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MERCADO DE TRABALHO E GESTÃO DE CARREIRA MERCADO DE TRABALHO NA EDUCAÇÃO GESTÃO DE CARREIRAS DOS PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA. MERCADO DE TRABALHO E GESTÃO DE CARREIRAS DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO Carreira significa caminho estreito, fileira, pista de corrida, trilha. Quando falamos em carreira profissional, entendemos carreira como uma trilha ou conjunto de experiências de um indivíduo no campo profissional, geralmente até sua aposentadoria. A gestão de carreira pode ser feita pela organização, pelo indivíduo ou por ambos. Até a década de 1990, a organização desempenhava o papel de protagonista no planejamento das carreiras desenhando carreiras internas para que seus colaboradores desenvolvessem toda a sua trajetória profissional no mesmo lugar. Os trabalhadores sabiam claramente quais eram os passos e objetivos que deviam alcançar, os cargos aos quais podiam aspirar, assim como os patamares de salários que lhes esperavam com o passar dos anos na empresa. Atualmente o cenário mudou. Os mercados são mais voláteis, as empresas devem se readaptar constantemente às novas tecnologias para sobreviver e as condições de trabalho são mais instáveis. Ao mesmo tempo, as prioridades das novas gerações são diferentes, as quais olham a mobilidade e a reorientação nas suas carreiras com mais normalidade. Partindo dessas premissas, observamos como o gerenciamento da carreira passou a ser uma iniciativa principalmente pessoal .As organizações podem, no melhor dos casos, auxiliar nessa tarefa, mas está nas mãos de cada indivíduo planejar, direcionar e desenvolver sua própria carreira. Para isso, é importante o autoconhecimento, bem como o conhecimento do mercado de trabalho. Quando pensamos na escolha da profissão, muitas vezes pensamos no salário primeiro, mas não é o caso quando escolhemos fazer" Pedagogia" vira uma missão pelo amor que temos em ensinar pequenos indivíduos no conhecimento das letras, linguagem ,escrita e leitura ,na formação de palavras e frases de uma forma lúdica , brincando com as letras e as vogais , com imagens representadas, e na formação de palavras e frases através da escrita, leitura e na linguagem oral , para atuar em Instituições de Ensino particulares e públicas. DESENVOLVIMENTO: Iniciei minha carreira em 2017,na formação em Pedagogia,(Universidade Vale do Rio Verde - Unincor) em Três Corações minha cidade natal logo após continuei meus estudos me especializando 1º Especialização: Psicopedagogia Institucional e Clínica em Educação Infantil,(Faculdade Futura - Votuporanga -SP-EAD) 2º Especialização:Educação Especial, Inclusiva e Neuropsicopedagogia , Institucional e Clínica (Faculdade Futura - Votuporanga -SP) 3º Especialização: Gestáo Educacional, supervisão, orientação e Inspeção Escolar - Instituto Federal do Sul de Minas -IFSULDEMINAS -Três Corações -MG)como um sonho realizado em ajudar e ensinar todos os alunos que o futuro me reservava em minha jornada acadêmica de trabalho. Passei por várias etapas de ensino desde da Educação Infantil ao Ensino Fundamental 1 e Educação Especial. Atualmente continuo estudando realizando mais um sonho, cursando 2º graduação em Letras ,Libras e Língua Portuguesa pela Universidade Estácio de Sá - Polo em Três Corações - MG Quando me formei em Pedagogia a maioria das escola ainda usava os métodos tradicionais de ensino, como Paulo Freire, Jean Píaget, Anísio Teixeira, Darcy Ribeiro entre outros. Diante de muita leitura e trabalhos universitários, fui me preparando e desenvolvendo meus conhecimentos e aprendizados e realizando meus planejamentos futuros com muita aprendizagem, motivação e determinação no que realmente queria desenvolver para minha Gestão de Carreira profissional. Educadores foram peças fundamentais para a construção desse entendimento e foram e ainda são referência nacional e internacional no debate, demarcando o direito à educação como estruturante das bases para a conquista de um país justo, solidário e democrático. Meus pontos mais fortes, são a empatia, o respeito em compreender cada fase de aprendizagem das crianças, logo que entram na fase escolar, sabendo ouvir com muito diálogo e compreensão, respeitando cada fase de seu desenvolvimento e crescimento escolar, com uma didática dinâmica e lúdica para cada uma delas, ou seja os ciclos de aprendizagem, de acordo com o Projeto Político Pedagógico e o Currículo escolar de cada escola de acordo com