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TIS 05 - Inovação e Tecnologia na Engenharia

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA - UNEC 
ENGENHARIA CIVL 
 
 
 
 
 
VAGNER GAVIOLI DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INOVAÇÃO E TECNOLOGIA NA ENGENHARIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONTAGEM 
MAIO/2024 
 
 
VAGNER GAVIOLI DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INOVAÇÃO E TECNOLOGIA NA ENGENHARIA 
 
 
 
Trabalho apresentado ao Centro Universitário 
de Caratinga - UNEC, como parte dos 
requisitos para a avaliação da Prática como 
Componente Curricular do curso de Engenharia 
Civil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONTAGEM 
MAIO/2024 
 
 
Sumário 
 
 
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 4 
2. OBJETIVOS ....................................................................................................................... 6 
2.1. Objetivo Geral ................................................................................................................. 6 
2.2. Objetivos Específicos ...................................................................................................... 6 
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................................................... 7 
3.1 Tecnologia, Desemprego e Transformação de Funções ................................................... 7 
3.2 Profissional do Futuro .................................................................................................... 10 
3.3 Problemas na Formação e Qualificação ......................................................................... 11 
3.4 Perspectivas para a Área ................................................................................................. 12 
3.5 Exemplos de aplicação das inovações e novas tecnologias ............................................ 13 
3.5.1 Projeto Jeddah Tower (Arábia Saudita) ................................................................... 14 
3.5.2 Projeto Xangai Sky City (China) ............................................................................. 15 
3.5.3 Projeto Grand Ethiopian Renaissance (Etiópia) ...................................................... 16 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................... 17 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................. 18 
 
 
4 
1. INTRODUÇÃO 
 
Assim como em todas as profissões, a tecnologia chegou para ficar no mercado da 
Engenharia. Já são diversas inovações que fazem parte da rotina dos engenheiros e a 
tendência é que muitas outras surjam nos próximos anos. Porém, o conhecimento que se 
possui hoje e as habilidades que foram adquiridas até o presente momento da vida do ser 
humano proporciona segurança profissional para mais uma década de modernização 
tecnológica? 
 
Por isso, aquele que tem interesse em se especializar em uma das áreas da Engenharia precisa 
estar atento ao impacto da tecnologia no setor e às oportunidades que surgirão a partir disso 
como em diversos exemplos: a Inteligência Artificial, que fornece algoritmos para otimização 
de processos de fabricação, análise de dados, simulações complexas e automação de tarefas. 
 
Os seres humanos, no decorrer dos anos, tiveram que aprender a passar pelos períodos de 
inovações que a tecnologia proporciona e, apesar de ser um processo no qual, muitas das 
vezes, traz dúvidas e insegurança, o mesmo de certa forma os obrigam a evoluir, tanto 
pessoalmente como profissionalmente. 
 
Os utensílios, que hoje são multifuncionais, foram ganhando mais vida com o passar dos 
anos, muitos deles surgiram com funções bem limitadas exercendo muito das vezes apenas 
um determinado tipo de tarefa. 
 
Quando se fala de tecnologia e seus avanços, não se pode deixar de lembrar da engenharia, 
pois é ela que irá andar e crescer junto com as novas tecnologias do futuro. E a pergunta que 
fica é: Qual a influência da Tecnologia no futuro da Engenharia em relação ao mercado de 
trabalho? 
 
Para responder essa questão se pode abordar 3 (três) assuntos que estão diretamente ligados a 
essa pergunta, sendo eles: 
 O avanço da inteligência artificial nos setores produtivos, o futuro da engenharia 
(mercado de trabalho) e quais tipos de profissionais sobreviverão a isso? 
 Qual o impacto das novas tecnologias sobre a engenharia? 
 E o que ela pode fazer pela humanidade hoje? 
5 
Com base no estudo destes temas, pode-se dizer que um dos maiores impactos da engenharia 
sobre as novas tecnologias é a pequena quantidade de profissionais que se forma a cada ano e 
o fato de não buscar se atualizar quando estão profissionalmente atuando. Além dessa baixa 
quantia, ainda se dividem em diferentes áreas. 
 
