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Formação de Psicopatologia e Psicofarmacologia: Desenvolvimento e consequências funcionais Professor: Kenedy Ânderson CRP: 15/5306 Formação de Psicopatologia e Psicofarmacologia Aula 1 – Características diagnósticas; Aula 2 – Desenvolvimento e consequências funcionais; Aula 3 – Prognóstico e tratamento; Aula 4 – Psicofarmacologia. Módulo 2 - Espectro da Esquizofrenia Formação de Psicopatologia e Psicofarmacologia Aula 2 Desenvolvimento e consequências funcionais Formação de Psicopatologia e Psicofarmacologia Desenvolvimento e curso • As características psicóticas da esquizofrenia costumam surgir entre o fim da adolescência e meados dos 30 anos; início antes da adolescência é raro. A idade de pico do início do primeiro episódio psicótico é entre o início e a metade da faixa dos 20 anos para o sexo masculino e fim dos 20 anos para o feminino. • O início pode ser abrupto ou insidioso, mas a maioria dos indivíduos manifesta um desenvolvimento lento e gradativo de uma variedade de sinais e sintomas clinicamente importantes. Metade dessas pessoas queixa-se de sintomas depressivos. • Prejuízos cognitivos são comuns, e alterações na cognição estão presentes durante o desenvolvimento e podem ser persistentes. Formação de Psicopatologia e Psicofarmacologia • Os sintomas psicóticos tendem a diminuir ao longo da vida, talvez em associação ao declínio normal na atividade dopaminérgica relacionada ao envelhecimento. • Os sintomas negativos têm relação mais íntimas com o prognóstico do que os positivos, tendendo a ser mais persistentes. Além disso, déficits cognitivos associados à doença podem não melhorar ao longo do seu curso. • As características essenciais da esquizofrenia tendem a ser as mesmas na infância, ainda que seja mais difícil fazer o diagnóstico. Nas crianças, delírios e alucinações podem ser menos elaborados que nos adultos, e alucinações visuais são mais comuns, devendo ser diferenciadas dos jogos de fantasia normais. Formação de Psicopatologia e Psicofarmacologia Questões diagnósticas relativas ao gênero • Numerosas características distinguem a expressão clínica da esquizofrenia em indivíduos do sexo feminino e em indivíduos do sexo masculino. • A incidência geral da doença tende a ser um pouco inferior no sexo feminino, especialmente em casos tratados. • A idade do aparecimento é mais tardia nas mulheres, com um segundo pico na meia-idade. • Os sintomas tendem a ser mais carregados de afeto no sexo feminino, havendo mais sintomas psicóticos, bem como uma propensão maior para a piora destes mais tarde na vida. Formação de Psicopatologia e Psicofarmacologia Consequências funcionais da esquizofrenia • A esquizofrenia está associada a significativa disfunção social e profissional. A progressão educacional e a manutenção do emprego costumam ficar prejudicadas pela avolia ou por outras manifestações do transtorno, mesmo quando as habilidades cognitivas são suficientes para as tarefas a serem realizadas. A maior parte dos indivíduos tem empregos inferiores aos de seus pais, e a maioria, especialmente os homens, não casa ou tem contatos sociais limitados fora da família. Formação de Psicopatologia e Psicofarmacologia Referência AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais - DSM- 5. Tradução de Maria Inês Corrêa Nascimento. 1. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.