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Controle de Constitucionalidade

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ROTEIRO DE AULA – DIREITO CONSTITUCIONAL III (PROCESSO CONSTITUCIONAL) 
 
UNIDADE II – AÇÕES ESPECÍFICAS DO CONTROLE CONCENTRADO DE 
CONSTITUCIONALIDADE 
 
Para estudarmos o controle de constitucionalidade, é fundamental estarmos de 
posse, além da nossa tradicional fonte de estudo (a Constituição Federal), das 
Leis n. 9.868, de 1999, e Lei n. 9.882, também de 1999. 
Lembre-Se que o Brasil adota tanto o modelo concentrado quanto o modelo 
difuso. O Controle Concentrado de Constitucionalidade ocorre quando o STF 
julga uma das seguintes ações: 
• Ação Direta de Inconstitucionalidade; 
• Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão; 
• Ação Declaratória de constitucionalidade; 
• Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental; ou 
 
 
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE (ADI) 
 
1) LEGITIMIDADE ATIVA PARA PROPOR A ADI – ART 103 CF/88 E ART 2º DA LEI 
9.868/99 
Art. 103 CF/88 - Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de 
constitucionalidade: 
I – o Presidente da República; 
II – a Mesa do Senado Federal; 
III – a Mesa da Câmara dos Deputados; 
IV – a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; 
V – o Governador de Estado ou do Distrito Federal; 
VI – o Procurador-Geral da República; 
VII – o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; 
VIII – partido político com representação no Congresso Nacional; 
IX – confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. 
 
 DICAS PARA MEMORIZAÇÃO: 
v 3 autoridades: Presidente da República; Governadores; 
Procurador-Geral da República. 
v 3 mesas: Mesa do Senado Federal; Mesa da Câmara dos 
Deputados; Mesa das Assembleias Legislativas. 
v 3 instituições: Conselho Federal da OAB; partido político com 
representação no Congresso Nacional; confederação sindical ou 
entidade de classe de âmbito nacional. 
ROTEIRO DE AULA – DIREITO CONSTITUCIONAL III (PROCESSO CONSTITUCIONAL) 
 
 
 ATENÇÃO AOS SEGUINTES DETALHES: 
 
v PARTIDO POLÍTICO COM REPRESENTAÇÃO NO 
CONGRESSO NACIONAL – Entende-se por partido político com 
representação no Congresso Nacional aquele que possui pelo 
menos um Deputado Federal ou um Senador da República. 
 
Segundo o entendimento do STF, a representação há de ser comprovada no 
momento da propositura da ação e não no momento do seu julgamento. Ou seja, 
não se fala em perda superveniente de legitimidade se, entre a propositura da 
ADI e o julgamento, o partido político perder sua representação no Congresso 
Nacional. 
 
v CONFEDERAÇÃO SINDICAL - Só a confederação sindical possui 
legitimidade ativa. Isto é, os sindicatos, as federações sindicais e 
as centrais sindicais não são legitimadas ativas. 
 
v ENTIDADES DE CLASSE DE ÂMBITO NACIONAL – Segundo o 
STF, as entidades de classe de âmbito nacional, que reúnam 
membros de mais de uma atividade profissional ou econômica, em 
razão da heterogeneidade da sua composição, não possui 
legitimidade ativa. 
Quanto às entidades de classe de âmbito nacional, o STF muda 
seu entendimento para reconhecer a legitimidade das 
denominadas “associações de associações” (também conhecidas 
como entidades de classe de segundo grau), que congregam 
exclusivamente pessoas jurídicas como associados. 
 
 LEGITIMADOS UNIVERSAIS E LEGITIMIDADOS ESPECIAIS - É 
importante dizer que nesse rol taxativo do art. 103 CF/88 há legitimados 
universais e legitimados especiais. Mas qual a diferença? 
v Os LEGITIMADOS UNIVERSAIS podem arguir a 
inconstitucionalidade de qualquer matéria; 
v Os LEGITIMADOS ESPECIAIS só podem levar para o STF a 
discussão de matérias sobre as quais demonstrarem interesse 
(aquilo que se denomina Pertinência Temática). 
 
§ São legitimados universais: Presidente da República; Mesa do Senado 
Federal; Mesa da Câmara dos Deputados; Procurador-Geral da 
República; Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; partido 
político com representação no Congresso Nacional. 
ROTEIRO DE AULA – DIREITO CONSTITUCIONAL III (PROCESSO CONSTITUCIONAL) 
 
 
§ São legitimados especiais: Mesa da Assembleia Legislativa ou da 
Câmara Legislativa do Distrito Federal; Governador de Estado ou do 
Distrito Federal; confederação sindical ou entidade de classe de âmbito 
nacional. 
 
 CAPACIDADE POSTULATÓRIA - NECESSIDADE OU NÃO DE 
CONSTITUIR ADVOGADO PARA A PROPOSITURA DA ADI - Será que 
todos os legitimados têm capacidade postulatória para ir ao Supremo sem 
advogado? 
Na verdade, não. Uns possuem essa capacidade postulatória, outros não. 
Portanto, quem necessita de advogado? 
v Os partidos políticos com representação no Congresso 
Nacional, as confederações sindicais e entidades de classe de 
âmbito nacional NECESSITAM da assistência de advogado para 
a propositura da ADI. 
v Em sentido contrário, os demais legitimados poderão impetrar a 
ação direta sem a necessidade de um advogado, na medida em 
que detêm capacidade postulatória. 
 
 
 
 
2) OBJETO DA AÇÃO DIRETA DE CONSTITUCIONALIDADE (ADI) – ART. 
102, INCISO I DA CF/88 - a competência do STF para julgar ADI alcança 
somente leis federais e estaduais, não alcançando as leis municipais, OU 
SEJA, CABE ADI somente em face de lei ou ato normativo federal ou estadual, 
logo, não cabe ADI em face de lei ou ato normativo municipal. A doutrina dispõe 
que, nesse ponto, houve um “silêncio eloquente” do legislador, ou seja, esse 
silêncio significa que o legislador quis excluir as leis municipais. 
ROTEIRO DE AULA – DIREITO CONSTITUCIONAL III (PROCESSO CONSTITUCIONAL) 
 
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a 
guarda da Constituição, cabendo-lhe: 
I – processar e julgar, originariamente: 
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo 
federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de 
lei ou ato normativo federal; 
 Nessa linha, podem ser objeto de ADI: emendas constitucionais de 
reforma, emendas constitucionais de revisão, tratados internacionais 
equiparados às emendas, leis ordinárias, leis complementares, leis 
delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos, resoluções, 
tratados internacionais não equiparados às emendas, decretos 
autônomos, regimentos internos dos tribunais, Constituições Estaduais, 
Lei Orgânica do Distrito Federal 
 
 Em razão da jurisprudência do STF, só poderão ser impugnadas em ação 
direta as leis e atos normativos federais e estaduais que: 
a) sejam pós-constitucionais: para o Supremo não é possível o controle de 
constitucionalidade de lei anterior à Constituição pela via da ação direta de 
inconstitucionalidade; 
b) não sejam tipicamente regulamentares: o STF não admite ADI em face de 
atos normativos de caráter regulamentar (chamados de atos normativos 
secundários). No caso, a ofensa à Constituição é meramente reflexa. Não há, na 
verdade, uma inconstitucionalidade, mas mera crise de legalidade; 
c) estejam em vigor: é pacífico o entendimento do STF no sentido de não ser 
cabível a ação direta de inconstitucionalidade contra ato revogado; 
d) não sejam normas constitucionais originárias: não se admite controle 
concentrado ou difuso de constitucionalidade de normas produzidas pelo Poder 
Constituinte originário; 
2) As súmulas de jurisprudência aprovadas pelos Tribunais do Poder Judiciário 
não podem ser objeto de controle concentrado de constitucionalidade, por não 
apresentarem características de ato normativo. As súmulas, apesar de refletirem 
a interpretação dada pelo Poder Judiciário, não constituem, por si só, uma 
norma, mas decisões sobre normas. 
 
