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Relatório Técnico - Argamassa

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Fabio Carvalho Lima,
Juliano Gasparetto,
José Dianin Junior
Maria Eduarda Parodi
Krystel Wassmer
Relatório Técnico -Argamassa -
Ensaios: Estado Fresco e Estado Endurecido
Foz do Iguaçu-PR/Brasil
2015
Fabio Carvalho Lima,
Juliano Gasparetto,
José Dianin Junior
Maria Eduarda Parodi
Krystel Wassmer
Relatório Técnico -Argamassa -
Ensaios: Estado Fresco e Estado Endurecido
Relatório técnico de aula prática apresentado
à disciplina de Materiais de Construção II,
do curso de Engenharia Civil do Centro Uni-
versitário Dinâmica das Cataratas, de Foz do
Iguaçu sob a orientação da profa.Kathleen
Risson
Centro Universitário Dinâmica Das Cataratas – UDC
Curso de Engenharia Civil
Foz do Iguaçu-PR/Brasil
2015
Resumo
Com o objetivo de aprofundar o conhecimento da argamassa de revestimento como material
de construção, foram realizados os seguintes ensaios, determinação do índice de consistência,
determinação da densidade de massa e do teor de ar incorporado, que foram feitos com a
argamassa no estado fresco, e os ensaios, resistência à tração na flexão e à compressão e
densidade da massa aparente no estado endurecido, os dois últimos no estado endurecido
da argamassa.Verificou-se que o traço utilizado de argamassa mista, além de ser adequado
para assentamento de alvenaria de vedação, pode também ser usado na complementação
da alvenaria (encunhamento)
Palavras-chave: Argamassa, cal hidratada, cimento, desempenho dos revestimentos,
propriedades mecânicas.
Lista de ilustrações
Figura 1 – Mesa para determinação do índice de consistência e paquímetro digital 15
Figura 2 – Molde Cilíndrico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
Figura 3 – Preparação dos corpos prismáticos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
Figura 4 – Máquina de teste de compressão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
Figura 5 – Corpo de prova cilíndrico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
Figura 6 – Índice de consistência 1 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
Figura 7 – Índice de consistência 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
Figura 8 – Índice de consistência 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
Figura 9 – grupo 01 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
Lista de tabelas
Tabela 1 – Dados experimentais - compressão dos corpos cilíndricos . . . . . . . . 33
Tabela 2 – Dados experimentais - compressão do corpo prismático . . . . . . . . . 33
Lista de abreviaturas e siglas
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
NBR NM 13276 Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos -
Preparo da Mistura e determinação do índice de consistência
NBR NM 13278 Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos -
Determinação da densidade de massa e do teor de ar incorporado
Sumário
Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
I PREPARAÇÃO DOS ENSAIOS - ESTADO FRESCO (AR-
GAMASSA) 13
II PREPARAÇÃO DOS ENSAIOS - ESTADO ENDURE-
CIDO (ARGAMASSA) 17
III REFERENCIAIS TEÓRICOS 21
IV RESULTADOS - ESTADO FRESCO 27
V RESULTADOS - ESTADO ENDURECIDO 31
1 CONCLUSÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
11
Introdução
INTRODUÇÃO
Alguns milênios de história da civilização são testemunhas do bom êxito do uso da
cal como aglomerante em obras civis, tais como nas pirâmides egípcias e em monumentos
romanos que perduram até os nossos dias. A Europa foi o berço de gerações de artesãos da
construção civil que utilizaram, com sucesso, a cal como aglomerante único em argamassas
de assentamento e de revestimento, ou associada ao gesso ou a pozolanas.
O último século consagrou o emprego de cimento Portland, majoritariamente
aplicado nas obras estruturais de concreto, mas também como aglomerante principal em
argamassas mistas de revestimento e de assentamento.
As argamassas mistas passaram a ser amplamente utilizadas, especialmente porque
a cura é bem mais rápida que na argamassa simples de cal. Por isso, propicia ao crescente
mercado da construção civil, ganho expressivo no volume de produção e favorece a sua
industrialização.
