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1 _Até qual idade a icterícia é considerada fisiológica_

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1. Até qual idade a icterícia é considerada fisiológica?
Os níveis séricos de bilirrubinas em recém-nascidos (RN) são crescentes logo após
o nascimento. Aproximadamente 60% dos RN a termo e 80% dos pré-termos
apresentam hiperbilirrubinemia clinicamente visível na primeira semana de vida.
ICTERÍCIA FISIOLÓGICA:
- Só pode ser considerada fisiológica de surgir DEPOIS
de 24h de vida;
- 100% dos RNs têm BT > 1,0 mg/dL;
- Icterícia evidente (sinal clínico) quando BT > 5 mg/dL;
- 60% dos RNs a termo e 80% dos RNs prematuros;
- Pico de bilirrubinemia entre o 2º e o 5º dia de vida;
- Regressão total por volta de 2 semanas.
Fonte: Tratado de Pediatria
Diagnóstico Diferencial
Icterícia fisiológica
Icterícia de origem benigna que ocorre em 25-60% dos RN, sem alteração no
metabolismo da bilirrubina. No RN a termo a hiperbilirrubinemia pode atingir valores
de 12-15 mg/dl entre o 3º e o 5º dia de vida e nos pré-termos, o pico é de até 12-17
mg/dl entre o 5º e o 7º dia. A hiperbilirrubinemia fisiológica costuma regredir em uma
semana nos RN a termo e até o 10º dia de vida nos prematuros.
Icterícia ligada à amamentação ao seio
Icterícia por baixo aporte de leite, levando ao aumento da circulação entero-hepática
de bilirrubina. Ocorre em até 13% dos RN em aleitamento materno exclusivo, com
pico de hiperbilirrubinemia maior que 12 mg/dl.
Icterícia pelo leite humano
Icterícia que ocorre em 2-4% dos RN por uma provável interferência de fatores
presentes no leite materno com o processo de conjugação da bilirrubina. A
hiperbilirrubinemia pode atingir um pico de 20 mg/dl por volta do 14º dia de vida,
com redução gradual em até 12 semanas. Em certos casos, intervenção médica se
fará necessária.
Icterícia patológica
Icterícia que ocorre por sobrecarga de bilirrubina no hepatócito, deficiência/inibição
da conjugação da bilirrubina ou colestase. Frequentemente, a bilirrubina sérica já
atinge nível maior que 12 mg/dl nas primeiras 24 horas de vida.
Fonte: BVS
2. Quais são as causas de icterícia em lactentes? Como a icterícia é
classificada? Quais são as suas consequências?
Apesar da maior parte das icterícias do período neonatal ser por hiperbilirrubinemia
indireta, o pediatra deve estar atento para a possibilidade do diagnóstico de
colestase diante de todo recém-nascido cuja icterícia persista além dos 14 dias de
vida. Nessa situação, impõem-se a dosagem das bilirrubinas (total e fração) e a
observação de colúria, hipocolia ou acolia fecal. Se existem sinais clínicos evidentes
de colestase ou a bilirrubina direta apresenta nível igual ou superior a 20% da
bilirrubina total, conclui-se que se trata de uma hiperbilirrubinemia direta – evento
patológico, tornando imprescindível a investigação de uma doença hepatobiliar.
É necessário o encaminhamento urgente para um centro de referência que
disponha de recursos propedêuticos adequados e equipes clínica e cirúrgica
experientes, com a finalidade de diagnosticar a causa da colestase em tempo hábil
e, principalmente, iniciar seu tratamento.
As causas podem ser: icterícia desencadeada pelo leite materno ou colestase
neonatal.
A colestase neonatal é o aumento prolongado da hiperbilirrubinemia conjugada. Ela
pode ser intra-hepática ou extra-hepática. As causas intra-hepáticas podem estar
relacionadas com infecções e distúrbios metabólicos ou endócrinos. A causa
extra-hepática mais comum é a atresia biliar, que caracteriza o estreitamento do
ducto biliar, não permitindo a passagem da bile para o intestino.
A amamentação pode causar icterícia de duas maneiras, que são denominadas
Icterícia associada à amamentação (mais comum)
Icterícia do leite materno
A icterícia associada à amamentação se desenvolve nos primeiros dias de vida e
normalmente se resolve na primeira semana. Ela ocorre em recém-nascidos que
não consomem leite materno suficiente, por exemplo, quando o leite materno ainda
não está sendo produzido em quantidade suficiente. Esses recém-nascidos têm
menos evacuações e, assim, eliminam menos bilirrubina. À medida que os
recém-nascidos continuam a amamentar e a consumir mais leite, a icterícia
desaparece por conta própria.
A icterícia do leite materno é diferente da icterícia associada à amamentação, pois
ela tende a ocorrer mais para o final da primeira semana de vida e pode se resolver
até a segunda semana de vida ou persistir por vários meses. A icterícia do leite
materno é causada por substâncias no leite materno que interferem com o processo
que o fígado segue para eliminar a bilirrubina do organismo.

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