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Um Poema para Cada Dia

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U M P O E M A PA R A
C A D A D I A E M Q U E
N Ã O T E V I
Igor Marcondes
Publicação independente
Copyright © 2018 Igor Marcondes
Todos os direitos reservados
Os personagens e eventos retratados neste livro são fictícios. Qualquer semelhança com pessoas
reais, vivas ou falecidas, é coincidência e não é intencional por parte do autor.
Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida ou armazenada em um sistema de recuperação, ou
transmitida de qualquer forma ou por qualquer meio, eletrônico, mecânico, fotocópia, gravação ou
outro, sem a permissão expressa por escrito da editora.
Design da capa por: Fernanda Serra
Revisão dos textos em espanhol: María José Verdugo.
Revisão dos textos em inglês: Gisele Rocha, Jessica Borges e Kate Sales.
Ilustrações: Geraldo Domingos.
Impresso nos Estados Unidos da América
CONTENTS
Title Page
Copyright
Dia 1.
Dia 2.
Dia 3.
Dia 4.
Dia 5.
Dia 6.
Dia 7.
Dia 8.
Dia 9.
Dia 10.
Dia 11.
Dia 12.
Dia 13.
Dia 14.
Dia 15.
Dia 16.
Dia 17.
Dia 18.
Dia 19.
Dia 20.
Dia 21.
Dia 22.
Dia 23.
Dia 24.
Dia 25.
Dia 26.
Dia 27.
Dia 28.
Dia 29.
Dia 30.
Dia 31.
Dia 32.
Dia 33.
Dia 34.
Dia 35.
Dia 36.
Dia 37.
Dia 38.
Dia 39.
Dia 40.
Dia 41.
Dia 42.
Dia 43.
Dia 44.
Dia 45.
Dia 46.
Dia 47.
Dia 48.
Dia 49.
Dia 50.
Dia 51.
Dia 52.
Dia 53.
Dia 54.
Dia 55.
Dia 56.
Dia 57.
Dia 58.
Dia 59.
Dia 60.
Dia 61.
Dia 62.
Dia 63.
Dia 64.
Dia 65.
Dia 66.
Dia 67.
Dia 68.
Dia 69.
Dia 70.
Dia 71.
Dia 72.
Dia 73.
Dia 74.
Dia 75.
Dia 76.
Dia 77.
Dia 78.
Agradecimentos
About The Author
Books By This Author
A trilha sonora de Um poema para cada dia em que não te vi pode ser
ouvida na playlist abaixo. Basta usar seu celular para escanear o código no
app do Spotify.
A ordem das músicas corresponde à dos poemas.
DIA 1.
Hoje começo pelo ontem,
pois consegui sorrir sozinho.
Acho que você precisa saber
que tento seguir meu caminho.
Ainda que eu prefira esperar,
a dor é muito forte pra mim.
A vida, sozinha, vai continuar
e eu provavelmente também.
Este é um poema despretensioso,
somente introduzo o que virá.
Faço rimas apenas pra você,
que meu coração sempre amará.
DIA 2.
Dia de sol
esquenta
meu lençol
No chão
esfrio
o coração
Dói o peito
recuso
meu leito
Não divido
é sua
minha libido
Frio e quente
fico
e você ausente
DIA 3.
Eu sou a flor e a dor
Da vida, a despedida
Carência afetiva
Desinibida
Clareira na floresta
Proibição que se acumulou
O escuro que clareou
E deito cansado no seu colo
Que é alento em dia de desespero
Suspiro em noite de prazer
Manto que cobre a tormenta
E sagrado que enobrece o sexo
Queima, burla, impressiona
Depois desata
Castra
E abandona
Me deixando livre e ao seu Deus dará 
Caído morto por viver da ausência 
Da genuína tristeza que é solidão 
Saltando sobre a vista 
As lágrimas doces
E os temores
Que só o que sou sem você traz
Um mundo infinito
Sem paz
DIA 4.
O que restou:
ossos, carne, indigestão;
dedo na ferida
verga na virilha
membro duro e sujo teu
não teve jeito, amoleceu;
pode doer, mas quem dói sou eu;
clarividência percorrida,
carinho, afago, vida;
cantou no tom errado
boca cheia de leite
derramado
gosto amargo e viscoso tem
amou seu ego, amou ninguém
goza na cara de quem vem;
meu bem
revolucione
me impressione;
previsível sempre será:
comigo errou, com todos errará.
DIA 5.
Oi, tudo bem? Como vai tudo aí?
Faz tempo
desde a última vez que te vi.
