Prévia do material em texto
Formação de Psicopatologia e Psicofarmacologia: Transtorno Esquizoafetivo – Desenvolvimento e Curso Professor: Kenedy Ânderson CRP: 15/5306 Formação de Psicopatologia e Psicofarmacologia Aula 2 Desenvolvimento e Curso Formação de Psicopatologia e Psicofarmacologia Formação de Psicopatologia e Psicofarmacologia Formação de Psicopatologia e Psicofarmacologia • Um indivíduo pode se apresentar com sintomas pronunciados de humor durante o estágio prodrômico da esquizofrenia. Esse padrão não necessariamente indica transtorno esquizoafetivo, uma vez que é a concomitância de sintomas psicóticos e de humor que é crucial para o diagnóstico. • Para uma pessoa com sintomas que claramente satisfazem os critérios de transtorno esquizoafetivo, mas que no seguimento apresenta somente sintomas psicóticos residuais (como sintomas psicóticos subclínicos e/ou sintomas negativos proeminentes), o diagnóstico pode ser mudado para esquizofrenia, uma vez que a proporção total da doença psicótica comparada com sintomas de humor torna-se mais proeminente. • Transtorno esquizoafetivo, tipo bipolar, pode ser mais comum em adultos jovens, ao passo que o transtorno esquizoafetivo, tipo depressivo, pode ser mais comum em adultos mais velhos. Formação de Psicopatologia e Psicofarmacologia • Durante os estágios iniciais do transtorno esquizoafetivo, ou quando avaliado em um corte transversal, seu diagnóstico diferencial com outras psicoses pode ser tarefa complexa. Um dos mais importantes critérios para a validação do diagnóstico desta psicose é a sua evolução, devendo-se considerar tanto a história quanto o seguimento. • Alguns estudos têm sugerido que os pacientes portadores de transtorno esquizoafetivo e esquizofrenia têm mais em comum com aqueles portadores de esquizofrenia do que com pacientes com transtorno bipolar, principalmente nas fases iniciais. Entretanto, distúrbios cognitivos e da percepção foram mais pronunciados nos esquizofrênicos do que nos esquizoafetivos e bipolares. Formação de Psicopatologia e Psicofarmacologia Questões Diagnósticas Relativas à Cultura • Fatores culturais e socioeconômicos devem ser levados em consideração, especialmente quando o indivíduo e o clínico não têm os mesmos antecedentes culturais e econômicos. • Ideias que parecem delirantes em uma cultura (p. ex., bruxaria) podem ser normais em outra. Há, ainda, algumas evidências na literatura de excesso de diagnóstico de esquizofrenia na comparação com transtorno esquizoafetivo em populações afro-americanas e hispânicas; deve-se, portanto, ter cuidado de modo a assegurar uma avaliação culturalmente apropriada que inclua sintomas psicóticos e afetivos. Formação de Psicopatologia e Psicofarmacologia Risco de Suicídio • O risco de suicídio ao longo da vida para esquizofrenia e transtorno esquizoafetivo é de 5%, e a presença de sintomas depressivos tem correlação com risco mais alto de suicídio. • Em indivíduos com esquizofrenia ou transtorno esquizoafetivo, há evidências de que as taxas de suicídio são mais altas em populações norte-americanas do que europeias, do Leste Europeu, da América do Sul e da Índia. Formação de Psicopatologia e Psicofarmacologia Consequências Funcionais do Transtorno Esquizoafetivo • O transtorno esquizoafetivo está associado a disfunção profissional e social, porém disfunção não é um critério diagnóstico (como é para esquizofrenia), e há variabilidade substancial entre indivíduos diagnosticados com o transtorno. Comorbidade • Muitas pessoas diagnosticadas com transtorno esquizoafetivo são também diagnosticadas com outros transtornos mentais, em especial transtornos por uso de substância e transtornos de ansiedade. Da mesma maneira, a incidência de condições médicas aumenta além da taxa básica para a população em geral, levando a uma menor expectativa de vida. Formação de Psicopatologia e Psicofarmacologia Referência MANUAL DIAGNÓSTICO E ESTATÍSTICO DE TRANSTORNOS MENTAIS: DSM-5. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.