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Fases do Desenvolvimento Adulto


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Fases do desenvolvimento:
a vida adulta e o adulto tardio
Objetivos de aprendizagem
Ao término desta aula, vocês serão capazes de:
•	 refletir sobre a vida adulta e o envelhecimento;
•	 compreender as mudanças ocorridas nesta fase da vida;
•	 conhecer os processos envolvidos nos relacionamentos de amor, amizade, luto e morte.
Olá.
Nesta aula, iremos estudar sobre as fases: a vida adulta e 
adulto tardio (terceira idade), neste sentido, vamos compreender 
o processo maturacional nessa fase, as mudanças ocorridas, 
além de conhecer os processos de relacionamento.
Bons estudos!
4ºAula
38Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem
1- A vida adulta
2- Personalidade e vida adulta
3- Afinidades e relacionamentos
4- O envelhecimento
5- O sentido da doença na idade avançada
6- O luto e a morte
1- A vida adulta
Para muitos jovens em sociedades tecnologicamente 
avançadas, a entrada na vida adulta não é claramente demarcada. 
Ela leva mais tempo e segue caminhos mais variados do que 
no passado. Alguns cientistas do desenvolvimento sugerem 
que o final da adolescência até meados de 20 anos é um 
período de transição denominada início da vida adulta.
Cabe ressaltar que a questão cronológica, que divide cada 
fase na vida, parece estar ligada à época em que a sociedade 
vivencia historicamente até à atualidade, ou seja, as divisões de 
faixa etária podem ser distribuídas de acordo com o contexto 
social em que a pessoa estiver inserida.
Em diferentes épocas da vida, seres humanos apresentam 
características diferentes. As várias etapas são marcadas por 
conflitos que lhe são próprios. Assim, como a passagem 
da infância para a vida adulta é marcada pelos conflitos 
da adolescência, a passagem da adolescência também se 
caracteriza por novas tarefas a serem realizadas.
A cada passagem, há perdas, mas há ganhos. Para algumas 
pessoas predominam os sentimentos de perda e para outros 
predominam os sentimentos de ganho a cada etapa. Porém, o 
certo é que a passagem por cada etapa significa expectativas 
diferentes com relação à própria vida.
Segundo a lei, é adulta aquela pessoa a partir dos 18 
anos de vida. A vida adulta, contudo, não é uma única fase. 
Ela passa por várias etapas distintas. A vida adulta pode ser 
dividida em três fases:
•	 por volta dos 40 anos - adulto jovem;
•	 dos 40 aos 60 anos há o adulto maduro e esse 
período é conhecido por meia idade;
•	 dos 60 anos em diante inicia a velhice.
Para Mosquera (1987):
•	 a idade adulta jovem subdivide-se em fase inicial 
denominada idade adulta jovem inicial, com idade 
aproximada entre 20 e 25 anos;
•	 em seguida, a idade adulta jovem plena, que 
compreende dos 25 a 35 anos;
•	 e a idade adulta jovem final, abrangendo dos 35 aos 
40 anos de idade.
O início da vida adulta é frequentemente um tempo de 
experimentação antes de assumir papéis e responsabilidades 
adultos. Tarefas tradicionais do desenvolvimento, como 
encontrar um emprego estável e desenvolver relacionamentos 
amorosos de longo prazo, podem ser adiados até os 30 anos 
Seções de estudo
ou até mais tarde.
Os caminhos para a vida adulta podem ser influenciados
por fatores como:
•	 gênero;
•	 capacidade acadêmica;
•	 atitudes em relação à educação;
•	 expectativas no final da adolescência;
•	 classe social;
•	 desenvolvimento do eu.
•	
2- Personalidade e vida adulta
Existem 4 perspectivas teóricas sobre o desenvolvimento 
da personalidade adulta, são eles:
Modelo do Estágio Normativo
Defendem que a mudança social e emocional associada a 
idade emerge em períodos sucessivos ás vezes marcados por 
crise.
Modelo do Momento dos Eventos
Defendido por Neugarten, propõe que o desenvolvimento 
adulto é influenciado pela ocorrência e pelo momento de 
eventos de vidas normativos. Ou seja pelos eventos do dia 
a dia.
Modelo dos traços
Organizado em torno de 5 grupos de traços 
relacionados: Neuroticismo, extroversão, abertura para o 
novo, conscienciosidade e amabilidade. Estudos apontam que 
esses traços mudam na vida adulta.
Modelos tipológicos
Identificou tipos de personalidade que diferem em 
termos de: Resiliência e controle do ego. Esses tipos parecem 
persistir da infância a vida adulta.
3- Afinidades e relacionamentos
As bases dos relacionamentos: AMOR e AMIZADE. 
Examinaremos duas expressões de intimidade:
FIGURA 1 – EXPRESSÕES DE INTIMIDADE
Disponível em: www.google.com. Acesso em: 12 mar. 2012.
Durante a vida adulta, as variações na regulação do afeto 
e competência social, numa pessoa pode possuir um dos 
quatro estilos de vinculação. Os quatro estilos de vinculação 
(Cormier; Cormier, 1997) citados por Mosquera:
Adulto Seguro: Modelo positivo do self e dos outros; 
39
pode empenhar-se em uma construtiva resolução de problemas 
com outros durante períodos de estresse e instabilidade.
