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CENTRO UNIVERSITÁRIO DE CARATINGA - UNEC ENGENHARIA CIVL VAGNER GAVIOLI DA SILVA INOVAÇÃO E TECNOLOGIA NA ENGENHARIA CONTAGEM MAIO/2024 VAGNER GAVIOLI DA SILVA INOVAÇÃO E TECNOLOGIA NA ENGENHARIA Trabalho apresentado ao Centro Universitário de Caratinga - UNEC, como parte dos requisitos para a avaliação da Prática como Componente Curricular do curso de Engenharia Civil. CONTAGEM MAIO/2024 Sumário 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 4 2. OBJETIVOS ....................................................................................................................... 6 2.1. Objetivo Geral ................................................................................................................. 6 2.2. Objetivos Específicos ...................................................................................................... 6 3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ...................................................................................... 7 3.1 Tecnologia, Desemprego e Transformação de Funções ................................................... 7 3.2 Profissional do Futuro .................................................................................................... 10 3.3 Problemas na Formação e Qualificação ......................................................................... 11 3.4 Perspectivas para a Área ................................................................................................. 12 3.5 Exemplos de aplicação das inovações e novas tecnologias ............................................ 13 3.5.1 Projeto Jeddah Tower (Arábia Saudita) ................................................................... 14 3.5.2 Projeto Xangai Sky City (China) ............................................................................. 15 3.5.3 Projeto Grand Ethiopian Renaissance (Etiópia) ...................................................... 16 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................... 17 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................. 18 4 1. INTRODUÇÃO Assim como em todas as profissões, a tecnologia chegou para ficar no mercado da Engenharia. Já são diversas inovações que fazem parte da rotina dos engenheiros e a tendência é que muitas outras surjam nos próximos anos. Porém, o conhecimento que se possui hoje e as habilidades que foram adquiridas até o presente momento da vida do ser humano proporciona segurança profissional para mais uma década de modernização tecnológica? Por isso, aquele que tem interesse em se especializar em uma das áreas da Engenharia precisa estar atento ao impacto da tecnologia no setor e às oportunidades que surgirão a partir disso como em diversos exemplos: a Inteligência Artificial, que fornece algoritmos para otimização de processos de fabricação, análise de dados, simulações complexas e automação de tarefas. Os seres humanos, no decorrer dos anos, tiveram que aprender a passar pelos períodos de inovações que a tecnologia proporciona e, apesar de ser um processo no qual, muitas das vezes, traz dúvidas e insegurança, o mesmo de certa forma os obrigam a evoluir, tanto pessoalmente como profissionalmente. Os utensílios, que hoje são multifuncionais, foram ganhando mais vida com o passar dos anos, muitos deles surgiram com funções bem limitadas exercendo muito das vezes apenas um determinado tipo de tarefa. Quando se fala de tecnologia e seus avanços, não se pode deixar de lembrar da engenharia, pois é ela que irá andar e crescer junto com as novas tecnologias do futuro. E a pergunta que fica é: Qual a influência da Tecnologia no futuro da Engenharia em relação ao mercado de trabalho? Para responder essa questão se pode abordar 3 (três) assuntos que estão diretamente ligados a essa pergunta, sendo eles: O avanço da inteligência artificial nos setores produtivos, o futuro da engenharia (mercado de trabalho) e quais tipos de profissionais sobreviverão a isso? Qual o impacto das novas tecnologias sobre a engenharia? E o que ela pode fazer pela humanidade hoje? 5 Com base no estudo destes temas, pode-se dizer que um dos maiores impactos da engenharia sobre as novas tecnologias é a pequena quantidade de profissionais que se forma a cada ano e o fato de não buscar se atualizar quando estão profissionalmente atuando. Além dessa baixa quantia, ainda se dividem em diferentes áreas. Não se pode esquecer