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6 PROCESSOS DECISORIOS

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No entanto, quando tomamos decisões rápidas com base em rótulos como “sem gaiolas”, geralmente não sabemos o que esses termos significam. Nossa decisão é tomada por um falso senso de racionalidade, porque não temos todas as informações disponíveis. Talvez não tenhamos tempo para descobrir que “sem gaiola” pode significar tanto galinhas livres, quanto galinhas caipiras, porém apenas as galinhas caipiras são criadas ao ar livre. Podemos optar por decisões que satisfazem determinado critério, como ser ético, sem fazer a escolha ideal para esse critério (Cunha, 2022). Em qualquer organização ou instituição, existem redes complexas de tomada de decisão. Decisões que muitas vezes têm em mente princípios econômicos, mas não levam em conta a realidade de que os seres humanos não funcionam de maneira perfeitamente racional (GrotheHammer; Berkowitz; Berthod, 2022). Embora as organizações desejem tomar decisões que reflitam seus valores e objetivos econômicos, elas são tomadas por indivíduos e os indivíduos são influenciados por mais do que a mera lógica. Às vezes, os que tomam decisões nas empresas precisam decidir rapidamente sobre o que afetará o resto da organização, porém com restrições como o tempo, a escolha feita pode ser apenas satisfatória e não ótima para os objetivos da empresa. A racionalidade se torna ainda mais complexa em uma empresa onde a escolha ótima para um indivíduo pode não corresponder à escolha ótima para a empresa. Aqui, a racionalidade dos CEOs e de outros tomadores de decisão está condicionada por seu ambiente, que lhes pede que coloquem as necessidades da empresa antes das suas próprias. Assim, a racionalidade limitada às vezes é uma imperfeição necessária quando entendemos a tomada de decisão como parte de uma rede, em vez de teorizar a racionalidade com base em um sujeito “perfeito” que não faz parte dessas complexidades (Cunha, 2022). A racionalidade limitada ocorre quando as empresas carecem de informações perfeitas, ou seja, não têm informações de contexto sobre os resultados de suas ações, por exemplo; eles têm recursos limitados e estão restritos à capacidade de processar informações. Nesse aspecto, a teoria da racionalidade limitada aponta que, quando as pessoas tomam decisões, sua capacidade de raciocinar sobre o problema é limitada por (GrotheHammer; Berkowitz; Berthod, 2022): • informação disponível; • capacidade ou habilidade cognitiva; • tempo para pensar sobre a situação. Os tomadores de decisão, nesse contexto, estão buscando uma solução satisfatória em vez de uma solução ótima para o problema. A racionalidade limitada foi proposta por Herbert A. Simon, um economista matemático, como um método de modelar a tomada de decisão aplicada a economia, ciência política e outras disciplinas relacionadas. Ele olha para a tomada de decisão como um processo totalmente cognitivo de encontrar uma opção aceitável dada a informação disponível.

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