Adulto Preocupado: Cognição ou modelo negativo do 
self, mas modelo positivo dos outros; os processos de tomada 
de consciência e de avaliação são menos balanceados, com 
mais energia direcionada para os outros, resultando em uma 
menor regulação do afeto e autoconsciência objetiva.
Adulto Rejeitante: Esquema cognitivo ou modelo 
interno positivo do self e modelo negativo dos outros; 
processos de tomada de consciência e de avaliação são 
direcionados para o próprio, com a consciência minimizada 
das necessidades relacionadas com a vinculação.
Adulto Receoso: Modelos cognitivos ou de trabalho são 
negativos tanto para o self como para os outros; apresentação 
receosa do self contribui para sentimentos de vulnerabilidade 
e inadequação, bem como a visão negativa dos outros encoraja 
o desligar interpessoal e limita a consciência dos outros.
A Teoria Triangular do Amor estudada por Sternberg 
(1986) caracteriza esse sentimento com base em três 
componentes:
FIGURA 2 – TEORIA TRIANGULAR DO AMOR 
 Disponível em: www.google.com. Acesso em: 12 mar. 2012.
FIGURA 3 – TRIÂNGULO ESQUEMÁTICO DA 
TEORIA TRIANGULAR DO AMOR
 Disponível em: https://blogdoculau.wordpress.com/2016/08/16/psicologia-
do-amor-parte-i/. Acesso em: 12 mar. 2012.
Intimidade, paixão e decisão/compromisso, que formam 
os vértices de um triângulo.
Sternberg (1997) define intimidade como a presença 
de felicidade, respeito, entendimento mútuo, capacidade de 
entregar-se, apoio emocional, comunicação e valorização. 
Interações baseadas isoladamente nesse componente 
caracterizam relações semelhantes à amizade
A paixão diz respeito à atração física e sexual, à vontade 
de estar junto e ao romance, indicando uma união com 
grande excitação. Decisão/compromisso, por sua vez, está 
relacionado à decisão de amar e à vontade de que a relação 
se mantenha em longo prazo. Quando isolado, revela um 
relacionamento que tende a durar, mas principalmente pela 
influência de fatores externos, pois a paixão e a intimidade 
não estão presentes. Esse tipo de união também é chamado 
de amor vazio (Sternberg, 1997).
A presença dos três componentes estabelece o amor 
pleno, enquanto a junção de dois deles indica outras formas 
de amar. A combinação entre intimidade e paixão, chamado 
de amor romântico, significa que mesmo próximo e desejando 
estar junto, o casal não tem a certeza de que isso será possível. 
Intimidade e decisão/compromisso (companheirismo) fazem 
com que os parceiros permaneçam unidos mesmo após o 
término do desejo sexual. Por fim, a paixão com decisão/ 
compromisso (amor factual) é como o amor à primeira vista, 
no qual existe a atração física e a vontade de permanecer juntos 
mas o casal ainda não desenvolveu intimidade (Sternberg, 
1986, 1997).
Para que você conheça melhor algumas definições 
de amizade e amor estudadas por Sternberg (1986):
Amizade: Elas podem ser menos estáveis. Tendem a 
centrar-se nas atividades de trabalho e na troca de confidencias 
e conselhos, as amizades verdadeiras e profundas na qual uma 
pessoa sente-se muito bem, próxima e intensa a outra, mas 
sem paixão intensa ou comprometimento a longo prazo. 
Geralmente as mulheres adultas tem amizades mais profundasdo que os homens.
Desamor: Os três componentes do amor, intimidade, 
paixão e compromisso estão ausentes. Isso descreve a maioria 
das relações interpessoais que são simplesmente interações 
casuais.
Paixão: é conhecido como o “amor à primeira vista”, 
algo intenso, mágico, que parece único. O grande problema 
é que sem os componentes de intimidade e de compromisso 
do amor, a paixão pode desaparecer de repente, tão rápido 
quanto apareceu ou durar um longo tempo.
Amor Vazio: Compromisso é o único componente 
presente que pode ser encontrado em casamentos arranjados, 
por exemplo, nos quais os relacionamentos começam 
normalmente com o amor vazio, ou seja, não há paixão, nem 
intimidade.. Mas também podem ocorrer casos duradouros 
em que um amor muito forte se deteriora, mantendo o 
compromisso, mas perdendo a intimidade e a paixão.
Amor Romântico: Intimidade e amor estão 
presentes nesse caso, os amantes estão atraídos fisicamente 
e estão emocionalmente ligados. Entretanto não estão 
comprometidos.
Amor Companheiro: Intimidade e compromisso 
estão presentes. É o sentimento puro que existe em relações 
40Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem
familiares, em amizades profundas ou nos relacionamentos 
duradouros sem interesse sexual. Mas esse tipo de amor pode 
aparecer também em uniões onde a paixão acabou, não há 
mais desejo sexual, mas há um desejo de continuar juntos.
