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CONTESTAÇÃO CC RECONVENÇÃO

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 8ª VARA CÍVEL DA COMARCA DA CAPITAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Referente ao Processo nº 11111111111
MARCOS, brasileiro, situação civil, profissão, portador do RG nº xx.xxx.xxx SSP/RJ e de CPF nº xxx.xxx.xxx-xx, com endereço eletrônico xxxxx@xxxxx.com, residente e domiciliado na Rua xxxx, xxx, xxxx, xxxxx-xx, CEP xxxxx-xxx, vem à presença de Vossa Excelência, por seu representante constituído propor.
CONTESTAÇÃO C/C RECONVENÇÃO
Em face da ação indenizatória movida por JULIA já qualificado nos autos em epígrafe, vem respeitosamente, perante Vossa Excelência, apresentar, nos termos do art. 335 do Código de Processo Civil de 2015, sua CONTESTAÇÃO à Ação de Indenização por Danos Materiais, proposta por JULIA, já devidamente qualificada, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
I-DO REQUERIMENTO INICIAL E DA TEMPESTIVIDADE.
Ab initio, requer o contestante que todas as intimações e comunicações de estilo do presente processo dirigidas a si sejam realizadas em nome do seu procurador legal, DR. JONATHAN ROGERIO MORO BONALDO, inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional de MG, sob o nº XXX.XXX, sob pena de nulidade nos termos dos arts. 272, §§ 2º, 3º e 5º e 280, ambos do Código de Processo Civil de 2015.
No mesmo norte, indica como correio eletrônico o endereço jonathanbonaldo@outlook.com para recebimento de eventuais intimações e comunicações de estilo por meio digital.
Quanto a tempestividade da presente contestação, houve juntada de petição pela ré em XXX, XXX-feira, requerendo o cancelamento da audiência de tentativa de conciliação, assim o termo inicial da contagem do prazo é 04/02/2019, segunda-feira, enquanto que o termo final se dá em 25/04/2019, segunda-feira, consoante contagem de prazo em dias úteis. 
Neste sentido, observando-se a data de protocolo da presente peça é possível inferir sua total tempestividade.
II-DO RESTABELECIMENTO DA REALIDADE FÁTICA.
Julia dirigia seu veículo na Rua 001, na cidade do Rio de Janeiro, quando sofreu uma batida, na qual também se envolveu o veículo de Marcos. O acidente lhe gerou danos materiais estimados em R$40.000,00 (quarenta mil reais), equivalentes ao conserto de seu automóvel.
Ocorre que a versão dos fatos é diferente do que foi narrado. Note, que conforme Boletim de Ocorrência que junta em anexo, o acidente ocorreu por total negligência da Autora. Isto fica perfeitamente demonstrado diante das provas periciais a seguir.
III-DO MÉRITO DA DEMANDA.
Preliminarmente o valor da causa que está equivocado, deu à causa o valor de R$ 1.000,00 (hum mil reais), ao passo que pretende obter indenização pelo valor equivalente ao conserto de seu automóvel (O acidente lhe gerou danos materiais estimados em R$40.000,00 (quarenta mil reais), equivalentes ao conserto de seu automóvel) – artigo Art. 337. CPC.
Requerer a correção do valor da causa e pedir que as custas sejam recolhidas em conformidade com o valor correto de R$40.000.00, conforme artigo 292.CPC.
Art. 292.CPC.
O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e será:
V - Na ação indenizatória, inclusive a fundada em dano moral, o valor pretendido.
§ 3º O juiz corrigirá, de ofício e por arbitramento, o valor da causa quando verificar que não corresponde ao conteúdo patrimonial em discussão ou ao proveito econômico perseguido pelo autor, caso em que se procederá ao recolhimento das custas correspondentes.
Excelência, como visto a autora não agiu com qualquer prudência e perícia na condução do seu veículo e tenta imputar à parte ré a culpa por todo o ocorrido quando nem o próprio Boletim de Ocorrência afirma que a autora foi a culpada.
Na verdade, a AUTORA estava embriagada quando conduzia seu veículo naquele dia, infringindo a lei no artigo 306 do CTB.