a BNCC(Base Nacional Comum Currícular). Sabemos que cada criança já entra na escola com uma bagagem de conhecimentos e experiências próprias, através do convívio familiar, sua cultura , suas tradições, e é através desses conhecimentos que começo meus planejamentos escolares. As oportunidades vem de o profissional saber trabalhar em equipe , sempre antenado as atualidades, fazendo pesquisas , estudando sempre, ter uma convivência com todos os membros da escola desde os funcionários, profissionais da educação, e principalmente com os pais dos alunos que são membros importantíssimos na comunidade escolar que estão inseridos, trabalhar com a inclusão de alunos especiais e com dificuldades de aprendizado, sempre incluir e nunca excluir, todos tem direito a educação, independente de sua raça ou etnia. As oportunidades ,os conflitos e desafios vem com a prática e o convívio diário dentro de sala de aula, junto aos alunos. As atividades são organizadas e desenvolvidas de acordo com as idades dos alunos seus conhecimentos prévios em cada ciclo do ensino e aprendizagem das crianças. A determinação e objetivos , boa educação, o comprometimento das metas de ensino, são adicionados de acordo que o profissional vai adquirindo mais experiência. Os pontos fracos já são de acordo com a falta de foco, um planejamento mal construído, a falta de ética profissional ,a falta de respeito com a diversidade, o preconceito compromisso e responsabilidade de corresponder com o Projeto Político Pedagógico e o Currículo escolar de cada escola. As ameaças vem com evasão escolar a falta de interesse do aluno, de querer aprender, aulas cansativas sem motivação e determinação, o preconceito com o que é diferente, e a falta de respeito com a diversidade dentro de sala de aula e fora dela. A mudança vem com os profissionais preparados com formações continuadas e determinados aos seus objetivos, propósitos, em suas metas e metodologias de ensino, para que a sociedade tenha um olhar diferenciado e passe a tratar todos iguais, a começar pelos próprios alunos, dentro de sala de aula. As metodologias de ensino tem que ser inovadoras e estar sempre atualizadas com a maneira de aplicá-las, para que os alunos sejam motivados em seus aprendizados, de maneira criativa, lúdica ,inovadora e interessante. Gestão de carreira, vem com olhar do profissional na determinação de seus objetivos e propósitos de até onde quer chegar, passando por todas as etapas da educação até chegar no ensino superior como professor ,pesquisador , cada um tem seus sonhos e metas de vida, o amor a profissão faz com que você busque está realidade, com muita força, foco, fé. A educação de nosso país ainda precisa de muitas melhorias até chegar numa educação de qualidade, a começar pela valorização e reconhecimento dos profissionais da educação, pelas políticas públicas seja dos órgãos estaduais , municipais , os salários oferecidos aos professores estão desatualizados , na maioria das vezes o professor leva trabalhos para , casa nos finais de semana, porque não dá tempo de fazer na escola, as reuniões pedagógicas são cansativas, sem muitas expectativas de melhoria no ensino, uma importância que podemos observar é que os pais estão mais presentes e preocupados com o desenvolvimento de seus filhos na escola, ajudando-os nas tarefas de casa, isso é um ponto positivo de melhorias, são participativos nas reuniões de pais, estão sempre atentosá tudo que acontece âmbito escolar. 1 - Atividade de alfabetização: Como ensinar a letra S para as crianças? O surgimento da Neuroalfabetização vem como uma ferramenta poderosa no contexto educacional, já que oferece informações valiosas para o aprendizado eficaz das nossas crianças. Neste texto, exploraremos a compreensão e aplicação prática desses conceitos, por meio de quatro dicas essenciais para tornar a neurociência acessível e útil no dia a dia da sala de aula. O que é Neuroalfabetização? A Neuroalfabetização refere-se à compreensão dos princípios fundamentais de como o cérebro funciona, aprende, processa informações e se desenvolve ao longo da vida. Além disso, esta compreensão é crucial para os professores, pois lhes permite adaptar as suas práticas de ensino conforme as necessidades individuais dos alunos, otimizando assim o processo de ensino e aprendizagem. 4 dicas de Neuroalfabetização, na prática Para que você tenha sucesso em sala de aula, separamos algumas dicas importantes que vão te ajudar. 