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projeto a lfabetização dos autistas

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Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
FACULDADE DE EDUCAÇÃO E CIÊNCIAS HUMANAS
CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO ESPECIAL
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
	ALFABETIZAÇÃO DAS CRIANÇAS AUTISTAS NAS SÉRIES INICIAIS
	1. APRESENTAÇÃO
1.1. Contextualização da situação-problema
Foi dado a situação-problema: Rogério é um menino de 7 anos, regulamente matriculado no 2º ano D do ensino fundamental e foi diagnosticado com autismo moderado. E a professora tem encontrar uma metodologia diferenciada para que o aluno entrose com os demais colegas.
Buscou parceria na equipe pedagógica e em parceria com os professores de educação física, artes e professor especialista de atendimento educacional especializado para desenvolver as atividades em sala de aula, elaborando uma adaptação curricular com metodologias e  estratégias de ensino direcionadas ao processo de alfabetização e letramento com subsídios teóricos envolvendo gibis de Mauricio de Sousa e as tecnologias assistivas. A partir dessa situação- problema vamos expor nossas ideias e metodologias.
 Na prática pedagógica do professor do ciclo inicial de alfabetização, tenho visto a cada dia, crianças que enfrentam grandes dificuldades na aprendizagem da leitura, devido a infraestrutura da família e da dificuldade devido a deficiência. É possível encontrar crianças do 2° ano do ciclo inicial de alfabetização em diversas fases de aprendizagem e com diferentes dificuldades em relação o processo da aquisição da leitura e da escrita. Deve-se fazer um diagnóstico inicial da turma, para saber se os mesmos têm em sua bagagem inicial, o processo de letramento e alfabetização, tendo em vista estudar estratégias e metodologias para inseri a criança autista junto aos demais colegas.
    Tendo em vista os resultados do diagnóstico das turmas, que foi a primeira etapa do projeto, foi definido um plano de trabalho com as metas gerais a serem desenvolvidas durante as próximas etapas. Foram definidas também ações e atividades tendo por base as competências necessárias e que deveriam ser garantidas no processo inicial de alfabetização e letramento.
       Ao trabalhar a construção dessas competências, acreditar-se-á que cada aluno será capaz, ao longo do desenvolvimento do trabalho, de identificar os diferentes portadores de textos bem como seus usos sociais. Esse projeto será mais um passo dado em prol do aluno, evitando principalmente que ele perca o estímulo na sala de aula. Dessa forma, acredita-se que haverá uma melhora substancial nas produções de textos e, consequentemente, melhor resultados nos estudos, de modo geral.
1.2. Análise do tema
Como sabemos, ouve um aumento de casos sobre o autismo nos últimos anos, e que há uma grande questão no que se refere a inclusão. A inclusão do aluno autista está sendo um grande desafio, pois sabemos que o ensino da rede pública muitas vezes não tem a capacidade de atender o aluno, por falta de profissionais qualificados. Devemos mudar essa questão e fazer com que o quadro seja mudado. 
 O recomendado é que se procure conhecer todos os alunos de forma individual e se perceba como cada um aprende. Mais do que um conhecimento específico, a inclusão dessas crianças e adolescentes requer uma mudança no modo como a escola pensa e faz educação. Sendo assim todos os funcionários da rede escolar devem estar preparados para receber essas crianças.  
  Como foi citado acima a maioria das escolas não estão preparadas para receber os alunos com necessidades especiais, assim como os professores não estão preparados o suficiente para lhe dar com algumas situações. É muito importante ressaltar que toda criança  tem direitos a inclusão, e o principal uma professora de apoio para acompanhar o desenvolvimento da criança .
Isso requer formação específica na área, são razões pela qual o professor deve se atualizar, e com isso entende-se  a formação do professor como um dos principais aspectos responsáveis pela exclusão do aluno com deficiência na escola e na sociedade. 
A aprendizagem é fundamental para qualquer ser humano, principalmente nos dias atuais, onde o mesmo deve aperfeiçoar e buscar estudar e crescer como cidadão. Contudo, não se pode negar a importância da leitura na inclusão de alunos com deficiências é um fator importante na relação da alfabetização como meio de crescimento intelectual e como ser humano. O presente trabalho versa em analisar a alfabetização dos autistas nas séries iniciais, na turma do 2° ano do Ensino Fundamental I.
