Prévia do material em texto
TICs SOI IV Medicina UNIDEP Thiago Luiz P. Gil Turma 10 Quais os objetivos / propostas da avaliação inicial (primeira etapa do trabalho de parto) da gestante em trabalho do parto? Qual a propedêutica recomendada nesta etapa? E a amniotomia? Deve ser realizada? A gestante nesta etapa pode se alimentar? Quais as condições? Devemos utilizar quimioprofilaxia com antibióticos sistêmicos? A primeira etapa do trabalho de parto é definida como o intervalo entre o início do trabalho de parto e a dilatação total cervical. Ela é avaliada pela velocidade do apagamento cervical, dilatação cervical e descida da cabeça do feto. Quanto à propedêutica, o pulso e a pressão arterial materna devem ser registrados pelo menos a cada 2 a 4 horas no trabalho de parto normal, o desequilíbrio hídrico materno deve ser monitorado, e a desidratação e a sobrecarga hídricas devem ser evitadas. Quanto ao monitoramento fetal é recomendado que seja realizado continuamente através da frequência cardíaca de forma intermitente ou contínua. As contrações uterinas podem ser monitoradas por palpação, por tocodinamômetro ou por cateter de pressão interno. E o progresso do trabalho de parto é monitorado por exame da cérvice. A ruptura terapêutica das membranas fetais, também conhecida como amniotomia, é desacreditada como um meio de indução do parto quando utilizada isoladamente. Não deve ser utilizada rotineiramente, mas é indicada quando necessário monitoramento uterino e fetal, além de ser útil quando preciso intensificar a contratilidade uterina na fase ativa do trabalho de parto. As pacientes durante o trabalho de parto ativo devem evitar a ingestão de alimentos sólidos, sendo permitidos líquidos claros, pedaços de gelo ou preparações para umedecer a boca e lábios. E a profilaxia antibiótica convencional não é recomendada para parto natural sem complicações, mas pode ser utilizada em casos de incisão perineal de terceiro/ quarto grau ou de extração manual da placenta. Já a administração de antibióticos é recomendada durante o trabalho de parto nas mulheres com incidência do estreptococos do grupo B (prevenir a infecção neonatal) ou com ruptura prematura das membranas. Referências: DECHERNEY A. H. et al. Current: Ginecologia e Obstetrícia - Diagnóstico e tratamento. 11a ed. Porto Alegre: Artmed, 2014. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. As recomendações da OMS para a prevenção e o tratamento de infecções maternas no período periparto. Departamento de Saúde Reprodutiva e Pesquisa Organização Mundial da Saúde, 2015.