1. Estimule a exploração sensorial: A exploração sensorial é fundamental para o desenvolvimento cognitivo das crianças, pois ativa múltiplas áreas do cérebro. Além disso, ao estimular a exploração de diferentes texturas, estamos promovendo a conexão neural e a capacidade de processamento sensorial. Exemplo: Monte uma estação de exploração sensorial com recipientes de diferentes texturas, como arroz, algodão, areia e massinha. Além disso, incentive as crianças a mexer, sentir e descrever as sensações táteis de cada material. 2. Brinque com sons e ritmos: A exploração de sons e ritmos é uma forma poderosa de estimular o desenvolvimento auditivo e linguístico das crianças. Além disso, ao experimentar diferentes sons e ritmos, estamos fortalecendo as conexões neurais envolvidas na percepção auditiva e na consciência fonológica. Exemplo: Organize uma sessão de música e movimento, onde as crianças possam experimentar diferentes instrumentos musicais e criar ritmos corporais. 3. Use jogos de encaixe e classificação: Os jogos de encaixe e classificação são excelentes para desenvolver habilidades de resolução de problemas e pensamento lógico. Portanto, ao desafiar as crianças a organizar e categorizar objetos, estamos promovendo a organização mental e o desenvolvimento de habilidades de discriminação visual e cognitiva. https://institutoneurosaber.com.br/artigos/atividade-de-alfabetizacao-como-ensinar-a-letra-s-para-as-criancas/ https://institutoneurosaber.com.br/artigos/jogos-educativos-desbloqueie-o-desenvolvimento-cognitivo/ https://institutoneurosaber.com.br/artigos/sensibilidades-sensoriais-em-criancas-autistas-como-lidar/ ENSINO FUNDAMENTAL 1 E 2 A educação básica é formada por três etapas – educação infantil, ensino fundamental e ensino médio. A educação superior, por sua vez, abrange os cursos sequenciais, de graduação, de pós- graduação e de extensão. Ao longo de séculos, o sistema educacional brasileiro passou por inúmeras reformas. Atualmente, a normativa soberana, que pauta a estrutura organizacional atual de ensino, é a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), de 1996. Dedicando-se a regulamentar os estabelecidos na Constituição Federal, a LDB sistematizou a educação do país em níveis, etapas e modalidades educativas. No que se refere à organização em níveis, a LDB dividiu a educação em duas competências de ensino: o Básico e o Superior. Em seu artigo 22, a Lei estabelece como premissa para a Educação Básica o compromisso de: (…) desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhes meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores. (BRASIL, 1996). Essa primeira etapa educacional visa a formação cidadã dos indivíduos brasileiros. Considerada uma das principais prioridades para os processos de mudança social, a Educação Básica está entre os objetivos de Educação para Todos da UNESCO, que defende o acesso à educação obrigatória e de boa qualidade para todos. Para delimitar os espaços temporais e pedagógicos da trajetória do aluno ao longo desse período de vida escolar, a Educação Básica é formada por três grandes etapas: a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio. Dispondo cada uma dessas fases de intencionalidades educativas particulares, é a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) o documento que estabelece as diretrizes, habilidades e conhecimentos considerados essenciais e indispensáveis para desenvolvimento das crianças e jovens em cada uma dessas etapas. Esses segmentos poderão ser organizados em ciclos, anos ou séries, atentando-se às disposições quanto as idades indicadas como adequadas para cada nível. Soma-se a isso as observâncias quanto a carga-horária e as aprendizagens essenciais esperadas em cada etapa da escolaridade. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm https://pt.unesco.org/fieldoffice/brasilia http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ AS ETAPAS DA EDUCAÇÃO BÁSICA Cada uma das etapas da Educação Básica tem especificidades e demandas pedagógicas próprias para cada uma das fases da escolarização. Mesmo que as dez Competências Gerais para a Educação Básica estabelecidas pela BNCC perpassem todos os segmentos desse nível de ensino, cada uma delas tem objetivos de aprendizagem e desenvolvimento que devem ser observados. ENSINO FUNDAMENTAL A etapa do Ensino Fundamental é a mais longa da Educação Básica. Com nove anos de duração, essa fase de escolarização atende a estudantes entre 6 e 14 anos. Segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), essa etapa