Imagino você lendo
e vendo
Os passos lentos
que nem vi
e você deu
ou você correu?
E eu não percebi
em nenhum momento
o abismo em que caí
Depois que aconteceu
E eu não aconteci
pois fiquei aqui
sofrendo a morte
de um amor
que não morreu.
DIA 6.
Eu tenho tudo o que
eles não têm E ainda
assim não tenho nada
daquilo que você quer
tenho tentado acontecer
sair do normal que era
ser seu O medo de não
conseguir mudar me
petrifica Mas eu sei que
você não se importa
porque agora você cuida
deles Nem sei quantos
são Tenho medo de saber
como eles são Só sei
que não tenho mais espaço
e que você o ocupa com
desconhecidos a cama
que dividiu comigo.
DIA 7.
Eu conhecia o cheiro de todas as partes do seu corpo
Eu sentia seus toques e com seu beijo ficava louco
Toda vez que me abraçava, para mim, era pouco
Queria uma eternidade preso a ti, mas estou solto
Eu me encantava com a sua beleza todos os dias
Eu ouvia seus gemidos como se fossem sinfonias
E queria gemer junto a ti, criando nossa harmonia
Mas descobri que o mesmo você já não queria
Eu amava a cada segundo alimentar-me de te ver
Eu fiz de tudo, e faria novamente, para você saber
Que o que eu sentia não mudou, não vou esquecer
Mas temo que você o fez e não vai mais me querer.
DIA 8.
Você consegue ler as entrelinhas? (eu te amo)
Entender suas palavras por trás das minhas? (eu também te amo)
O significado. Você enxerga? (nós)
Eu te deixo esta mensagem, releia.
Ela contém o supremo e doloroso medo da realidade.
Tem o que te dei e era minha responsabilidade.
Releia.
DIA 9.
Você pegou a faca
e me deu duas punhaladas no coração.
Eu senti quando a primeira entrou
e quando a segunda saiu.
Aos poucos,
você começou a se afastar,
dizendo que era a distância
que iria estancar o sangue.
Eu vi o seu futuro
nos braços de um novo rapaz,
enquanto a mácula ainda pulsava
dentro do meu peito solitário.
Você guardou a faca
e sempre me acena com ela.
De longe, consegue me matar
todos os dias um pouco mais.
DIA 10.
Somos o choque de dois planetas
constelações que se mesclaram
criando um universo infinito
chamado amor
nossos satélites perderam a força
e atingiram nossas órbitas
vulcões e torrentes gritaram
anunciando o terror
nossas partículas se espalharam
meteorizamos nossos corpos
corremos o vazio espacial
compartilhando calor.
Acho que hoje estou cósmico.
DIA 11.
Lágrimas que chorei
hoje:
lembranças que terei
sempre.
O que você me disse
ontem:
altera toda superfície
parada.
Hoje caiu uma lágrima
quente:
relembrando a lástima
fria.
A dor selará a alegria
amanhã:
talvez eu ainda sorria
sozinho.
DIA 12.
Papel em branco
novo;
caneta usada;
marcas de mordida na tampa,
carga já pela metade
Papel em branco,
sem margens
e sem linhas;
caneta de ponta fina,
quase rasga o papel em branco
ao escrever: amor.
DIA 13.
Será que você sentia
o mesmo que me dava alegria?
Será que gozava
o tanto que eu me doava?
Será que você me queria
como eu a você, noite e dia?
Será que quando me beijava
o amor, como eu, saboreava?
Será que você sorria
como eu quando te via?
Será que você me amava
ou só me enganava?
Responde.
DIA 14.
Você anda visitando meus sonhos
e transformando eles em pesadelos.
Neles, eu me desrespeito
querendo saber da sua vida,
te cobrando pelos erros
e me torturando pelos desejos.
Preferia perder a capacidade de sonhar,
pra esquecer a vontade de entender,
pois o que aconteceu entre nós é fim
e não importa o que nos trouxe até aqui,
já que não estamos mais juntos.
Por favor, saia da minha cabeça.
DIA 15.
Eu sei que não deveria te dar este poder,
mas quero que saiba que vou te esperar
sempre.
Esperei uma eternidade em outras vidas,
esperarei outra para te encontrar outra vez e
sempre.
Eu me cansarei de viver esperando você,
mas sei que não desistirei, como nunca fiz
antes.
E cada vez que eu te encontrar ao meu lado
vou te dar todo meu ser como sempre fiz
antes.
DIA 16.
Ah, seu misticismo!
Ele fazia parte de mim,
quando eu fazia parte de nós.
E quando nós viraram dois,
a minha fé desatou,
correu de mim.