de que a engenharia e o desenvolvimento de novas tecnologias estão ligados e alinhados à ciência. Muitas das vezes, a tecnologia é utilizada em estudos científicos, e as descobertas científicas ajudam os engenheiros a realizar os seus trabalhos e a implementar novas tecnologias. Assim, conclui-se que tudo o que é usado para fins como: trabalhar, adquirir informações, descobertas de curiosidades e estar por dentro de tudo o que acontece no planeta, só é possível por causa da existência desse profissional. Em países considerados como subdesenvolvidos, os profissionais da engenharia são indispensáveis para a ampliação da infraestrutura, a melhor qualidade de vida e de serviços prestados à sociedade e, ainda, para solucionar problemas econômicos e sociais. O objetivo principal abordado pelo estudo é apresentar aos engenheiros a importância de estar conectado com os avanços que as tecnologias proporcionam e o crescimento dos mesmos no mercado de trabalho. Mostrar que é necessário ter um conhecimento aprofundado para que assim se tenha sucesso nas áreas atuantes. 6 2. OBJETIVOS O objetivo dos Trabalhos Acadêmicos, ou Projetos de Graduação, é demonstrar que o estudante é capaz de aplicar conhecimentos aprendidos em diferentes matérias ao longo do curso em uma apresentação de estudos. 2.1. Objetivo Geral Demonstrar a importância das inovações e das tecnologias atualmente encontradas para o desenvolvimento da humanidade e seus impactos na evolução da engenharia. 2.2. Objetivos Específicos 2.2.1 Identificar e levantar os momentos anteriores e atuais relativos à evolução das tecnologias como parâmetro ao desenvolvimento da engenharia. 2.2.2 Especificar e analisar os impactos da evolução tecnológica e suas inovações sobre o profissional de engenharia. 7 3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Este trabalho possui como metodologia: A pesquisa bibliográfica com utilização de livros, artigos científicos e outras pesquisas como fontes; abordagem de forma qualitativa com busca à compreensão e à interpretação dos estudos analisados, com consideração das subjetividades e as nuances que não são quantificáveis; de natureza básica com objetivo de agregar conhecimentos para o avanço da ciência com análises de verdades e valores universais e objetivo exploratório dos conhecimentos e comprovações existentes sobre o assunto abordado. 3.1 Tecnologia, Desemprego e Transformação de Funções A engenharia, de uma forma geral, é sempre apontada com uma área promissora, devido ao avanço tecnológico ocorrido anualmente e a versatilidade que um engenheiro possui para exercer diversas funções; para que se possa analisar de uma melhor forma o impacto das novas tecnologias, é de suma importância compreender a relação das tecnologias anteriores com a utilização da mão de obra. Retroagindo há certo tempo, o que pode ser observado em estudos, especialmente da década de 80 no Brasil, e principalmente em artigos sobre os impactos da evoluçãotecnológica dos processos em países em desenvolvimento, é que há certo consenso de que as constantes inovações aplicadas a esses processos trariam, inerentemente, economia de mão de obra, e com isso, o desaparecimento de algumas funções, embora haja pouca unidade entre os diferentes autores em apontar o porquê. Uma dificuldade é a falta de estudos contemporâneos sobre o tema da influência das inovações tecnológicas nos padrões de trabalho brasileiros e de outros países em desenvolvimento, na contramão do resto do mundo – principalmente países desenvolvidos. Para, enfim esclarecer as questões abordadas no presente estudo, utilizar-se-á como referência o artigo do Professor Hubert Schmitz, de 1985. Naquele tempo, a evolução da chamada microeletrônica teve efeitos similares sobre os processos produtivos e a mudança nas funções 8 profissionais que se é observado nos tempos contemporâneos; outrora fora o surgimento dos microprocessadores de dados e atualmente a avalanche tecnológica que promete mudar de forma radical – e novamente – estes processos com denominação de Indústria 4.0: máquinas que aprendem (inteligência artificial – AI ou IA) e conexão entre estas (internet das coisas). Do mesmo jeito que era grande o entusiasmo pela chegada da microeletrônica, o medo de um impacto social negativo, principalmente a substituição de trabalhadores por máquinas era grande. Embora seja fato que diversas crises de desemprego tenham atingido a humanidade ao longo da história, é fato que nenhuma