escolar “terá por objetivo a formação básica do cidadão”, mediante: I – o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo; II – a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade; III – o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores; IV – o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social. (BRASIL, 1996). Dividido em duas fases – Anos Iniciais e Anos Finais – toda a extensão do Ensino Fundamental está organizada em cinco áreas do conhecimento. Cada uma delas se desdobra em componentes curriculares (ou disciplinas) e apresenta competências específicas de área – uma retomada das dez competências gerais da BNCC – que devem ser trabalhadas ao longo de todos os anos do segmento. EDUCAÇÃO ESPECIAL Essa modalidade busca tornar acessível o ensino a indivíduos com algum tipo de deficiência, seja ela física ou mental. Ela deve ser desenvolvida de forma inclusiva, com apoio complementar específico, quando necessário. Segundo a LDB: Art. 58. Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. (BRASIL, 1996). A Educação Especial é uma modalidade de ensino que requer currículos, métodos e técnicas específicos, considerando a inclusão do aluno ao ambiente escolar e ao convívio social. Esse deve ser um compromisso de todos os agentes da educação – professores, gestores, pais e responsáveis, alunos e comunidade -, como falaremos a seguir! ESCOLA INCLUSIVA: UMA EDUCAÇÃO PARA TODOS Atendendo aos marcos regulatórios da educação do país, a escola deve ser um espaço de aprendizagem e de democracia inclusiva, ou seja, deve matricular todos os alunos, sem distinções, e oferecer condições estruturais e didático-pedagógicas para todos. Para ser efetivamente uma escola inclusiva, é preciso asseguraro atendimento à diversidade humana e ser capaz de prover uma educação de alta qualidade a todas as crianças. https://blogsomoseducacao.com.br/escola-inclusiva/ https://blogsomoseducacao.com.br/escola-inclusiva/ Para isso, o primeiro passo é eliminar qualquer tipo de prática excludente, pressupondo a igualdade de oportunidades, garantindo o acesso, a participação e a aprendizagem de todos, sem exceção. Além disso, é preciso observar os princípios da educação inclusiva e investir na formação de educadores. 7 DICAS PARA IMPLEMENTAR A PEDAGOGIA DE PROJETOS EM SUA ESCOLA Chave é integrar o trabalho do coordenador com o dos professores e respeitar o interesse dos alunos. Projeto é um termo muito presente nas escolas. Chega até a ser banalizado, às vezes. Encontramos sempre diferentes concepções e projetos distintos, desde aqueles que partem de datas comemorativas e compreendem uma sequência de atividades com coelhos da Páscoa, personagens do Folclore, entre outros, até os que criam melhorias para a escola ou o bairro onde estão inseridos. Tem também os projetos que envolvem uma escola toda ou somente um pequeno grupo de crianças. Mas afinal, será tudo projeto mesmo? Foi com essa dúvida que cheguei à coordenação pedagógica, onde fui incumbida, logo nos primeiros dias, da tarefa de escolher o projeto daquele ano para toda a escola: Meio Ambiente? Contos de Fadas? O que vai ser? Não sabia… Comecei a ouvir falar mais profundamente de projetos na faculdade. Lá conheci um pouco da obra do educador espanhol Fernando Hernandez, que traz uma concepção de projetos centrada no aluno. Imediatamente me identifiquei e trouxe para minha experiência a máxima de que projetos só são projetos quando atendem aos desejos, interesses e/ou necessidades dos alunos. Mas, como saber sobre o que se interessam mais de setecentos alunos? Eu teria a sorte de todos eles estarem curiosos sobre o mesmo assunto? Obviamente não, e nem foi naquele ano que consegui fazer algo próximo daquilo em que acreditava. O tema mais fácil naquele momento era meio ambiente. Fomos por esse caminho. 2 - JORNADA DOS PROFESSORES Alguns anos depois, os avanços Com o tempo, você vai descobrindo que a sua concepção não precisa ser a única, nem a mais correta, mas que pode ser uma metodologia escolhida por um grupo de educadores e gestores. Esta metodologia que hoje rege nosso trabalho é a que pretendo socializar aqui no blog. Não por ser a melhor, mas por ser a alternativa encontrada por nós para dar mais sentido a aprendizagem de nossos alunos. Afinal, não seria esse um de nossos maiores desafios hoje em dia? Trabalhar com projeto de escolha do aluno é, antes de tudo, estar preparado para os temas mais inusitados, bem como estar aberto a aprender junto com eles e, principalmente, a