Amor Instintivo: Paixão e compromisso, mas sem 
intimidade. Namoro relâmpago, o casal assume compromisso 
baseado na paixão sem se permitir o tempo necessário para 
intimidade.
Amor Verdadeiro: Os três componentes estão presentes 
neste amor completo, pelo qual muitas pessoas se esforçam. 
Essa é a base do relacionamento ideal, mas poucas são 
capazes de encontrar. O autor da teoria adverte que no amor 
verdadeiro é mais difícil a manutenção do que o encontro 
propriamente dito. É mais fácil atingi-lo do que mantê-lo.
Um outro autor que pode também nos ajudar a 
trabalhar as fases da vida adulta é Erik Erikson (1902 
–1990). Trabalhou, a partir de 1933, em Harvard, com as 
disciplinas de Psiquiatria e Desenvolvimento Humano.
A Teoria Psicossocial de Erikson:
Os estágios supracitados são chamados Estágios 
Psicossociais e correspondem às oito crises do ego que servem 
para fortificá-lo ou fragilizá-lo, dependendo do desfecho. Os 
termos - forte e frágil - utilizados por Rabello (2007) são 
usados no sentido freudiano.
Pressupostos básicos do desenvolvimento humano 
segundo Erikson:
1)	 o desenvolvimento da personalidade ocorre de 
acordo com etapas pré-determinadas em que raio 
social torna-se cada vez mais amplo;
2)	 a sociedade tende a satisfazer e a provocar a sucessão 
de potencialidades.
As crises dão nome aos estágios psicossociais que, 
segundo Rabello (2007), são:
•	 Confiança básica X Desconfiança básica
Esta fase é análoga à fase oral da Teoria de Freud. 
Nela o bebê mantém seu primeiro contato social com seus 
provedores que, geralmente é a mãe. Para ele, a mãe é um ser 
supremo, mágico, aquele que fornece tudo o que ele necessita 
para estar bem.
•	 Autonomia X Vergonha e Dúvida
Há coisas que a criança não deve fazer. Então, os 
pais se utilizam de meios para ensinar a criança a respeitar 
certas regras sociais. Esta crise culminará na estruturação da 
autonomia e pode ser comparada à fase anal freudiana.
•	 Iniciativa X Culpa
Comparada à fase fálica freudiana, neste período é 
somada à confiança e à autonomia, adquiridas nas etapas 
anteriores, a iniciativa. Esta se manifesta quando a criança 
deseja alcançar uma meta e, planejando sua ação, utiliza-se de 
suas habilidades motoras e intelectuais para tal.
•	 Diligência X Inferioridade
Puberdade e adolescência: identidade x confusão 
de papéis
Transformações fisiológicas importantes: reajustamento 
entre o ser e o parecer.
- Conquista da identidade: tarefa para toda a vida, 
mas na adolescência se discutem todas as uniformidades e 
continuidades que marcam a personalidade.
Atenção, aqui começa a vida adulta!!!
Idade adulta jovem: intimidade x isolamento
•	 depois da definição da identidade: condições de 
estabelecer intimidade com o outro e fundir sua 
identidade na identidade do companheiro. Quando 
isso não ocorre o sentimento de isolamento e 
privação;
•	 intimidade não se restringe ao comportamento 
sexual, mas poder fazer ligações (pessoais e 
profissionais). Poder “amar e trabalhar”;
•	 dificuldades: medo de perder o próprio eu;
•	 excesso de competitividade.
Idade adulta: generatividade x estagnação
•	 preocupação com cuidado dos filhos e educação: 
transmitir a eles o legado da cultura;
•	 generatividade: preocupação relativa a firmar e 
guiar a nova geração. Abrange também a ideia 
de produtividade e criatividade (não ter filhos, 
mas realizar a capacidade de gerar através de sua 
criatividade na produção artística, literária ou 
científica);
•	 quando falha essa capacidade: sentimento de 
estagnação e de infecundidade pessoal;
•	 período mais longo da vida.
Velhice: integridade do ego x desesperança
•	 integridade = fruto das sete etapas anteriores o 
indivíduo revê experiências anteriores. Balanço da 
vida e aceitação. Consegue ver as pessoas como 
são, com seus defeitos e virtudes (amor maduro, 
sem as fantasias da juventude). Sentimento de 
responsabilidade pelos próprios atos. Sabedoria;
•	 dificuldades na integração: instala-se a desesperança 
frente ao curto espaço de tempo para recomeçar. 
Desprezo pelos outros (desdém por si mesmo). 
Medo da morte (como o medo da vida em outras 
etapas);
•	 integridade do idoso e confiança infantil: próximos 
(“as crianças sadias não temerão a vida se seus 
antepassados tiveram integridade bastante para não 
temer a morte”).
Velhice avançada: uma nova visão
•	 etapa pensada a partir do avanço da longevidade 
humana;
•	 peso maior do elemento distônico do conflito: 
desespero. Vida do ancião reduzida ao cotidiano, 
uma vez que suas capacidades sensoriais estão 
reduzidas;
•	 se os anciãos chegarem a um acordo com os elementos 
41
distônicos da vida, chegarão à gerotranscendência: 
passagem de uma perspectiva racional e materialista 
da vida para uma mais cósmica e transcendente 
satisfação e paz de espírito. Retraimento e reflexão.