É como se a minha fé
fosse parte da fé
que eu tinha
no nosso amor.
E no instante
em que o nosso amor
virou pó, pra você,
eu perdi a fé no resto
e sobrou nada pra acreditar.
DIA 17.
Te quiero olvidar
Te quiero
Y ya no me puedo olvidar
Lo que hiciste está adentro
Y lo que está adentro no se olvida
Te quiero odiar
Te quiero
Y ya no puedo amar
Lo que hice se me olvidó
Y lo que olvidé ya no puedo recordar
No permitas, cariño, que se me olvide jamás.
No permitas, cariño, que me olvide de amarte.
DIA 18.
Quanto do meu medo foi você quem me deu?
A luz não estava acesa, eu sei que escureceu.
Pensei que era minha vida, mas era tudo seu.Foi você que tomou a decisão egoísta, não eu.
Agora, sigo o caminho sem lanterna, no breu.
Não escuto meu coração, pois ele já morreu
e você mentiu, sei que no fim, não sofreu,
pois a história apenas em mim permaneceu
e o sol no seu caminho sempre amanheceu.
Só me resta questionar: você já me esqueceu?
DIA 19.
Espelho não é tela
Sangue não é tinta
Mente não é pincel
Dor não é inspiração
Corpo não é objeto
Sou obra inacabada
Você não será o pintor.
DIA 20.
Corre, corre
Pra bem longe
Foge, foge
Vai, se esconde
Veja, veja
Pra aonde vai
Corre, corre
Erra e cai
Força, força
Pra se levantar
Respira, inspira
Em busca de ar
Vai, vai
Quero te ver
Longe, longe
Pra te esquecer.
DIA 21.
Às vezes penso que preciso do seu amor
Às vezes penso que preciso te amar
Mas tenho certeza de toda essa dor
E não tenho dúvida de que ela vai acabar
Às vezes penso que quero você do meu lado
Às vezes penso que quero te abraçar
Mas lembro de quanto tenho esperado
E me recordo de que sempre me fará esperar
Às vezes penso que entendo as suas razões
Às vezes penso que entendo a vida
Mas sinto tudo no calor das emoções
E me esqueço de que você é uma proibida
DIA 22.
Não é exagero dizer que você me derrotou,
pois
na minha cama, restam as ruínas do que sou.
Não é mentira quando te chamo de egoísta,
pois
já me ofendeu para se sentir mais altruísta.
Não é coincidência que você queira sexo,
pois
sua satisfação sempre foi além do complexo.
Não é à toa que eu tenha me dedicado a nós,
pois
sentia que, no fim, você me deixaria a sós.
DIA 23.
Eu não sei se é verdade, mas se você tiver um novo ele, espero que 
não o troque pelo trabalho;
não jogue as preocupações com o seu corpo no corpo dele;
não me faça fazer parte do relacionamento de vocês;
não fale de mim pra ele;
não coloque suas frustrações na cabeça dele;
consiga assumi-lo para o mundo;
consiga beijá-lo na rua;
consiga ver o casamento como algo possível;
consiga priorizá-lo;
consiga dar a ele mais do que dinheiro;
consiga vê-lo além do sexo;
enfim, que você seja tudo o que não foi comigo.
E se você conseguir, isso doerá em mim, mas será o correto.
DIA 24.
A gota tentou encher o copo
Mas sempre que ela caía
Ela era bebida
A gota caía quente no copo
Mas ela sempre esfriava
Em contato com ele
Ela nunca transbordou o copo
Ele sempre se dizia completo
Mas abria a torneira
O copo sempre foi transparente
E a gota nunca foi suficiente
Por isso, ela secou.
DIA 25.
É possível transformar a dor em poesia, porém hoje, a dor foi tão grande
que eu não consegui transformá-la em nada bonito.
DIA 26.
Dor física
tremores
Me limita
os amores
Dor física
horrores
Me muda
as flores
Dor física
clamores
Me deturpa
os valores.
DIA 27.
Há dias em que penso não ter nada pra escrever,
mas me basta lembrar do seu rosto, dos seus olhos
e não posso esquecer:
seu cheiro
seu beijo
seu toque
você inteiro.
Um dia, pode ser que eu olhe pra trás e te supere,
mas me bastará lembrar que fui seu durante anos
e talvez eu recupere:
a alegria
a ambição
a autoestima
meu coração.
DIA 28.
Possessivo.
meu, meu, meu, meu, meu, meu, meu, meu, meu
            meu, meu, meu, meu, meu, meu, meu            
                        meu, meu, meu, meu, meu                        
                                    meu, meu, meu                                    
                                                 seu                                                 
DIA 29.