ensiná-los a questionar e saber como procurar e encontrar suas respostas. Já passamos pelo estudo das novelas, fenômenos da natureza, trânsito, origem da pizza, entre muitos outros. No entanto, observamos que os temas ficavam sempre em torno das Ciências Naturais ou História, então criamos projetos com assuntos em comum e que pudessem abranger a escolha de todos, mesclando com o que considerávamos importante fazer parte desse repertório. Surgiram os Projetos Estruturantes, três ao longo do ano: Literatura, Cultura Popular e Ciências. E a partir daí, seguimos as etapas – e o coordenador perpassa por todas elas: 1. Aula ou Semana Inaugural: Antes de iniciar um projeto é feito um momento disparador, onde os alunos são colocados em contato com um grande tema gerador (referente ao projeto estruturante da vez) e suas inúmeras possibilidades. Essa aula inaugural pode ser uma grande conversa no pátio, uma rodada de filmes, um passeio pelo jardim da escola ou pelo bairro, um rodízio de oficinas etc. 2. Votação: Após esse período inicial de descobertas, as crianças sentam em roda e começam a levantar, dentre tudo o que viram, os assuntos nos quais têm maior interesse. O professor, mediador e peça fundamental desse processo, anota as questões levantadas pela turma e em votação escolhem o tema que será estudado pela sala ou por um grupo de crianças. 3. Roteiro de trabalho: Escolhido o tema, a turma começa a preencher este roteiro que criamos a partir das inspirações do curso “Fazer a Ponte no Brasil” sobre a portuguesa Escola da Ponte, uma das pioneiras nesse trabalho. No roteiro, as turmas escrevem o que querem aprender sobre o tema, por que fizeram essa escolha e como vão fazer para chegar às respostas de todas as suas dúvidas. O último item é preenchido somente pelo professor, que tem a tarefa de relacionar os conteúdos curriculares ao tema escolhido, encontrando o que há de possibilidades de aprendizagem na Matemática, Português, Artes e assim por diante. Essa é uma das grandes sacadas do projeto, porque compreende o papel da escola de passar os conhecimentos historicamente acumulados, em uma perspectiva que o aproxima da criança, uma vez que faz relação àquilo que deseja conhecer. 4. Revisão e acompanhamento: Finalizado o roteiro é hora de começar os trabalhos e é aí que o papel do coordenador é essencial! É ele que revisa os projetos e auxilia o professor na ponte entre os conteúdos e o trabalho de pesquisa. 5. Saídas pedagógicas: Durante o projeto são realizados também diversos passeios para agregar à pesquisa, o que pode ser extremamente desafiante se você imaginar que cada sala da escola poderá caminhar para um lugar completamente diferente, como também pode ser bastante enriquecedor, já que todo lugar passa a ser um espaço de aprendizagem, como a feira livre, a padaria do bairro, a casa de um morador antigo etc. Para essa tarefa, a parceria entre o trio de gestores (diretor, vice-diretor e coordenadora) é muito importante, porque assim as tarefas de agendamento, aluguel de ônibus e autorizações são divididas. 6. Trocas e comunicação: Projetos tão diferentes dentro de uma mesma escola podem isolar as turmas e afastar a troca de experiências entre os professores, por isso, novamente a figura do coordenador se faz necessária para religar todo mundo, estabelecendo o diálogo como fonte central do trabalho formativo da equipe escolar. Uma das alternativas que encontrei, foi o painel “Preciso de Ajuda/Posso ajudar”. No painel, há a relação de todos os projetos da escola e lá os professores fazem seus pedidos de ajuda e trocam com os colegas. 3 - EDUCAÇÃO ESPECIAL Você já se perguntou quem é o público-alvo do Atendimento Educacional Especializado (AEE)? Não são apenas as crianças com deficiências e transtorno do espectro autista, são também as crianças com altas habilidades e superdotação. Nenhuma criança ou jovem com deficiência deve estar fora da escola. Já matriculado, o estudante precisa se desenvolver em sala de aula e saber que, se necessário, pode contar com o apoio do AEE, que é um serviço de apoio à sala de aula comum .A inclusão de alunos com deficiência na Educação Básica tem aumentado nos últimos anos. O Censo Escolar de 2018 aponta o número de matrículas de alunos em classes regulares ou em classes especiais exclusivas chegou a 1,2 milhão em 2018. O aumento é de 33,2% comparado ao ano de 2014.A prática da inclusão, porém, ainda é um desafio para as escolas, pois envolve não só a mudança dos espaços para o acesso