3) ATUAÇÃO DO PROCURADOR GERAL DA REPÚBLICA (PGR) - atuação 
do PGR tem base constitucional no art. 103, VI (como legitimado universal) e no 
mesmo art. 103, § 1º. Perceba: 
 
Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a 
ação declaratória de constitucionalidade: 
[…] 
ROTEIRO DE AULA – DIREITO CONSTITUCIONAL III (PROCESSO CONSTITUCIONAL) 
 
VI – o Procurador-Geral da República; 
[…] 
§ 1º O Procurador-Geral da República deverá ser previamenteouvido nas ações de inconstitucionalidade e em todos os processos 
de competência do Supremo Tribunal Federal. 
 
Ou seja, o PGR é um dos legitimados para propor as ações de controle 
concentrado de constitucionalidade, independentemente da comprovação de 
interesse na matéria (legitimado ativo universal). 
Além disso, deverá ele ser previamente ouvido em todas as ações do controle 
concentrado e nos demais processos de competência do STF na qualidade de 
custus legis (fiscal da lei). 
v Importante sabermos que o parecer do PGR é obrigatório, porém ele tem 
total liberdade para opinar a favor ou contra a inconstitucionalidade 
do tema constitucional sob julgamento 
 
4) ATUAÇÃO DO ADVOGADO GERAL DA UNIÃO (AGU) - o AGU também 
desempenha um papel importante no julgamento da ADI, haja vista que é citado 
para defender o ato normativo impugnado. É o que está expresso no art. 103, § 
3º: 
Art. 103, § 3º Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a 
inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, 
citará, previamente, o Advogado-Geral da União, que defenderá o 
ato ou texto impugnado. 
 O ADVOGADO GERAL DA UNIÃO atua como curador do princípio da 
constitucionalidade das leis - . 
 Cuidado com isso!!! É uma atuação vinculada (defender o ato 
impugnado), mas o Supremo relativizou o comando constitucional 
autorizando que, em dadas situações, o AGU poderá defender a 
inconstitucionalidade, nos casos em que o próprio STF já tiver se 
manifestado em outro processo pela inconstitucionalidade da norma 
atacada. 
 
ROTEIRO DE AULA – DIREITO CONSTITUCIONAL III (PROCESSO CONSTITUCIONAL) 
 
 
 
 
5) IMPOSSIBILIDADE DE DESISTÊNCIA DA ADI - art. 5º da Lei n. 9.868, de 
1999. 
Art. 5º Proposta a ação direta, não se admitirá desistência. 
 
6) IMPOSSIBILIDADE DE INTERVENÇÃO DE TERCEIROS - art. 7º, caput, da 
Lei n. 9.868, 1999. 
Art. 7º Não se admitirá intervenção de terceiros no processo de 
ação direta de inconstitucionalidade. 
 
7) REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL NA ADI 
Art. 3o A petição indicará: 
I - o dispositivo da lei ou do ato normativo impugnado e os fundamentos 
jurídicos do pedido em relação a cada uma das impugnações; 
II - o pedido, com suas especificações. 
Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de instrumento de procuração, 
quando subscrita por advogado, será apresentada em duas vias, devendo conter 
cópias da lei ou do ato normativo impugnado e dos documentos necessários 
para comprovar a impugnação. 
 
8) NATUREZA DA DECISÃO DO STF EM SEDE DE ADI - Natureza dúplice 
ou ambivalente: art. 24 da Lei n. 9.868, de 1999. 
Art. 24. Proclamada a constitucionalidade, julgar-se-á improcedente 
a ação direta ou procedente eventual ação declaratória; e, 
proclamada a inconstitucionalidade, julgar-se-á procedente a ação 
direta ou improcedente eventual ação declaratória. 
ROTEIRO DE AULA – DIREITO CONSTITUCIONAL III (PROCESSO CONSTITUCIONAL) 
 
Em outras palavras, à luz do art. 24 da Lei n. 9.868, de 1999, e tendo por base 
que, em sede de ADI, o pedido formulado pelo autor é pelo reconhecimento da 
inconstitucionalidade da norma, teremos o seguinte: 
a) se a ação direta é julgada procedente, será declarada a 
inconstitucionalidade da norma impugnada; 
b) se a ação direta é julgada improcedente, será declarada a 
constitucionalidade do texto guerreado. Perceba que mesmo a improcedência 
da ação produz efeitos, qual seja, o reconhecimento pelo STF da 
constitucionalidade da lei impugnada. 
 
9) IMPOSSIBILIDADE DE RECURSO (salvo embargos de declaração) e de 
ação rescisória: art. 26 da Lei n. 9.868, de 1999. 
Art. 26. A decisão que declara a constitucionalidade ou a 
inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo em ação direta ou em 
ação declaratória é irrecorrível, ressalvada a interposição de 
embargos declaratórios, não podendo, igualmente, ser objeto de 
ação rescisória. 
 
10) NÃO HÁ PERDA DO DIREITO DE AÇÃO POR DECURSO DO PRAZO: 
importante que se diga que a propositura de ADI não se sujeita a nenhum prazo 
limite, ou seja, os legitimados pelo art. 103 podem propor a ação em qualquer 
tempo, uma vez que os atos inconstitucionais não se convalidam pelo decurso 
do tempo. 
 
11) EFEITOS DA DECISÃO - o art. 102, § 2º, da CF, e o art. 28, parágrafo 
único, da Lei n. 9.868, de 1999 
 
Art. 102, § 2º CF/88 - As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo 
Supremo Tribunal Federal, nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas 
ações declaratórias de constitucionalidade produzirão eficácia contra 
todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder 
Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas 
federal, estadual e municipal. 
Art. 28 da Lei n. 9.868. Dentro do prazo de dez dias após o trânsito em 
julgado da decisão, o Supremo Tribunal Federal fará publicar em seção 
especial do Diário da Justiça e do Diário Oficial da União a parte dispositiva 
do acórdão. 
Parágrafo único. A declaração de constitucionalidade ou de 
inconstitucionalidade, inclusive a interpretação conforme a Constituição e a 
declaração parcial de inconstitucionalidade sem redução de texto, têm 
eficácia contra todos e efeito vinculante em relação aos órgãos do 
Poder Judiciário e à Administração Pública federal, estadual e 
municipal. 
 