4- O envelhecimento
 
FIGURA 4 – ENVELHECIMENTO 
Disponível em: https://agencia.fiocruz.br/estudo-defende-bio%C3%A9tica-
de-prote%C3%A7%C3%A3o-do-paciente-idoso. Acesso em: 12 mar. 2012.
Segundo Caixeta (2005), os estudos demográficos 
atestam um importante aumento da população idosa. O 
envelhecimento em si não é uma doença neste período da vida, 
porém as manifestações patológicas são muito frequentes.
Em relação ao limite entre o processo fisiológico do 
envelhecimento (senescência) e o envelhecimento patológico 
(senilidades), a idade cronológica não parece ter valor 
absoluto, a não ser para contribuir com números estatísticos 
em relação às populações, pois, do ponto de vista científico, o 
juízo clinico decorre de um simples bom senso. Caixeta (2005) 
nos cita como exemplo que é comum encontrarmos com um 
velho de 40 anos ou com um octogenário de espírito jovial.
Conforme Caixeta (2005), as repercussões somáticas e 
psicológicas do envelhecimento são aspectos inseparáveis, 
pois esses fatores são complexos devido às particularidades de 
uma trajetória existencial única (biológica, psicológica, cultural 
e espiritual). Sendo assim, há o consenso em reconhecer que, 
para a compreensão e o tratamento do envelhecimento, 
é necessário o trabalho em equipe multidisciplinar, com 
a interação de vários profissionais da saúde no seio das 
instituições geriátricas.
Caixeta (2005) cita, ainda, que a geriatria corresponde a 
uma tentativa de abranger o homem idoso e doente na sua 
totalidade. Não tendo a intenção de prolongar artificialmente 
uma vida já longa e de lutar contra a morte, mas trata-se de 
oferecer a um determinado paciente o poder de continuardurante a sua velhice, a gozar a vida, a viver bem, com 
qualidade de vida.
O envelhecimento psicológico
O envelhecimento psicológico está completamente 
relacionado com as raízes biológicas e dos seus prolongamentos 
socioculturais. O peso do passado individual desempenha um 
papel determinante. É a isso que o autor Ajuriaguerra se refere 
quando escreve “Envelhecemos como vivemos”. Nota-se 
que, com estas palavras, o processo de envelhecimento torna- 
se mais claro.
Segundo Caixeta (2005), uma das funções principais do 
psiquismo, cujo desenvolvimento se situa na infância, é ligar o 
mundo interior ao mundo exterior e assegurar um equilíbrio 
homeostático entre as necessidades psíquicas individuais e a 
exigência do meio ambiente. Esta capacidade de adaptação 
desempenha um papel fundamental em cada etapa da vida 
(escolaridade, puberdade, escolha da profissão, casamento, 
nascimento dos filhos, menopausa, aposentadoria). Esta 
adaptação permite uma redistribuição dos elementos 
conscientes e inconscientes das tendências psicológicas 
individuais. Dessa forma a velhice representa uma etapa da 
vida que exige um esforço de adaptação face a alterações 
múltiplas.
Assim, quais são essas alterações?
As modificações físicas (aspecto exterior, perturbações 
sensoriais, fraqueza, lentidão no andar, fadiga) provocam um 
sentimento de diminuição em relação à imagem do passado 
que o interessado poderá ter de si próprio. Nesse período, todo 
esforço físico é acompanhado de um consumo energético 
excessivo. Uma das possíveis consequências deste fenômeno 
pode ser a tendência para passividade ou, pelo contrário, para 
hiperatividade compensatória.
As modificações intelectuais são muito menos fatais a 
diminuição da acuidade sensorial desempenha certamente um 
papel importante em relação às dificuldades de concentração 
e de atenção. O ritmo das aquisições novas torna-se mais 
lento, devido à diminuição fisiológica da memória de fixação.
Estudos psicométricos mostraram uma melhor 
performance da inteligência verbal do que da inteligência 
prática. O perigo dos deficits intelectuais reside no fato de 
poderem provocar uma diminuição da curiosidade e do 
interesse. A informação, cada vez menos precisa, e a avaliação, 
cada vez menos exata do mundo, pode fazer com que a 
pessoa idosa se feche num mundo egocêntrico, gerador de 
sofrimentos psicológicos e de possível fuga na doença.
As modificações afetivas podem ser numerosas, tanto 
do quadro da vida durante a velhice como da coerência do 
procedimento anterior. O estreitamento do espaço vital 
provocado pela aposentadoria, o afastamento e a independência 
dos filhos, o luto por amigos da mesma idade, por vezes, a 
perda do cônjuge, concorrem para criar um sentimento de 
abandono e de solidão. Todos esses componentes contribuem 
para o comportamento de fuga e isolamento.
Caixeta (2005) ainda relata que a perspectiva da morte 
e a consciência de estar vivendo o fim pioram a situação 
emocional na velhice. O aborrecimento dos dias compridos, 
a resistência muitas vezes as atividades de lazer propostas, as 
relações familiares muitas vezes conturbadas, a falta de opção 
de passeios, são fatores difíceis de administrar na velhice.