dos alunos, como também a adaptação das práticas pedagógicas para uma Educação mais inclusiva. Para isso, é fundamental que o gestor escolar esteja preparado para auxiliar a equipe nesse processo. “A busca para um espaço escolar mais inclusivo passa pela formação continuada dos professores”, destaca Tatiana Pita, psicopedagoga e assessora pedagógica do Grupo Somos Educação. Para ela, também é necessário buscar o apoio de psicopedagogos para identificar adaptações necessárias e auxiliar no diálogo com as famílias e nas formações docentes. O ambiente escolar é muitomais do que um espaço de ensino- aprendizagem. É também um espaço de preparação para a vida, de convivência em sociedade, de motivação, é sempre bom lembrar que todos os envolvidos nesse contexto são pessoas. E surpresas e gentilezas, sem dúvida, fazem grande diferença nas vidas das pessoas. 4 - MEUS ALUNOS DO 5º ANO DO COLÉGIO IMPÉRIO 5 - CORPO DOCENTE DE PROFESSORES . Dia do professor: apesar dos desafios, 8 em cada 10 escolheriam a profissão de novo Salário abaixo do esperado, desvalorização, excesso de trabalho e falta de preparo para encarar os desafios da profissão. Estas são algumas das queixas de professores da rede pública do Brasil apresentadas na pesquisa de opinião realizada pela ONG Todos Pela Educação, em parceria com o Instituto Península, Itaú Social e Profissão Docente. https://www.institutopeninsula.org.br/ https://www.itausocial.org.br/ Apesar dos desafios, 8 em cada 10 entrevistados afirmam que se pudessem decidir novamente, ainda escolheriam ser professor. É o caso de Isabela Pereira Vique, professora de educação infantil da rede municipal do Rio de Janeiro: “Eu não trabalho por amor, até porque acredito que essa ideia contribui para a desvalorização da nossa profissão. Mas trabalho com amor, dedicação e afinco. Apesar das dificuldades, não me enxergo em outra área, a não ser na Educação.” A pesquisa, realizada em 2022, ouviu mais de 6,7 mil professores de escolas públicas do Ensino Fundamental e Médio de todo país. E chegou a algumas conclusões em relação à formação, carreira e desafios da profissão professor. Formação Professores que fazem cursos presenciais saem mais bem preparados para o início da profissão do que os que fazem graduação à distância. 84% dos educadores entrevistados concordam (53% totalmente e 31% em parte) com essa afirmação. 6 - OS DESAFIOS DA PROFISSÃO No entanto, os cursos de Pedagogia e Licenciatura na modalidade EAD têm aumentado consideravelmente no Brasil. Seis em cada dez professores (61,1%) formados em 2020 fizeram graduação à distância. Nos demais cursos do Ensino Superior, esse número cai para menos da metade: 24,6%. 84% dos professores concordam que cursos presenciais formam docentes mais bem preparados Além disso, mais da metade (56%) dos professores entrevistados afirmam não terem recebido orientação específica em seu primeiro ano de docência. O dado serve de alerta, já que estudos demonstram que a curva de aprendizagem é muito mais alta nos cinco primeiros anos de prática. Carreira Apenas 7% dos entrevistados concordam (2%, totalmente / 5%, em parte) que, no Brasil, os professores são tão valorizados quanto médicos, engenheiros e advogados. A professora Isabela Vique acredita que exista uma falta de valorização do trabalho do professor na sociedade. (Foto: acervo pessoal) Além disso, 92% deles gostariam de participar mais do desenho de políticas e programas educacionais de sua rede de ensino. https://todospelaeducacao.org.br/noticias/nota-formacao-professores-ensino-a-distancia/ https://todospelaeducacao.org.br/noticias/nota-formacao-professores-ensino-a-distancia/ E 94% dos professores concordam (68% totalmente e 26% em parte) que a progressão na carreira deve vir por meio da melhoria da prática pedagógica. Em outras palavras, acreditam que professores que conseguem garantir melhores condições de aprendizagem para os estudantes devem avançar mais rápido na carreira. Professores se sentem menos valorizados que médicos, engenheiros e advogados 42% discordam, totalmente ou em parte, que seus planos de carreira atendem suas expectativas de crescimento profissional. Desafios Os professores apontam ainda que a defasagem na aprendizagem dos alunos é um dos principais desafios da profissão (28% apontam esse como o principal desafio), o que pode ter sido agravado pela pandemia de Covid-19. Eles também citam o desinteresse dos estudantes pelas aulas (31%) e a indisciplina dos alunos (18%), sendo esses três