Minha poesia pra você: vai se foder!
DIA 30.
Minha língua treme:
é o sangue correndo,
é a vida vibrando,
crescendo.
Espero que cresça uma sequoia inteira.
DIA 31.
Em nome do pau, da ereção e do leite gozado, adeus.
DIA 32.
Fruta que amadurece no pé e ninguém colhe, apodrece e cai no chão.
Do chão não passo. Ou melhor, passarei.
Adubarei.
DIA 33.
Anjo pra virar demônio basta querer.
Eu te quero.
DIA 34.
Sozinho com você era triste.
Sozinho sem você sou triste.
O problema era que, estando, você me deixava sozinho.
DIA 35.
Em sua meditação,
eu peço,
me transforme em oração.
DIA 36.
Minha vida é muito curta para tentar te esquecer.
DIA 37.
We have two things in common after all:
1. we both love you;
2. we both think I am stupid for it.
DIA 38.
Você é karma resolvido
É benção recebida
O tal fruto proibido
Carne apodrecida
Na cruz
É carrasco com machado
Cadeira elétrica ligada
Revólver engatilhado
Artéria rasgada
Sangrando
Morte.
DIA 39.
Se bem me lembro,
sua pele era macia.
E eu me lembro bem:
ela me tocava de leve.
E se lembro direito,
sua pele era quente.
E eu me lembro, sim:
ela me esquentava.
Se lembro corretamente,
sua pele me despertava.
E eu me lembrei hoje
que não posso mais tocá-la.
DIA 40.
Em boca calada não entra mosca
e em coração aberto entra qualquer um.
DIA 41.
Cuidado.
Perigo.
Não atravesse.
Entrada proibida.
Cão bravo.
Você.
DIA 42.
Joelho ralado
Mãos no chão
Corpo arqueado
Dói a palpitação
No peito furado
Queima o coração
Para ser curado
E voltar à razão
Da qual foi tirado
Pela doce ilusão
De ser amado
Por quem diz não
Estando ao lado
Do que era então
Feito de bom grado
Agora levanta a mão
Fica em pé, parado
Recebendo a benção
Que tinha esperado
Dentro do caixão
Jaz um amor enterrado.
DIA 43.
Don’t you ever give me any hopes again
‘Cause till these days
Your words have only brought me pain
Right after you decided to leave me
Trust in what I say
I realized that I was finally free
So don’t come back in the future
‘Cause, mama’s boy,
Your indecisions bring me torture
Now it's time for you to find your luck
To believe and to want
Something other than money and fuck.
DIA 44.
O trabalho era um problema
até que me tornei o problema,
e você entende de problemas,
pois você é um problema
para mim.
Qual foi o maior problema
que te fez me ver como problema
e não como a solução do problema
que era, na verdade, seu problema
refletido?
Eu me cansei de ser seu problema,
mas te deixo ser meu problema,
porque não sei resolver o problema
que me leva ao maior problema
que é te amar.
DIA 45.
Hoje eu chorei escondido no trabalho
pois queria te fazer sentir culpado
por tudo o que você me tirou
quando se retirou
da minha vida.
Hoje eu chorei na frente do computador
pois queria sentir de novo
tudo o que eu sentia
quando você estava
ao meu lado.
Hoje eu chorei sozinho em casa no escuro
pois queria simplesmente me matar
pra acabar com tudo
o que eu sinto
sem você.
DIA 46.
A porta se abre
e se fecha.
Na cama se dorme
e se desperta.
Você me ama
e me nega.
DIA 47.
Que mistério é esse que se instaurou?
Pisou na Terra sem medo.
Começou.
Respirou e abriu os olhos
para ver a realidade
e não a recusou
nem a usou.
Sofreu
e não negou.
Aceitou,
pois carrega em si
o tempo ilimitado do amor.
DIA 48.
Meu coração é vagabundo, gosta de sofrer.
Seu coração é cigano, gosta de arriscar.
Meu abraço é seu, gosta de te abraçar.
Seu abraço é invejável, escolhe a dedo.
Meu beijo é carícia, ama com a saliva.
Seu beijo é carente, engana como a sativa.
Minha mente é divina, ama e dá vida.
Sua mente é confusa, não se decide e mata.
Meu amor é universo, explode pra se recriar.
Seu amor é inverso, se ama pra explodir.
DIA 49.
Quem semeia vento, colhe tempestade.
Afinal, o que, em mim, você plantou?
Regada por você e pela sua maldade,
No meu peito, sua erva daninha brotou.
