Prévia do material em texto
29/04/2024 POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO DE ATENÇÃO E GESTÃO - PNH 1 2 29/04/2024 3 4 29/04/2024 HUMANIZAÇÃO NA PERSPECTIVA DO TRABALHADOR •Avaliação positiva do SUS, •Condições concretas de trabalho: planos de carreira, salários, acesso a tecnologias. •Gestão do trabalho •Democracia nas relações •Ser cuidado HUMANIZAÇÃO NA PERSPECTIVA DO USUÁRIO •Avaliação positiva do SUS •Direito, garantia de acesso, universalidade, eqüidade •Saúde como um valor da sociedade brasileira •Responsabilidade sanitária https://youtu.be/NMAbvOPOnCs 5 6 29/04/2024 Política Nacional de Humanização • Lançada em 2003, a Política Nacional de Humanização (PNH) busca pôr em prática os princípios do SUS no cotidiano dos serviços de saúde, produzindo mudanças nos modos de gerir e cuidar. Não se trata, portanto de Humanizar o Humano, mas de enfrentar e lidar com relações de Poder, Trabalho e Afeto. A PNH estimula a comunicação entre gestores, trabalhadores e usuários para construir processos coletivos de enfrentamento de relações de poder, trabalho e afeto que muitas vezes produzem atitudes e práticas desumanizadoras que inibem a autonomia e a corresponsabilidade dos profissionais de saúde em seu trabalho e dos usuários no cuidado de si. (Brasil, 2013) PNHPNH 7 8 29/04/2024 Política Nacional de Humanização da Gestão e da Atenção Política Nacional de Humanização da Gestão e da Atenção Contagiar trabalhadores, gestores e usuários do SUS com os princípios da humanização. Propósitos Fortalecer iniciativas de humanização existentes. Desenvolver tecnologias relacionais e de compartilhamento das práticas de gestão e de atenção. Aprimorar, ofertar e divulgar estratégias e metodologias de apoio à mundanças sustentáveis dos modelos de atenção e de gestão. Implementar processos de acompanhamento e avaliação, ressaltando saberes gerados e experiências coletivas bem sucedidas. Política Nacional de Humanização da Gestão e da Atenção Política Nacional de Humanização da Gestão e da Atenção Ampliar as ofertas da PNH aos gestores e aos conselhos de saúde, priorizando a atenção básica e hospitalar, com ênfase nos hospitais de urgência e universitários. Incentivar a inserção da valorização dos trabalhadores do SUS na agenda dos gestores, dos conselhos de saúde e das organizações da sociedade civil. Divulgar a PNH e ampliar os processos de formação e produção de conhecimento em articulação com movimentos sociais e instituições. MACRO OBJETIVOS 9 10 29/04/2024 Política Nacional de Humanização Política Nacional de Humanização Redução de filas e do tempo de espera, com ampliação do acesso Atendimento acolhedor e resolutivo baseado em critérios de risco. RESULTADOS Implantação de modelo de atenção com responsabilização e vínculo Garantia dos direitos dos usuários Valorização do trabalho na saúde Gestão participativa nos serviços PNH – Estrutura Princípios Método Diretrizes Dispositivos 11 12 29/04/2024 PNH - Princípios Transversalidade:Transversalidade: Indissociabilidade entre atenção e gestão: Indissociabilidade entre atenção e gestão: Protagosnismo, co- responsabilidade e autonomia dos sujeitos e dos coletivos Protagosnismo, co- responsabilidade e autonomia dos sujeitos e dos coletivos Transversalidade Princípios • A PNH deve se fazer presente e estar inserida em todas as políticas e programas do SUS. • A PNH busca transformar as relações de trabalho a partir da ampliação do grau de contato e da comunicação entre as pessoas e grupos, tirando-os do isolamento e das relações de poder hierarquizadas. • Transversalizar é reconhecer que as diferentes especialidades e práticas de saúde podem conversar com a experiência daquele que é assistido. Juntos, esses saberes podem produzir saúde de forma mais corresponsável. 