Art. 306
Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência:
Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor
Assim ultrapassando o sinal vermelho infringindo no artigo 206 do CTB. onde MARCO colidiu com o veículo, pois na verdade, não teve como desviar da direção perigosa da autora, diante de tamanha infração cometida pela mesma.
Art. 208
Avançar o sinal vermelho do semáforo ou o de parada obrigatória:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa.
Ora, se a autora conduzia o veículo embriagada, conforme o boletim cabe a mesma ainda indenizar, o réu pois causou um prejuízo no carro do Réu, que por sua vez, também teve parte de seu carro destruído, gastando R$ 30.000,00 (trinta mil reais) para o conserto de acordo com o Art. 927 que Institui o Código Civil.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Portanto, a imprudência, negligência e imperícia do autor culminam na assunção do risco de colisões, não importando em qualquer ato ilícito cometido pela à autora, para tanto vejamos o Código civil no Artigo 186 que diz.
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Partindo de uma inicial genérica, falaciosa e claramente adaptada aos “fatos” a autora persegue uma indenização com base no Código Civil e na teoria da responsabilidade civil, sendo que resta claro que a culpabilidade maior do acidente decorreu da negligencia ,imprudência da mesma que, conduzia o veículo embriagada e atentando contra o Código de Trânsito Brasileiro, ultrapassando o sinal vermelho, colocando a tanto a própria vida quanto a do autor em risco, preferindo atribuir a culpa à contestante e considerando o ocorrido um ato ilícito.
No entanto, Excelência, se estamos falando de ato ilícito é necessário destacar que o dano material somente foi causado por culpa exclusiva da condutora que dirigia seu veículo embriagada, o que corrobora a tese de que a autora foi imprudente e guiava com negligencia e imprudência ao ultrapassar o sinal vermelho, procurando enriquecer ilicitamente quando atribuir a culpa a outrem.
IV-DA RECONVENÇÃO
Conforme disposição com a lei 13.105/15 expressa do Art. 343 pode o Réu em sede de contestação arguir a Reconvenção, o que faz pelos fatos e direito a seguir.
Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa.
Como amplamente demonstrado nesta resposta, a culpa pelo ato danoso é exclusivamente da Autora consistindo em ato ilícito e comissivo, verificado no momento em que infringiu o Código de Trânsito Nacional, que estabelece que:
Art. 208
Avançar o sinal vermelho do semáforo ou o de parada obrigatória:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa.
Segundo narra o Boletim de Ocorrência, o acidente ocorreu quando a Autora em clara inobservância ao que estabelece a Lei de Trânsito, in verbis:
Conduzia seu veículo com influência de álcool, com grande dificuldade de controle. Conforme o art. 306 CTB:
Art. 306
Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência:
Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor
Portanto, a responsabilização da Autora aos danos causados é medida que se impõe.
V - DOS PEDIDOS
Nesse sentido, com base na legislação relacionada, requer de Vossa Excelência:
Requer sejam julgados IMPROCEDENTES os pedidos aduzidos na presente ação, pelos motivos supre expostos.
A condenação do Autor no pagamento das custas processuais e honorários advocatícios (Artigo 85, § 19, Novo CPC).
Requer que seja a presente RECONVENÇÃO julgada totalmente PROCENDENTE para os fins;
Que reconvindoseja condenado ao pagamento no valor R$ 30.000,00 (Trinta mil reais) devidamente corrigidos com juros legais e acrescidos de mora desde a data do conserto,
Seja facultada a produção de todos os meios de prova em direito admitida, especialmente o depoimento do requerente, à prova documental e testemunhal.
VI-PROVAS
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, em especial a oitiva de testemunhas que serão oportunamente arroladas e do agente de trânsito responsável pela lavratura do Boletim de Ocorrência, sem prejuízo das demais provas que podem ser produzidas.
Nesses termos, pede e espera deferimento. 
Poços de caldas,03 de junho de 2019.
_____________________________________
JONATHAN ROGERIO MORO BONALDO
OAB/MG XXX.XXX