Portanto, são efeitos da decisão tomada pelo STF no julgamento das ADIs: 
ROTEIRO DE AULA – DIREITO CONSTITUCIONAL III (PROCESSO CONSTITUCIONAL) 
 
1) eficácia erga omnes (contra todos que se encontrem perante a mesma 
situação jurídica enfrentada no julgamento): por se tratar de processo 
objetivo, os efeitos da decisão atingem a todos que se encontram sob a mesma 
situação jurídica; 
2) efeito vinculante: atinge todo o Poder Judiciário (menos o próprio STF, que 
poderá mudar seu entendimento), bem como o Poder Executivo e o Poder 
Legislativo quando executam a função administrativa. Não vinculam o Poder 
Legislativo e o Poder Executivo quando exercem a função legislativa, sob pena 
de ferir a independência entre os Poderes; 
3) efeitos retroativos (ex tunc): em regra, a declaração de inconstitucionalidade 
retroage ao início da vigência do ato guerreado, uma vez que vige a tese da 
nulidade dos atos inconstitucionais. Porém, a lei permite que o STF, em 
situações excepcionais, modifique os efeitos temporais da sua decisão, nos 
termos do art. 27 da Lei n. 9.868, de 1999. Vejamos: 
Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo 
em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse 
social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de 
seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela 
só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento 
que venha a ser fixado. 
 
12) NÃO VINCULAÇÃO À CAUSA DE PEDIR: no julgamento da ADI, o STF 
pode decidir por fundamentação diversa daquela trazida pelo autor. É o que se 
chama de causa de pedir aberta. 
 Mas cuidado, o pedido vincula!!! Ou seja, se o autor pede a declaração de 
inconstitucionalidade apenas do art. 1º de uma determinada lei, o STF só 
analisará este art. 1º por força do princípio da demanda 
 
 
RESOLUÇÃO DE QUESTÕES 
 
1) (SEFAZ-RJ/FISCAL DE RENDA/2010) Não possui legitimidade para propor 
ação direta de inconstitucionalidade: 
a) A mesa da Câmara dos Deputados. 
b) A mesa do Senado Federal. 
c) A mesa do Congresso Nacional. 
d) A mesa da Câmara Legislativa do Distrito Federal. 
e) A confederação sindical de âmbito nacional. 
 
GABARITO: Letra c. A única alternativa que não representa um legitimado ativo 
presente no art. 103 é a letra c. 
 
ROTEIRO DE AULA – DIREITO CONSTITUCIONAL III (PROCESSO CONSTITUCIONAL) 
 
2) (TCE-ES/PROCURADOR/2009) Não se exige, para fins de ajuizamento e 
conhecimento da ADI, a prova da pertinência temática por parte das Mesas do 
Senado Federal, da Câmara dos Deputados, das assembleias legislativas dos 
estados ou da Câmara Legislativa do DF. 
 
GABARITO: Errado. As Mesas da AssembleiaLegislativa ou da Câmara 
Legislativa do Distrito Federal são legitimados especiais, ou seja, devem 
demonstrar a pertinência temática. 
 
3) (PGDF/PROCURADOR DO DF/2007) Uma ação direta de 
inconstitucionalidade proposta pelo Governador do Distrito Federal perante o 
Supremo Tribunal Federal deve necessariamente ser assinada por Procurador 
do Distrito Federal. 
 
GABARITO: Errado. O Governador de Estado e o Governador do DF não 
precisam constituir advogado, porque possuem a capacidade postulatória para 
impetrar a ADI. 
 
4) (STM/JUIZ AUDITOR/2013) São objeto de ADI: atos normativos primários, 
tratados internacionais, atos normativos federais, regimento interno, decreto 
autônomo, leis ou atos normativos anteriores a 05/10/1988, constituições e leis 
estaduais, decretos (com força de lei) e atos normativos estaduais. 
 
GABARITO: Errado. Os atos normativos primários (aqueles que buscam seu 
fundamento de validade direto da Constituição Federal), tratados internacionais, 
atos normativos federais, regimento interno dos tribunais, decreto autônomo 
(produzido à luz do art. 84, VI), constituições e leis estaduais, decretos (com 
força de lei) e atos normativos estaduais PODEM ser objeto de ADI. 
No entanto, leis ou atos normativos anteriores a 05/10/1988, data da publicação 
do ato de promulgação da atual Constituição, não. Somente leis e atos 
normativos federais e estaduais pós-constitucionais podem ser objeto de ADI. 
 
5) (AGU/ADVOGADO DA UNIÃO/2006) A citação prévia do Advogado-Geral da 
União em todas as ações de inconstitucionalidade apreciadas pelo STF 
representa a realização de função constitucional imprescindível e que se 
equipara à de curador em defesa das normas infraconstitucionais. 
 
GABARITO: Errado. O único erro é o termo “imprescindível”, considerando a 
exceção citada anteriormente. 
 
6) (AGU/ADVOGADO DA UNIÃO/2009) Quando o STF apreciar a 
inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, compete ao 
Advogado-Geral da União exercer a função de curador especial do princípio da 
presunção de constitucionalidade da norma, razão pela qual não poderá, em 
hipótese alguma, manifestar-se pela inconstitucionalidade do ato impugnado. 
 
ROTEIRO DE AULA – DIREITO CONSTITUCIONAL III (PROCESSO CONSTITUCIONAL) 
 
GABARITO: Errado. Mais uma vez, temos o mesmo erro. Há a possibilidade de 
o AGU defender a inconstitucionalidade nas situações em que o próprio STF já 
tiver se manifestado pela inconstitucionalidade da norma atacada. 
 
7) (DPU/DEFENSOR PÚBLICO DA UNIÃO/2007) Decisão que declara a 
constitucionalidade ou a inconstitucionalidade de norma pode ser atacada por 
embargos de declaração, mas não poderá ser desconstituída em ação 
rescisória. 
 
GABARITO: CERTO – Art. 26. A decisão que declara a constitucionalidade ou 
a inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo em ação direta ou em ação 
declaratória é irrecorrível, ressalvada a interposição de embargos 
declaratórios, não podendo, igualmente, ser objeto de ação rescisória. 
 
 
8) (MTE/AUDITOR-FISCAL DO TRABALHO/2010) O ajuizamento da Ação 
Direta de Inconstitucionalidade não se sujeita a prazos prescricional ou 
decadencial, vez que atos inconstitucionais não são suscetíveis de convalidação 
pelo decurso do tempo. 
 
GABARITO: CERTO - a propositura de ADI não se sujeita a nenhum prazo 
limite, ou seja, os legitimados pelo art. 103 podem propor a ação em qualquer 
tempo 
 
 
9) (TCE-AC/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/2009) Ao declarar a 
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de 
segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o STF, por maioria 
absoluta de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir 
que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento 
que venha a ser fixado. 
 
GABARITO: Errado. Maioria de 2/3. - Art. 27. Ao declarar a 
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de 
segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo 
Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os 
efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu 
trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado 
 
 
10) (MPE-SE/ANALISTA/2010) Em matéria de ação direta de 
inconstitucionalidade, é certo que o Supremo Tribunal Federal fica vinculado aos 
fundamentos apresentados pelo proponente, por ser a causa de pedir restrita ou 
fechada, vedando-se que a decisão seja assentada em qualquer parâmetro 
constitucional. 
 
GABARITO: Errado. É justamente o contrário. O Supremo Tribunal Federal 
NÃO fica vinculado aos fundamentos apresentados pelo proponente, por ser a 
causa de pedir ABERTA, PERMITINDO que a decisão seja assentada em 
qualquer parâmetro constitucional. 
ROTEIRO DE AULA – DIREITO CONSTITUCIONAL III (PROCESSO CONSTITUCIONAL) 
 
 
 
11) (TRT-7/JUIZ SUBSTITUTO/2006) Na ação direta de inconstitucionalidade, a 
atividade judicante do STF está condicionada pelo pedido, mas não pela causa 
de pedir, que é tida como “aberta”. 
 