Já tentei colher as flores que nasceram,
Mas junto delas os espinhos cresceram.
Usarei veneno para te matar em mim,
Pois já não te quero no meu jardim.
A sua nova plantação deve ter começado,
Espero que melhore na próxima colheita.
Ainda que comigo tenha fracassado,
Devolvi sua terra intacta e perfeita.
DIA 50.
O tempo é o remédio.
O amor-próprio é a moeda.
A mente é o vendedor.
O coração é o enfermo.
Você é a doença.
DIA 51.
Um dia quero ser um pássaro para sobrevoar você e me convencer da sua
pequenez.
DIA 52.
Tenho tanto amor pra dar
e tanto ódio pra receber
Tenho um corpo pra amar
e muito gozo pra ceder
Quero alguém pra amar
e o ódio por você esquecer
Quero com um corpo deitar
e a sua libido talvez entender
Tenhoum medo pra superar
e vários desejos pra entender
Tenho um homem pra evitar
e vários pra sem pressa meter.
DIA 53.
Ontem você me chamou
e o fogo que eu tinha apagado
queimou
Ontem você me confundiu
e o que eu tinha decidido
se perdeu
Meu coração voltou a bater.
DIA 54.
Nosso amor é ponto-final ou reticências?
DIA 55.
Segurei a saudade nas mãos
não podia te chamar ou te ligar
seria um erro
guardei a saudade no peito
queria te abraçar
sentir seu cheiro
Dormi abraçado com a saudade
não queria chorar
por ter sido verdadeiro
deixei a saudade ir embora
queria me respeitar
e alguém que me amasse por inteiro.
DIA 56.
“Quando serei feliz?”
Leram minha sorte nas cartas
Foram escolhas que fiz
E as que gerarão marcas
Você não estava no meu futuro
Confesso que fiquei triste
Pois nosso amor foi maduro
E agora ele não existe
O tempo me ajudará a aceitar
Mas gostaria de te ter comigo
É difícil desistir de te amar
E te ver como um novo amigo
Você é confuso como o futuro
Se não fosse isso, continuaríamos
Mas sei que o que sentimos foi puro
E que mais amor construiríamos.
DIA 57.
Você é o espelho do seu ego.
Reflexo mimado por si próprio.
Emite luz pra se ver refletido.
Se apaga pra não dividir o brilho.
Não admite rachaduras naturais.
Não admite que se rachou sozinho.
O seu passado se reflete no presente.
E o seu futuro são sete anos de azar.
DIA 58.
Quando nosso amor morrer, vamos enviá-lo numa barca com uma moeda
para fazer a passagem ou mumificaremos o restante dele para algum ritual
religioso de pós-vida?
Só existe uma resposta para essa pergunta, cuidado...
DIA 59.
Quando descobri
o mundo
se refez
Quando permiti
o mundo
se habitou
Quando aprendi
o mundo
se evoluiu
Quando insisti
o mundo
se desfez.
DIA 60.
o meu medo é o tempo passar
e a gente acabar
como as ondas do mar
num vai e vem
num meu mal, meu bem
um com, um sem
aquela velha história
um peso na memória
um herói sem glória
tenho medo de a dor não passar
medo de o amor não secar
medo de você não voltar
para mim
e esse sim
ser o meu fim
DIA 61.
There is nothing left of me
Since you’ve been gone
I will never forgive you
For letting me alone in here
For letting me live in fear
For letting me lose my poetry
For letting me hurt myself
I am so afraid
I think my energy is gone
I think I can’t do anything right
Since you’ve been gone
There is nothing left of me.
DIA 62.
A única certeza que temos é a incerteza que existe entre nós.
DIA 63.
De olhos fechados
ou
De olhos abertos
Perto
ou
Longe
Com você
ou
Sem você
Num sonho
ou
Na realidade
Você me rejeita
ou
Você me humilha
Para se envaidecer
ou
Para se masculinizar
Eu aceito
ou
Eu aceito
Por te amar
ou
Por não me amar.
DIA 64.
As árvores brotaram de sementes antigas
Os galhos cresceram em troncos místicos
Os frutos nasceram e amadureceram no amor
As bocas se lambuzaram nos sucos da alegria
E cuspiram novas sementes com ferocidade
Onde caíram e quem as regará é um mistério.
DIA 65.
Reli poemas antigos
De quando te conheci
Senti vontade de parar de escrever
Tudo já parecia em vão
Agora, então
Penso que todas essas palavras
Nunca farão efeito na sua cabeça dura
Nunca te convencerei de aceitar meu amor
Sempre foi assim...