Não se pode esquecer de que a engenharia e o desenvolvimento de novas tecnologias estão 
ligados e alinhados à ciência. Muitas das vezes, a tecnologia é utilizada em estudos 
científicos, e as descobertas científicas ajudam os engenheiros a realizar os seus trabalhos e a 
implementar novas tecnologias. 
 
Assim, conclui-se que tudo o que é usado para fins como: trabalhar, adquirir informações, 
descobertas de curiosidades e estar por dentro de tudo o que acontece no planeta, só é possível 
por causa da existência desse profissional. 
 
Em países considerados como subdesenvolvidos, os profissionais da engenharia são 
indispensáveis para a ampliação da infraestrutura, a melhor qualidade de vida e de serviços 
prestados à sociedade e, ainda, para solucionar problemas econômicos e sociais. 
 
O objetivo principal abordado pelo estudo é apresentar aos engenheiros a importância de estar 
conectado com os avanços que as tecnologias proporcionam e o crescimento dos mesmos no 
mercado de trabalho. Mostrar que é necessário ter um conhecimento aprofundado para que 
assim se tenha sucesso nas áreas atuantes. 
 
6 
2. OBJETIVOS 
 
O objetivo dos Trabalhos Acadêmicos, ou Projetos de Graduação, é demonstrar que o 
estudante é capaz de aplicar conhecimentos aprendidos em diferentes matérias ao longo do 
curso em uma apresentação de estudos. 
 
2.1. Objetivo Geral 
 
Demonstrar a importância das inovações e das tecnologias atualmente encontradas para o 
desenvolvimento da humanidade e seus impactos na evolução da engenharia. 
 
2.2. Objetivos Específicos 
 
2.2.1 Identificar e levantar os momentos anteriores e atuais relativos à evolução das 
tecnologias como parâmetro ao desenvolvimento da engenharia. 
 
2.2.2 Especificar e analisar os impactos da evolução tecnológica e suas inovações sobre o 
profissional de engenharia. 
 
7 
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
Este trabalho possui como metodologia: 
 
A pesquisa bibliográfica com utilização de livros, artigos científicos e outras pesquisas como 
fontes; abordagem de forma qualitativa com busca à compreensão e à interpretação dos 
estudos analisados, com consideração das subjetividades e as nuances que não são 
quantificáveis; de natureza básica com objetivo de agregar conhecimentos para o avanço da 
ciência com análises de verdades e valores universais e objetivo exploratório dos 
conhecimentos e comprovações existentes sobre o assunto abordado. 
 
 
3.1 Tecnologia, Desemprego e Transformação de Funções 
 
A engenharia, de uma forma geral, é sempre apontada com uma área promissora, devido ao 
avanço tecnológico ocorrido anualmente e a versatilidade que um engenheiro possui para 
exercer diversas funções; para que se possa analisar de uma melhor forma o impacto das 
novas tecnologias, é de suma importância compreender a relação das tecnologias anteriores 
com a utilização da mão de obra. 
 
Retroagindo há certo tempo, o que pode ser observado em estudos, especialmente da década 
de 80 no Brasil, e principalmente em artigos sobre os impactos da evoluçãotecnológica dos 
processos em países em desenvolvimento, é que há certo consenso de que as constantes 
inovações aplicadas a esses processos trariam, inerentemente, economia de mão de obra, e 
com isso, o desaparecimento de algumas funções, embora haja pouca unidade entre os 
diferentes autores em apontar o porquê. 
 
Uma dificuldade é a falta de estudos contemporâneos sobre o tema da influência das 
inovações tecnológicas nos padrões de trabalho brasileiros e de outros países em 
desenvolvimento, na contramão do resto do mundo – principalmente países desenvolvidos. 
 
