar a mão para proteger o rosto e progredir a aula incluindo outros golpes e movimentos. Em seguida, os alunos podem realizar esses movimentos posicionados um de frente para o outro, de forma espelhada. Nesse caso, as duplas podem ser constantemente modificadas. Dislexia/discalculia: não há necessidade de alteração. Competência “Identificar a multiplicidade de padrões de desempenho, saúde, beleza e estética corporal, analisando, criticamente, os modelos disseminados na mídia e discutir posturas consumistas e preconceituosas.” (BNCC, 2018, p. 223) Unidade temática Ginásticas/qualidade de vida. Habilidade “Analisar os diálogos e conflitos entre diversidades e os processos de disputa por legitimidade nas práticas de linguagem e suas produções (artísticas, corporais e verbais), presentes na cultura local e em outras culturas.” (BNCC, 2018, p. 493) Atividade 1. Treino funcional direcionado – montar uma sequência de Ensino médio 07/05/2024, 17:32 Inclusão nas aulas de educação física https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/05438/index.html?brand=estacio# 39/45 exercícios, começando por movimentos de mobilidade articular, liberação tensional, alongamentos e passar para exercícios de força, usando o peso do corpo e terminando novamente com alongamentos. Pensar em exercícios que trabalhem a maior parte das articulações e musculaturas possíveis. Dislexia/discalculia: não há necessidade de alteração. 2. Pilates Solo – separar os alunos em espaços individuais, se possível um colchonete para cada aluno ou um tatame para preservar os alunos de um contato direto com o solo. Iniciar as atividades falando sobre a importância do controle da respiração durante os exercícios no pilates. Realizar uma sessão de alongamentos para o máximo de grupos musculares e articulações possíveis, passando por uma progressão, de mobilidade articular, flexibilidade e relaxamento. Dislexia/discalculia: não há necessidade de alteração. 3. Uso e diferenciação entre esteroides e suplementos alimentares – discutir sobre o que são, para que servem, o motivo pelo qual são usados, quais seus reais objetivos e para que foram criados os medicamentos esteroides e os suplementos alimentares. Dislexia/discalculia: caso sejam solicitadas uma pesquisa e a produção de um trabalho escrito ou em forma de apresentação para a turma, recomenda-se valorizar mais o conteúdo do que eventuais erros textuais. Você acabou de observar diversos exemplos de aulas com foco na inclusão. Observe que, para que esse processo possa ocorrer considerando o coletivo, o mais importante é que cada aula e cada atividade foram sugeridas de forma que crianças e adolescentes com algum tipo de deficiência ou transtorno não ficassem em evidência, pois é assim que devemos percorrer com nossa prática social, respeitando as diferenças, mas sem julgar as pessoas como incapazes de se manifestarem em grupo. Transtornos da aprendizagem e aulas inclusivas 07/05/2024, 17:32 Inclusão nas aulas de educação física https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/05438/index.html?brand=estacio# 40/45 Neste vídeo, apresentaremos dicas de atividades para inclusão de pessoas com transtornos da aprendizagem e suas possíveis adaptações para os ensinos fundamental e médio. Falta pouco para atingir seus objetivos. Vamos praticar alguns conceitos? Questão 1 Na atividade “Twister”, proposta para o ensino fundamental I, o objetivo é possibilitar a realização de uma aula inclusiva, em especial, que promova a participação com qualidade de estudantes com TDAH e TEA. Para crianças com TDAH nesta faixa etária (vamos considerar entre os 6 e 10 anos de idade), as primeiras tentativas da atividade mencionada se tornam um grande desafio, pois A a atividade em si gera baixa estimulação e, por isso, pouca efetividade. B o nível de concentração exigido está além das capacidades desses alunos. C essas crianças podem, no início, ter dificuldades de manter o foco atencional. D a habilidade de planejar cada movimento antecede a intencionalidade dele. 07/05/2024, 17:32 Inclusão nas aulas de educação física https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/05438/index.html?brand=estacio# 41/45 Parabéns! A alternativa C está correta. No início, as dificuldades podem ocorrer principalmente