As crianças Autistas apresentam diferentes graus de comprometimento, mas, no geral, apresentam certos comprometimentos nas áreas relacionadas à leitura, à escrita e socialização. O aluno diagnosticado com autismo tem uma forma diferente de ver o mundo ao seu redor, é uma maneira peculiar da pessoa diagnosticada com autismo, que a faz visualizar de maneira diferenciada as pessoas, os objetos e as situações, o que dificulta sua forma de interação com o mundo.
O trabalho  das crianças autistas exigirá dos professores uma reflexão sobre os processos usuais de ensino e aprendizagem, bem como um olhar diferente. Um olhar que leve em conta um estudante que não está em posição de curiosidade, mas que aprende de maneira específica e pouco convencional.
Um trabalho voltado a leitura de gibis , desenhos e objetos , é observar o que o aluno gosta para iniciar o trabalho. 
 Vimos ao longo da História que, no Brasil, desde a época do império vem-se trabalhando no sentido de atender e facilitar a vida das pessoas com deficiência, através de instituições como IBC, Pestalozzi, APAE, etc. Como vimos no texto “Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva” a Constituição Federal de 1988 defende que a educação é um direito de todos, sem discriminação de qualquer espécie  (art.3º, inciso IV), inclusive assegurando a matrícula de alunos da educação especial nas escolas regulares. Porém, muito há de se trabalhar no sentido de fazer com que os direitos garantidos em lei sejam efetivamente dados a todos em condições adequadas às diferenças, pois, pouco adianta colocar alunos com deficiências diversas no ambiente escolar e não fornecer métodos adequados para que os mesmos consigam avançar o melhor que puderem dentro de suas limitações. Para isso, é preciso investimentos nos diversos níveis de necessidades, como acessos adequados e qualificação de professores para que possam oferecer  uma educação de qualidade a todos que passarem pela escola.  MEC/SECADI Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva 
 Fazendo uma breve reflexão acerca das possibilidades de inclusão escolar de crianças autistas e do desafio em adaptar conteúdos de forma que abranja todos da classe, de maneira que supra as expectativas e necessidades de todos, ressaltemos aqui que o profissional da educação é o mediador e o mais importante aliado nas estratégias e no manejo de uma turma, conhecendo os alunos e sabedor do rendimento dos mesmos, poderá realizar atividades que tenham uma finalidade de abrangência a todos e sem olvidar de como o aluno autista estará absorvendo os conteúdos. 
	2. JUSTIFICATIVA
A Escola Estadual, que atende alunos com necessidades educativas especiais, utilizando recursos e organizações adequadas ao atendimento de suas necessidades e capacidades. A missão da escola consiste em atender o indivíduo com deficiências e necessidades educacionais especiais e buscar parceria com suas famílias, oferecendo a elas uma melhor qualidade de vida através de um apoio efetivo e amigo, fazendo com que estes sejam incluídos num convívio social, tendo assistência nas áreas que necessita.
Os alunos da escola, são pessoas com algum tipo de dificuldade ou deficiência necessitando de uma estimulação a qual a escola está apta a oferecer.
O pressente projeto envolve o aluno com transtorno autista seja matriculado e frequente a escola regular, esse fato, por si só, não garante o seu desenvolvimento. É essencial que toda a comunidade escolar esteja envolvida no processode inclusão, que o tema seja amplamente debatido e que todos assumam as suas responsabilidades, não somente o professor dentro da sala de aula. A construção do Projeto Político-Pedagógico da escola deve contemplar as demandas dos alunos com deficiências, bem como a definição de diretrizes, organização pedagógica e práticas de ensino voltadas para esse público.
  Refletir sobre o processo de alfabetização e letramento foi uma necessidade que o professor surgiu a partir de sua prática pedagógica, já que venho observando, no decorrer do meu trabalho enquanto professora das séries iniciais, a dificuldade que alguns alunos sentem em relação ao processo de alfabetização ou seja, ao letramento. De acordo com Rojo (2009, p.11) “Defendo que um dos objetivos principais da escola é possibilitar que os alunos participem das várias práticas sociais que se utilizam da leitura e da escrita (letramentos) na vida da cidade, de maneira ética, crítica e democrática.”
  Outro aspecto importante é que o professor precisa investir em sua formação e conhecimentos acerca do assunto para que possa conhecer as reais dificuldades e as capacidades do seu aluno autista. A recente prática da inclusão nas escolas regulares exige uma nova postura dos profissionais da educação e mudanças na organização do trabalho pedagógico em função das especificidades de cada um.