Para, enfim esclarecer as questões abordadas no presente estudo, utilizar-se-á como referência 
o artigo do Professor Hubert Schmitz, de 1985. Naquele tempo, a evolução da chamada 
microeletrônica teve efeitos similares sobre os processos produtivos e a mudança nas funções 
8 
profissionais que se é observado nos tempos contemporâneos; outrora fora o surgimento dos 
microprocessadores de dados e atualmente a avalanche tecnológica que promete mudar de 
forma radical – e novamente – estes processos com denominação de Indústria 4.0: máquinas 
que aprendem (inteligência artificial – AI ou IA) e conexão entre estas (internet das coisas). 
 
Do mesmo jeito que era grande o entusiasmo pela chegada da microeletrônica, o medo de um 
impacto social negativo, principalmente a substituição de trabalhadores por máquinas era 
grande. Embora seja fato que diversas crises de desemprego tenham atingido a humanidade ao 
longo da história, é fato que nenhuma delas foi causada pela tecnologia - ou pelas máquinas. 
 
Segundo o vencedor do Prêmio Nobel de Economia de 1974, Friedrich A. Hayek em palestra 
proferida em 1975 no Cato Institute: 
“[...] o desemprego é causado por um desvio do equilíbrio entre preços e 
salários. Por outro lado, o equilíbrio poderia existir caso houvesse um 
mercado livre e uma quantidade estável de dinheiro, no entanto, é impossível 
saber, de antemão, qual seria a estrutura de preços relativos e salários que 
tornaria possível o estabelecimento do equilíbrio”. 
 
Mesmo assim, é possível citar vários exemplos de dispensa de mão de obra direta ou indireta 
causada pela aplicação da chamada microeletrônica. Por exemplo, a quantidade de empregos 
na indústria de telecomunicações da Suécia e Grã-Bretanha caindo 33 e 26%, 
respectivamente, entre 1975 e 1978, basicamente devido a inovações ligadas à 
microeletrônica. 
 
Outro exemplo foi a indústria tipográfica da Alemanha Ocidental que sofreu um declínio de 
21% em seu número de empregos entre 1970 e 1980, ao mesmo tempo em que a 
produtividade aumentou 43% [Hoffman (1982)]. 
 
Ayres e Miller (1981/1982) julgam que no mínimo 15% dos trabalhos com equipamentos na 
indústria metalúrgica dos Estados Unidos poderiam ser realizados por robôs já encontrados no 
mercado e mais de 40% pelos robôs da próxima geração, dotados de capacidades sensoriais. 
 
É possível, concluir, portanto, que o desemprego não decresce de maneira relevante por conta 
de avanços tecnológicos, portanto, se comparar os dados citados acima com os atuais níveis 
de desemprego da América; o país bate recorde de emprego, e segue sendo referência em 
matéria de desenvolvimento tecnológico e industrial. 
9 
Esses estudos são de grande importância, porém, para afirmar que, na verdade, a tecnologia 
acaba com funções específicas, enquanto acaba criando e transformando – no caso da 
engenharia, dentre outras áreas – é correto afirmar que, para que essas novas tecnologias 
sejam implementadas, manutenidas e vendidas, o mercado cria funções específicas e, 
portanto, empregos. 
 
Nesse período foi realizado um estudo sobre a indústria britânica, que tentou envolver tanto 
perdas quanto ganhos referente a aplicações de produtos e processos, onde, segundo Northcott 
e Rogers (1982) foi constatado que “os ganhos e perdas estimados representam menos de um 
quarto de 1% do total de empregos industriais no momento do estudo”. 
 
Já uma outra pesquisa posteriormente feita confirmou a existência de uma perda liquida 
relativamente pequena de empregos, sendo “entre 1981 e 1983 equivalente a cerca de 0.6 % 
do total de empregos na indústria” [ Northcott e Rogers (1984)]. 
 
Ao falar da chegada de novas tecnologias no passado da indústria nacional, é necessário citar 
a automação do corte de metal com chegada das máquinas CN (maquinas-ferramenta de 
controle numérico), que pelo Brasil começaram a ser produzidas por firmas nacionais e 
estrangeiras por volta de 1984. 
 