elementos os mais apontados pelos docentes. Para a professora Isabela Pereira, a falta de valorização e estrutura adequada são os principais desafios: “Sinto que a falta de confiança tem se instaurado cada vez mais na função docente. Outro ponto de atenção são as dificuldades estruturais, como fazer passeios para lugares mais longes e ter turmas muito grandes para apenas uma professora, por exemplo.” Na tentativa de superar esses desafios, os professores entrevistados apontaram quatro sugestões de ações prioritárias para as secretarias de Educação nos próximos anos: • Maior apoio psicológico a professores e estudantes (18%) • Aumento do salário dos professores (17%) • Promoção de programas de reforço e recuperação (16%) • Promoção do envolvimento das famílias na vida escolar dos filhos (14%) Orgulho da profissão professor Apesar dos problemas, 8 em cada 10 entrevistados concordam que, se pudesse decidir novamente, ainda escolheriam ser professor. A maioria (91%) é unânime em relação ao que traz mais satisfação na profissão de professor: quando percebem que os alunos estão aprendendo. A principal motivação em dar aula é a possibilidade de transformação social: “As discussões que a gente levanta junto com as crianças, a percepção do que elas produzem como teoria, ver o quanto elas são criativas e o quanto estão se tornando mais autônomas. As nossas pequenas vitórias cotidianas. Tem muita potência nisso tudo.” 7 - CONCLUSÃO Valorização dos profissionais da educação, com piso, carreira e formação Dentre as deliberações do 19º Fórum Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação registradas em sua Carta, em 9 de agosto, p.p., consta a necessidade de se efetivar uma política nacional de valorização dos profissionais da educação, com piso, carreira e formação inicial e continuada. Isso porque a formação inicial de professores, cuja oferta é de responsabilidade da União, é um tema crucial para a melhoria da qualidade da Educação Básica, afetando diretamente as redes públicas de ensino, principais responsáveis pela contratação de docentes no país. Algumas ações do Ministério da Educação já caminham nesse sentido, como, por exemplo, a retomada do Comitê Gestor Nacional para Acompanhamento da Política Nacional de Formação de Profissionais de Educação. Entretanto, apesar desses esforços e diante da urgência do tema, é importante destacar os principais problemas identificados, pela Undime, na formação inicial de professores: 1. aumento significativo do número de concluintes em cursos a distância (EAD). Em 2020, de cada 10 alunos que concluíram os cursos de formação inicial docente no Brasil, 6 estavam na modalidade EAD. Em 2010, eram 3. 2. Baixa qualidade geral dos cursos de formação inicial de professores, independente da modalidade, fato esse evidenciado nos resultados do ENADE 2021, em que a média nacional dos 17 cursos de formação de professores avaliados ficou abaixo de 50, em uma escala de 0 a 100. 3. Altas taxas de evasão de alunos de Pedagogia e Licenciatura, em particular nas áreas de exatas (Física, Matemática, Química), em que os índices de desistência chegam a 70%, percentual muito superior à média geral do ensino superior. 4. Ausência de uma política de incentivo para os cursos presenciais de Pedagogia e Licenciatura. Não há dúvidas de que garantir melhorias efetivas na formação dos futuros professores brasileiros é uma das principais contribuições diretas que o Ministério da Educação pode dar para a qualidade da Educação Básica e também da Educação Superior. Nesse sentido, a Undime vê com entusiasmo a instauração do Comitê e de grupos de trabalho para tratar desta temática e com a expectativa de que essa iniciativa resulte na efetivação de medidas estruturais e céleres, mesmo porque, nos próximos anos um enorme contingente de professores poderá se aposentar, visto que 25% dos professores brasileiros têm mais de 50anos. Nesse sentido, a Undime reitera seu empenho na defesa do direito a uma educação pública com qualidade social para todas as crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos. Brasília, 10 de outubro de 2023 MERCADO DE TRABALHO NA EDUCAÇÃO GESTÃO DE CARREIRAS DOS PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA. MERCADO DE TRABALHO E GESTÃO DE CARREIRAS DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO DESENVOLVIMENTO: ENSINO FUNDAMENTAL 1 E 2 7 DICAS PARA IMPLEMENTAR A PEDAGOGIA DE PROJETOS EM SUA ESCOLA O ambiente escolar é muito mais do que um espaço de ensino-aprendizagem.