Buscar

Desafio Profissional Anhanguera Matematica


Prévia do material em texto

Curso: Matemática – Licenciatura Série: 1
Disciplinas: Didática; Língua Brasileira de Sinais; Psicologia da Educação e Teorias da Aprendizagem; Redes Sociais e Comunicação; e Responsabilidade Social e Meio Ambiente
Nome: Gabriel David Martin Silva RA: 6222944416
Tutora a distância: Rejiane Platero
A utilização das tecnologias de informação e comunicação voltadas para as práticas educacionais nas instituições de ensino
Aparecida do Taboado - MS
16/11/2017
Resumo
O tema escolhido para análise neste trabalho é a utilização de tecnologias de informação e comunicação voltadas para a prática educacional nas instituições de ensino. E tem como objetivo central o entendimento das tecnologias e da informática aplicadas às novas estratégias pedagógicas, de forma com que se tenha uma melhor aprendizagem e que se consiga prender a atenção do aluno, visto que esta nova geração trata como obsoleto a forma de ensino onde se é utilizado apenas lousas convencionais e giz. 
Diante de o exposto o artigo a seguir abordará, para um entendimento mais claro, a diferença entre a tecnologia e a informática, quais são suas características distintas, visto que há uma confusão na hora de tratar deste tema, os diferentes recursos que o docente pode utilizar na preparação de suas aulas. Os elementos essenciais para a aprendizagem como os dados e as informações, passadas do professor para o aluno, e o conhecimento adquirido pelo aluno ao receber essas informações. 
E também a eficiência do professor na utilização destes novos métodos, visto que ainda estão em processo de imigração para esta nova era da informática, visto que realmente há a necessidade de melhoria, não somente nos instrumentos de ensino, mas acima de tudo na didática passada aos alunos, em todo o sistema de ensino.
Palavras-chave: Tecnologia e Informática. Didática. Elementos Essenciais da Aprendizagem. 
A Diferença entre Tecnologia e Informática
A grande inquietação da maioria das pessoas é de como a tecnologia pode estar presente no nosso dia a dia, visto que há um equívoco ao confundir tecnologia com informática. Tecnologia é tudo que foi e é criado para facilitar o trabalho, tudo que vem sendo criado pelo ser humano desde o inicio dos tempos. Ou seja, a tecnologia é o conjunto de instrumentos que são fabricados pela humanidade com a finalidade de intervir no meio social. Justo (2001, p. 72) comenta: 
[...] não são só os computadores que mudam rapidamente, mas também os processamentos e metabolismos do ser humano. Não se trata de visualizar o perfil da sociedade contemporânea apenas na política, economia, nas artes e tecnologia, mas correlativamente, apreender a fisionomia do sujeito embrenhado nela. Como o ser humano está respondendo ou se adaptando ativamente às exigências da sociedade? Como está direcionando e remodelando sua sociabilidade no cotidiano, sua vida efetiva, seus hábitos e afazeres, enfim, que subjetivações estão emergindo?
Na definição deste tema há um amplo significado, visto que existem inúmeras visões sobre o mesmo conceito. Mas tudo que esta a nossa volta é tecnologia podendo ser um simples quadro negro, um giz ou ate mesmo a escrita, são objetos que podem ser definidos como tecnológicos. Pirozzi (2013) pontua que tudo aquilo que serve para auxiliar o ser humano em seu trabalho e em sua vida faz parte da tecnologia. Visto isto, e fazendo uma busca pela história, pode-se afirmar que nas salas de aula, por mais antigas que fossem já existia nelas a tecnologia. 
E se tratando do âmbito escolar, há uma enorme diversidade de aparatos tecnológicos que podem ser utilizados para que haja uma maior eficiência no processo de aprendizagem, e ao invés de se tornar concorrente de computadores e aparelhos celulares o professor passa a utiliza-los para suas aulas. Menezes (2012, p.1) afirma que é ilusório imaginar que as tecnologias não interferirão cada vez mais nas escolas, cuja função, inclui informar e comunicar. 