Neste contexto psicológico depressiogênico que constitui 
um estado de frustração e sentimento de rejeição, não é de 
se espantar um sentimento de revolta profunda em muitas 
pessoas idosas. Além disso, o desejo de manter o sentimento 
de vitalidade e de satisfação interior pode levar a um exagero 
de apego aos símbolos de poder: força, saber, autoridade, 
posse e dinheiro, esses sentimentos são acompanhados de uma 
rigidez e de um conservantismo a toda prova, sendo que na 
altura da aposentadoria podem surgir dificuldades financeiras 
42Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem
que obrigam o idoso a mudar hábitos, de residência e de 
modo de vida, o que aumenta o sentimento de insegurança e 
desvalorização social.
Em relação à atividade sexual, esta é, muitas vezes, 
modificada durante a senilidade. A perda da função reprodutora 
da sexualidade na mulher pode levar tanto a recusa como o 
aumento do interesse sexual. Já o receio da diminuição do 
desempenho sexual no homem que confirma subjetivamente 
um estado de inferioridade, liga-se ao sentimento de orgulho 
viril e de auto-apreço, sem que o interesse sexual propriamente 
dito sofra uma modificação real.
Conforme Caixeta (2005), por outro lado, os inquéritos 
sexológicos verificam que as atividades sexuais são mantidas e 
prolongadas ao longo da velhice na vida do casal, e enquanto 
os viúvos e os que não se casaram sentem uma inibição muito 
maior em procurar um novo companheiro.
Caixeta (2005) ainda observa que as principais alterações 
que surgem no decurso da senilidade constituem uma série 
de modificações, tanto física, como intelectuais e afetivas. 
Contudo, o envelhecimento psicológico propriamente 
dito reside essencialmente na diminuição da capacidade de 
adaptação a essas alterações.
À medida que o idoso consiga encontrar um meio de 
compensação que lhe permita reencontrar um equilíbrio 
subjetivo entre os seus prazeres, o envelhecimento não se 
reveste de um caráter ameaçador. Quer se trate de um hobby 
qualquer, de um interesse social, cultural, espiritual até de uma 
curiosidade científica de longa data, ou ainda da educação 
dos netos ou de uma vocação artística tardia, estas atividades 
de “substituição” (Minkovisk) representam uma modalidade 
importante de adaptação.
5- O sentido da doença na idade 
avançada
FIGURA 5 – A DOENÇA NA VELHICE 
Disponível em: https://helomnunes.com/2015/12/30/a-protecao-do-idoso-
a-lei-n-13-2282015-e-o-constitucionalismo-fraternal/. Acesso em: 12 mar. 2012.
Do ponto de vista psicológico, o aparecimento de um 
sintoma qualquer durante a senilidade tem uma repercussão 
psicológica importante. Evoca-se uma questão angustiante 
para o idoso: será o começo do meu fim? Existe um desejo 
profundo de negar esta perspectiva, revelada por certas pessoas 
que aguentam uma doença, por vezes muito adiantada, sem 
que consultem um médico. Em outros idosos acontece o 
contrário, a angústia leva-os a consultar rapidamente o médico.
Caixeta (2005) cita que a maior parte dos doentes idosos 
raramente explicita a sua angústia sobre a morte, preferem falar 
do receio de sofrer. A finalidade inconsciente é um pedido de 
auxílio, de amparo contra a angústia invasora. Isto não quer 
dizer que estes indivíduos não estejam realmente doentes. A 
patogênese de suas afecções aproxima-se neste caso, da dos 
modelos psicossomáticos tradicionais. Os idosos apresentam 
um desejo que está subjacente à apelos e apresentação 
de queixas incessantes, e sobretudo ao comportamento 
frequentemente regressivo, é afinal a esperança de haver 
quem tome conta, necessidade de ser protegido e de não se 
ver abandonado à sua morte.
Assim, podemos, portanto, resumir o sentido psicológico 
de uma doença na idade avançada afirmando que cada afecção 
é vivida com uma profunda ambivalência.
Caixeta (2005) enfatiza que a ação terapêutica do médico 
comporta vários planos: biológico, psicológico e social. É 
evidente, no doente idoso, o impacto psicológico em cada 
uma destas medidas terapêuticas, mesmo que essa não seja a 
intenção inicial, qualquer receita representa certo estresse para 
o paciente. Ora, como acabamos de ver, alterações mínimas 
podem exigir do idoso um esforço significativo de adaptação 
que necessita de um apoio ativo por parte do médico.
A reação psicológica varia de paciente para paciente, 
o ambiente caloroso da relação médico-paciente, família/ 
paciente, bem como boa informação, representa a base 
de apoio em face dos receios experimentados. Existem 
duas situações particularmente penosas para o idoso, uma 
diz respeito a necessidade de hospitalização, e a outra à de 
internação em instituições para idosos. Enfim, compreender 
o envelhecimento é um fator fundamental para o educador, 
afinal algumas pesquisascitam que de 101 milhões de idosos 
na atualidade, esse numero chegará a 168 milhões no ano de 
2025, ou seja, é uma população que tende a crescer a cada dia 
nas próximas décadas.