Sempre desejei te dar o que você nunca pediu
No começo, no meio (talvez) e no fim.
Qual é o sentido, afinal?
Para o quê nos preparamos?
Nosso fim foi um sinal?
Sem nós, continuamos?
DIA 66.
Sabe quando você sente o chão tremendo
Mas na verdade é o seu coração batendo
E a pulsação do corpo todo vai crescendo 
Até que o medo vai embora, se arrependendo...
Eu sei.
Sabe quando você ouve o movimento do mar
Mas na verdade é o sentimento te deixando sem ar
E o coração bate mais fraco, aprendendo a se controlar 
Até que o passado vai embora e você pode novamente amar...
Eu sei.
DIA 67.
O céu azul pode ser mais lindo que os seus olhos mirando na minha direção.
DIA 68.
Colar de pérolas
não repousaram no pescoço 
O cão sem dono
não quer largar o osso
Oração pra santo do pau oco
não alcança graça
O bem do mundo
é a própria desgraça 
Estrume ou adubo
só depende de quem vê 
O futuro tem dono
se o dono nele crê.
DIA 69.
Heartbreak: the prediction of a destiny that doesn’t fulfill itself 
DIA 70.
Eu sempre volto
Mas eu sempre voltarei?
Se eu sempre voltar
Significa que ficarei?
DIA 71.
Eis que o coração volta a bater
Sem a razão principal ser você
O alívio que isso dá é enorme 
E este alívio tem endereço e nome
DIA 72.
Início, meio e fim
E tudo de novo
Até que eu saia 
Da grande roda
Que se alimenta
Dos meus inícios
Dos meus meios
Dos meus fins
E me alimenta
Com inícios
Com meios
Com fins
Meus.
DIA 73.
Quando
Onde
Quem
São palavras que condenam
Se respondidas envenenam
O presente que modificaram 
E o futuro inteiro prejudicam 
DIA 74.
Planos: forma de valorizar o futuro no presente e sobrepô-lo à importância
antes dada ao passado.
DIA 75.
Olhe como cheguei longe
Distante de você
Veja como ampliarei o tempo
Sem te ver
Sinta meu espírito indo embora
Desatando nosso nó
Espere por mim do outro lado
Se ainda me amar
Ou venha de encontro comigo
E me convença a voltar 
DIA 76.
Conte comigo:
1, 2, 3, 4, 5, 6 e meio.
Quando metade de mim sumiu,
entendi que não era inteiro.
O que terminou pela metade não fomos nós,
fui eu,
pois estive todo este tempo a sós
sendo seu.
O fim deu início à construção do todo que sou
e que não era,
pois durante 6 anos e meio
ficou em espera.
DIA 77.
O pedido de desculpas que devo,
Por ter deixado de lado objetivos
Por ter cansado o corpo e a mente
Por ter rejeitado o reflexo no espelho
Por ter investido em algo alheio
Por ter acreditado nos discursos,
Devo a mim.
A você, percebi, não devo mais nada
Pois te dei todo o meu amor e a minha atenção 
Durante horas
Durante dias
Durante meses
Durante anos
Durante suas crises
Durante seus locais
Durante sua família.
Eu me desculpo, hoje, por ter perdido minha rota por você 
Foi necessário pra que eu nunca mais perca minha rota por ninguém.
DIA 78.
Eu sou amor.
“Eu sou muito mais do que o amor que te dei.” Ou pelo menos era isso o
que eu pensava. Depois que você se foi, percebi que, na verdade, eu sou em
grande parte o amor que te dei e não muito mais do que ele. Eu gostava de
pensar que era mais do que isso, pois, para mim, quem era apenas isso era
pouco e comum. Eu não queria admitir a minha semelhança e não entendia
que ser o amor que te dei era ser muito. Eu percebi que não queria ser
apenas o amor que te dei, porque ele me trouxe um sofrimento que eu
considerava vulgar se posto ao lado de outras questões da existência
humana. O problema é que, ao te dar todo aquele amor, eu tinha mais forças
para enfrentar todas as impossibilidades que a vida trazia. Eu não queria
admitir que o amor me era necessário, não apenas dá-lo a alguém que eu
acreditava ser merecedor, mas também recebê-lo de alguém que me achava
digno disso. Eu pensava que seria fraqueza minha confessar que precisava
de amor, porque eu via como as pessoas sofrem por ele. Não conseguia ver
um coração ferido por não ter sido amado como algo grave, pois
considerava que a fome, os abusos e o poder do dinheiro eram coisas muito
mais urgentes de serem acabadas. E provavelmente são. Porém, hoje
entendo, também é o amor que sinto por você. Agora, eu aceito que sou em
grande parte o amor que te dei e sei que isso não é algo ruim, é apenas uma
característica minha carregar o peso de um sentimento tão puro.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a pessoas maravilhosas
que me leram nestas e em outras linhas,
que me disseram pra escrever
e pra viver.