em função da diversidade de estímulos (cores, formas, objetos, movimentos e pessoas). Contudo, o desafio de executar cada movimento correto e a dinâmica de troca de posições poderá se tornar o grande incentivador para o estudante. Questão 2 Com vistas a uma aula inclusiva sobre qualidade de vida no ensino médio com adolescentes que possuem dislexia, foi indicada a atividade “Uso e diferenciação entre esteroides e suplementos alimentares”. No texto, há a recomendação para que, nessa atividade, caso haja produção textual, o conteúdo tenha maior significado no processo avaliativo. Assinale a alternativa que justifica essa recomendação: E a relação entre hiperatividade e controle emocional está em constante desequilíbrio. A O aluno com dislexia apresenta dificuldades no processo de leitura e, por isso, a apresentação pessoal é o caminho mais indicado. B O conteúdo aprendido poderá revelar dificuldades na expressão em forma de escrita e, por isso, a leitura em voz alta é melhor recomendada. C O aluno tem uma capacidade de expressão verbal que supera suas limitações com relação à escrita, sendo esta uma habilidade que não deve ser avaliada. D Como fator motivacional, o aluno deve ser convidado a expor o que aprendeu de forma oral e a produção textual se torna um elemento que agrega maior valor ao contexto. 07/05/2024, 17:32 Inclusão nas aulas de educação física https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/05438/index.html?brand=estacio# 42/45 Parabéns! A alternativa E está correta. É possível que estudantes com dislexia apresentem erros ortográficos, o que é natural para esse tipo de transtorno de aprendizagem. Como o foco da educação física é saber se o aprendente construiu conhecimento acerca do tema proposto (alimentação e qualidade de vida), avaliar os erros que fazem parte do quadro da dislexia pode causar desmotivação no aluno. Considerações �nais Como vimos, a inclusão na escola deve implicar na criação de estratégias para que todos os estudantes possam participar, e incluir não se restringe a pensar apenas naqueles alunos com deficiências e transtornos. Contudo, é fundamental ter conhecimento sobre as características que se apresentam em aprendentes com transtornos neurobiológicos, transtornos de aprendizagem e deficiências. As aulas de educação física na escola devem ser um espaço para que toda e qualquer diferença possa ser percebida no coletivo como aquilo que constrói a identidade de um grupo e que é direito de todos participarem. Além disso, apresentamos atividades a serem aplicadas ao grupo com as ponderações e observações necessárias, considerando a presença de estudantes com transtornos e deficiências. Podcast E Considerar maior pontuação nas questões gramaticais pode significar o reducionismo da capacidade do aluno a fatores que não expressam o que foi aprendido no tema proposto. 07/05/2024, 17:32 Inclusão nas aulas de educação física https://stecine.azureedge.net/repositorio/00212sa/05438/index.html?brand=estacio# 43/45 Para encerrar,ouça sobre a rotina escolar necessária para inclusão de alunos com deficiências, transtornos do neurodesenvolvimento e transtornos de aprendizagem. Explore + Para aprofundar seus conhecimentos sobre o conteúdo abordado: Assista ao vídeo Educação física inclusiva, conceitos e abordagens, disponível no canal Academia de Quinta, no YouTube. Leia o artigo Educação física inclusiva e autismo: perspectivas de pais, alunos, professores e seus desafios, de Schliemann, Alves e Duarte, de 2020, e veja as necessidades e desafios frente ao ensino de autistas. Referências ABDA. O que é TDAH? Consultado na internet em: 15 nov. 2022. BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: Ministério da Educação, 2018. DARIDO, S. C. Educação física na escola: questões e reflexões. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. MARTINS, F. Entre 5% e 8% da população mundial apresenta Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade. Ministério da Saúde, 2022. Consultado na internet em 09 jan. 2023. RECHINELI, A.; PORTO, E. T. R.; MOREIRA, W. W. Corpos deficientes, eficientes e diferentes: uma visão a partir da educação física. Revista brasileira de educação especial 14 (2), ago./2008. 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