Logo depois, as maquinas tiveram mais um grande avanço passando de CN para CNC 
(comando numérico computadorizado), onde as maquinas vêm equipadas com um 
minicomputador que permite que o programa seja alterado na própria máquina. Nesse caso 
específico, o que a tecnologia fez foi, como é de praxe, suavizar o serviço do ser humano, ao 
mesmo tempo em que o torna muito mais produtivo e preciso. 
 
O maior exemplo do poder transformador da tecnologia é a indústria dos celulares. Ao mesmo 
tempo em que diminuiu a demanda, por exemplo, carteiros, acabou criando toda uma gama de 
novas funções, menos braçais e melhor remuneradas. 
 
 
 
 
10 
3.2 Profissional do Futuro 
 
No livro “A Quarta Revolução Industrial”, o autor, fundador do Fórum Econômico Mundial, 
Klaus Schwab relata que: 
“Estamos a bordo de uma revolução tecnológica que transformará 
fundamentalmente a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos. 
Em sua escala, alcance e complexidade, a transformação será diferente de 
qualquer coisa que o ser humano tenha experimentado antes.”. 
 
Com a proposta de agrupar o que é físico, digital e biológico, a Indústria 4.0 traz ainda mais 
desafios para quem deseja se manter no mercado de trabalho. O crescimento exponencial da 
tecnologia, e consequentemente, o grande fluxo de dados e informações de tecnologias como 
a chamada ‘internet das coisas’, torna grande a demanda por algo que questione esses dados e 
informações; quanto maior a deficiência das empresas nessa área, maior será o prejuízo, pois 
essas informações pesam sobre tomadas de decisões, estratégias e até relações com os 
clientes. 
 
Tendo as situações abordadas acima como falhas no processo, o termo “Big Data”, 
caracterizado por velocidade, volume e variedade de informações, vem influenciando todo o 
ramo empresarial, o qual busca prezar sempre pela precisão, segurança e qualidade dos dados. 
 
Para que assim seja o perfil de profissional ou seja, o engenheiro do futuro certamente deverá 
procurar ter uma visão holística dos processos; estar sempre em sintonia com sistemas 
produtivos, softwares, nanotecnologia e biotecnologia. Além disso, a imagem do profissional 
qualificado não se limitará à formação técnica. O engenheiro deverá ter a capacidade de 
entender também as transformações e impactos sociais que o avanço dessas tecnologias terá, 
assim como entender aspectos de mercado para enxergar oportunidades de ser também parte 
do desenvolvimento dessas tecnologias, ou seja, ser empreendedor. 
 
Essa característica tem relação com o “Processo de destruição criadora”, expressão do 
economista e cientista político, Joseph Schumpeter, que propõem “destruir o velho para se 
criar o novo” [Capitalismo, Socialismo e Democracia (1942)]. 
 
Conforme publicação feita no site do SEBRAE, “Ser empreendedor significa ser um 
realizador, que produz novas ideias através da congruência entre criatividade e imaginação”. 
11 
No que faz referência às capacidades psicológicas, o profissional de engenharia deverá, ainda 
mais, ser referência em inteligência emocional, a qual se sobrepõe muitas vezes às 
capacidades técnicas para julgar se essa pessoa é boa ou não no que faz, o que se deve ao de 
que grande parte das atividades da área estarem atreladas à gestão de pessoas e pressão 
constante – pressão que, seguramente, crescerá proporcionalmente ao fluxo de informações 
disponíveis parao profissional. 
 
Segundo Idalerto Chiavenato, autor na área de Administração de Empresas e Recursos 
Humanos: 
“Pessoas não são recursos que a organização consome, utiliza e que produz 
em custos. Ao contrário, as pessoas constituem fator de competitividade, da 
mesma forma que o mercado e a tecnologia. Assim, parece-nos melhor falar 
em Administração de Pessoas para ressaltar a administração com as pessoas 
como parceiras e não sobre as pessoas como meros recursos”. 
 