Obrigado mãe, por ser sempre doce,
pai, por alimentar em mim o amor pela leitura,
irmã, por me dar força quando eu não tinha,
irmão, por sempre me sorrir com calma.
Obrigado Fernanda Serra, pela capa maravilhosa
e por dedicar seu tempo a me ouvir.
Obrigado Debora Couto, por ler este livro
e por ser a fonte de amizade e aprendizado que eu preciso.
Obrigado Rebeca Benício, por me provar que amizade
não é apenas sobre proximidade física, mas também de alma.
Obrigadoa Você que me deu material pra escrever
ainda que o resultado de nós seja este livro.
ABOUT THE AUTHOR
Igor Marcondes
Instagram: @igorautor 
Twitter: @igorautor
Contato: autor.igor@gmail.com
Igor Marcondes nasceu em Lorena, interior do Vale do Paraíba, é formado
em Letras pela Universidade de São Paulo, e viveu em Santiago do Chile,
onde estudou linguística e literatura hispânicas na Pontificia Universidad
Católica. Tem como principais influências Hermann Hesse, João Guimarães
Rosa e Vladímir Maiakóvski. Seu primeiro livro de poemas, “Um poema
para cada dia em que não te vi”, atingiu o primeiro lugar na lista de ebooks
de poesia mais vendidos da Loja Kindle da Amazon em 2021.
BOOKS BY THIS AUTHOR
Gozo Poético
Onde começa e onde termina uma relação? Em Gozo poético, Igor
Marcondes traz uma coletânea de poemas curtos e contundentes que narram
o ato sexual em sua simultânea completude e infinitude. O fio condutor das
partes é um passeio pelo desenho dos corpos entregues ao delicado prazer e
à incineradora luxúria. No princípio, um convite ao espetáculo encenado no
palco do deleite. No meio, a provocação dos sentimentos que, às vezes,
hesitam em ser estimulados, e aqui são deflagrados sem restrição. No
desfecho, o arrebatamento dos amantes que se asseguram de terem se
entregado profundamente e de terem preenchido de forma mútua os vazios
do físico e do etéreo. Gozo poético é uma indispensável ode ao erótico.
Recomendado para maiores de 18 anos.
Tudo O Que Dói
O autor do best-seller “Um poema para cada dia em que não te vi” retorna
com a série “Tudo o que dói”. Dividido em 12 partes, o livro narra
poeticamente a história de um personagem fundamentado na realidade e
feito puramente de sentimentos.
Cada parte foca em uma dor específica, conectando-se à anterior e à
próxima pela lógica da existência humana: o cordão umbilical; a lição de
casa; a confissão; o armário; a novidade; o sexo; o desejo do fim; a
recuperação; o amor; a perda iminente; a perda permanente; a realidade.
https://www.amazon.com.br/dp/8595563063/ref=sr_1_2?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&crid=N2E8CGPO5LMP&keywords=gozo+po%C3%A9tico&qid=1654867120&sprefix=gozo+po%C3%A9tico%2Caps%2C187&sr=8-2
https://www.amazon.com.br/Tudo-que-d%C3%B3i-cord%C3%A3o-umbilical-ebook/dp/B09G75F2K2/ref=sr_1_2?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&crid=GB5RKTU2XWC8&keywords=igor+marcondes&qid=1654887006&sprefix=igor+marconde%2Caps%2C220&sr=8-2
Os versos de “Tudo o que dói” não apenas expõem essas doze dores, mas
também iniciam o processo de cura pelo simples fato de existirem.
Uma Cura Para A Vida
Quando o tempo se desprende da linearidade comum, os eventos de uma
vida se mesclam e revelam como a atitude mais simples, o menor ser vivo e
o sentimento mais puro podem se conectar para oferecer um alívio à ferida
aberta que é viver.
Autor de “Um poema para cada dia em que não te vi” e “Cinza São Paulo”,
Igor Marcondes examina a proximidade entre a morte e a espiritualidade de
maneira sincera e sentimental.
Realidade Crônica
“Realidade Crônica” não é uma prece, mas reza a poesia urbana que
permeia a vida e, talvez, louve as desventuras de momentos curtos que
podem se estender na mente. Por isso, a fórmula é a mesma: textos rápidos,
muitas vezes desafiando a pontuação e os significados correntes. 