GABARITO: no julgamento da ADI, o STF pode decidir por fundamentação 
diversa daquela trazida pelo autor. É o que se chama de causa de pedir aberta. 
Mas cuidado, o pedido vincula! Ou seja, se o autor pede a declaração de 
inconstitucionalidade apenas do art. 1º de uma determinada lei, o STF só 
analisará este art. 1º por força do princípio da demanda 
 
 
 
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO (ADO) 
 
 
 ATENÇÃO!: o julgamento da ADO segue o mesmo procedimento 
anteriormente estudado para a ADI, ressalvadas as peculiaridades a 
seguir examinadas. 
Portanto, os assuntos estudados nas seções anteriores, como o objeto, a 
não vinculação à causa de pedir, a vinculação ao pedido, a 
impossibilidade de desistência, a impossibilidade de intervenção de 
terceiros, a natureza dúplice, a impossibilidade de recurso (salvo embargo 
de declaração), a impossibilidade de ação rescisória e a inexistência de 
perda do direito de ação por decurso do prazo valem para a ADO também. 
 
1) FINALIDADE – Poder Público pode ofender a Constituição por uma inação 
(OMISSÃO), nas situações em que a própria Constituição exige um fazer do 
Estado. O não fazer inconstitucional pode ser atacado pela ADO, para que o STF 
reconheça a inconstitucionalidade por omissão. 
 
 
2) LEGITIMAÇÃO ATIVA - é a mesma Legitimidade Ativa para a propositura da 
ADI, ou seja, o rol taxativo do art. 103, I a IX. 
 
Art. 12-A Lei 9.868/99 - Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade por 
omissão os legitimados à propositura da ação direta de inconstitucionalidade e da ação 
declaratória de constitucionalidade. 
 
Art. 103 CF - Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação 
declaratória de constitucionalidade: 
 I - o Presidente da República; 
II - a Mesa do Senado Federal; 
III - a Mesa da Câmara dos Deputados; 
IV a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito 
Federal; 
V o Governador de Estado ou do Distrito Federal; 
VI - o Procurador-Geral da República; 
ROTEIRO DE AULA – DIREITO CONSTITUCIONAL III (PROCESSO CONSTITUCIONAL) 
 
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; 
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional; 
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. 
 
 
 
3) ATUAÇÃO DO PGR – A atuação do PGR é Obrigatória e Livre! 
 
 vale exatamente o que vimos na ADI, isto é, é obrigatória e livre (art. 103, 
IV e art. 103, § 1º). Conforme ensinamos, o PGR é um dos legitimados 
para propor as ações de controle concentrado de constitucionalidade, 
independentemente da comprovação de interesse na matéria. Além disso, 
deverá ele ser previamente ouvido em todas as ações do controle 
concentrado e nos demais processos de competência do STF na 
qualidade de custus legis (fiscal da lei) 
 
Art. 103, § 1º CF - O Procurador-Geral da República deverá serpreviamente 
ouvido nas ações de inconstitucionalidade e em todos os processos de 
competência do Supremo Tribunal Federal. 
 
Art. 12-E Lei 9.868/99 - Aplicam-se ao procedimento da ação direta de 
inconstitucionalidade por omissão, no que couber, as disposições constantes da Seção 
I do Capítulo II desta Lei. 
§ 1º Os demais titulares referidos no art. 2º desta Lei poderão manifestar-se, por escrito, 
sobre o objeto da ação e pedir a juntada de documentos reputados úteis para o exame 
da matéria, no prazo das informações, bem como apresentar memoriais. 
§ 2º O relator poderá solicitar a manifestação do Advogado-Geral da União, que 
deverá ser encaminhada no prazo de 15 (quinze) dias. 
§ 3º O Procurador-Geral da República, nas ações em que não for autor, terá vista 
do processo, por 15 (quinze) dias, após o decurso do prazo para informações. 
 
 
4) ATUAÇÃO DO AGU – A atuação da AGU é FACULTATIVA 
 
Art. 12-E Lei 9.868/99 - Aplicam-se ao procedimento da ação direta de 
inconstitucionalidade por omissão, no que couber, as disposições constantes da Seção 
I do Capítulo II desta Lei. 
§ 2º O relator poderá solicitar a manifestação do Advogado-Geral da União, 
que deverá ser encaminhada no prazo de 15 (quinze) dias. 
 
 
 
5) EFEITOS DA DECISÃO DO STF EM SEDE DE ADO 
 
 em caso de omissão imputável a um Poder (Legislativo, Executivo e 
Judiciário), o STF dará ciência ao Poder competente para a adoção das 
providências necessárias. 
 Já em caso de omissão imputável a órgão administrativo, as 
providências deverão ser adotadas no prazo de 30 dias, ou em prazo 
razoável a ser estipulado excepcionalmente pelo Supremo Tribunal 
ROTEIRO DE AULA – DIREITO CONSTITUCIONAL III (PROCESSO CONSTITUCIONAL) 
 
Federal, tendo em vista as circunstâncias específicas do caso e o 
interesse público envolvido. É o que diz o art. 103, § 2º, da CF, e art. 12-
H, caput, e § 1º da Lei n. 9.868, de 1999. 
 
Art. 103, § 2º Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para 
tornar efetiva norma constitucional, será dada ciência ao Poder competente 
para a adoção das providências necessárias e, em se tratando de órgão 
administrativo, para fazê-lo em trinta dias. 
 
Art. 12-H. Declarada a inconstitucionalidade por omissão, com observância do 
disposto no art. 22, será dada ciência ao Poder competente para a adoção 
das providências necessárias. (Incluído pela Lei n. 12.063, de 2009). 
§ 1º Em caso de omissão imputável a órgão administrativo, as providências 
deverão ser adotadas no prazo de 30 (trinta) dias, ou em prazo razoável a 
ser estipulado excepcionalmente pelo Tribunal, tendo em vista as circunstâncias 
específicas do caso e o interesse público envolvido. 
 
 
6) REQUISITOS DA PETIÇÃO INICIAL EM SEDE DE ADO 
Art. 12-B Lei 9.868/99 - A petição indicará: 
I - a omissão inconstitucional total ou parcial quanto ao cumprimento de 
dever constitucional de legislar ou quanto à adoção de providência de índole 
administrativa; 
II - o pedido, com suas especificações. 
Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de instrumento de procuração, 
se for o caso, será apresentada em 2 (duas) vias, devendo conter cópias dos 
documentos necessários para comprovar a alegação de omissão. 
 
 
 
RESOLUÇÃO DE QUESTÃO 
 
 
1) MTE/AUDITOR-FISCAL DO TRABALHO/2010) Na Ação Direta de 
Inconstitucionalidade por omissão é obrigatória a oitiva do Advogado-Geral da 
União, tendo em vista que qualquer ato impugnado deve ser defendido. 
 
GABARITO: ERRADO - no julgamento da ADO, a oitiva do AGU é facultativa, 
uma vez que o relator poderá solicitar a manifestação do Advogado-Geral da 
União. 
 