6- O luto e a morte
Kaplan (1997) define tanatologia como o estudo do 
fenômeno da morte e dos processos emocionais envolvidos na 
reação à morte, tanto nos moribundos quanto nos enlutados. 
É uma área que envolve os profissionais que atendem o 
paciente diante da morte, e do luto em seu trabalho.
A reação depende em parte do contexto, pois a morte 
pode ser experenciada como oportuna ou inoportuna. A 
morte oportuna é quando o tempo esperado de vida e o 
período vivido são aproximadamente iguais, nesse caso a 
morte é previsível e aqueles que devem suportar o luto não 
se surpreendem com a morte. Já a morte inoportuna refere- 
se à: morte prematura, morte súbita, morte inesperada e 
catastrófica associada com um acidente ou violência, vista 
como algo totalmente absurdo.
Conforme Kaplan (1997), a morte também tem sido 
descrita como intencional na forma de suicídio e subintencional 
sendo apressada pelo uso de substâncias, como: alcoolismo 
ou hábito do fumo. E a morte pode até assumir o poder de 
43
uma metáfora, por exemplo, algumas pessoas veem a morte 
como um castigo merecido pelo que consideram como estilos 
de vida imorais e pecaminosos.
Reações à morte iminente
Vários tanatologistas identificaram estágios de morte ou 
do morrer, porém, é importante destacar que um paciente 
moribundo raramente segue um padrão regular de respostas 
ou mesmo uma sequência de estágios, mas é muito comum 
identificarmos os estágios da morte em todos os pacientes 
moribundos ou mesmo pacientes com doenças terminais 
como o câncer.
1º estágio - Choque e negação
O paciente recusa-se acreditar no diagnóstico ou nega 
que algo esteja errado. O grau até onde a negação é adaptativa 
ou mal adaptada, parece envolver o fato de o paciente obter 
tratamento ou não. Dessa forma o médico deve comunicar 
ao paciente e a sua família, de um modo respeitoso e direto, 
informações sobre a doença, seu prognóstico e as opções de 
tratamento.
2º estágio – Raiva
Os pacientes podem mostrar frustração, irritação ou 
raiva pelo fato de estarem enfermos. Uma resposta comum é: 
Porque eu? Eles podem enfurecer-se contra Deus, o destino, 
um amigo ou um membro da família.
Os pacientes neste estágio são difíceis de tratar, pois 
muitas vezes descarregam a raiva sobre o pessoal do hospital 
ou sobre o médico, que recebe a culpa pela doença. O médico 
ou profissionais da saúde que tem dificuldade em lidar com 
pacientes à beira da morte podem afastar-se deles ou transferi- 
los aos cuidados de um colega.
3º estágio – Barganha
O paciente pode tentar negociar com médicos, amigos 
ou até mesmo com Deus em troca de uma saúde, como 
exemplo: doar bens ou ir frequentemente à igreja, já outros 
pacientes acreditam que por serem bons, obedientes, alegres, 
o médico fará com que melhorem.
4º estágio – Depressão
Neste estágio, o paciente mostra sinais clínicos de 
depressão, retraimento, retardo psicomotor, desesperança e 
perturbação do sono e até mesmo ideação suicida.
5º estágio – Aceitação
O sujeito percebe que a morte é inevitável, processo 
natural da existência humana, sendo assim a morte é aceita. 
Seus sentimentos podem ir desde um humor neutro até o 
humor disfórico.
Tristeza, lamentação e luto
Segundo Kaplan (1997), o luto pode ocorrer como 
resultado de várias perdas, além daquela de uma pessoa amada, 
incluem a perda de status, perda de uma figura nacional, perda 
da proteção. A expressão de tristeza pela perda envolve uma 
ampla faixa de emoções.
A duração do luto varia entre os indivíduos, e há vários 
sinais, sintomas e fases do luto. Tradicionalmente a tristeza 
do luto estende-se por um ou dois anos. Entretanto, Kaplan 
(1997) relata que a maioria das pessoas enlutadas são capazes 
de comer, dormir e voltar ao funcionamento adequado em um 
ou dois meses, passado este período, o profissional da saúde 
deve estar atento, pois existe um grande risco do paciente 
estar doente emocionalmente, inclusive com depressão.
Luto patológico (anormal)
Ainda conforme Kaplan (1997), para algumas pessoas 
enlutadas, o curso da lamentação e do luto é anormal, e assim, 
o luto pode assumir uma conotação patológica, indo desde 
uma tristeza ausente até uma tristeza excessivamente interna. 
As pessoas que apresentam maior risco de terem uma reação 
de luto anormal, são as que sofrem uma perda súbita, as que 
têm uma história de perdas traumáticas e aquelas com um 
relacionamento ambivalente ou dependente com o falecido.
Luto inibido, adiado ou negado
O luto inibido, adiado ou negado refere-se à ausência 
da expressão e tristeza, a época de perda. Em alguns casos a 
tristeza é apenas adiada, até que não possa mais ser evitada. 
