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Prótese Dentária: Conceitos e Requisitos


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Disciplina: Cliníca Integrada de Reabilitação Oral II 
Professora: Samantha Peixoto/Sabrina Siqueira 
 
PRÓTESE TOTAL 
 
DEFINIÇÃO DE PRÓTESE DENTÁRIA 
Ciência que trata da substituição de um ou mais dentes ausentes do arco dental e das 
partes circunvizinhas, por um substituto artificial. 
Os objetivos da substituição dos elementos ausentes é de restituir a função, a 
estética e a saúde do órgão de mastigação, favorecendo a manutenção desse órgão em 
condições normais, por maior tempo possível, contribuindo para a elevação da bioestática 
da cavidade oral. 
DEFINIÇÃO DE DENTADURA 
Definida com base na fixação do aparelho na boca ou considerando-se a via de 
transmissão dos esforços mastigatórios 
Requisitos de uma dentadura 
1. Requisito mastigatório 
 Relação com retenção: resistir às forças que tentam deslocá-la no sentido 
gengivo-oclusal → depende de fatores como: técnica de moldagem, forma e tamanho do 
rebordo alveolar, consistência da fibromucosa de revestimento, tonicidade das inserções 
musculares e tecidos adjacentes 
 Relação com estabilidade: propriedade de se opor às forças horizontais que atuam 
durante a mastigação → depende da oclusão, da articulação e do balanceio dos dentes 
artificiais 
2. Requisito estético 
 Reconstituir a fisionomia natural do paciente 
 Depende: dentes artificiais (forma, cor e tamanho), montagem dos dentes para formar 
o arco e gengiva anterior e superior da base da dentadura 
3. Requisito fonético 
 A espessura do palato influi no timbre da voz 
 A dimensão vertical atua na pronúncia das palavras sibilantes 
 As posições dentais influenciam nas silabas dentais 
4. Requisito de comodidade 
 Sensação de justeza, conforto e utilidade 
 Depende da delimitação correta da área chapeável, da moldagem e da correta 
dimensão vertical 
Fatores que influenciam no êxito do trabalho 
Paciente: condições do rebordo, da fibromucosa de revestimento dos músculos, saúde 
geral, idade, estado psíquico, hábitos 
Profissional: recursos, conhecimento, técnica, ambiente de trabalho 
 