 
ROTEIRO DE AULA – DIREITO CONSTITUCIONAL III (PROCESSO CONSTITUCIONAL) 
 
2) (SENADO FEDERAL/CONSULTOR LEGISLATIVO/2012) O Advogado-Geral 
da União deverá ser obrigatoriamente ouvido, em ações de inconstitucionalidade 
por comissão ou omissão, para defesa do ato normativo ou inércia alegada, 
ainda que sua origem seja estadual. 
 
GABARITO: ERRADO - O Advogado-Geral da União deverá ser 
obrigatoriamente ouvido, em ações de inconstitucionalidade por comissão 
APENAS, para defesa do ato normativo, ainda que sua origem seja estadual. 
Já sabemos que no caso de ADO, a manifestação do AGU é facultativa. 
 
3) (MDIC/ANALISTA DE COMÉRCIO EXTERIOR/2012) Antes de declarada a 
inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma 
constitucional, será dada ciência e oportunidade para que o Poder competente 
adote as providências necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, 
para fazê-lo em trinta dias. 
 
GABARITO: ERRADO - Não é bem isso. Na verdade, após o julgamento da 
ADO pelo STF, será dada ciência e oportunidade para que o Poder competente 
adote as providências necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, 
para fazê-lo em trinta dias ou em prazo razoável a ser fixado pelo STF. 
 
 
 
AÇÃO DECLATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE (ADC) 
 
 
1) CRIAÇÃO POR MEIO DE EMENDA CONSTITUCIONAL 
É importante fixar que essa ação de controle concentrado foi a única que foi 
criada por emenda à Constituição, por meio da EC n. 3, de 1993. As demais 
são normas constitucionais originárias (estão no texto da Constituição, desde o 
início). 
 
2) FINALIDADE DA ADC - questão interessante é saber o porquê da criação da 
ADC. 
A ideia é encerrar, definitivamente, relevante controvérsia judicial sobre a 
validade de uma LEI FEDERAL, haja vista que a decisão do STF nessa ação 
produzirá eficácia erga omnes e efeito vinculante em relação aos demais órgãos 
do Poder Judiciário e à Administração Pública direta e indireta, nas esferas 
federal, estadual e municipal. 
ROTEIRO DE AULA – DIREITO CONSTITUCIONAL III (PROCESSO CONSTITUCIONAL) 
 
De acordo com o princípio da presunção de constitucionalidade das leis, uma lei 
nasce constitucional até declaração em contrário do Poder Judiciário (ou seja, a 
norma goza de presunção relativa de constitucionalidade). 
Assim, quando o STF declara uma lei constitucional no controle concentrado, 
encerra-se definitivamente qualquer discussão acerca da validade da norma. A 
partir daí, os demais membros do Poder Judiciário deverão considerar a lei 
CONSTITUCIONAL, possuindo, doravante, presunção absoluta de 
constitucionalidade. 
 
3) LEGITIMIDADE ATIVA - ART 103 CF/88 E ART 13º DA LEI 9.868/99 
Art. 103 CF/88 - Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação 
declaratória de constitucionalidade: 
I – o Presidente da República; 
II – a Mesa do Senado Federal; 
III – a Mesa da Câmara dos Deputados; 
IV – a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; 
V – o Governador de Estado ou do Distrito Federal; 
VI – o Procurador-Geral da República; 
VII – o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; 
VIII – partido político com representação no Congresso Nacional; 
IX – confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. 
 
Art. 13 DA LEI 9.868/99 - Podem propor a ação declaratória de constitucionalidade de 
lei ou ato normativo federal: (Vide artigo 103 da Constituição Federal) 
I - o Presidente da República; 
II - a Mesa da Câmara dos Deputados; 
III - a Mesa do Senado Federal; 
IV - o Procurador-Geral da República. 
 
4) OBJETO DA ADC - muito cuidado com isso. Conforme se extrai do art. 102, 
I, a, só é possível entrar com ADC em face de LEI FEDERAL. 
Art. 102 CF/88 - Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da 
Constituição, cabendo-lhe: 
I - processar e julgar, originariamente: 
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a 
ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm#art103.
ROTEIRO DE AULA – DIREITO CONSTITUCIONAL III (PROCESSO CONSTITUCIONAL) 
 
Art. 13 DA LEI 9.868/99 - Podem propor a ação declaratória de constitucionalidade de 
lei ou ato normativo federal: 
 
 
5) REQUISITOS PARA ADMISSÃODA ADC (REQUISITOS DA PETIÇÃO 
INICIAL DA ADC) - Art. 14 DA LEI 9.868/99 
 RELEVANTE CONTROVÉRSIA JUDICIAL – para que seja admissível 
uma ADC no STF, o autor deve demonstrar a existência de relevante 
controvérsia judicial. É o que cita o art. 14, inciso III, da Lei n. 9.868, de 
1999. Importante destacar que relevante controvérsia doutrinária não 
basta para o conhecimento da ação declaratória de constitucionalidade 
pelo STF. 
Art. 14 DA LEI 9.868/99 - A petição inicial indicará: 
I – o dispositivo da lei ou do ato normativo questionado e os fundamentos jurídicos do 
pedido; 
II – o pedido, com suas especificações; 
III – a existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação da disposição 
objeto da ação declaratória. 
 
6) ATUAÇÃO DO PROCURADOR GERAL DA REPÚBLICA NA ADC - A 
atuação do PGR é Obrigatória e Livre! 
 Vale exatamente o que vimos na ADI, isto é, é obrigatória e livre (art. 103, 
IV e art. 103, § 1º). Conforme ensinamos, o PGR é um dos legitimados 
para propor as ações de controle concentrado de constitucionalidade, 
independentemente da comprovação de interesse na matéria. Além disso, 
deverá ele ser previamente ouvido em todas as ações do controle 
concentrado e nos demais processos de competência do STF na 
qualidade de custus legis (fiscal da lei) 
ROTEIRO DE AULA – DIREITO CONSTITUCIONAL III (PROCESSO CONSTITUCIONAL) 
 
Art. 103, § 1º CF - O Procurador-Geral da República deverá ser previamente 
ouvido nas ações de inconstitucionalidade e em todos os processos de 
competência do Supremo Tribunal Federal. 
 
7) ATUAÇÃO DO ADVOGADO GERAL DA UNIÃO - cuidado com isso!!! 
Na ADC, o AGU não se manifesta. Como o papel do AGU é defender a 
constitucionalidade do ato impugnado e nesta ação de controle concentrado o 
autor busca justamente a declaração da constitucionalidade, não há razão para 
a manifestação do AGU. 
 
8) CONCESSÃO DE MEDIDA CAUTELAR - à luz do art. 21, da Lei n. 9.868, de 
1999, o STF, por decisão da maioria absoluta de seus membros, poderá deferir 
pedido de medida cautelar na ação declaratória de constitucionalidade, 
consistente na determinação de que os juízes e os Tribunais suspendam o 
julgamento dos processos que envolvam a aplicação da lei ou do ato normativo 
objeto da ação até seu julgamento definitivo. 
Art. 21 DA LEI 9.868/99 - O Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria absoluta 
de seus membros, poderá deferir pedido de medida cautelar na ação declaratória de 
constitucionalidade, consistente na determinação de que os juízes e os Tribunais 
suspendam o julgamento dos processos que envolvam a aplicação da lei ou do ato 
normativo objeto da ação até seu julgamento definitivo. 
Parágrafo único. Concedida a medida cautelar, o Supremo Tribunal Federal fará 
publicar em seção especial do Diário Oficial da União a parte dispositiva da decisão, no 
prazo de dez dias, devendo o Tribunal proceder ao julgamento da ação no prazo de 
cento e oitenta dias, sob pena de perda de sua eficácia. 
 