  A base de praticamente toda a aprendizagem escolar encontra se na família. Entendo que é importante que os educadores percebam que cada criança traz de casa para a escola uma bagagem cultural muito grande, repleta de referências afetivas, às quais refletem diretamente no seu desempenho em sala de aula. Desta maneira, a escola somente vem a reforçar e a sedimentar o que a criança carrega em seu bojo, sendo uma continuadora das primeiras lições aprendidas em casa.
       Na prática pedagógica do professor do ciclo inicial de alfabetização, tenho visto a cada dia, crianças que enfrentam grandes dificuldades na aprendizagem e lidar com as crianças autistas é um grande desafio, enfim fazer o planejamento que contemple as práticas pedagógicas com aluno com transtorno autista  estabelecendo com o aluno uma relação de segurança e confiança, rotina e comunicação clara e objetiva.
O autista precisa ser orientado de forma contínua e persistente para que consiga desenvolver-se a ponto de conseguir aprender o que uma criança neurotípica conseguiria facilmente. Dessa forma, percebe-se que é necessário um esforço maior do profissional da educação no que tange ao processo de alfabetização da criança com Transtorno do Espectro Autista.
As pessoas com TEA necessitam de uma forma de abordagem diferenciada, visto que sua aprendizagem se dá de uma maneira diferente das pessoas neurotípicas, em razão de suas peculiaridades. Essas crianças têm uma maneira mais específica de aprender, sendo que cada uma delas apresenta características próprias e diferentes níveis de transtorno. Assim, cada indivíduo responderá de forma diferente ao trabalho pedagógico e o professor deve estar preparado para essas situações.
As pesquisas sobre autismo ainda são poucas, para uma melhor compreensão acerca do tema, e as dificuldades que o professor encontra quando se depara com um aluno com este diagnóstico em sua sala de aula, o não saber como agir, por isso a necessidade de pesquisar quais são as dificuldades enfrentadas pelos professores na tentativa de incluir o aluno autista, e também acolher e criar uma parceria com a família.
O professor precisa conhecer melhor a deficiência, e isso só é possível pesquisando, só assim poderá se preparar para receber este aluno que requer muita atenção, é uma necessidade educacional e assim essa pesquisa poderá ajudar e orientar professores e demais profissionais da educação a ir em busca de novos caminhos seguros para inclusão destes alunos e para aprendizagem.
	3. OBJETIVOS
3.1 Objetivos Específicos
· Realizar com os alunos um trabalho voltado para a compreensão do respeito às pessoas com deficiências
· Desenvolver um plano pedagógico para turma regular de alfabetização que tenha crianças diagnosticadas dentro do espectro autista.
	4. PÚBLICO ALVO
Alunos do 2° ano D do Ensino Fundamental I, e Rogério, menino de 7 anos, diagnosticado com autismo moderado.
	6. RECURSOS: 
6.1 HUMANOS 
Os recursos humanos: Professora Doralice, sala com crianças de ensino fundamental do 2°ano e inclusão do aluno autista Rogério , equipe gestora e pedagógica, pais e comunidade escolar.
6.2 MATERIAIS
Os materiais utilizados serão: Interação com a exploração de jogos relevantes ao tema, exploração de jogos, dominó de letras e sílabas, cartolina, livros de história, pincel, ficha , lápis, giz de cera,  notebook, internet, Datashow, gravuras, tinta, tesoura sem ponta, vídeo, bola, músicas, quadro de rotina diária, identificar os materiais da sala (potes, armários, quadro, etc.), brinquedos sensoriais, e  outros disponíveis na escola.
	7. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A alfabetização é um processo complexo que precisa de dedicação e cuidado. Ensinar requer estratégias bem delineadas e específicas. O TEA é um espécie de distúrbio transtorno neurológico, o qual é marcado pela presença de dificuldades de relacionamento intersocial, comunicação, movimentos repetitivos e, por vezes, é acompanhada de Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC).
Existe uma grande associação entre autismo e deficiência mental, desde o leve até o severo, sendo que se considera que a gravidade desta deficiência mental não está necessariamente associada á gravidade do autismo.
O autismo é uma desordem que faz parte de um grupo de síndromes chamada TEA ranstorno do Espectro Autista, definido por alterações presentes antes dos três anos de idade e que se caracteriza por alterações qualitativas na interação social, afetando a capacidade de comunicação e o uso da imaginação. Gauderer (1997).