delas foi causada pela tecnologia - ou pelas máquinas. Segundo o vencedor do Prêmio Nobel de Economia de 1974, Friedrich A. Hayek em palestra proferida em 1975 no Cato Institute: “[...] o desemprego é causado por um desvio do equilíbrio entre preços e salários. Por outro lado, o equilíbrio poderia existir caso houvesse um mercado livre e uma quantidade estável de dinheiro, no entanto, é impossível saber, de antemão, qual seria a estrutura de preços relativos e salários que tornaria possível o estabelecimento do equilíbrio”. Mesmo assim, é possível citar vários exemplos de dispensa de mão de obra direta ou indireta causada pela aplicação da chamada microeletrônica. Por exemplo, a quantidade de empregos na indústria de telecomunicações da Suécia e Grã-Bretanha caindo 33 e 26%, respectivamente, entre 1975 e 1978, basicamente devido a inovações ligadas à microeletrônica. Outro exemplo foi a indústria tipográfica da Alemanha Ocidental que sofreu um declínio de 21% em seu número de empregos entre 1970 e 1980, ao mesmo tempo em que a produtividade aumentou 43% [Hoffman (1982)]. Ayres e Miller (1981/1982) julgam que no mínimo 15% dos trabalhos com equipamentos na indústria metalúrgica dos Estados Unidos poderiam ser realizados por robôs já encontrados no mercado e mais de 40% pelos robôs da próxima geração, dotados de capacidades sensoriais. É possível, concluir, portanto, que o desemprego não decresce de maneira relevante por conta de avanços tecnológicos, portanto, se comparar os dados citados acima com os atuais níveis de desemprego da América; o país bate recorde de emprego, e segue sendo referência em matéria de desenvolvimento tecnológico e industrial. 9 Esses estudos são de grande importância, porém, para afirmar que, na verdade, a tecnologia acaba com funções específicas, enquanto acaba criando e transformando – no caso da engenharia, dentre outras áreas – é correto afirmar que, para que essas novas tecnologias sejam implementadas, manutenidas e vendidas, o mercado cria funções específicas e, portanto, empregos. Nesse período foi realizado um estudo sobre a indústria britânica, que tentou envolver tanto perdas quanto ganhos referente a aplicações de produtos e processos, onde, segundo Northcott e Rogers (1982) foi constatado que “os ganhos e perdas estimados representam menos de um quarto de 1% do total de empregos industriais no momento do estudo”. Já uma outra pesquisa posteriormente feita confirmou a existência de uma perda liquida relativamente pequena de empregos, sendo “entre 1981 e 1983 equivalente a cerca de 0.6 % do total de empregos na indústria” [ Northcott e Rogers (1984)]. Ao falar da chegada de novas tecnologias no passado da indústria nacional, é necessário citar a automação do corte de metal com chegada das máquinas CN (maquinas-ferramenta de controle numérico), que pelo Brasil começaram a ser produzidas por firmas nacionais e estrangeiras por volta de 1984. Logo depois, as maquinas tiveram mais um grande avanço passando de CN para CNC (comando numérico computadorizado), onde as maquinas vêm equipadas com um minicomputador que permite que o programa seja alterado na própria máquina. Nesse caso específico, o que a tecnologia fez foi, como é de praxe, suavizar o serviço do ser humano, ao mesmo tempo em que o torna muito mais produtivo e preciso. O maior exemplo do poder transformador da tecnologia é a indústria dos celulares. Ao mesmo tempo em que diminuiu a demanda, por exemplo, carteiros, acabou criando toda uma gama de novas funções, menos braçais e melhor remuneradas. 10 3.2 Profissional do Futuro No livro “A Quarta Revolução Industrial”, o autor, fundador do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab relata que: “Estamos a bordo de uma revolução tecnológica que transformará fundamentalmente a forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos. Em sua escala, alcance e complexidade, a transformação será diferente de qualquer coisa que o ser humano tenha experimentado antes.”