 
 
9) ASPECTOS COMUNS DA ADC COM A ADI 
 
ROTEIRO DE AULA – DIREITO CONSTITUCIONAL III (PROCESSO CONSTITUCIONAL) 
 
A) IMPOSSIBILIDADE DE DESISTÊNCIA DA AÇÃO – (art. 16 da Lei n. 9.868, 
de 1999) - Art. 16. Proposta a ação declaratória, não se admitirá desistência. 
 
B) IMPOSSIBILIDADE DE INTERVENÇÃO DE TERCEIROS - (art. 18 da Lei n. 
9.868, de 1999) - Art. 18. Não se admitirá intervenção de terceiros no processo 
de ação declaratória de constitucionalidade. 
 
C) INEXISTÊNCIA DE PERDA DO DIREITO DE AÇÃO POR DECURSO DO 
PRAZO 
 
D) NATUREZA DÚPLICE DA DECISÃO EM SEDE DE ADC - (art. 24 da Lei n. 
9.868, de 1999) - Art. 24. Proclamada a constitucionalidade, julgar-se-á 
improcedente a ação direta ou procedente eventual ação declaratória; e, 
proclamada a inconstitucionalidade, julgar-se-á procedente a ação direta ou 
improcedente eventual ação declaratória. 
 
E) IRRECORRIBILIDADE DA DESIÃO DE MÉRITO (SALVO EMBARGOS DE 
DECLARAÇÃO) E IMPOSSIBILIDADE DE AÇÃO RESCISÓRIA - (art. 26 da 
Lei n. 9.868, de 1999) - Art. 26. A decisão que declara a constitucionalidade ou 
a inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo em ação direta ou em ação 
declaratória é irrecorrível, ressalvada a interposição de embargos declaratórios, 
não podendo, igualmente, ser objeto de ação rescisória. 
 
10) EFEITOS JURÍDICOS DA DECISÃO DO STF NA ADC - são semelhantes 
aos efeitos já estudados em ADI, perceba: 
1) EFICÁCIA ERGA OMNES (contra todos que se encontrem perante a 
mesma situação jurídica enfrentada no julgamento): por se tratar de 
processo objetivo, os efeitos da decisão atingem a todos que se encontram sob 
a mesma situação jurídica; 
2) EFEITO VINCULANTE: atinge todo o Poder Judiciário (menos o próprio STF, 
que poderá mudar seu entendimento), bem como o Poder Executivo e o Poder 
Legislativo quando executam a função administrativa. Não vinculam o Poder 
Legislativo e o Poder Executivo quando exercem a função legislativa, sob pena 
de ferir a independência entre os Poderes; 
3) EFEITOS RETROATIVOS (EX TUNC): a declaração de constitucionalidade 
retroage ao início da vigência da lei, transformando a presunção relativa de 
constitucionalidade em presunção absoluta de constitucionalidade. Porém, 
ROTEIRO DE AULA – DIREITO CONSTITUCIONAL III (PROCESSO CONSTITUCIONAL) 
 
se o STF julgar improcedente a ADC, estará declarando a inconstitucionalidade 
da lei, situação em que poderá aplicar o art. 27, da Lei n. 9.868, de 1999. 
Relembremos, por importante, o teor do citado art. 27, da Lei n. 9.868, de 1999: 
 MODULAÇÃO TEMPORAL DOS EFEITOS DA DECISÃO NA ADC - Art. 
27 LEI 9.868/99 - Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato 
normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de 
excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por 
maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela 
declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em 
julgado ou de outro momento que venha a ser fixado. 
Em outras palavras, se a conclusão do STF é pela constitucionalidade da lei, 
isso significa que a norma atacada é (e sempre foi) compatível com a 
Constituição Federal, vale dizer, procedente a ADC, os efeitos da decisão 
serão ex tunc pelo reconhecimento em definitivo da constitucionalidade do 
texto impugnado. 
 
 
 
 
 
RESOLUÇÃO DE QUESTÃO 
 
1) (OAB/2008) A ação declaratória de constitucionalidade foi instituída pelo 
constituinte originário na Constituição de 1988. 
 
ROTEIRO DE AULA – DIREITO CONSTITUCIONAL III (PROCESSO CONSTITUCIONAL) 
 
GABARITO: ERRADO. Como vimos, a ADC foi instituída pelo constituinte 
derivado, por meio da Emenda Constitucional n. 3, de 1993. 
 
2) CGU/TÉCNICO DE FINANÇAS E CONTROLE/2008) Tem legitimidade para 
propor ação direta de inconstitucionalidade e ação declaratória de 
constitucionalidade, exceto: 
a) O Governador de Estado e do Distrito Federal. 
b) O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil. 
c) Os Prefeitos. 
d) O Presidente da República. 
e) Partido político com representação no Congresso Nacional 
 
GABARITO: LETRA C - Prefeito não está no rol do art. 103, portanto, não tem 
legitimidade para propor ação direta de inconstitucionalidade e ação declaratória 
de constitucionalidade. 
 
3) (ESAF/MPOG/APO/2005) Compete ao Supremo Tribunal Federal processar 
e julgar originariamente a ação direta de inconstitucionalidade e a ação 
declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual. 
 
GABARITO: ERRADO - Essa é uma pegadinha clássica. Compete ao STF 
processar e julgar originariamente a ação direta de inconstitucionalidade de lei 
ou ato normativo federal ou estadual. Porém, no que tange à ação declaratória 
de constitucionalidade, a competência do Supremo restringisse à lei ou ato 
normativo federal. 
 
4) (TJ-RJ/OFICIAL DE CARTÓRIO 6ª CLASSE/2009) É pressuposto de 
admissibilidade da ação declaratória de constitucionalidade a existência de 
controvérsia judicial relevante sobre a aplicaçãodo dispositivo legal cuja 
constitucionalidade se discute. 
 
GABARITO: CERTO - Art. 14 DA LEI 9.868/99: 
Art. 14 DA LEI 9.868/99 - A petição inicial indicará: 
I – o dispositivo da lei ou do ato normativo questionado e os fundamentos 
jurídicos do pedido; 
II – o pedido, com suas especificações; 
III – a existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação da 
disposição objeto da ação declaratória. 
 
ROTEIRO DE AULA – DIREITO CONSTITUCIONAL III (PROCESSO CONSTITUCIONAL) 
 
5) (AGU/ADVOGADO DA UNIÃO/2005) Deve haver a manifestação do 
Advogado-Geral da União nas ações declaratórias de constitucionalidade, em 
virtude da possibilidade de declaração, nessas ações, da inconstitucionalidade 
da lei ou do ato normativo federal. 
 
GABARITO: ERRADO - Na ADC, o AGU não se manifesta. Como o papel do 
AGU é defender a constitucionalidade do ato impugnado e nesta ação de 
controle concentrado o autor busca justamente a declaração da 
constitucionalidade, não há razão para a manifestação do AGU. 
 