13 14 29/04/2024 Indissociabilidade entre atenção e gestão Princípios As decisões da gestão interferem diretamente na atenção à saúde. Por isso, trabalhadores e usuários devem buscar conhecer como funciona a gestão dos serviços e da rede de saúde, assim como participar ativamente do processo de tomada de decisão nas organizações de saúde e nas ações de saúde coletiva. Ao mesmo tempo, o cuidado e a assistência em saúde não se restringem às responsabilidades da equipe de saúde. O usuário e sua rede sociofamiliar devem também se co-responsabilizar pelo cuidado de si nos tratamentos, assumindo posição protagonista com relação a sua saúde e a daqueles que lhes são caros. Protagonismo, co-responsabilidade e autonomia dos sujeitos e coletivos Qualquer mudança na gestão e atenção é mais concreta se construída com à ampliação da autonomia e vontade das pessoas envolvidas, que compartilham responsabilidades. Os usuários não são só pacientes, os trabalhadores não só cumprem ordens: as mudanças acontecem com o reconhecimento do papel de cada um. Um SUS humanizado reconhece cada pessoa como legítima cidadã de direitos e valoriza e incentiva sua atuação na produção de saúde 15 16 29/04/2024 PNH - Diretrizes Clínica ampliada Co-gestão Acolhimento Valorização do trabalho e do trabalhador Defesa dos direitos dos usuários Ambiência Construção da memória do SUS que dá certo. Ocorre desde a chegada na recepção Visa responsabilizar integralmente pelo cliente Realiza-se uma audição resolutiva Permite que se expresse Impõe limites necessários Não é um espaço. É uma postura ética ACOLHIMENTO - DIRETRIZACOLHIMENTO - DIRETRIZ Responsabilização pelo cuidado ao usuário. Deve ser praticado pelo conjunto dos profissionais e dos setores da instituição de saúde. Escuta qualificada e atendimento com resolutividade (inclui orientação, articulações e encaminhamentos). 17 18 29/04/2024 • O acolhimento é uma proposta de serviço de saúde centrado no usuário e organizado de acordo com os seguintes princípios: 1.atender a todas as pessoas que procuram os serviços de saúde, garantindo a acessibilidade universal; 2.organizar o processo de trabalho,transferindo o foco do atendimento do médico para a equipe multiprofissional de acolhimento, que se encarrega da escuta do usuário, comprometendo-se a resolver seu problema de saúde; 3.qualificar a relação entre o trabalhador de saúde e o usuário, que deve dar-se por parâmetros humanitários, de solidariedade e cidadania. 19 ACOLHIMENTO 19 20 29/04/2024 Gestão participativa e cogestão. • Co-gestão expressa tanto a inclusão de novos sujeitos nos processos de análise e decisão quanto a ampliação das tarefas da gestão – que se transforma também em espaço de realização de análise dos contextos, da política em geral e da saúde em particular, em lugar de formulação e de pactuação de tarefas e de aprendizado coletivo. (Rodas, Gerência de portas abertas, Grupos de trabalho de humanização) AMBIÊNCIA • Criar espaços saudáveis, acolhedores e confortáveis, que respeitem a privacidade, propiciem mudanças no processo de trabalho e sejam lugares de encontro entre as pessoas. • Ambiente Físico, Social, Profissional e Interpessoal • Componentes estéticos ou Componente afetivo • Atenção acolhedora 21 22 29/04/2024 Esses são alguns exemplos que mostram a contribuição destes elementos na ambiência: AMBIÊNCIAAMBIÊNCIA CaracterísticaELEMENTO Influência dos odores no processo terapêuticoCheiro Descreve sobre a incidência, a quantidade e a qualidade de luz Luz Descreve sobre a influência da privacidade nas consultas, poluição sonora, Som O fomento a expressão das sensações humanasArte A influência da cor nos sentimentos e humor dos indivíduosCor Presença e influência de áreas verdes, jardins e locais para descanso, tais como bancos Áreas externas Descreve sobre a questão da individualidade e preservação da privacidade do indivíduo, a não necessidade de exposição, seja ele nos exames, nas consultas ou em outras ocasiões Privacidade Esses são alguns exemplos que mostrama contribuição destes elementos na ambiência: AMBIÊNCIAAMBIÊNCIA CaracterísticaELEMENTO Se há uma estrutura capaz de acolher os visitantesVisita aberta Se há uma estrutura capaz de acolher o acompanhanteAcompanhante Descreve a importância da sinalização e orientação aos usuários do serviço. Informações e Sinalização Descreve sobre a importância da qualidade de vida oferecida ao trabalho dentro da instituição Áreas de apoio ao trabalhador Descreve sobre o processo de empatia sobre as culturas e hábitos dos pacientes. Respeito a culturas e as diferenças 23 24 29/04/2024 CLINICA AMPLIADACLINICA AMPLIADA A clínica ampliada é uma ferramenta teórica e prática cuja finalidade é contribuir para uma abordagem clínica do adoecimento e do sofrimento, que considere a singularidade do sujeito e a complexidade do processo saúde/doença. Permite o enfrentamento da fragmentação do conhecimento e das ações de saúde e seus respectivos danos e ineficácia. • O cuidado deve ser intersetorial e interdiscilinar, pois os problemas são complexos em demasia para serem compreendidas de uma forma tão resumida. Nesta prática, o profissional de saúde deve construir vínculos com o paciente, agregar elementos da história de vida de cada pessoa, agregar os fatores da idade, da condição debilitante, contexto familiar, sócio cultural e identificar fatores de risco e de proteção. Valorização do Trabalhador • Dar visibilidade à experiência dos trabalhadores e incluí-los na tomada de decisão, apostando na sua capacidade de analisar, definir e qualificar os processos de trabalho. 