Para reforçar este pensamento tem-se Tiba (2006):
Atualmente o professor não é a única fonte de aprendizagem. (...) O professor deixou de ser o responsável único e exclusivo de informações, porque os alunos estão conectados a televisão, canais a cabo, internet, multimídia. Aos poucos jovens que ainda não estão globalizados, falta mais oportunidade do que desejo [pelo aprender]. (TIBA, 2006, p. 28).
Porém apenas a utilização das tecnologias não representa mudança pedagógica, é necessário que haja uma mediação no processo de ensino e assim consequentemente haverá uma melhor aprendizagem.
Já a Informática palavra que se origina de duas palavras: informação e automática, que quer dizer informação automática. É também definida como a ciência que se dedica ao tratamento da informação mediante uso de equipamentos de processamento de dados. Em tudo que fazemos há a informática, assim como também há a tecnologia, contudo Segundo o dicionário de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira (2010) informática é “a ciência que visa ao tratamento da informação através do uso de equipamentos da área de processamento de dados”. 
Ambos são conceitos distintos, porém há uma correlação, por isso ainda existe uma confusão ao distinguir estes dois termos. Enquanto uma trabalha com a informação automática a outra opera como um condutor dessa informação. Visto isso, é correto afirmar que sem a tecnologia a informática não existiria.
Conceito e descrição dos elementos essenciais para uma aprendizagem significativa
É notória a importância de uma mudança no sistema de ensino, visto que as gerações atuais consideram obsoletos a forma de ensino onde são utilizados apenas a tecnologia tradicional, que estávamos acostumados, o quadro negro e o giz. Para que haja a plena aprendizagem é necessário discernir os elementos que compõem o conhecimento.
Para chegar a este aprendizagem completa existem alguns passos anteriores que devem ser entendidos ate aproximar-se de um resultado claro, absorver os dados sem valores ou forma bruta, em informação pronta para ser entendida, após o professor passar essa informação, têm-se a necessidade de transformar essas informações em conhecimento, visto que o conhecimento é a amplitude da informação, da mesma forma que a informação abrange uma amplitude de dados.
Mas o que são dados? A resposta é bem simples: são todos os fatos isolados descontextualizada de sentido, apenas uma coisa que sozinha não possui valor algum, como por exemplo, um número ou uma letra, tudo que é apresentado de forma primária. Sem os dados não a informação, pois são o conjunto de dados que a formam é o conjunto de informações que formam os dados. 
Já a informação é um conjunto de dados organizados ou processados que obtém um valor, quando agregados, e que passam a ter sentido diante da compreensão de determinado fato. Para Côrtes (2008) apud Perini (2009): “A informação é gerada quando os dados passam por algum tipo de relacionamento, avaliação, interpretação e organização”.
E o conhecimento é a informação aplicada e passada ao ser humano. Silva (2017) A mediação do professor é um elemento-chave na construção do conhecimento por parte do educando.
A importância da eficiência do professor para uma aprendizagem significativa
Visto que para que o aluno adquira a plena aprendizagem não é necessária somente à mudança das tecnologias, mas também na forma como o profissional usa a tecnologia. Neste contexto podemos encontrar profissionais utilizando de tecnologias de ponta, mas, de forma com que a didática continue a mesma, tradicional, e para que isto deixe de acontecer é necessário que as metodologias sejam atualizadas e consequentemente a didática é alterada e adaptada a nova forma de ensino-aprendizagem.
Contudo a essência desta mudança no processo educativo não é a quantidade de tecnologia que se tem, mas como ela é utilizada, e isto está ligado à ação do professor que, consequentemente vai gerar uma mudança na sua didática. 
A tecnologia não é o centro de todo o temaabordado, pelo contrário a tecnologia é como a própria definição diz um aparato no aprimoramento das técnicas por nós utilizadas, com isso devemos utiliza-la a nosso favor para que se haja uma melhor aprendizagem, assim o diferencial é como elas serão utilizadas em prol da educação. 