6) (TCU/ANALISTA DE CONTROLE EXTERNO/AUDITORIA 
GOVERNAMENTAL/2008) Um deputado estadual de Sergipe, insatisfeito com 
os recursos que o estado vinha recebendo da União, resolveu apresentar um 
projeto de lei estadual criando um novo imposto, incidente sobre a exploração 
da atividade de lavra de petróleo nesse estado por empresas privadas e estatais. 
Com base nessa situação hipotética, julgue os itens seguintes. A mencionada lei 
estadual, se publicada, poderá ser objeto de controle de constitucionalidade, na 
via concentrada, por meio de ação declaratória de constitucionalidade, perante 
o STF, devendo, nessa situação, o advogado-geral da União ser citado para 
defender a constitucionalidade da lei. 
 
GABARITO: ERRADO - Dois erros. Primeiro, norma estadual não pode ser 
objeto de ADC, somente norma FEDERAL. Segundo, na ADC, o AGU não se 
manifesta. 
 
7) (TCU/AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO/AUDITORIA 
GOVERNAMENTAL/2011) Não se admitem a desistência e a ação rescisória 
dos julgados de ação direta de inconstitucionalidade e ação declaratória de 
constitucionalidade. 
 
GABARITO: CERTO - Art. 16 DA LEI 9.868/99. Proposta a ação declaratória, 
não se admitirá desistência. 
 
8) (EXAME DA OAB/2011.1) As alternativas a seguir apontam diferenças entre 
a ADI e a ADC, À EXCEÇÃO DE UMA. Assinale-a. 
a) Rol de legitimados para a propositura da ação. 
b) Objeto da ação. 
c) Exigência de controvérsia judicial relevante. 
d) Manifestação do Advogado-Geral da União. 
 
GABARITO: LETRA A - O rol de legitimados da ADI e da ADC é exatamente o 
mesmo. 
ROTEIRO DE AULA – DIREITO CONSTITUCIONAL III (PROCESSO CONSTITUCIONAL) 
 
 
 
ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL (ADPF) 
 
1) PREVISÃO NO TEXTO CONSTITUCIONAL - Art. 102, § 1º CF/88 - A 
arguição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente desta 
Constituição, será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei. 
 
2) OBJETO DA ADPF – LEI 9.882/99 
Art. 1o Lei 9.882/99 - A argüição prevista no § 1o do art. 102 da Constituição 
Federal será proposta perante o Supremo Tribunal Federal, e terá por objeto 
evitar ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder 
Público. 
Parágrafo único. Caberá também argüição de descumprimento de preceito 
fundamental: I - quando for relevante o fundamento da controvérsia 
constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluídos 
os anteriores à Constituição; 
 
3) PRECEITO FUNDAMENTAL - Visto o objeto da ADPF, surge uma dúvida: o 
que é preceito fundamental? 
O STF não definiu, de maneira prévia, o que sejam os preceitos 
fundamentais na Constituição Federal. Na verdade, a Corte fixou o 
entendimento, no julgamento da questão de ordem na ADPF 01, de que a ele 
próprio (o STF), no caso concreto, compete identificar as normas constitucionais 
que devam ser consideradas preceitos fundamentais para o fim de conhecimento 
das ADPFs ajuizadas. 
 Apesar de não haver um delineamento objetivo e prévio do que sejam 
preceitos fundamentais, tarefa que cabe, como visto, à Suprema Corte 
caso a caso, a doutrina identifica como PRECEITOS FUNDAMENTAIS 
NA CONSTITUIÇÃO: 
a) os princípios fundamentais do Título I (artigos 1º ao 4º); 
b) os direitos e garantias fundamentais (espalhados por todo o texto 
constitucional); 
c) os princípios constitucionais sensíveis (art. 34, VII); - VII - assegurar 
a observância dos seguintes princípios constitucionais: a) forma 
republicana, sistema representativo e regime democrático; b) direitos da 
pessoa humana; c) autonomia municipal; d) prestação de contas da 
administração pública, direta e indireta; e) aplicação do mínimo exigido da 
ROTEIRO DE AULA – DIREITO CONSTITUCIONAL III (PROCESSO CONSTITUCIONAL) 
 
receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de 
transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações 
e serviços públicos de saúde. 
d) as cláusulas pétreas (art. 60, § 4º); 
e) as limitações materiais implícitas 
 
4) ESPÉCIES DE ADPF - da leitura do Art. 1o Lei 9.882/99, extraímos que 
existem duas modalidades de ADPFs: 
 ADPF autônoma (que tem por finalidade evitar ou reparar lesão a 
preceito fundamental). Que pode ser: 
§ ADPF autônoma preventiva: utilizada para evitar lesão a preceito 
fundamental, resultante de ato do Poder Público; 
§ ADPF autônoma repressiva: utilizada para reparar lesão a 
preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público; 
 
 ADPF incidental (que pressupõe a existência de uma outra controvérsia 
constitucional prévia) - utilizada diante de relevante controvérsia 
constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, 
incluídos os anteriores à Constituição Federal de 1988. 
 
5) LEGITIMIDADE ATIVA DA ADPF - ART 103 CF/88 E ART 2º DA LEI 9.882/99 
Art. 103 CF/88 - Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação 
declaratória de constitucionalidade: 
I – o Presidente da República; 
II – a Mesa do Senado Federal; 
III – a Mesa da Câmara dos Deputados; 
IV – a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; 
V – o Governador de Estado ou do Distrito Federal; 
VI – o Procurador-Geral da República; 
VII – o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; 
VIII – partido político com representação no Congresso Nacional; 
IX – confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. 
 
Art. 2o LEI 9.882/99 - Podem propor argüição de descumprimento de preceito 
fundamental: I - os legitimados para a ação direta de inconstitucionalidade; 
 
6) CARÁTER SUBSIDIÁRIO DA ADPF - muito cuidado com isso!!! 
ROTEIRO DE AULA – DIREITO CONSTITUCIONAL III (PROCESSO CONSTITUCIONAL) 
 
De acordo com o art. 4º, § 1º, da Lei n. 9.882, de 1999, não será admitida 
arguição de descumprimento de preceito fundamental quando houver qualquer 
outro meio eficaz de sanar a lesividade. 
Isso é o que se chama caráter subsidiário da ADPF. Só impetra a ADPF se não 
houver outra ação ou recurso apto para prevenir ou sanar lesão a preceito 
fundamental. 
 É importante que se diga que a mera possibilidade de utilização de outros 
meios processuais não basta; os instrumentos disponíveis devem ser 
aptos para sanar ou prevenir de modo eficaz a lesividade. 
 
ART. 4º § 1o LEI 9.882/99 - Não será admitida argüição de descumprimento de 
preceito fundamental quando houver qualquer outro meio eficaz de sanar a 
lesividade. 
 
7) FUNGIBILIFDADE ENTRE A ADPF E A ADI - outro ponto muito interessante 
no estudo da ADPF é o reconhecimento pelo STF da fungibilidade entre essa 
ação e a ADI. 
 Caso o autor da ADPF tenha se equivocado, sendo, na verdade, hipótese 
de ADI, o STF receberá a ADPF como se ADI fosse, desde que presentes 
os demais requisitos para a ADI. No mesmo sentido, se o autor entrar com 
uma ADI, mas, na verdade, seja caso de ADPF, presentes os demais 
requisitos da ADPF, o STF receberá a ADI como ADPF 
Questão 
 
 
ROTEIRO DE AULA – DIREITO CONSTITUCIONALIII (PROCESSO CONSTITUCIONAL) 
 
8) ATUAÇÃO DA PGR - mais uma vez fixamos o entendimento de que a 
manifestação do PGR é obrigatória e livre, com fundamento nos já citados art. 
103, IV, e art. 103, § 1º. 
 