25 26 29/04/2024 Defesa dos direitos dos Usuários • Os usuários de saúde possuem direitos garantidos por lei e os serviços de saúde devem incentivar o conhecimento desses direitos e assegurar que eles sejam cumpri- dos em todas as fases do cuidado, desde a recepção até a alta. https://youtu.be/DgMjGGkxysQ 27 28 29/04/2024 PNH Dispositivos Sistema de escuta qualificada para ususários e trabalhadores Acolhimento com classificação de risco. Clínica ampliada. Equipe de referência e apoio matricial. Projeto Terapêutico Singular. Visita aberta e direito à acompanhante. Projetos Cogeridos de Ambiência Programa de Formação em Saúde do trabalhador Projeto SUS que dá certo 29 30 29/04/2024 Trata-se de uma forma de atendimento, na qualTrata-se de uma forma de atendimento, na qual a lógica de prioridade de atendimento de um paciente ocorre em virtude da gravidade, necessidade do indivíduo, e não pela ordem de chegada a instituição. ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO A avaliação da gravidade é realizada através de A avaliação da gravidade é realizada através de uso de protocolos/instrumentos técnicos que avaliam o potencial de risco, o agravo a saúde e o sofrimento do indivíduo. • Melhor controle de fluxo de clientes. ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO • Redução do tempo de espera pelo atendimento para as pessoas que necessitam de atendimento mais urgente. • Melhor satisfação do usuário e de profissionais. VANTAGENS • Proteção mais eficaz na proteção da vida 31 32 29/04/2024 ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO • Idealizado para aplicação em serviços de urgência e emergência • Necessita de uma Central de acolhimento: atende o usuário imediatamente, orienta sobre o serviço e esclarece dúvidas em geral • Necessita de um Consultório para realizar a classificação de risco = avaliação da queixa principal. • Utiliza-se de um sistema de cores que identificam a necessidade de atendimento do paciente. • Utiliza-se de fluxogramas para orientar condutas RESOLUÇÃO COFEN Nº 661/2021 • Art. 1º No âmbito da Equipe de Enfermagem, a classificação de Risco e priorização da assistência é privativa do Enfermeiro, observadas as disposições legais da profissão. • § 1º Para executar a Classificação de Risco e Priorização da Assistência, o Enfermeiro deverá ter curso de capacitação específico para o Protocolo adotado pela instituição, além de consultório em adequadas condições de ambiente e equipamentos para desenvolvimento da classificação. • § 2º Para garantir a segurança do paciente e do profissional responsável pela classificação, deverá ser observado o tempo médio de 04 (quatro) minutos por classificação de risco, com limite de até 15 (quinze) classificações por hora. 33 34 29/04/2024 Definições Urgência: Ocorrência imprevista de agravo a saúde com ou sem risco potencial a vida, cujo portador necessita de assistência médica imediata (curto prazo) Emergência: Constatação médica de condições de agravo a saúde que impliquem sofrimento intenso ou risco iminente de morte, exigindo portanto, tratamento médico imediato. Acolhimento - APS Forma de inclusão dos usuários Ampliação do acesso (agenda programada/ demanda espontânea) Ampliação da capacidade clínica da equipe de saúde (riscos e intervenções) Organização do fluxo (evitar esperas de atividades agendadas, situações imprevisíveis) 35 36 29/04/2024 ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO Classificação de risco - Ministério da Saúde EMERGÊNCIA Atendimento imediato URGÊNCIA Atendimento o mais rápido possível BAIXA COMPLEXIDADE Horário de chegada NÃO URGENTE Avaliação e classificação de riscos APS Não Agudo Intervenções programadas Agudos Atendimento imediato Atendimento prioritário Atendimento no dia Ofertas para Problemas agudos Atendimento (médico, enfermagem, odontológico) Permanência para observação Remoção ou encaminhamento para outro serviço 37 38 29/04/2024 Tempo alvoCorNomeNúmero 0VermelhoEmergente1 10LaranjaMuito urgente2 60AmareloUrgente3 120VerdePouco urgente4 240AzulNão urgente5 (Protocolo de Manchester, 1994) ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO SISTEMA MANCHESTER Recebimento e Estabilização dos pacientes graves. Emergência EIXO VERMELHO Amplamente visível Distinto e exclusivo Acesso coberto para ambulâncias Sinal Sonoro disponível SISTEMA MANCHESTERSISTEMA MANCHESTER 39 40 29/04/2024 Após estabilização (Eixo laranja) EIXO Amarelo Pacientes Críticos (CTI) EIXO Verde Pacientes estáveis, observação, internação, transferência ou alta SISTEMA MANCHESTERSISTEMA MANCHESTER 41 42 29/04/2024 1. Atendimento imediato do usuário: orientação e esclarecimento de dúvidas. 2. Orienta os usuários com demanda administrativa 3. Acolhe e identifica a demanda do usuário 4. Encaminha o paciente para a Classificação de Risco. 2. Consultório de enfermagem: Realiza a classificação de risco = avaliação da queixa principal. Eixo Azul Central de Acolhimento SISTEMA MANCHESTERSISTEMA MANCHESTER (Protocolo de Manchester, 1994) ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO SISTEMA MANCHESTER Uma mãe traz uma criança que se encontra facilmente irritável. Ela acredita que a criança está febril.... No consultório, a enfermeira avalia a criança e o histórico apresentado pela mãe. A enfermeira não encontra alterações no sinais vitais, nem em outras características. Pelo sistema de Manchester, a Enfermeira a encaixa no Fluxograma de “Pais Preocupados”. Dentro do fluxograma de Pais preocupados, tenta enquadrar melhor a apresentação da criança. A partir disto, ela indicará uma cor para atendimento http://gbcr.org.br/downloads- 43 44 29/04/2024 45 46 29/04/2024 47 48 29/04/2024 1. Consolidar e expandir os Grupos /Comitês de Humanização nas SES, nas SMS e, nos serviços de saúde, entendidos como dispositivos de articulação, estímulo, valorização e, formulação de políticas de humanização; 2. Consolidar e expandir a rede virtual de humanização, facilitando trocas, dando visibilidade às experiências exitosas e, multiplicando práticas comprometidas com a PNH; 3. Instituir sistemática de acompanhamento e avaliação, incluindo processos de monitoramento e, criação de indicadores relacionados à PNH, articulados com as demais políticas de avaliação do MS; 4. Propiciaro financiamento de projetos que melhorem a ambiência dos serviços: salas de conversa, espaços de conforto, mobília adequada, comunicação visual, etc.; 5. Articular os programas e os projetos do MS (Hospital Amigo da Criança, Humanização do Parto, etc.), com a PNH. PNHPNH 1. Ampliar o diálogo entre os profissionais, entre os profissionais e a população, entre os profissionais e a administração, promovendo a gestão participativa; 2. Estimular práticas resolutivas, racionalizar e adequar o uso de medicamentos, eliminando ações intervencionistas desnecessárias; 3. Reforçar o conceito de clínica ampliada: compromisso com o sujeito e seu coletivo, estímulo a diferentes práticas terapêuticas e co- responsabilidade de gestores, trabalhadores e usuários no processo de produção de saúde; 4. Sensibilizar as equipes de saúde em relação ao problema da violência intrafamiliar (criança, mulher e idoso) e, quanto à questão dos preconceitos (sexual, racial, religioso e outros) na hora da recepção e dos encaminhamentos; 5. Viabilizar a participação dos trabalhadores nas unidades de saúde, por meio de colegiados gestores; 6. Promover ações de incentivo e valorização da jornada integral ao SUS, do trabalho em equipe e, da participação em processos de educação permanente que qualifiquem a ação e a inserção dos trabalhadores na rede SUS. PNHPNH 49 50 29/04/2024 Referências Bibliográficas Brasil. Ministério da saúde. Secretaria Executiva. Núcleo Tecnico da Política Nacional de Humanização. Humaniza SUS: Acolhimento nas práticas de produção de saúde. Brasília, DF, 2004. Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/doc_base.pdf Acolhimento com classificação de risco: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/acolhimento.pdf Ambiência: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/ambiencia_2ed.pdf Clínica Ampliada http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/clinica_ampliada_comp artilhada.pdf 51