Basicamente, os ensaios realizados no estado fresco e no estado endurecido, são
realizados sobre as normas ABNT, com o objetivo de se verificar se dado o traço de
argamassa ensaiado, se o mesmo pode ser caracterizado pelos ensaios e usado como
argamassa de assentamento e revestimento de paredes e tetos.
Parte I
Preparação dos Ensaios - Estado fresco
(Argamassa)
15
Para a realização deste ensaio, foi utilizado uma argamassa mista, com o seguinte
traço fornecido pela professora:
1:2:8 (cimento:cal:areia natural) - massa.
A quantidade utilizada de cada material em massa foi:
• cimento(CPII Z 32) - 300g;
• cal (CH - III) - 600 g;
• areia natural - 2400 g;
• água - 400 ml.
A aparelhagem utilizada neste ensaio foi:
• balança com resolução de 0,1 g;
• paquímetro para medições até 300 mm, com resolução de 1 mm.
• mesa para índice de consistência, conforme NBR 7215;
• molde tronco cônico, conforme a NBR 7215;
• soquete metálico, conforme a NBR 7215.
Figura 1: Mesa para determinação do índice de consistência e paquímetro digital
Fonte: Os Autores
16 Introdução
O procedimento experimental, basicamente em nos passos a descritos a seguir:
1. Homogenização do traço
2. Encher o molde tronco-cônico, colocado de modo centralizado sobre a mesa para
índice de consistência.Enquanto um operador segura o molde firmemente, o outro
deve enchê-lo em três camadas sucessivas, com alturas aproximadamente iguais, e
aplicar em cada uma delas, respectivamente, 15, 10 e 5 golpes com o soquete, de
maneira a distribuí-las uniformemente. item acionar a manivela da mesa para índice
de consistência, de modo a que a mesa suba e caia 30 vezes em 30 s de maneira
uniforme.
3. medir com o paquímetro o espalhamento do molde tronco-cônico original de arga-
massa, após a ultima golpe
Parte II
Preparação dos Ensaios - Estado Endurecido
(Argamassa)
19
A argamassa é a mesma do ensaio de determinação do índice de consistência.
Os aparelhos usados para a preparação deste ensaio são:
• Moldes prismáticos metálicos que consistem em armações abertas com paredes
removíveis, formando três compartimentos quando montados, capazes de servirem
de molde para três corpos de prova de 4 cm x 4 cm x 16 cm;
• Moldes cilíndricos com diâmetro de 5 cm e altura de 10 cm;
• Máquina para ensaios de resistência a tração na flexão e de compressão;
Foram moldados três corpos de prova prismáticos cilíndricos (D 5 cm e H 10 cm)
Foi moldado um corpo de prova prismático retangular (4 cm x 4 cm x 16 cm)
Preparação dos moldes
Foi aplicado uma camada de óleo mineral nas faces internas dos moldes, e realizado
a remoção do excesso com papel toalha, esse processo é feito para facilitar a remoção do
corpo de prova.
Figura 2: Molde Cilíndrico
Fonte: Os Autores
Corpo de Prova Cilíndrico
Com o molde fixo a mesa, foi colocado argamassa em três camadas, e no final de
cada camada era aplicado 15 golpes com ajuda de um bastão metálico visando reduzir o
índice de vazios. Ao término das três camadas foi realizado o arrasamento dos corpos de
prova prismáticos cilíndrico com a régua metálica.
Os corpos de prova permaneceram durante 48 horas nos moldes, foram desmoldados
e mantidos nas condições ambientais do laboratório da UDC.
Corpo de Prova Prismático Retangular
20 Introdução
Com o molde fixo a mesa de adensamento, foi colocado argamassa em três camadas,
e no final de cada camada era aplicado 30 golpes de queda na mesa de adensamento.
Termino das três camadas foi realizado o arrasamento dos corpos de prova prismáticos
retangulares com a régua metálica.
Figura 3: Preparação dos corpos prismáticos
Fonte: Os Autores
A máquina onde será realizada o teste de compressão.
Figura 4: Máquina de teste de compressão
Fonte: Os Autores
Parte III
Referenciais teóricos
23
A cal é um aglomerante responsável porpropriedades peculiares na construção
civil. Destaque especial cabe a à plasticidade que a cal confere às pastas e argamassas no
estado fresco, permitindo maiores deformações no estado endurecido e sem fissuração, o
que não ocorre, com frequência, em caso de se empregar somente cimento Portland.