Conforme o DSM 5, o Transtorno Autista consiste na presença de um desenvolvimento comprometido ou acentuadamente anormal da interação social e da comunicação e um repertório muito restrito de atividades e interesses. As manifestações do transtorno variam imensamente, dependendo do nível de desenvolvimento e da idade cronológica do indivíduo. 
As crianças Autistas apresentam diferentes diagnósticos, mas, no geral, apresentam certos comprometimentos nas áreas relacionadas à leitura e à escrita. O  autismo tem uma forma diferente de ver o mundo ao seu redor, é uma maneira peculiar da criança com  distúrbio fazer ou  visualizar  as coisas de maneira diferenciada as pessoas, os objetos e as situações, o que dificulta sua forma de interação com o mundo.
"Não temos condições de afirmar o quanto uma criança pode ou não aprender. O importante é que os professores entendam que existem diferenças individuais entre quaisquer crianças, existem preferências e ritmos de aprendizagem" [...] Mantoan (2001, p. 24).
O trabalho na rede regular de ensino,  traz  mudanças, no que se refere as crianças autistas, professores e instituições escolares estão diante de um grande  desafio: o de intervir na diversidade de metodologias , para atender pedagogicamente crianças , denominadas atualmente com termo geral “autismo” refere-se as crianças com limitações e dificuldades cognitivas.
De modo geral, tornou-se preocupação dos educadores o estudo de práticas pedagógicas para identificar os casos precocemente e para trabalhar com estes alunos, inseridos no âmbito e escolar.  E neste ambiente as crianças com diagnóstico de autismo estão cada vez mais presentes em todos os setores da sociedade, entre os quais se inclui a escola, seja ela especial ou regular, exigindo, não só o acolhimento, mas também o seu direito de aprender e compartilhar efetivamente das atividades essenciais à vida escolar. Enfim, a família e tem importância fundamental para a obtenção e garantia de direitos. 
De acordo com Sassaki (1999, p. 41)" inclusão social pode ser conceituada como sendo o processo pelo qual a sociedade se adapta para poder incluir, em seus sistemas sociais gerais, pessoascom necessidades especiais e, simultaneamente estas se preparam para assumir seus papéis na sociedade. A inclusão social constitui então um processo bilateral no qual as pessoas, ainda excluídas, e a sociedade buscam, em parceria, equacionar problemas, decidir sobre as soluções e efetivar a equiparação de oportunidades para todos."
Existem pontos fundamentais para a inclusão de uma criança autista na escola, para isso é fundamental que todos os envolvidos, família, amigos e escola, os tratem normalmente, tentando entendê-los na sua forma de ser, proporcionando tratamento em todas as áreas que precisem.
Certamente deveria haver mudanças não só curriculares, mas fundamentalmente nas atitudes no que diz respeito às pessoas envolvidas neste processo. (NASCIMENTO, 2007).
Segundo Schwartzman e  Assunção Junior
Quanto mais significativo para a criança forem os professores, maiores serão as chances dela promover novas aprendizagens, ou seja, independente da programação estabelecida, ela só ganhará dimensão educativa quando ocorrer uma interação entre o aluno autista e o professor (SCHWARTZMAN E ASSUNÇÃO JUNIOR, 1995).
 De acordo com estudo sobre o tema , é necessário garantir  que pais e educadores de autistas, encontram com três caminhos, os quais é fundamental: em que  o primeiro é conhecer  o autismo;  e o segundo admitir o aspecto do autismo e por último, seria a parceria de diálogo mútuo com pais, profissionais e pessoas que estejam envolvidas com a questão e tentam conviver da melhor maneira possível.
O apoio dos pais e professores é fundamental para o desenvolvimento social e intelectual do aluno, buscando interação entre os mesmos facilitando a aprendizagem é desenvolvimento em casa e em sala de aula e por isso que as técnicas desenvolvidas no tratamento de crianças autistas são de grande relevância, porém existem alguns aspectos que se levados em consideração podem aumentar a eficácia do tratamento e elevar a possibilidade do autista alcançar a tão buscada independência no que diz respeito às atividades diárias. 
A família é peça fundamental para o desenvolvimento da criança, o apoio e a colaboração é essencial para se manter o equilíbrio emocional. Ter um filho é um dos melhores acontecimentos para qualquer pessoa, os vínculos afetivos entre filhos e pais são tão intensos quanto as emoções que se põe em jogo. (Coll, C. et al., 1995, p.248).