Para que todo o tema aqui abordado tenha real eficácia é necessário que o educador tenha em mente que suas ações têm de possuir maior eficácia e eficiência. Onde ele tem de seguir os passos para uma boa ação educativa e organização, demonstrando assim sua eficiência e sua eficácia trazendo resultados de que sua prática educativa fez com que seus alunos aprendessem o conteúdo. 
Por fim, cito Moran que diz:
É importante humanizar as tecnologias: [estas] são meios, caminhos para facilitar o processo de aprendizagem. É importante também inserir as tecnologias nos valores, na comunicação afetiva, na flexibilização do espaço e tempo do ensino-aprendizagem. (MORAN, 2007. p. 38).
Resenha crítica
Tecnologia ou metodologia? O grande desafio para o século XXI (Giani Peres Pirozzi, 2013, 19 páginas),
O artigo da pedagoga Giani Peres Pirozzi, traz, de forma clara, a exposição deste tema bastante relevante nos dias atuais visto que há a necessidade de melhorar o processo de ensino e aprendizagem, porém há uma enorme dificuldade para se alcançar este objetivo. 
Pirozzi tenta apresentar a tese de que os educadores pensam ser desafiador ter que lidar com novas tecnologias tendo em vista que o mundo sofre constantes avanços tecnológicos em todas as áreas e o âmbito educacional não poderia se abster de tais avanços, tratando as novas gerações, que já nasceram num ambiente tecnológico, como nativos, e grande parte dos educadores como imigrantes, visto que não nasceram nesta era, porém tem de se adaptar a todo um mundo digital e aprender a utilizar toda essa tecnologia na prática pedagógica.
Com isso a autora apresenta algumas duvidas de como poderia se amenizar a distancia entre os nativos e os imigrantes, se é possível tirar proveito destas situações, e diz ainda que os educadores, preocupados em oferecer o que se tem de melhor para seus educandos acabam por perder o sono, pois não conseguem acompanha-los. 
Em seguida a mesma apresenta a diferença entre tecnologia e técnica fazendo referencia a dois autores diferentes e conclui informando que tecnologia é a técnica aprimorada que envolve um conjunto de incrementos que visam à facilitação da vida das pessoas. 
Utiliza também a teoria de Brito Sancho, que diz que existem três tipos de tecnologia (Física, Organizadora e Simbólica), de acordo com essa tese faz a conclusão de que as tecnologias físicas são os instrumentos utilizados por nós diariamente; as simbólicas são todos os tipos de linguagens; e as organizadoras são aquelas que compreendem o modo como nos relacionamos com o mundo. 
Logo após faz uma menção a informática e diz que muitos educadores ainda confundem tecnologia com informática, mas acaba não explicando o assunto e muda de tema.
Segundo ela os professores estão se tornando obsoletos, pois não conseguem acompanhar as tecnologias e os que tentam ainda precisam de ajuda de seus alunos que acabam se tornando ativos na sala de aula apenas por ajudarem o professor no momento que ele precisa, essa relação acaba por ocorrer uma inversão de papéis onde quem deveria ser o mediador (professor) se torna o aluno e o aluno se torna mediador. 
Uma afirmação correta foi a observação de que o professor tem que reaprender a ensinar, já que os alunos mudaram e suas exigências também, é preciso utilizar de novas ferramentas para chamar a atenção dos alunos. 
Na escola nova não é mais o professor que detém o conhecimento, mas o aluno é coautor da construção do conhecimento, porém o mesmo vê a sala de aula como um local antiquado o que não lhe atrai fazendo com que o professor além de inovar não só a forma como são passadas as matérias, mas também inove o ambiente em que isso ocorre, já que muitas reclamações que os professores fazem atualmente são de que os alunos não prestam atenção nas aulas. 