. Com a proposta de agrupar o que é físico, digital e biológico, a Indústria 4.0 traz ainda mais desafios para quem deseja se manter no mercado de trabalho. O crescimento exponencial da tecnologia, e consequentemente, o grande fluxo de dados e informações de tecnologias como a chamada ‘internet das coisas’, torna grande a demanda por algo que questione esses dados e informações; quanto maior a deficiência das empresas nessa área, maior será o prejuízo, pois essas informações pesam sobre tomadas de decisões, estratégias e até relações com os clientes. Tendo as situações abordadas acima como falhas no processo, o termo “Big Data”, caracterizado por velocidade, volume e variedade de informações, vem influenciando todo o ramo empresarial, o qual busca prezar sempre pela precisão, segurança e qualidade dos dados. Para que assim seja o perfil de profissional ou seja, o engenheiro do futuro certamente deverá procurar ter uma visão holística dos processos; estar sempre em sintonia com sistemas produtivos, softwares, nanotecnologia e biotecnologia. Além disso, a imagem do profissional qualificado não se limitará à formação técnica. O engenheiro deverá ter a capacidade de entender também as transformações e impactos sociais que o avanço dessas tecnologias terá, assim como entender aspectos de mercado para enxergar oportunidades de ser também parte do desenvolvimento dessas tecnologias, ou seja, ser empreendedor. Essa característica tem relação com o “Processo de destruição criadora”, expressão do economista e cientista político, Joseph Schumpeter, que propõem “destruir o velho para se criar o novo” [Capitalismo, Socialismo e Democracia (1942)]. Conforme publicação feita no site do SEBRAE, “Ser empreendedor significa ser um realizador, que produz novas ideias através da congruência entre criatividade e imaginação”. 11 No que faz referência às capacidades psicológicas, o profissional de engenharia deverá, ainda mais, ser referência em inteligência emocional, a qual se sobrepõe muitas vezes às capacidades técnicas para julgar se essa pessoa é boa ou não no que faz, o que se deve ao de que grande parte das atividades da área estarem atreladas à gestão de pessoas e pressão constante – pressão que, seguramente, crescerá proporcionalmente ao fluxo de informações disponíveis parao profissional. Segundo Idalerto Chiavenato, autor na área de Administração de Empresas e Recursos Humanos: “Pessoas não são recursos que a organização consome, utiliza e que produz em custos. Ao contrário, as pessoas constituem fator de competitividade, da mesma forma que o mercado e a tecnologia. Assim, parece-nos melhor falar em Administração de Pessoas para ressaltar a administração com as pessoas como parceiras e não sobre as pessoas como meros recursos”. 3.3 Problemas na Formação e Qualificação Ao se falar especificamente de engenharia, em geral, esta entra no conjunto de funções que estão constantemente em transformação e desenvolvimento. Ao mesmo passo que cresce a tecnologia empregada em processos produtivos, cresce também a pressão para que os profissionais da área se atualizem na mesma toada. Geralmente, vista como uma área vantajosa financeiramente, há problemas na qualificação desses esses profissionais, assim como afirma o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA: “O problema no Brasil não está apenas na falta de engenheiros”. Por conta desse problema, há um número considerável de profissionais recém-formados e desempregados. O Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA) mostra que aproximadamente 100 mil engenheiros ingressaram no mercado recentemente, um número cinco vezes mais alto que em 2020, ano em que o país registrou 21 mil novos engenheiros. A busca por Engenheiros bem qualificados tende a ser cada vez maior, mais uma vez segundo o IPEA: “Seria preciso quase duplicar a quantidade de engenheiros atuais até o ano 2030 para atender a demanda no Brasil”. 12 Segundo pesquisa do site CAE Treinamentos, “Nos últimos 12 anos, a demanda pelos cursos de Engenharia alcançou 400%. Porém, o abandono no curso ainda nas fases iniciais é uma triste realidade. A evasão nos cursos ultrapassa 40% e isso, é claro, afeta o resultado final e compromete o mercado de Engenharia no Brasil.”, essa pesquisa relata que muitas pessoas optam pela área da engenharia desistem logo no seu início e, por isso, as Universidades de Engenharia vem tentando mudar seu meio de formar engenheiros, baseando em problemas que poderão acontecer no futuro. Escola Politécnica (Poli) da Universidade de São Paulo (USP) “Planeja lançar uma nova graduação, que forneça habilidades consideradas necessárias para lidar com os desafios no campo da engenharia”, para assim tentar ao mesmo tempo contornar a evasão dos estudantes, como melhorar sua qualificação. 