Compondo ainda com o cimento, as argamassas com cal apresentam capacidade de
retenção de água, garantindo que a argamassa retenha água de amassamento por um tempo
mais prolongado e, com isso, favorece a hidratação do cimento. As pequenas dimensões
das partículas de cal favorecem a retenção de água, o endurecimento e a aderência da
argamassa ao substrato.
As argamassas no estado fresco que contém cal apresentam preenchimento mais
eficiente dos vazios do substrato, em decorrência da sua maior trabalhabilidade e plastici-
dade. Verifica-se também menor aparecimento de fissuras na argamassa endurecida, por
ocorrer menor retração hidráulica durante a cura ou por efeito de movimentação térmica
dos componentes.
Uma das maneiras de se caracterizar a argamassa é através do seu índice de
consistência, que neste ensaio será realizado através de 3 medidas consecutivas do diâmetro
da amostra utilizando-se o paquímetro.
O índice de consistência da argamassa corresponde à média das três medidas do
diâmetro, expressa em milímetros e arrendonda ao número inteiro mais próximo.
Para a determinação da massa específica da argamassa do ensaio utilizaremos a
seguinte equação:
Me = m
V
(1)
onde,
• Me = massa específica da argamassa amostrada;
• m = massa da argamassa(g);
• v = volume do recipiente que contém a argamassa
Procedimento de ruptura dos corpos de prova (cilíndrico e prismático)
Resistência a tração na flexão prisma retangular Foi posicionado o corpo
de prova prismático retangular nos dispositivos de apoio do equipamento de ensaio,
respeitando que a face rasada não fique em contato com os apoios nem com o dispositivo
de carga Foi aplicado uma carga na prensa em KN até a ruptura do corpo de prova; Foi
calculado a tração na flexão segundo a equação:
24 Introdução
Rt = 1, 5.F t.L
403 (2)
Onde:
• Rt: é a resistência a tração na flexão, em megapascais;
• Ft: é a carga aplicada verticalmente no centro do prisma, em newtons;
• L: é a distância entre os suportes em milímetros
Resistência a compressão axial do prisma retangular
Utilizamos as metades do corpo de prova prismático retangular que se partiu no
ensaio de flexão, posicionamos no dispositivo de apoio do equipamento de modo que a face
rasada não fique em contato com o dispositivo de apoio nem com o dispositivo de carga
Foi aplicado uma carga na prensa em KN até a ruptura do corpo de prova A resistência a
compressão é calculada segundo a equação:
Rc = Fc
1600 (3)
Onde:
• Rc: é a resistência a compressão em megapascais;
• Fc: é a carga máxima aplicada em newton;
• 1600 é a área da seção considerada quadrada do corpo de prova (40x40x40)mm.
Resistência a compressão axial do prisma cilíndrico
Utilizamos os prismas cilíndricos, posicionamos no dispositivo de apoio do equipa-
mento de modo que a face rasada não fique em contato com o dispositivo de apoio nem
com o dispositivo de carga.
Figura 5: Corpo de prova cilíndrico
25
Foi aplicado uma carga na prensa em KN até a ruptura do corpo de prova A
resistência a compressão é calculada segundo a equação
Rc = Fc
1, 963 (4)
onde:
• Rc: é a resistência a compressao em megapascais;
• Fc: é a carga máxima aplicada em newton;
• 1.963 é a área da seção considerada circular do corpo de prova(At = πr2)
Parte IV
Resultados - Estado fresco
29
Os diâmetros obtidos na mesa de índice de consistência foram:
1. D1 = 251,23
2. D2 = 253,47
3. D3 = 260,12
4. Dmédia = 254,94
Figura 6: Índice de consistência 1
Fonte: Os Autores
As medidas do ensaio de determinação da massa específica são:
• v = 400 cm3
• m = 803.4 g
E usando a equação III, determinamos que a massa específica da argamassa ensaiada
é Me = 2, 0g/cm3.