Na maioria dos casos de luto inibido, ocorre o Mecanismo 
de Negação (ver aula sobre a psicanálise de Freud) da morte, 
porém, esse sentimento de tristeza e perda tem uma tendência 
imensa de se manifestar futuramente em forma de patologia.
As influências culturais e familiares afetam o modo 
pelo qual o enlutado comporta-se publicamente. O “durão” 
admirado pelo grupo, contrasta dramaticamente com a pessoa 
chorosa, frágil. Assim, é difícil avaliar o nível de tristeza de uma 
pessoa pelas aparências externas. A menos que se conheçam 
seus antecedentes.
A criança e a morte
Caixeta (2005) descreve sobre um importante trabalho 
de psicologia médica que ocorreu no hospital Necker, em 
Paris. Este estudo avaliou o comportamento de crianças 
moribundas e crianças que perderam seus pais. Veremos, a 
seguir, alguns esclarecimentos sobre a pesquisa.
Podemos destacar no texto algumas reações 
comportamentais nas crianças enlutadas que Caixeta (2005) 
enumera:
1.	 reaparecimento do autoerotismo que é um dos 
sintomas do desinvestimento do mundo exterior. Ou 
seja, não existe interesse em brinquedos, em outras 
crianças, nada prende a atenção, a criança apenas se 
concentra em si mesma;
2.	 o apetite cede lugar à anorexia ou à bulimia;
3.	 o aparecimento de sono difícil com presença de 
pesadelos;
4.	 pode ocorrer distúrbios de fala, da atenção, 
ansiedade, sintomas psicossomáticos desde um 
resfriado até dores gastrintestinais, mentira, furto, 
fuga, delinquência;
5.	 e, por último, a criança pensa que é culpada pela 
morte do outro e quer punir-se ou juntar-se ao 
morto.
44Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem
Assim, quando um dos pais morre e não está mais 
presente, o outro cônjuge pode continuar evocar de maneira 
positiva diante da criança o cônjuge morto, pois a criança tem 
necessidade de conservar uma imagem boa, generosa, amável, 
e isto, fará muito bem a ela.
Para a criança, o luto geralmente necessita de certo tempo 
e passa por uma fase mais ou menos longa de idealização do 
ente perdido. Ainda conforme Caixeta (2005), o luto uma 
vez realizado, permite a introjeção do objeto perdido sob a 
forma de lembranças, palavras, atos, modos de ser comuns 
ao morto. Por outro lado, ocorre o investimento afetivo a um 
novo objeto, o desenvolvimento de um novo amor.
Ainda conforme o autor citado, outra forma de perpetuar 
o vínculo com o morto é de evitar perdê- lo, assim a criança 
pode transformar seus sentimentos para com o morto no 
seu contrário, como exemplo, uma relação de amor converte- 
se em uma relação de ódio, uma relação agressiva pode 
converter-se em uma relação de amor. A anulação do vínculo 
ou a transposição em seu contrário dos sentimentos com o 
morto economizam o trabalho de luto, que deste modo não 
pode acontecer.
No meio caminho entre o luto e a repressão situa-se 
a tentativa repetida e sempre vã de efetuar esse trabalho. O 
sujeito é apanhado numa compulsão de repetição. Porque não 
foi capaz no devido tempo, de aceitar a perda do objeto de 
amor, repete com outras pessoas a mesma situação, a mesma 
relação, o mesmo tipo de investimento.
Ainda segundoCaixeta (2005), a criança pode negar 
totalmente a morte de modo “psicótico” ou pode viver 
psicoticamente como se ela estivesse ao seu lado. Esta 
identificação com o morto pode chegar ao ponto de dizer “Eu 
também vou morrer” ou possa sentir os mesmos sintomas 
do falecido. Pode também tornar-se passiva, temerosa, 
dependente e, diante disso, a finalização do luto pode se dar 
de várias maneiras. Uma delas é pelo sonho, de encontrar-se 
com o morto. O autor ainda cita que o transtorno gerado pelo 
luto, pela ausência é tanto maior quanto dura à demora para 
que um substituto assuma lugar no psiquismo da criança, pois 
deste modo a criança saíra do luto de maneira saudável.
Encerramos nossa última aula. Espero que tenham 
gostado e entendido o nosso conteúdo e que aproveitem estes 
ensinamentos na vida profissional de vocês.
Parece que estamos indo bem. Então, para encerrar 
esse tópico, vamos recordar:
Retomando a aula
1 - A vida adulta
Fase adulta: consideramos que a fase adulta se inicia aos 
vinte e um anos de idade. Aqui, as mudanças que ocorrem 
na adolescência já se estabilizaram, e a responsabilidade 
aumenta bastante. Em muitos casos, a pessoa já se apresenta 
independente financeiramente, de forma completa ou parcial; 
por meio do trabalho. É, geralmente, nessa fase que as pessoas 
costumam ter filhos.
2 - Personalidade e vida adulta
Na fase adulta, é normal que a personalidade se altere, ou 
seja, uma pessoa enquanto mais jovem e irrequieta que quer 
aproveitar a vida ao máximo torna-se mais pacata e sossegada.