3.4 Perspectivas para a Área Em um post publicado pela Faculdade de Rondônia (FARO), onde se aborda a influência da tecnologia nas profissões e no mercado de trabalho, com ênfase no futuro da engenharia, relata-se que o futuro da engenharia continua promissor, evoluindo junto aos avanços da tecnologia. Nele é dito que as transformações serão tantas, que em um futuro próximo, algumas profissões não vão ser mais necessárias, enquanto outras ainda surgirão. Por conta desse mesmo fenômeno, segundo o site da revista EXAME, o profissional engenheiro de software não existirá já por volta do ano de 2027 – “engenheiros de software são escassos e têm altos salários especialmente no Vale do Silício”. Ainda estamos na era da transformação digital dos negócios e isso requer exércitos de programadores. Estamos entrando na era onde a inteligência artificial e os frameworks de programação em alto nível permitem que software gere mais software. Desta forma, devemos ter uma gradual redução na demanda por engenheiros de software e um aumento na demanda de analistas de negócio capazes de modelar processos para que sejam então automatizados por ‘programadores robôs’’. 13 De acordo com pesquisas realizadas pelo IPEA, o número de engenheiros que realmente atuam na área no Brasil não é suficiente para suprir a demanda dos próximos anos. Isso acontece porque uma boa parte dos formados em Engenharia acaba procurando outras ocupações. 3.5 Exemplos de aplicação das inovações e novas tecnologias A tecnologia na engenharia permite uma utilização mais racional de recursos e elementos necessários para executar uma obra. Entre elas, pode-se destacar: como materiais, mão de obra, ferramentas, processo e tempo. Alguns dos principais benefícios que esses avanços tecnológicos trazem para o mercado da engenharia: Aumento da produtividade – com o uso certo da tecnologia é possível eliminar muitos processos e trabalhos manuais, diminuindo assim o número de erros. Redução de custos – a automação na obra traz uma redução de custos bem significativa. Com a capacidade dos construtores de antecipar e prever riscos em todas as etapas do projeto é possível controlar com mais precisão os gastos com insumos e equipamentos, além de fazer um melhor uso de todos os recursos. Relacionamento em todas as operações – a inovação tecnológica permite reduzir os gastos em muitas tarefas e otimizar o relacionamento entre todas as operações, permitindo o acompanhamento de prazos e a resolução de problemas de forma mais rápida e em tempo real. Fortalecimento da comunicação – com a tecnologia é mais rápido e fácil a comunicação entre gestores e equipe, agilizando, também, a resolução de problemas e tomada de decisões de forma rápida. Segurança ocupacional – toda essa transformação digital ajuda a aumentar a segurança ocupacional, porque os dispositivos são projetados para operações inteligentes, incluindo equipamentos de proteção individual e coletivo de alta tecnologia. Está claro que as inovações tecnológicas são capazes de transformar a Engenharia em todas as etapas, desde o planejamento até a entrega da obra e que as mudanças acontecem constantemente. 14 3.5.1 Projeto Jeddah Tower (Arábia Saudita) Considerada atualmente como a mais alta estrutura do mundo (em construção), desafiando os limites da Engenharia. Sua obra, em Gidá, classificada como neo-futurista, iniciou em 2013. Quando concluída deve atingir a marca de 1 km (um quilômetro – 1008 metros) com emprego de tecnologia de paredes de concreto. Para isso, estão sendo usadas técnicas inovadoras para suportar as demandas físicas e ambientais extremas do projeto. Vale destacar a incorporação de soluções de resiliência a terremotos e ventos fortes. Estágio Atual Projeção Final Imagem de Omarnizar05 em Wikipédia - https://en.wikipedia.org/wiki/Jeddah_Tower#/media/File:Jeddah_ Tower_(King_Salman_Tower)_as_of_May_2021.jpg Apenas 1/4 da edificação está construído. A torre inacabada chegou aos 256 metros de altura com interrupção em 2018 e em 2019 devido à pandemia de COVID-19. Projetado para ser um prédio de uso misto, também contará com o observatório mais alto do mundo, um hotel Four Seasons, residências e escritórios. O projeto faz parte de uma grande revitalização do núcleo urbano de Jeddah com design que otimiza o espaço residencial com uma "pegada de três pétalas", criando uma forma aerodinâmica que reduz a carga de vento. Além disso, espera-se que o sistema de elevadores da torre seja um dos mais sofisticados do mundo, viajando a velocidades de 10 metros por segundo. 