Costuma-se definir aprendizagem dizendo que se trata de uma mudança de comportamento, e aqui precisamos entender comportamento no sentido mais amplo que esta palavra possa ter. (FALCÃO, 1986, p.30).
Quando os pais recebem a notícia que seu filho é uma criança com Autismo, muitas vezes é um choque. Por que enquanto estão aos cuidados da família, notam as diferenças, mas acham normal. (Tiba, 2002, p.153).
O professor precisa estar bem informado sobre possíveis comportamentos dessa criança para que não tumultue o ambiente da sala de aula, induzindo os outros alunos ao mesmo comportamento.
De acordo com (Silva, 2009, p.70)
"O professor que desconhece o problema pode acabar concluindo que essa criança é irresponsável ou rebelde, pois em um dia pode estar produtiva e participativa, mas no dia seguinte simplesmente não prestar atenção a nada e não levar a cabo os deveres. Acaba por atrair bastante atenção do professor, mas uma atenção um tanto negativa". (SILVA, 2009, p.70). 
O professor será um constante vigia desta criança, precisará estar sempre em contato com ele, quando se comunicar, seja para elogiar ou dar broncas, procurar olhar sempre nos seus olhos, para se sentir confiante e útil em sua sala de aula.
Diante de tantas mudanças, professores e instituições escolares estão perante um grande desafio, o de intervir na diversidade, para conseguir trabalhar pedagogicamente crianças e adolescentes, com diagnóstico de "autismo". 
É preciso que os educadores tenham uma sensibilidade aguçada para o convívio com alunos autistas, pois essa ligação entre professor e aluno tem que ser alicerçada na confiança, segurança e no respeito de ambos. Um aluno se sente amparado quando se tem o professor como seu protetor e lhe passa a certeza de que está sendo atendido por alguém que quer seu bem. Os professores precisam estar aptos para atender de uma forma que o aluno aprenda e que se sinta a vontade com toda a classe. 
Além da preparação dos professores, a escola tem que proporcionar o envolvimento de todos os alunos, o estudo e a celebração da diversidade, os currículos, métodos e materiais com adaptações para as necessidades especiais, parceria ativa com os pais e suporte suficiente para estudantes e equipe da escola.É através da escola que a sociedade passa a adquirir novos hábitos, novos fundamentos que servem para modificar antigos paradigmas sobre a inclusão das pessoas com necessidades especiais, colaborando e adaptando em nome da integração.
 Além do apoio dos professores, é necessário a conscientização da sociedade. Mostrando assim a maneira de como ver as coisas, de estarem atentos, os alunos com necessidade requer mais apoio, com, por exemplo, o acompanhamento do profissional, o mesmo s não tiver na escola tem que ser fora. E a conscientização é o mais importante de todos para que a sociedade conviva com o ser diferente. 
 A declaração de Salamanca defende uma formação de educadores voltadas para o atendimento especializado, ou seja, a Educação Especial, alcançada por meio de curso de especialização. (SALAMANCA, 1994).
Precisamos nos lembrar de que para uma família quando recebe o diagnóstico que seu filho tem autismo certamente é um choque como seria em qualquer deficiência. Para Gómez e Terán (2014), de certa forma a criança passa a ser o centro das atenções uma vez que terão que prender a lidar com ela para resto da vida, tornando-se simbolicamente uma “família com autismo”.                       
"O que significa dizer que uma família tem autismo? Significa que ela terá que aprender uma forma diferente de comunicação, uma maneira diferente de se relacionar socialmente: abrirá uma nova dimensão para sentir, controlar e pensar a vida." (GÓMEZ E TERÁN,2014; p.529)
Sendo assim, quando chega na idade escolar a  parceria se faz necessária de um modo efetivo, pois, será preciso um esforço em conjunto entre a equipe pedagógica e a família do aluno, para que se desenvolva métodos adequados de aprendizagem e as diretrizes de comportamento a serem aplicadas para o desenvolvimento do aluno.
	8. ETAPAS DE REALIZAÇÃO COM SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM
1° ETAPA
Os alunos autistas respondem bem aos ambientes organizados, portanto, o professor deve organizar a sala de aula de modo que consiga ensinar os alunos, e ao mesmo tempo incluir o aluno com autismo.