 
3.3 Problemas na Formação e Qualificação 
 
Ao se falar especificamente de engenharia, em geral, esta entra no conjunto de funções que 
estão constantemente em transformação e desenvolvimento. Ao mesmo passo que cresce a 
tecnologia empregada em processos produtivos, cresce também a pressão para que os 
profissionais da área se atualizem na mesma toada. 
 
Geralmente, vista como uma área vantajosa financeiramente, há problemas na qualificação 
desses esses profissionais, assim como afirma o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - 
IPEA: “O problema no Brasil não está apenas na falta de engenheiros”. Por conta desse 
problema, há um número considerável de profissionais recém-formados e desempregados. 
 
O Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA) mostra que aproximadamente 
100 mil engenheiros ingressaram no mercado recentemente, um número cinco vezes mais alto 
que em 2020, ano em que o país registrou 21 mil novos engenheiros. A busca por Engenheiros 
bem qualificados tende a ser cada vez maior, mais uma vez segundo o IPEA: “Seria preciso 
quase duplicar a quantidade de engenheiros atuais até o ano 2030 para atender a demanda no 
Brasil”. 
 
12 
Segundo pesquisa do site CAE Treinamentos, “Nos últimos 12 anos, a demanda pelos cursos 
de Engenharia alcançou 400%. Porém, o abandono no curso ainda nas fases iniciais é uma 
triste realidade. A evasão nos cursos ultrapassa 40% e isso, é claro, afeta o resultado final e 
compromete o mercado de Engenharia no Brasil.”, essa pesquisa relata que muitas pessoas 
optam pela área da engenharia desistem logo no seu início e, por isso, as Universidades de 
Engenharia vem tentando mudar seu meio de formar engenheiros, baseando em problemas 
que poderão acontecer no futuro. 
 
Escola Politécnica (Poli) da Universidade de São Paulo (USP) “Planeja lançar uma nova 
graduação, que forneça habilidades consideradas necessárias para lidar com os desafios no 
campo da engenharia”, para assim tentar ao mesmo tempo contornar a evasão dos estudantes, 
como melhorar sua qualificação. 
 
 
3.4 Perspectivas para a Área 
 
Em um post publicado pela Faculdade de Rondônia (FARO), onde se aborda a influência da 
tecnologia nas profissões e no mercado de trabalho, com ênfase no futuro da engenharia, 
relata-se que o futuro da engenharia continua promissor, evoluindo junto aos avanços da 
tecnologia. 
 
Nele é dito que as transformações serão tantas, que em um futuro próximo, algumas 
profissões não vão ser mais necessárias, enquanto outras ainda surgirão. 
 
Por conta desse mesmo fenômeno, segundo o site da revista EXAME, o profissional 
engenheiro de software não existirá já por volta do ano de 2027 – “engenheiros de software 
são escassos e têm altos salários especialmente no Vale do Silício”. Ainda estamos na era da 
transformação digital dos negócios e isso requer exércitos de programadores. Estamos 
entrando na era onde a inteligência artificial e os frameworks de programação em alto nível 
permitem que software gere mais software. Desta forma, devemos ter uma gradual redução na 
demanda por engenheiros de software e um aumento na demanda de analistas de negócio 
capazes de modelar processos para que sejam então automatizados por ‘programadores 
robôs’’. 
 
13 
De acordo com pesquisas realizadas pelo IPEA, o número de engenheiros que realmente 
atuam na área no Brasil não é suficiente para suprir a demanda dos próximos anos. Isso 
acontece porque uma boa parte dos formados em Engenharia acaba procurando outras 
ocupações. 
 