15 3.5.2 Projeto Xangai Sky City (China) Entre o dia 01 e 19 de fevereiro de 2015, uma empresa chinesa de elementos pré-fabricados ergueu, na cidade de Changsa, a torre Mini Sky City, um arranha-céu de 200 metros de altura e 57 pavimentos, isto é, três pavimentos por dia, com capacidade para 4 mil trabalhadores e 800 apartamentos residenciais. Com o histórico de quebrar recordes na construção civil, a Broad Sustainable Building - companhia encarregada da construção do arranha-céu - afirma que 95% dos componentes construtivos do edifício de 180 mil metros quadrados foram pré-fabricados e, posteriormente,montados no local por 1.200 operários. Com utilização da menor quantidade possível de concreto no processo de pré-fabricação e montagem, o Mini Sky City conta com um módulo de 60 metros quadrados que reúne as infraestruturas de calefação, eletricidade, água, esgoto e ventilação. Em uma entrevista realizada em 2014, Zhang Yue, à época CEO da Broad Group, afirmou que o Mini Sky City seria "cinco vezes mais energeticamente eficiente que um edifício convencional, utilizando camadas de isolamento de 20 centímetros de espessura e painéis de vidro quádruplo." Diante da pergunta sobre o que diferencia seu processo construtivo dos demais, Yue afirmou que "a construção convencional está para a montagem de um carro em uma garagem assim como nossa abordagem está para a linha de montagem [...] Na China, a maioria das construções utiliza o concreto, pois, é o padrão e todos estão familiarizados com isso, (no entanto), Sky City será construído sobretudo com aço, do qual 90% pode ser reutilizado." Imagem: https://engenharia360.com/construcoes-erguidas-em-tempo-recorde/ 16 3.5.3 Projeto Grand Ethiopian Renaissance (Etiópia) Trata-se de uma estrutura de hidrelétrica no Rio Nilo Azul. Mais um impressionante exemplo de Engenharia, a maior barragem do continente africano e uma das maiores barragens do mundo. É vital para o desenvolvimento do país, apesar de receber críticas ambientais e políticas. A barragem representa a maior estrutura de produção de energia hidrelétrica de todo o continente africano. O projeto, confiado à construtora italiana Salini, teve início em 2011. O enchimento da bacia permite a produção de 6.000 megawatts de eletricidade. O processo de enchimento do vasto reservatório da GERD começou em 2020, com a Etiópia a anunciar em julho daquele ano que tinha atingido a sua meta de 4,9 mil milhões de metros cúbicos, suficientes para produzir mais de 5.000 megawatts de eletricidade, mais do que duas vezes a produção atual de eletricidade da Etiópia. A capacidade total do reservatório é de 74 mil milhões de metros cúbicos, e o objetivo para 2021 era acrescentar 13,5 milhões de metros cúbicos. A Etiópia iniciou em 20 de fevereiro de 2020 a produção de energia a partir da controversa barragem do Nilo Azul. O projeto envolve polémica com Egito e Sudão, que temem impacto no acesso a água. Imagem de ojkumena em Wikimapia - https://wikimapia.org/26102515/Great-Ethiopian-Renaissance- Dam#/photo/8004157 17 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Com todos os temas desse estudo devidamente abordados e explanados, evidencia-se que, para a atividade de engenharia ter sobrevida num mercado cada vez mais complexo e exigência de maiores qualificações, é peremptório que o profissional e as instituições formadoras estejam em constante afinação com as exigências deste cenário, isto é, tomem consciência de seu papel fundamental de vanguarda no desenvolvimento de novas ferramentas tecnológicas. A indústria do futuro se aproxima, e traz consigo uma infindável gama de novas oportunidades profissionais; a revolução 4.0 conectará tudo e a todos, e a palavra do século para a economia é sincronização. É perfeitamente compreensível que mesmo os profissionais mais competentes de nosso tempo, se dessincronizados com essa avalanche de mudanças para melhor, acabem caindo em obsolescência. Um mundo 4.0 exige profissionais 4.0. 18 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARCH DAILY. Disponível em: < https://www.archdaily.com.br/br/1007762/construcao-do- arranha-ceu-mais-alto-do-mundo-e-retomada-apos-5-anos-parada >. Acesso em: 09 mai. 2024. BRITO, Elcio da Silva. SCOTON, Maria Lidia. DIAS, Eduardo Mario. PEREIRA, Sérgio Luiz. Automação & Sociedade: Quarta Revolução Industrial, um olhar para o Brasil. Editora Brasport. [s.d.]. CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Barueri: Manole, 2014. DASTBAZ, Mohammad. COCHRANE, Peter. 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