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Aula 5- Patologias cervical 1

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Coluna cervical
Profª. Esp. Amanda Ritter
Coluna cervical
Malformações congênitas.
Pode ocorrer de forma isolada ou em associação com outras malformações, tanto musculoesqueléticas como de outros órgãos e sistemas.
-Hipoplasia do odontóide: níveis variáveis, pode ser resultado da parada prematura de crescimento do ápice do odontóide até uma aplasia total, gerando uma instabilidade ou frouxidão do lig. transverso.
- Occipitalização do atlas: fusão entre o occipício e o atlas, geralmente parcial (arco anterior do atlas e a borda anterior do forame magno) normalmente associada a outras malformações. 
Coluna cervical
- Síndrome de Kleppel-Feil: caracterizada pela redução de ADM cervical, pescoço curto,implantação baixa do cabelo na nuca e fusão entre as vértebras cervicais.
- Síndrome de Morquio: mucoplissacaridose associada ao excesso de excreção de ceratossulfato na urina geralmente associada a hipoplasia ou a aplasia do odontóide, provocando instabilidade atlantoaxial.
Afecções inflamatórias
- Atrite reumatóide: patologia sistêmica que pode envolver diversas articulações, na coluna , o local mais comumente afetado é a região cervical.
 alteração mais decorrente da AR é a instabilidade de C1 e C2, seguida de Subluxação subaxial e impactação atlantoaxial.
Sintomática: dor cervical, e redução da ADM cervical.
Quadro avançado + instabilidade e compressão neurológica: queixas de déficit motor e sensitivo, incontinência esfincteriana, distúrbios da marcha e alterações de reflexo.
Afecções inflamatórias
- Subluxação atlantoaxial: alteração comum em pacientes com AR; esse tipo de luxação ocorre pela destruição dos ligamentos transversos, alar e apical.
 diagnóstico realizado através de radiografia dinâmica, pela distância atlantoaxial superior a 3 mm; instabilidades com desvio superior a 9 mm está indicada a artrodese risco de compressão medular.
Afecções inflamatórias
-Subluxação subaxial: segunda alteração comum em pacientes com AR; lesão das facetas articulares, dos ligamentos e dos discos em um ou mais níveis aspecto de escadaria artrodese.
Radiografia em perfil dinâmico
evidenciando instabilidade atlantoaxial
Radiografia em perfil
evidenciando a migração
superior do processo
odontóide
Afecções inflamatórias
- Impacção atlantoaxial: erosão das articulações atlentoaxial e atlentoocipital, levando a migração superior do processo odontóide.
 a migração caracteriza-se quando a ponta do odontóide está 4,5 mm acima da linha de McGregor.
Linha de McGregor
Linha de McGregor traçada
da base do palato duro até
a cortical externa do occipício
mede-se a distância da ponta do 
odontóide até a linha de McGregor
Afecções inflamatórias
- Síndrome de Grisel: luxação não-traumática do atlas que surge como torcicolo adquirido relacionada a infecções das vias aéreas superiores, traumatismos e procedimentos cirúrgicos na cabeça e pescoço.
 cabeça inclinada para o lado e rodada para o lado oposto (como um torcicolo espasmódico), porém não apresenta contratura no ECOM 
Tipo 1: deformidade rotatória fixa, sem desvios anterior do atlas.
Tipo 2: presença de desvio anterior do atlas entre 3 a 5 mm, rotação associada ao déficit do ligamento transverso.
Tipo 3: desvio anterior do atlas + 5 mm
Tipo 4: rara, desvio posterior do atlas + processo odontóide deficiente.
Torcicolo paradoxal: rotação entre C1 e C2
Afecções degenerativas
As alterações degenerativas da coluna cervical são responsáveis por diversos problemas
 cervicalgia crônica, compressão de raízes cervicais, compressão medular.
Idade modificações bioquímicas + anatômicas fatores extrínsecos 
Redução da capacidade do disco na dissipação adequada de cargas.
Afecções degenerativas
- Cervicobraquialgia: a braquialgia costuma ser causada pela compressão de uma raiz cervical, e a dor cervical é causada pelo estreitamento do forame de conjugação pela hipertrofia facetaria e formação de osteófitos.