 
3.5 Exemplos de aplicação das inovações e novas tecnologias 
 
A tecnologia na engenharia permite uma utilização mais racional de recursos e elementos 
necessários para executar uma obra. Entre elas, pode-se destacar: como materiais, mão de 
obra, ferramentas, processo e tempo. Alguns dos principais benefícios que esses avanços 
tecnológicos trazem para o mercado da engenharia: 
 
 Aumento da produtividade – com o uso certo da tecnologia é possível eliminar muitos 
processos e trabalhos manuais, diminuindo assim o número de erros. 
 Redução de custos – a automação na obra traz uma redução de custos bem significativa. 
Com a capacidade dos construtores de antecipar e prever riscos em todas as etapas do 
projeto é possível controlar com mais precisão os gastos com insumos e equipamentos, 
além de fazer um melhor uso de todos os recursos. 
 Relacionamento em todas as operações – a inovação tecnológica permite reduzir os gastos 
em muitas tarefas e otimizar o relacionamento entre todas as operações, permitindo o 
acompanhamento de prazos e a resolução de problemas de forma mais rápida e em tempo 
real. 
 Fortalecimento da comunicação – com a tecnologia é mais rápido e fácil a comunicação 
entre gestores e equipe, agilizando, também, a resolução de problemas e tomada de 
decisões de forma rápida. 
 Segurança ocupacional – toda essa transformação digital ajuda a aumentar a segurança 
ocupacional, porque os dispositivos são projetados para operações inteligentes, incluindo 
equipamentos de proteção individual e coletivo de alta tecnologia. 
 
Está claro que as inovações tecnológicas são capazes de transformar a Engenharia em todas as 
etapas, desde o planejamento até a entrega da obra e que as mudanças acontecem 
constantemente. 
14 
3.5.1 Projeto Jeddah Tower (Arábia Saudita) 
 
Considerada atualmente como a mais alta estrutura do mundo (em construção), desafiando os 
limites da Engenharia. Sua obra, em Gidá, classificada como neo-futurista, iniciou em 2013. 
Quando concluída deve atingir a marca de 1 km (um quilômetro – 1008 metros) com emprego 
de tecnologia de paredes de concreto. Para isso, estão sendo usadas técnicas inovadoras para 
suportar as demandas físicas e ambientais extremas do projeto. Vale destacar a incorporação 
de soluções de resiliência a terremotos e ventos fortes. 
 
 
 Estágio Atual Projeção Final 
 
Imagem de Omarnizar05 em Wikipédia - https://en.wikipedia.org/wiki/Jeddah_Tower#/media/File:Jeddah_ 
Tower_(King_Salman_Tower)_as_of_May_2021.jpg 
 
Apenas 1/4 da edificação está construído. A torre inacabada chegou aos 256 metros de altura 
com interrupção em 2018 e em 2019 devido à pandemia de COVID-19. Projetado para ser um 
prédio de uso misto, também contará com o observatório mais alto do mundo, um hotel Four 
Seasons, residências e escritórios. O projeto faz parte de uma grande revitalização do núcleo 
urbano de Jeddah com design que otimiza o espaço residencial com uma "pegada de três 
pétalas", criando uma forma aerodinâmica que reduz a carga de vento. Além disso, espera-se 
que o sistema de elevadores da torre seja um dos mais sofisticados do mundo, viajando a 
velocidades de 10 metros por segundo. 
 
 
15 
3.5.2 Projeto Xangai Sky City (China) 
 
Entre o dia 01 e 19 de fevereiro de 2015, uma empresa chinesa de elementos pré-fabricados 
ergueu, na cidade de Changsa, a torre Mini Sky City, um arranha-céu de 200 metros de altura e 
57 pavimentos, isto é, três pavimentos por dia, com capacidade para 4 mil trabalhadores e 800 
apartamentos residenciais. 
 
Com o histórico de quebrar recordes na construção civil, a Broad Sustainable Building - 
companhia encarregada da construção do arranha-céu - afirma que 95% dos componentes 
construtivos do edifício de 180 mil metros quadrados foram pré-fabricados e, posteriormente,montados no local por 1.200 operários. 
 
Com utilização da menor quantidade possível de concreto no processo de pré-fabricação e 
montagem, o Mini Sky City conta com um módulo de 60 metros quadrados que reúne as 
infraestruturas de calefação, eletricidade, água, esgoto e ventilação. 
 