 1. A organização do espaço da sala de aula é algo primordial para o aluno autista, é preciso organizar e mantê-la quase que do mesmo jeito todos os dias, a mudança repentina para o aluno com autismo, é algo que poderá gerar transtornos.
2.Rotina diária, criar um quadro com a rotina de todas as atividades do dia-a-dia escolar, assim costuma-se resolver grande parte dos comportamentos inesperados de uma criança autista.
3. Horários, ensinando a passagem do tempo. Construir um relógio com a turma ensinado as horas e o tempo para cada atividade.
4. Ensinar o mês, dia e ano com materiais concretos, construir um calendário com EVA e velcro para que a criança possa manusear, o professor poderá guiar as mãos da criança para se fazer a atividade.
5. Contação de histórias- fazer um momento lúdico com contação de história onde o aluno incluso pode participar e se sentirá parte a equipe podendo assim vivenciar.
2° ETAPA
O projeto em destaque será desenvolvido com a utilização de práticas diferenciadas, contando com o apoio de toda a comunidade escolar para que os objetivos propostos sejam alcançados, criando assim uma relação também entre a escola e a comunidade ao entorno, ultrapassando as paredes da sala de aula. Essa relação de parceria é importante para todos, pois promove aos alunos uma educação mais solidária edemocrática, baseada no seu perfil, podendo traçar estratégias que venham a agregar na formação e no seu desenvolvimento estudantil.
Durante a execução do projeto, pretende-se utilizar as seguintes estratégias:  
A)  Inicialmente a professora apresentação de vídeo da canção da música “Seu Lobato”
B) Na sequência, Ouvirá a música “A Turma do Seu Lobato”, através do Dastashow;
C) Cantar a música com frequência nas aulas, utilizando o cenário confeccionado;
D) Destacar o nome de cada animal e o som que produzem;
E)  Fazer com que as crianças imitem cada animal;
F)  Adaptei os versos para incluir sons de fala que a pessoa tem dificuldade para articular. Eu cantei “Era ‘t-t-t’ prá cá, era ‘t-t-t’ prá lá, ia ia iou” e  os alunos que tiveram dificuldade  pronunciam o “T”. Eu cantei e convidei os alunos para cantar comigo.
G)  Na canção “Seu lobato tinha um sítio” Eu   cantei: “era ‘t-t-t’ prá cá, era ‘t-t-t’ prá lá, era ‘t-t-t’ prá todo lado ia, ia ,iou” Utilizei as letras do alfabeto para  que os  alunos autista  pronuncie ou balbucie.
H)  Fazer a correspondência entre o nome dos animais com as figuras correspondentes.
I) Jogo da memória com os respectivos animais da “ Turma do Seu Lobato”
 3° ETAPA
 Iremos trabalhar nesse projeto as brincadeiras livres e dirigidas que serão realizadas no pátio interno e externo da escola.
A brincadeira livre levará brinquedos diversos para as crianças brincarem no pátio como bonecas, carrinhos, bolas, sempre com observação das educadoras. Brincadeiras livres levam a criança usar a imaginação, o faz de contas, sociabilidade, e interação entre elas. Essas brincadeiras deverão ser organizadas pela professora Doralice, quem será a outra professora? da sala, com crianças de três e quatro anos.
O planejamento das brincadeiras livres será organizado de acordo com o cronograma de atividades da instituição. Podendo usar músicas como por exemplo cd de musicas infantil variadas e etc.
Nas brincadeiras dirigidas os educadores deverá organizar com cantigas de rodas, danças da cadeira, pular cordas, brincar com bambolê sempre com auxilio das educadoras nesse processo.
Na etapa seguinte deste projeto de ensino as atividades deverão ser organizadas dentro do espaço da sala de aula. Como contação de histórias, o educador deverá criar cantinhos para que as crianças brinquem, por exemplo, cantinho da beleza, cantinho da fantasias,ver concordância cantinho dos livros.
· Dinâmicas de Grupo, leituras variadas e Produção de Textos;
·  Palestras  com os pais e responsáveis;
· Confecção de faixas, frases e bandeiras sobre o tema para serem usados durante as aulas
· Passeata pela cidade, com faixas, bandeiras e músicas sobre o tema;
	9. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DO PROJETO DIDÁTICO
CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO
Item
Atividade
MÊS
Fev
Mar
Abr 
Mai
Jun
Ago
Set
Out
Nov 
Dez 
1
Pesquisa sobre o tema
X
2
Planejamento e implementação do projeto.