Na fase adulta, há um desenvolvimento da personalidade 
ou não. Muitas pessoas, como disse anteriormente, alteram 
a sua personalidade e maneira de ser pelas experiências 
vividas, deixando de ser tão eufóricas e de levar a vida 
ao limite, passando a ser pessoas mais conscientes, com 
responsabilidades, mais pacatas. Por outro lado, é possível 
encontrar pessoas que pelo visto a idade não passou para elas. 
Continuam a aproveitar a vida como se não houvesse amanha, 
mostrando não só na forma de ser, mas também na forma 
de vestir. Por isso, dizemos que as pessoas que alteram a sua 
personalidade ao longo da idade têm um desenvolvimento 
da personalidade em mudança, enquanto que as pessoas que 
continuam a aproveitar a vida, não ocorre o desenvolvimento 
da personalidade esperado ou habitual, ou seja, a sua 
personalidade mantêm-se continua em relação aquilo que já 
existia.
3 - Afinidades e relacionamentos
As relações românticas e de amizade possuem um forte 
impacto no nosso cotidiano. Todavia, a compreensão do 
motivo pelo qual alguns relacionamentos românticos duram 
mais do que outros se torna mais consistente integrando 
perspectivas biológicas e sociais. As formas iniciais de 
interação seriam importantes, portanto, no direcionamento 
que o indivíduo vai estabelecendo no que se referem às suas 
interações amorosas na vida adulta. As relações iniciais de 
apego, vistas também como uma consequência dos ambientes 
nos quais os indivíduos estão inseridos, são utilizadas 
como referenciais no momento de interagir com parceiros 
amorosos posteriormente Tendo isso em mente, podemos 
investigar o motivo pelo qual alguns indivíduos envolvem-
se emocionalmente mais do que outros, bem como algumas 
relações românticas duram mais do que outras.
4- O envelhecimento
Segundo Caixeta (2005), os estudos demográficos 
atestam um importante aumento da população idosa. O 
envelhecimento em si não é uma doença neste período da vida, 
porém as manifestações patológicas são muito frequentes.O 
envelhecimento psicológico está completamente relacionado 
com as raízes biológicas e dos seus prolongamentos 
socioculturais. O peso do passado individual desempenha um 
papel determinante.
As modificações afetivas podem ser numerosas, tanto 
do quadro da vida durante a velhice como da coerência do 
procedimento anterior. O estreitamento do espaço vital 
provocado pela aposentadoria, o afastamento e a independência 
dos filhos, o luto por amigos da mesma idade, por vezes a 
perda do cônjuge, concorrem para criar um sentimento de 
abandono e de solidão. Todos esses componentes contribuem 
45
para o comportamento de fuga e isolamento.
Caixeta (2005) ainda relata que a perspectiva da morte 
e a consciência de estar vivendo o fim pioram a situação 
emocional na velhice. O aborrecimento dos dias compridos, 
a resistência muitas vezes as atividades de lazer propostas, as 
relações familiares muitas vezes conturbadas, a falta de opção 
de passeios, são fatores difíceis de administrar na velhice.
5 - O sentido da doença na idade avançada
Do ponto de vista psicológico o aparecimento de um 
sintoma qualquer durante a senilidade tem uma repercussão 
psicológica importante. Evoca-se uma questão angustiante 
para o idoso: será o começo do meu fim? Existe um desejo 
profundo de negar esta perspectiva, revelada por certas pessoas 
que aguentam uma doença, por vezes muito adiantada, sem 
que consultem um médico. Em outros idosos acontece o 
contrário, a angústia leva-os a consultar rapidamente o médico.
A reação psicológica varia de paciente para paciente, o 
ambiente caloroso da relação médico-paciente, paciente/ 
família, bem como boa informação, representam a base 
de apoio em face dos receios experimentados. Existem 
duas situações particularmente penosas para o idoso, uma 
diz respeito a necessidade de hospitalização, e a outra à de 
internação em instituições para idosos.
Enfim, compreender o envelhecimento é um fator 
fundamental para o educador, afinal algumas pesquisas 
citam que de 101 milhões de idosos na atualidade, esse 
número chegará a 168 milhões no ano de 2025, ou seja, é 
uma população que tende a crescer a cada dia nas próximas 
décadas.
6- O luto e a morte
Kaplan (1997) define tanatologia: como o estudo do 
fenômeno da morte e dos processos emocionais envolvidos na 
reação à morte, tanto nos moribundos quanto nos enlutados.
Vários tanatologistas identificaram estágios de morte 
ou do morrer, sendo estes estágios: Choque e negação, raiva, 
barganha, depressão e aceitação.
Segundo Kaplan (1997), o luto pode ocorrer como 
resultado de várias perdas, além daquela de uma pessoa amada, 
incluem a perda de status, perda de uma figura nacional, perda 
da proteção. A expressão de tristeza pela perda envolve uma 
ampla faixa de emoções. O luto pode ser tanto normal como 
patológico.
AKAMATSU, Ceci. Para que o amor aconteça. Verus 
Editora, 2011.
FILHO, H. de Andrade José. Saúde na terceira idade. São 
Paulo: Nova Era, 2006
Vale a pena ler
Vale a pena
Filme Com Mérito (1994).
Vale a pena assistir
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