Raiz fixada é por tecido fibroadiposo perirradicular
 pequenas estenoses foramidais são suficientes para apresentar sintomas radiculares.
Afecções degenerativas
Quadro clínico: insidiosa, sem causa aparente, porém pode ter inicio súbito (movimentos bruscos, posições forçadas, traumatismos).
 apresenta piora da dor com movimentos, ou seja + da pressão do liquido cerebroespinal (Valsalva) e na compressão das apófises espinhosas.
Pode-se encontrar déficit de força nos músculos inervados pela raiz comprometida.
Alteração de dermatomos.
Hiporreflaxia ou arreflexia podem ocorrer quando ocorre alteração dos reflexos.
Diagnóstico: radiografia podem apontar redução de espaços intervertebrais, processos degenerativos, estreitamento foramidal.
RNM e TC, avaliação da compressão radicular
Afecções degenerativas
- Mielopatia cervical: além das compressões de raízes e processos degenerativos, o espessamento do ligamento amarelo e a formação de osteófitos, também podem ser responsáveis pelo estreitamento do canal medular.
 quando há presença de estenose, a medula pode sofrer lesão pela compressão extrínseca direta.
Afecções degenerativas
Quadro clínico: insidiosa, sintomas leves e evolução lenta; os sintomas podem variar do local e grau de compressão sobre a medula.
 queixas na execução de tarefas que necessitam de movimento fino das mãos, e em membros inferiores surgimento de distúrbios da marcha.
Diagnóstico: radiografia simples demonstram alteração sugestiva como estreitamento do espaço discal, deformidades no alinhamento cervical e alterações degenerativas.
RNM permite a avaliação e identificação de estruturas responsáveis pela estenose.
TC permite avaliação precisa das estruturas ósseas.
Testes específicos 
Teste de compressão (Spurling)
Obj: identificar compressão de raízes nervosas.
Paciente em sedestação, fisioterapeuta se posiciona atrás do paciente, em seguida encontra a lateralidade acometida, lateralizar levemente a cabeça para o mesmo lado da algia, em seguida o examinador exerce uma força de compressão no topo da cabeça exacerbando a compressão radicular, podendo apresentar irradiação para o membro superior opsilateral.
Testes específicos 
Teste de distração:
Obj: identificar compressão de raízes nervosas.
Mesmo posicionamento do teste de Spurling, a execução consiste em realizar o movimento de descompressão das raízes nervosas; mão posicionada no ramo da mandíbula e a outra na região occipital.
Paciente relata melhora da dor.
Testes específicos 
Manobra de Valsalva:
Obj: aumento da pressão intratecal.
Paciente em sedestação, o examinador orienta o paciente a inspirar e realizar força de evacuação; se o paciente referir dor o teste é positivo.
Testes específicos 
Teste de Adson:
Obj: determinar permeabilidade da artéria subclávia (que pode estar comprimida ou por contratura dos escalenos).
Paciente em sedestação, localizar o pulso radial, mantendo a palpação o examinador realiza abdução, extensão e rotação externa do membro, em seguida orientar o paciente a prender a respiração e virar a cabeça para o lado examinado. Se a artéria está comprimida o pulso diminuirá de amplitude.
 podendo até não ser percebido (síndrome do desfiladeiro torácico)
Testes específicos 
Manobra de Lhermitte:
Obj: indicador de estenose vertebral e compressão do canal medular.
Paciente em sedestação na maca, pernas estendidas, examinador se posiciona póstero lateralmente, pede uma flexão cervical e realiza um flexão de tronco; sinal positivo se o paciente apresentar parestesia dos membros ou tronco.
 revela ou sugere Mielopatia resultante de EM, estenose, tumores ou hérnias discais.
Testes específicos 
Teste da artéria vertebral:
Obj: identificar estenose ou compressão da artéria vertebral, basilar ou carótida.
Paciente em decúbito dorsal, cabeça posicionada para fora da maca, o examinador realizar uma hiperextensão e flexão lateral da cabeça mantendo por 30 segundos, este movimento exerce ligeira pressão da artéria vertebral ipsilateral a flexão.Positivo: nistagmo, sensação de desmaio, tontura, náusea. 
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