30 Introdução
Figura 7: Índice de consistência 2
Fonte: Os Autores
Figura 8: Índice de consistência 3
Fonte: Os Autores
Parte V
Resultados - Estado endurecido
33
Considerando-se as recomendações, da NBR 13279:2005, com relação ao tratamentos
dos dados dos ensaios de tração e compressão, dos corpos cilíndricos e prismático obtivemos
os seguintes resultados:
Tabela 1: Dados experimentais - compressão dos corpos cilíndricos
corpos cilíndricos 01 02 03
Resistência à compressão (Mpa) 1,73 1,52 1,65
Fonte: Os autores
O resultado do ensaio de flexão do prisma, utilizando a equação 2,
Rt = 1,5.380.80
403 = 0, 72MPa
E por fim utilizando a equação 3 e as
• Fc1 = 2550;
• Fc2 = 3210,
teremos os seguintes resultados.
Tabela 2: Dados experimentais - compressão do corpo prismático
lado 1: prisma retangular 1,59 MPa
lado 2 : prisma retangular 2,00 MPa
Fonte: Os autores
Adequação dos resultados a exigência da norma
Resultado Individual: calcular a resistência a tração na flexão e a resistência a
compressão em megapascal, o resultado deve ser arredondado ao centésimo mais próximo
Resistência média: calcular a resistência média do corpo de prova ensaiado a tração
na flexão e a resistência média dos corpos de prova ensaiados a compressão, o resultado
deve ser arredondado ao décimo mais próximo.
Tração na flexão
Rm= 0,72 Mpa
Compressão Prisma Retangular
Rm = 1.59+2.09
2 = 1, 8MPa
34 Introdução
Compressão Prisma Cilíndrico
Rm = 1.73+1,52+1,65
3 = 1, 63MPa
Desvio absoluto máximo: o desvio absoluto máximo da série de corpo de provas
é a diferença entre a resistencia média e a resistencia individual que mais se afasta desta
média para mais ou para menos, o valor deve ser arredondado ao décimo mais próximo.
Desvio Absoluto máximo: 0,11 MPa
Resistência a tração na flexão: quando o desvio absoludo máximo for superior
a 0,3 MPa deve ser calculada uma nova média, desconsiderando o valor discrepante,
identificando-o no relatório de ensaio com asterisco. Não foi necessário
35
1 Conclusão
Foi preparado uma argamassa mista, composta de cimento Portland, cal hidratada
dolomítica CH III e areia. A argamassa foi misturada manualmente até obter um massa
homogênea, a partir disso foram feitos os ensaios, como explicado nas seções anteriores. A
partir do índice de consistência fixado pela professora, a quantidade de água empregada
de forma a obter este índice de 255 ± 10mm, a seção anterior contém os resultados de
caracterização do estado fresco. Verificamos em artigos que, as relações de cal e cimento
sobre o material seco(ou seja, o total de aglomerante + areia, em massa) são parâmetros
que permitem avaliar a influência específica da cal ou do cimento numa dada argamassa,
em relação às propriedades consideradas, vimos que alguns destes parâmetros estão ligados
as propriedades mecânicas. Outro ponto a considerar, é o tipo de cal, verificamos que
ao se usar um cal II por exemplo aumenta-se a resistência a compressão da argamassa,
em detrimento da trabalhabilidade, já para a cal III, melhora-se a trabalhabilidade, mas
perde-se resistência a compressão.
Considerando as resistências médias e comparando com a NBR 13281 – Argamassa
para assentamento e revestimento de paredes e tetos, o traço passado em laboratório 1: 2:
8 demonstrou que pode ser utilizado como argamassa para assentamento em alvenaria de
vedação sendo e como argamassa para complementação da alvenaria (encunhamento).
37
Apêndice
Como exigido pela professora segue uma foto do grupo no dia dos ensaios de
argamassa.
Figura 9: grupo 01
	Folha de rosto
	Resumo
	Lista de ilustrações
	Lista de tabelas
	Lista de abreviaturas e siglas
	Sumário
	Introdução
	Preparação dos Ensaios - Estado fresco (Argamassa)
	Preparação dos Ensaios - Estado Endurecido (Argamassa)
	Referenciais teóricos
	Resultados - Estado fresco
	Resultados - Estado endurecido
	Conclusão

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