Em uma entrevista realizada em 2014, Zhang Yue, à época CEO da Broad Group, afirmou 
que o Mini Sky City seria "cinco vezes mais energeticamente eficiente que um edifício 
convencional, utilizando camadas de isolamento de 20 centímetros de espessura e painéis de 
vidro quádruplo." Diante da pergunta sobre o que diferencia seu processo construtivo dos 
demais, Yue afirmou que "a construção convencional está para a montagem de um carro em 
uma garagem assim como nossa abordagem está para a linha de montagem [...] Na China, a 
maioria das construções utiliza o concreto, pois, é o padrão e todos estão familiarizados com 
isso, (no entanto), Sky City será construído sobretudo com aço, do qual 90% pode ser 
reutilizado." 
 
Imagem: https://engenharia360.com/construcoes-erguidas-em-tempo-recorde/ 
16 
3.5.3 Projeto Grand Ethiopian Renaissance (Etiópia) 
 
Trata-se de uma estrutura de hidrelétrica no Rio Nilo Azul. Mais um impressionante exemplo 
de Engenharia, a maior barragem do continente africano e uma das maiores barragens do 
mundo. É vital para o desenvolvimento do país, apesar de receber críticas ambientais e 
políticas. 
 
A barragem representa a maior estrutura de produção de energia hidrelétrica de todo o 
continente africano. O projeto, confiado à construtora italiana Salini, teve início em 2011. O 
enchimento da bacia permite a produção de 6.000 megawatts de eletricidade. 
 
O processo de enchimento do vasto reservatório da GERD começou em 2020, com a Etiópia a 
anunciar em julho daquele ano que tinha atingido a sua meta de 4,9 mil milhões de metros 
cúbicos, suficientes para produzir mais de 5.000 megawatts de eletricidade, mais do que duas 
vezes a produção atual de eletricidade da Etiópia. 
 
A capacidade total do reservatório é de 74 mil milhões de metros cúbicos, e o objetivo para 
2021 era acrescentar 13,5 milhões de metros cúbicos. 
 
A Etiópia iniciou em 20 de fevereiro de 2020 a produção de energia a partir da controversa 
barragem do Nilo Azul. O projeto envolve polémica com Egito e Sudão, que temem impacto 
no acesso a água. 
 
 
Imagem de ojkumena em Wikimapia - https://wikimapia.org/26102515/Great-Ethiopian-Renaissance-
Dam#/photo/8004157 
 
 
 
17 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Com todos os temas desse estudo devidamente abordados e explanados, evidencia-se que, 
para a atividade de engenharia ter sobrevida num mercado cada vez mais complexo e 
exigência de maiores qualificações, é peremptório que o profissional e as instituições 
formadoras estejam em constante afinação com as exigências deste cenário, isto é, tomem 
consciência de seu papel fundamental de vanguarda no desenvolvimento de novas ferramentas 
tecnológicas. 
 
A indústria do futuro se aproxima, e traz consigo uma infindável gama de novas 
oportunidades profissionais; a revolução 4.0 conectará tudo e a todos, e a palavra do século 
para a economia é sincronização. 
 
É perfeitamente compreensível que mesmo os profissionais mais competentes de nosso 
tempo, se dessincronizados com essa avalanche de mudanças para melhor, acabem caindo em 
obsolescência. Um mundo 4.0 exige profissionais 4.0. 
18 
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 

ARCH DAILY. Disponível em: < https://www.archdaily.com.br/br/1007762/construcao-do-
arranha-ceu-mais-alto-do-mundo-e-retomada-apos-5-anos-parada >. Acesso em: 09 mai. 
2024. 
 
BRITO, Elcio da Silva. SCOTON, Maria Lidia. DIAS, Eduardo Mario. PEREIRA, Sérgio 
Luiz. Automação & Sociedade: Quarta Revolução Industrial, um olhar para o Brasil. Editora 
Brasport. [s.d.]. 
 
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas 
organizações. Barueri: Manole, 2014. 
 
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