X
3
1° Etapa -  Organização e adaptação do espaço.
X
X
X
4
2° Etapa - Trabalhar a música do Seu Lobato.
X
X
X
5
3° Etapa - Brincadeiras livres e dirigidas.
X
X
X
6
Avaliação e reflexão das ações propostas no projeto.
X
X
X
	10. AVALIAÇÃO DO PROJETO DIDÁTICO
A avaliação faz -se necessário durante todo o processo de aplicação do projeto, onde versa se a participação, observação e realização de atividades propostas bem como o envolvimento e interesse dos alunos. Sendo fundamental fazer uma analisa do trabalho realizado, verificando se houve aprendizado e, se as metodologias propostas trouxeram resultados.  Verificar se houve a interação entre a equipe pedagógica, pais e filhos e se esta interação foi significativa para atingir os objetivos propostos.
Hoje, o objetivo da avaliação do projeto é perceber se o aluno compreendeu o que lhe foi passado e onde poderá ser aplicado tal conhecimento, diferente dos métodos antigos onde avaliar basicamente resumia-se a separar a classe entre alunos bons e ruins. Se o aluno compreende além de aprender,  certamente fará melhor uso do aprendizado e será incentivado a tomar gosto pelo conhecimento.
A avaliação será feita através de observação e registro do envolvimento das crianças nas atividades propostas, na mudança de atitudes frente a situação exposta, na realização de atividades  em grupo ou individual. E também por meio de acompanhamento efetivo.
O método de ensino é a maneira pela qual o professor organiza as atividades para atingir a aprendizagem da criança, compreendendo as estratégias, ações e procedimentos adotados que estão vinculados à reflexão, compreensão e transformação da realidade.
A avaliação se dará através caráter formativo, que se dá mediante a observação e o registro do educador sobre os processos de aprendizagem e desenvolvimento das ações desenvolvidas com as crianças, bem como da qualidade das interações estabelecidas entre criança e criança, criança – adulto.
	11. REFERÊNCIAS
Autismo informação gerando ação: tudo azul. <Disponível em: http://www.revistaautismo.com.br/RevistaAutismo001.pdf> acesso em: 02 de Novembro de 2019. 
BRASIL. Lei 12.764, de 27 de dezembro de 2012. Institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista; e altera o § 3º do art.98 da Lei nº 8.112, 11 de dezembro de 1990. <Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12764.htm> acesso em: 20 de Setembro de 2019. 
Coll, C. et al. DESENVOLVIMENTO PSICOLÓGICO E EDUCAÇÃO: necessidades educativas especiais e aprendizagem escolar. vol. 3. Porto Alegre: Artmed, 1995.
CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Câmara de Educação Básica. Resolução CNE/CEB nº 4, de 2 de outubro de 2009. Diário Oficial da União, Brasília, 14 de setembro de 2001. Seção 1E, p. 39-40. <Disponível em: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rceb004_09.pdf> 
DECLARAÇÃO DE SALAMANCA: Sobre Princípios, Políticas e Práticas na Área das Necessidades Educativas Especiais <Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf > acesso em: 10 de Outubro de 2019.
DINIZ, M. Inclusão de pessoas com deficiência e/ou necessidades específicas: avanços e desafios. 1ª edição. Belo Horizonte. Autêntica. 2012. Disponível em: Biblioteca Pearson (Unimes) FARIAS, T. C. B., JULIO, D. A. F., Tecnologias Assistivas na educação de crianças autistas. 
FALCÃO, G. M., Psicologia da Aprendizagem. São Paulo: Ática, 1986.
GAUDERER, E. C. Autismo e outros atrasos do desenvolvimento. Rio de Janeiro: Ed.: Revinter, 1997.
GÓMEZ, A. M. S. & TERÁN, N. E. Transtornos de aprendizagem e autismo. São Paulo: Ed. Grupo Cultural, 2014.
MANTOAN, M. T. E., Caminhos pedagógicos da inclusão: como estamos implementando a educação (de qualidade) para todos nas escolas brasileiras. São Paulo: Memnon, 2001. 
MANTOAN, M. T. E., Inclusão escolar. O que é? Porquê? Como fazer? – São Paulo: Summus, 2015. <Disponível em: Biblioteca Pearson (Unimes)>.
MEC/SECADI Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva.
NASCIMENTO, L.M. Educação Especial. Centro Universitário Leonardo da Vinci. Indaial: Asselvi, 2007.
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