Exame da boca 
1) Exame clínico 
 Abrange boca, bochecha, área chapeável, espaço intermaxilar e língua 
 Examinar a amplitude da abertura bucal e a tensão dos músculos orbiculares dos 
lábios 
 Características anatômicas da área chapeável 
 Natureza do revestimento fibromucoso e das estruturas musculares 
 Análise da espessura e altura de rebordo e mucosa sem suporte ósseo 
2) Exame radiográfico 
 Presença de cistos, dente incluso, resto radicular abaixo da mucosa 
 Análise da condição óssea 
3) Exame do modelo de estudo 
 Visão geral da área chapeável 
Exame dos fatores biológicos 
1) Fator geral: estado de saúde, idade, estado psíquico, vícios 
2) Fator local 
É importante a avaliação de fatores favoráveis (rebordo alveolar normal, revestimento 
fibromucoso do tipo resiliente, movimentos mandibulares regulares, sem distúrbio de 
ATM, idade não avançada, bom estado de saúde) e de fatores desfavoráveis (rebordos 
reabsorvidos, inserções musculares invadindo a zona de suporte, volume excessivo de 
língua, distúrbios de ATM, assimetria facial, prognatismo, idade muita avançada) para 
indicar ou contraindicar a prótese. 
Indicação Contraindicação 
Paciente edêntulo Sem altura de rebordo alveolar Anatomia desfavorável (tórus 
mandibular) 
O objetivo de conhecer esses limites é conhecer a extensão máxima da boca desdentada 
que poderá ser recoberta pela dentadura. 
A retenção e o conforto estão ligados à delimitação correta dessa área. 
ZONAS DA ÁREA CHAPEÁVEL 
Zona de suporte principal 
Suporte da carga mastigatória (área de maior pressão) 
Vestibular e palatina da crista do rebordo alveolar 
Zona de suporte secundário 
• Ajuda a absorver a carga mastigatória (imobilização da dentadura) 
• Palato 
Zona de selado periférico 
• Manter o vedamento periférico 
• Fundo de sulco 
Zona de selado posterior 
• Limite entre palato duro e palato mole 
Zona de alívio 
• Região que deve ser aliviada na moldagem para a mucosa não receber os esforços 
mastigatórios 
MEIOS DE RETENÇÃO 
A cópia deve ser muito fiel para a dentadura ir até os limites da área chapeável 
PRESÃO ATMOSFÉRICA 
• É vital para a retenção das próteses totais, durante a fase de repouso e atua como força 
retentiva quando 
se aplicam forças no sentido de deslocá-las 
• Para que a pressão tenha seu valor físico, como fator de retenção, são necessários: 
adesão, coesão e 
tensão superficial do fluído salivar 
ADESÃO 
• É a atração física de moléculas diferentes entre si (capacidade de um corpo aderir a 
outro) 
• Dificuldade de afastar dois corpos 
• Atua quando a saliva molha e se adere a superfície da prótese e a membrana mucosa 
• Adesão depende da perfeita adaptação em íntimo contato da prótese aos tecidos de 
suporte e a fluidez 
da saliva 
COESÃO 
• É a atração física de moléculas iguais (união das partículas do próprio corpo) 
• Película de saliva entre a prótese e o palato deve ser uniforme, impedindo o 
deslocamento 
TENSÃO SUPERFICIAL: 
• É a resistência à separação, que possui uma película de líquido, entre as duas superfícies 
bem adaptadas 
• Película de saliva entre o limite da área chapeável e o fundo de sulco 
É preciso ter o vedamento periférico para evitar a entrada de ar que, 
consequentemente, causa a queda da dentadura. 
MATERIAL MOLDAGEM 
ALGINATO - É um material hidrocoloide irreversível 
 Fácil de manipular 
 Confortável ao paciente 
 Não exige equipamento elaborado 
 Baixo custo 
 Produz menores deformações aos tecidos de revestimento do rebordo 
Tipos de alginato 
Tipo I: presa rápida → 60 a 120 segundos 
Tipo II: presa normal → 2 a 4 minutos e 30 segundos 
Dosificação 
1) Misturar as partículas do pó para que se encontre solto, antes da mistura 
2) Misturar a água, à temperatura ambiente, e pó num gral de mistura 
Para uma impressão parcial: 1 colher + 1/3 de proveta com água 
Para uma impressão completa: 2 colheres + 2/3 de proveta com água 
Para uma impressão extra larga: 3 colheres + 1 proveta cheia de água 
 
Proporção ideal da mistura 
• 21,2 g = 3 colheres de medida 
• 46 ml = 1 proveta cheia 
 ATENÇÃO 
Desvantagens 
 Tempo de armazenamento baixo 
 Baixa fidelidade de cópia 
Nunca se deve alterar a proporção no intuito de modificar o tempo de geleificação. 
Uma menor quantidade de água não permite que o pó reaja adequadamente, trazendo 
instabilidade 
dimensional e menor reprodução de detalhes. 
Maior quantidade de água faz com que as fibras coloidais fiquem dispersas em uma área 
maior, 
provocando seu afastamento e enfraquecimento da estrutura do gel. 
A diminuição da temperatura da água é a única forma de aumentar o tempo de trabalho. 
A cada grau 
que se diminui da temperatura, aumenta-se em cerca de 6 segundos o tempo de trabalho. 
O tempo de espatulação deve seguir as recomendações do fabricante, sendo, em geral 45 
segundos. 
 Relação água/pó 
 Pó contém sílica

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