Parece, em alguns pontos, transformar em uma questão complexa a transição da informação para conhecimento com a finalidade de aprendizagem, visto que todo o assunto gira em torno da melhoria da aprendizagem. E depois de tanto falar sobre como os professores não conseguem se adaptar a modernidade ela diz que a intenção do artigo não é sobrecarrega-los e fazer com que mudem radicalmente seus métodos, mas sim mudar e adaptar-se de uma forma que ele “abrace as novas tecnologias” com um tempo para que possa digerir o grande numero de informações e inovações, deixando suas aulas mais atrativas, e novamente deixa claro que o foco principal é a aprendizagem.
Esta inovação não é somente apertar botões, mas para tentar formar cidadãos que realmente aprendam e saibam fazer bom uso do conhecimento adquirido. A autora fazendo citações, diz que por mais que professor inove suas ferramentas de trabalho, são apenas aparatos que facilitam a aprendizagem do educando num processo de assimilação. 
Contudo a mudança de ferramentas não depende somente do professor, mas também das condições que lhe são oferecidas, porém a facilidade com que se conseguem novos equipamentos tecnológicos é muito grande, talvez o problema não esteja nas condições de mudanças, mas em como estas mudanças ocorrem, visto que tem de haver uma preparação do profissional, para que saiba efetuar com êxito a utilização dos diferentes recursos tecnológicos a sua disposição, como DVD e vídeos, projetores e retroprojetores, os laboratórios de informática e os computadores, a internet para acessar ‘WebQuests’ e até mesmo a própria lousa, mesmo que a digital. 
Mas, sobretudo há de se querer aprender a utiliza-los de forma com que se instigue a vontade do educando de se aprender, estes recursos devem ser utilizados de maneira sábia para que se tenha uma aprendizagem significativa, e consequentemente se traga melhores índices na educação.
E por fim para alcançarmos os objetivos propostos a autora nos diz que a sua intenção era compreender o ser humano, e nos propõe que priorizemos a diversidade, buscando uma sociedade que faça uso das diferentes tecnologias adaptando-as a finalidades educacionais. Existem sim os profissionais que tem dificuldades em se adaptar, mas há também os que por não possuir o mínimo de interesse acabam não mudando sua docência e consequentemente não se tornam o diferencial que lhes é exigido. 
Referências Bibliográficas 
MENEZES, Luis Carlos de. Tecnologia na educação: quanto e como utilizar. Nova Escola. Edição 250, março, 2012. Disponível em http://acervo.novaescola.org.br/formacao/tecnologia-educacao-quanto-como-utilizar-680610.shtml. Acesso em 15 nov. 2017.
MORAN, José Manoel. A integração das tecnologias na educação. Disponível em: http://www.eca.usp.br/prof/moran/site/textos/tecnologias_eduacacao/integracao.pdf. Acesso em 14 nov. 2017
PIROZZI, Giani Peres. Tecnologia ou metodologia? O grande desafio para o século XXI. SESI/CEUNSP Revista Pitágoras ISSN 2178-8243, v.4, n.4. FINAN, Nova Andradina/MS, dez/mar2013. Disponível http://uniesp.edu.br/sites/_biblioteca/revistas/20170602112332.pdf. Acesso em 15 nov. 2017
SILVA, Diógenes M. Desafio Profissional de licenciaturas: Atividades Complementares; Psicologia da Educação e Teorias da Aprendizagem; Redes Sociais e Comunicação; Educação a Distância; Didática; Língua Brasileira de Sinais, Responsabilidade Social e Meio Ambiente. Valinhos: Anhanguera Educacional, 2017. 7 p. Disponível em: http://conteudo-avaeduc-ead.s3.amazonaws.com/201702/%5B1310203%5DLMA2_DIDATICA/EAD/%5B2%5DDESAFIO_PROFISSIONAL/%5BDESAFIO_PROFISSIONAL%5D/desafio%20profissional_LICENCIATURAS_2.pdf. Acesso em: 15 nov. 2017.
TIBA, Içami. Ensinar aprendendo: Novos paradigmas na educação. São Paulo: Integrare Editora, 2006.