O autor de “Um poema para cada dia em que não te vi” retorna à prosa
neste volume complexo e cheio de questionamentos, trazendo elementos
reais para compor uma obra que, se o leitor permitir, modificará suas
percepções sobre as coisas mais simples da vida.
Cinza São Paulo
Entre os contos que compõem este livro, existe um, logo nas primeiras
páginas, intitulado "Ignorância". O texto fala sobre coisas que sentimos,
mas não sabemos dar nome. E é justamente isso que o Igor faz durante toda
a obra, dá nomes aos seus sentimentos mais íntimos e mais públicos.
Como um dicionário de traumas, medos, amores, ele dá nomes: viado, lobo,
silêncio, greve, dor. Cada palavra vem acompanhada do seu significado,
https://www.amazon.com.br/cura-para-vida-Igor-Marcondes-ebook/dp/B07Y7N5HX7/ref=sr_1_6?dchild=1&qid=1596290698&refinements=p_27%3AIgor+Marcondes&s=digital-text&sr=1-6&text=Igor+Marcondes
https://www.amazon.com.br/Com-deus-deito-com-levanto-ebook/dp/B08F2NC1TQ/ref=sr_1_9?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&dchild=1&keywords=igor+marcondes&qid=1631098757&sr=8-9
https://www.amazon.com.br/Cinza-S%C3%A3o-Paulo-Igor-Marcondes/dp/169838436X/ref=tmm_other_meta_binding_swatch_0?_encoding=UTF8&qid=1619273603&sr=8-4
como um vulcão, destruindo e reconstruindo o universo à sua volta.
Em tempos de ódio, esse livro não é só um desabafo, é um gesto político.
Uma jornada que vai desde o cordão umbilical, passando por fluídos
corporais e culmina no descompasso do capitalismo, das leis trabalhistas, da
sociedade do consumo que sufoca, que macula, que acinzenta.
Cada texto aqui é como um espelho. As personagens são pessoas que
conhecemos, os cenários são lugares que frequentamos, as paredes são as
mesmas que batemos de frente e nos machucamos.
Tem uma vida inteira escrita aqui. A sua, inclusive.
Relações Poéticas
Quem passa intacto pela vida? Os sentimentos que formam os poemas do
Igor revelam o fruto de todas as relações poéticas descritas neste livro: as
marcas.
O autor traz a fórmula, nem sempre exata, que mistura experiências que
crescem e se transformam em sentimentos e, posteriormente, tornam-se
marcas. Ele também traz à tona o significado das nossas escolhas e como
elas são determites para o nosso futuro.
As relações são inevitáveis? E as marcas oriundas delas também são? Elas
podem ser tudo: boas, ruins, indiferentes. "Relações poéticas" fala sobre
marcas. Marcas que moram em todos nós. Marcas que ultrapassam a
superficialidade da pele e, quando machucam, o fazem sempre nos
provando que de abstratos os sentimentos não têm absolutamente nada.
Os poemas deste livro traduzem e tornam concretos cada um dos
sentimentos que ficam em nós. Por isso, "Relações poéticas" nos faz olhar
pra dentro a partir do que existiu ou ainda existe aqui fora.
Quem passa intacto pela vida? Aqui tem cada uma das nossas marcas
traduzidas em palavras.
https://www.amazon.com.br/Rela%C3%A7%C3%B5es-Po%C3%A9ticas-Igor-Marcondes/dp/6500185919/ref=sr_1_2?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&crid=3H2JKBKCVJ94J&keywords=rela%C3%A7%C3%B5es+po%C3%A9ticas&qid=1653589272&sprefix=rela%C3%A7%C3%B5es+po%C3%A9tic%2Caps%2C272&sr=8-2
O Poeta Está Morto
A poesia nunca morre
Dentre as diversas formas da morte, a simbólica é a mais difícil de definir.
Talvez fale de algo que acabou, mas não definhou, que está presente, mas se
parece mais com uma memória do que algo palpável.
É por isso que o eu lírico presente nos poemas que compõem “O poeta está
morto” parece estar vivo, ainda que já não possa mais respirar. Seus versos
agora são apenas espasmos incontroláveis daquilo que se decompõe
lentamente.
Ele decidiu morrer para eternizar a vida que experimentou: dos momentos
depressivos aos de iluminação espiritual, passando por um homoerotismo,
por vezes, sarcástico, cada verso presente aqui é resultado da tentativa de
viver.
https://www.amazon.com.br/gp/product/B089RRSQB8/ref=dbs_a_def_rwt_bibl_vppi_i13
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