Buscar

Epilepsia---resumo-laura medstudies_4a2fbe0dda7848ab8bccb5a05fa70e43


Prévia do material em texto

Introdução
Epilepsia:
É a predisposição duradoura da crise
epiléptica;
Caracteriza-se por:
2 ou mais crises em > 24h OU
1 crise com alta chance de recorrência
OU
Síndrome epiléptica;
A crise epiléptica é resultado da disfunção
fisiológica transitória do cérebro, causada por
uma descarga anormal dos neurônios corticais;
A crise epiléptica é a manifestação principal da
epilepsia;
2 - Crises generalizadas – parecem afetar
difusamente o cérebro desde o início;
Geralmente, há perda da consciência; 
A – Crises de ausência
Generalizada não-motora;
Atinge principalmente crianças de 3 a 12
anos de idade; 
São lapsos transitórios de consciência,
acompanhado de postura estática e
interrupção de qualquer atividade que o
paciente fazia;
Começam e terminam abruptamente;
Há dificuldade no aprendizado;
Gatilho: Hiperventilação e privação do
sono;
EEG: Espícula-onda de 3 Hz;
Tratamento: Etossuximiba, valproato ou
lamotrigina;
B - Crises mioclônicas:
Caracterizadas por abalos musculares
rápidos e breves;
Não há perda da consciência;
C – Crises tônico-clônicas:
Caracterizada por perda repentina da
consciência com extensão tônica bilateral
do tronco e dos membros (fase tônica),
normalmente acompanhada de grito
epiléptico e de abalos musculares
sincrônicos (fase clônica);
Alguns paciente possuem sintomas
premonitórios inespecíficos inconscientes;
D – Crises tônicas 
E – Crises atônicas:
 Conhecida como ataques de queda;
Ocorre perda súbita do tônus muscular;
Epilepsia
Classificação
O ILAE classifica as crises epilépticas com base
nos sintomas clínicos + resultados do EEG;
1 - Crises parciais ou focais – início restrito a
uma parte do hemisfério cerebral 
A descarga ictal afeta uma área limitada e
geralmente circunscrita do córtex, o
chamado foco epileptogênico;
A – Crises parciais simples ou perceptivas
– nível de consciência preservado
Pode se tornar uma crise parcial
complexa;
O paciente é capaz de interagir
normalmente com o ambiente durante a
crise;
B – Crises parciais complexas ou
disperceptiva – perda do nível de
consciência;
Geralmente, apresentam automatismos,
como morder os lábios e engolir
repetidamente;
Depois da crise o paciente se apresenta
confuso e desorientado por vários
minutos;
As duas podem se tornar crises
generalizadas, chamadas de focal para
tônico-clònica bilateral;
Síndromes Epilépticas
Generalizadas
Espasmos infantis – Síndrome de West:
Caracterizam-se por espasmos flexores ou
extensores súbitos;
@laura.medstudies
Avaliação Inicial
Há atraso no desenvolvimento
neuropsicomotor;
Pode evoluir para a síndrome de Lennox-
Gastaut;
Crianças de 4 a 7 meses;
EEG – Descargas multifocais
(hipsarritmia);
Tratamento:
Corticotrofina/ACTH ou Vigabatrina;
Monitor déficits visuais;
Prognóstico ruim;
Síndrome de Lennox-Gastaut:
Caracterizam-se por atraso intelectual,
crises epilépticas incontroláveis e padrão
típico no EEG (espícula-onda de até 2,5 Hz);
Causas: malformações cerebrais, TCE,
infecção do SNC;
Normalmente começa antes dos 4 anos;
25% dos pacientes tem histórico de
espasmos infantis - Síndrome de West;
Tratamento: 
Nenhum tratamento é totalmente eficaz;
Usa-se lamotrigina; 
Epilepsia mioclônica juvenil:
Na maioria dos casos, começa em indivíduos
saudável entre 8 e 20 anos de idade
Consiste em abalos mioclônicos matutinos,
crises tônico-clônicas generalizadas após o
despertar, inteligência normal, história
familiar semelhante e EEG com descargas
generalizadas de espículas isoladas e
agrupadas a 4-6 Hz
Varia de espasmos graves a abalos suaves
Tratamento:
 Valproato – 1ª escolha
Descrição detalhada de qualquer aura que
ocorra;
Exame Físico:
Geralmente é normal; 
Em alguns casos pode fornecer indícios
quanto à etiologia; 
Sinais focais indicam lesão cerebral
coexistente;
Eletroencefalograma - EEG:
É o exame mais importante para avaliar
pacientes com crises epilépticas 
Ajuda a estabelecer o diagnóstico e
caracterizar as epilepsias; 
Pode orientar o tratamento e definir
prognóstico; 
Um EEG normal ou inespecífico nunca exclui
o diagnóstico;
Pode haver a indução de estresse para
detectar anormalidades epileptiformes;
Sono, hiperventilação, estimulação fótica;
Exames de imagem do cérebro:
A RM deve ser realizada em todos os
pacientes com mais de 18 anos e nas crianças
com desenvolvimento anormal, alterações no
exame físico ou distúrbios epilépticos
sintomáticos; 
A RM é mais sensível que a TC; 
Outros exames laboratoriais:
Exames de sangue:
Dosagem de eletrólitos, função hepática e
hemograma 
Úteis para definir valores basais antes de
iniciar o tratamento com FAE 
Punção lombar:
Suspeita de meningite ou encefalite;
Anamnese:
Manifestações clínicas das crises epilépticas
Evolução do distúrbio epiléptico 
Fatores que desencadeiam as crises
Fatores de riscos para crises, como crises
febris, TCE
Resposta ao tratamento até o momento 
Crianças – História do desenvolvimento
infantil 
Tratamento
Iniciar o tratamento com fármacos antiepilépticos
(FAE) apenas na segunda crise, quando o
diagnóstico de epilepsia está estabelecido;
Situações especiais:
Bupropiona diminui o limiar convulsivo;
Não usar Valproato em gestantes pelo risco
de malformações;
Substituir por lamotrigina;
Fármacos antiepilépticos:
Efeitos adversos dos FAE:
A maioria dos efeitos é leve e está
relacionado com a dose 
Efeitos comuns a todos os FAE: sedação,
déficit de memória e concentração,
oscilação de humor, desconforto
gastrointestinal e tonturas;
Interrupção do tratamento dos FAE:
Considerada quando os pacientes não têm
crises há 2 anos no mínimo;
Fenitoína EV - 20 mg/kg a 50 mg/min; 
Pode repetir com metade da 1ª dose; 
Outras medicações: Fenobarbital e Ácido
Valproico;
5 - Se persistir, sedação:
Midazolam, Propofol ou Tiopental;
Em crianças, antes de iniciar a sedação,
usar fenobarbital;
Estado de Mal Epiléptico
Ocorre pela não eficácia do efeito inibitório de
neurotransmissor GABA e canais de potássio
para cessar o evento epiléptico;
Definição:
Permanência da crise convulsiva por mais de
5 minutos initerruptos ou duas crises de
duração menor, sem recuperação da
consciência entre elas;
Deve ser abordado em sala de emergência;
Tratamento:
1 - Avaliação geral:
Garantir via aérea, condições
ventilatórias e circulatórias;
2 - Obtenção de acesso venoso periférico;
Coletar exames laboratoriais;
Verificar a glicemia capilar, em caso de
hipoglicemia, administrar glicose 50% e
tiamina;
3 - Administração de Benzodiazepínicos;
Diazepam IV ou Midazolam IM
Repetir 1 a 2x; 
4 - Se persistir, administrar
anticonvulsivantes;