9) ATUAÇÃO DA AGU - não há previsão legal, mas tem sido usual a sua 
manifestação. 
 
10) MEDIDA CAUTELAR - Art. 5o Lei 9.882/99 - O Supremo Tribunal Federal, 
por decisão da maioria absoluta de seus membros, poderá deferir pedido de 
medida liminar na argüição de descumprimento de preceito fundamental. 
 
 
 
 ATENÇÃO – RESUMO DA ATUAÇÃO DA PGR E DA AGU NAS 
AÇÃOES DO CONTROLE CONCENTRADO DE 
CONSTITUCIONALIDADE 
 
 
ROTEIRO DE AULA – DIREITO CONSTITUCIONAL III (PROCESSO CONSTITUCIONAL) 
 
Percebeu que a atuação do PGR é sempre a mesma? Ou ele é o autor da 
ação de controle concentrado de constitucionalidade (como legitimado ativo 
universal, podendo questionar qualquer matéria, independentemente de 
interesse) ou ele atua como fiscal da lei, emitindo parecer de caráter 
obrigatório, com plena liberdade de atuação, em razão da sua independência 
funcional. A diferença está na atuação do AGU. 
Para não remanescer dúvida, vamos a um mapa mental que sintetiza a atuação 
do AGU: 
 
 
11) IRRECORRIBILIDADE DA DECISÃO - Art. 12. A decisão que julgar 
procedente ou improcedente o pedido em arguição de descumprimento de 
preceito fundamental é irrecorrível, não podendo ser objeto de ação 
rescisória. 
 
12) EFEITOS DA DECISÃO NA ADPF - art. 10, caput, e § 3º, da Lei n. 9.882, 
1999 - Art. 10. Julgada a ação, far-se-á comunicação às autoridades ou órgãos 
responsáveis pela prática dos atos questionados, fixando-se as condições e o 
modo de interpretação e aplicação do preceito fundamental. 
[…] 
§ 3º A decisão terá eficácia contra todos e efeito vinculante relativamente 
aos demais órgãos do Poder Público. 
 
Podemos dizer que os efeitos da decisão são semelhantes aos já estudados até 
aqui, perceba: 
1) eficácia erga omnes (contra todos que se encontrem perante a mesma 
situação jurídica enfrentada no julgamento): por se tratar de processo objetivo, 
ROTEIRO DE AULA – DIREITO CONSTITUCIONAL III (PROCESSO CONSTITUCIONAL) 
 
os efeitos da decisão atingem a todos que se encontram sob a mesma situação 
jurídica; 
2) efeito vinculante: atinge todo o Poder Judiciário (menos o próprio STF, que 
poderá mudar seu entendimento), bem como o Poder Executivo e o Poder 
Legislativo quando executam a função administrativa. Não vinculam o Poder 
Legislativo e o Poder Executivo quando exercem a função legislativa, sob pena 
de ferir a independência entre os Poderes; 
3) efeitos retroativos (ex tunc): em regra, a declaração de inconstitucionalidade 
retroage ao início da vigência do ato guerreado, uma vez que vige a tese da 
nulidade dos atos inconstitucionais. Porém, a lei permite que o STF, em 
situações excepcionais, modifique os efeitos temporais da sua decisão, nos 
termos do art. 11 da Lei n. 9.882, de 1999. Vejamos: 
Art. 11. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, no processo 
de arguição de descumprimento de preceito fundamental, e tendo em vista 
razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o 
Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, 
restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a 
partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado. 
 
 
RESOLUÇÃO DE QUESTÕES 
 
1) (AGU/ADVOGADO DA UNIÃO/2006) O controle de constitucionalidade 
abstrato de lei municipal em relação à Constituição Federal pode ser feito via 
arguição de descumprimento de preceito fundamental. 
 
GABARITO: CORRETO - ADPF incidental (que pressupõe a existência de uma 
outra controvérsia constitucional prévia) - utilizada diante de relevante 
controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou 
municipal, incluídos os anteriores à Constituição Federal de 1988 
 
2) (MDIC/ANALISTA DE COMÉRCIO EXTERIOR/2012) A respeito da arguição 
de descumprimento de preceito fundamental, é correto afirmar que não ocorre 
ROTEIRO DE AULA – DIREITO CONSTITUCIONAL III (PROCESSO CONSTITUCIONAL) 
 
de forma preventiva perante o Supremo Tribunal Federal, mas repressiva para 
reparar lesões a direitos quando causadas pela conduta comissiva ou omissiva 
de qualquer dos poderes públicos. 
 
GABARITO: CORRETO - ADPF autônoma repressiva: utilizada para reparar 
lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público 
 
 
3) (IEMA/ADVOGADO/2007) A arguição de descumprimento de preceito 
fundamental somente pode ser ajuizada pelos legitimados para propositura de 
ação direta de inconstitucionalidade. 
 
GABARITO: CORRETO - Art. 2o LEI 9.882/99 - Podem propor argüição de 
descumprimento de preceito fundamental: I - os legitimados para a ação direta 
de inconstitucionalidade; 
 
4) (MDIC/ANALISTA DE COMÉRCIO EXTERIOR/2012) A respeito da arguição 
de descumprimento de preceito fundamental, é correto afirmar que tem caráter 
subsidiário, porque a lei expressamente veda a possibilidade de arguição de 
descumprimento de preceito fundamental quando houver qualquer outro meio 
eficaz de sanar a lesividade. 
 
GABARITO: CORRETO - ART. 4º § 1o LEI 9.882/99 - Não será admitida 
argüição de descumprimento de preceito fundamental quando houver qualquer 
outro meio eficaz de sanar a lesividade. 
 
5) (TCE-ES/PROCURADOR/2009) De acordo com o entendimento do STF, a 
arguição de descumprimento de preceito fundamental não pode ser conhecida 
como ADI, em face de sua especificidade, ainda que o objeto do pedido principal 
da arguição seja a declaração de inconstitucionalidade de preceito autônomo por 
ofensa a dispositivos constitucionais, e que estejam presentes os demais 
requisitos da ADI. 
 
GABARITO – ERRADO - É justamente o contrário. O entendimento do STF é 
no sentido de que a ADPF PODE ser conhecida como ADI na hipótese em que 
o pedido principal da arguição seja a declaração de inconstitucionalidade de 
preceito autônomo por ofensa a dispositivos constitucionais, e que estejam 
presentes os demais requisitos da ADI. 
 
ROTEIRO DE AULA – DIREITO CONSTITUCIONAL III (PROCESSO CONSTITUCIONAL) 
 
6) (MDIC/ANALISTA DE COMÉRCIO EXTERIOR/2012) A respeito da arguição 
de descumprimento de preceito fundamental, é correto afirmar que da decisão 
que julgar procedente ou improcedente o pedido cabe recurso, inclusive ação 
rescisória. 
 
GABARITO – ERRADO - É justamente o contrário. A decisão que julgar 
procedente ou improcedente o pedido em arguição de descumprimento de 
preceito fundamental é irrecorrível, não podendo ser objeto de 
ação rescisória. 
Art. 12. A decisão que julgar procedente ou improcedente o pedido em arguição 
de descumprimento de preceito fundamental é irrecorrível, não podendo ser 
objeto de ação rescisória.

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