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Preparo para coroas totais em posteriores

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DENTÍSTICA III - BLOCO 2 - AULA 1 - PREPARO PARA COROA TOTAL POSTERIOR 
 
Existem alguns princípios de preparo que devem ser levados em conta na hora de fazer o preparo de molar: princípios 
biológicos, mecânicos e estéticos. 
 
Os princípios biológicos giram em torno de preservar estrutura dentária. 
*o preparo dentário mudou. Hoje em dia se puder evitar o preparo de coroa total, deve-se evitar, faz-se apenas 
preparo parcial. Porém para se fazer preparo parcial, deve saber fazer preparo total. 
 
Deve-se saber qual o material vai ser utilizado na restauração. NUNCA se faz o preparo e depois pensa qual o material 
que será utilizado. Então, deve saber qual o material a ser utilizado antes de começar a preparar. 
 
Às vezes pensamos: dente posterior estética não importa. Importa! Para algumas pessoas importa muito. 
 
Então dentro desses princípios devemos preparar o dente para que, principalmente, ele resista à carga mastigatória, 
tanto o remanescente quanto à nova restauração. 
 
Fazer uma restauração total metálica, o desgaste é muito menor porque só tem a camada de metal e o metal tem uma 
resistência mecânica razoável para aguentar mesmo com pouca espessura. 
 
Uma coroa total de metal vai ter uma espessura em torno de 1,0 mm. Só que é possível notar que as cúspides tem 
diferentes espessuras de desgaste. Uma possui 1,5 mm e outra 1,0 mm. Isso acontece porque temos a cúspide de 
trabalho e de balanceio. A cúspide de trabalho é aquela que efetivamente recebe a carga da mordida. Então para que 
o dente tenha uma resistência mecânica superior e a restauração tenha mais resistência também se faz um desgaste 
um pouquinho maior na cúspide de trabalho. 
Nos dentes superiores a cúspide de trabalho é a palatina, enquanto nos inferiores é a vestibular (VIPS). 
 
Ao se fazer uma metalocerâmica, a restauração possui uma base metálica. Sobre esse metal o técnico não consegue 
aplicar a porcelana e mascarar a cor porque o cinza do metal acaba aparecendo. Então o técnico precisa aplicar um 
opacificador, que é uma tinta na qual pintará o metal de branco e por cima disso irá aplicar a porcelana. Por conta 
disso, temos uma espessura maior na vestibular onde o técnico precisa ter esse cuidado estético do que na 
lingual/palatina. 
 
Quando se faz uma coroa total cerâmica, todas as espessuras são as mesmas. 
 
Essas alturas de desgaste não são regras completamente imutáveis, porque existem cerâmicas hoje que conseguem 
ser trabalhadas mais finas e com maior resistência. Existem cerâmicas que pode ser trabalhadas, por exemplo, com 
1,5mm ao invés de 2mm. 
 
*O preparo em que se tira menos estrutura dentária é o metal puro. 
 
Retenção x Resistência 
Retenção diz respeito ao conceito de evitar que a restauração saia pelo eixo por onde ela entrou. 
Resistência é o conceito em que diz respeito à como o atrito entre a restauração e o preparo possa impedir que ela 
seja deslocada ou saia de dentro do preparo. 
 
Forma de Retenção 
Paredes do eixo de inserção devem ser suavemente paralelas para 
evitar esse deslocamento. A retenção vai fazer com que a restauração 
fique atritando contra a estrutura do dente e fazendo com que se 
tenha uma resistência à remoção. 
 
Normalmente buscamos com a própria ponta diamantada uma 
convergência oclusal que gira em torno de 18 graus. O preparo não 
pode ter a parede extremamente paralela, deve ser levemente 
convergente para oclusal para que se consiga colocar a restauração 
e tirá-la depois. 
 
 
 
 
 
 
*Quanto menos paralelo e mais cônico, menos a restauração 
ficará retida. 
 
 
 
 
 
*O contato as paredes internas da altura preparada irá 
influenciar na fricção do provisório/coroa com o preparo. Isso 
significa que um preparo com menor altura irá ser menos 
retentivo. Porém, deve existir um balanceio, porque um 
preparo muito comprido, onde não foi feita a retirada incisal, 
não vai ter material suficiente, restauração ficará muito fina 
e com menos resistência. 
Ocasionalmente é indicado para aumentar área de atrito 
quando o preparo está curto criar uma canaleta (sulco para 
impedir que haja deslocamento da prótese). 
 
Eixo de inserção é a direção que a peça vai ser inserida na boca. 
Um erro comum é entrar com a ponta angulada. 
 
Quando o paciente já chega com o dente muito curto, seja quebrado ou 
porque perdeu estrutura por outra restauração faz um preenchimento 
anteriormente. 
 
 
COROA TOTAL METÁLICA 
- Está caindo em desuso, mas ainda é indicada em camadas sociais com menor renda; 
- É um bom material, apesar de não ser estético; 
- Apresenta alta resistência mecânica; 
- Tem um melhor retenção quando preparada em preparo parcial; 
- Tem um menor necessidade de desgaste comparada a uma 
metaloplastica/metalocerâmica; 
- Indicada para região posterior. 
 
Desvantagens: 
- Estética; 
- Dificuldade em confeccionar coroa provisória. 
 
COROA METALOCERÂMICA 
- Alta resistência mecânica; 
 
Desvantagens: 
- Precisa desgastar mais. 
 
COROA LIVRE DE METAIS OU METAL FREE 
- Alta resistência mecânica; 
- Ótima estética; 
 
Desvantagens: 
Muito desgaste. 
 
O término deve ser na altura da gengiva. Se o término é feito abaixo do nível gengival corre-se o risco de invadir o 
espaço biológico. Ao invadir o espaço biológico pode ser causada retração gengival, inflamação frequente, risco de 
retenção de cimento na área abaixo do sulco gengival. Já quando se trabalha acima do nível gengival pode ter na linha 
de cimentação um acúmulo maior de placa, linha de cimentação visível para o paciente. 
Sempre que possível terminar o preparo em esmalte, porque a adesão em esmalte é muito melhor do que em dentina. 
Logo, se o paciente tem retração gengival, deve-se fazer o preparo até a junção amelocementária. 
 
Metalocerâmica: suavemente subgengival, para que a cinta (pequeno pedaço de metal que aparece na coroa 
metalocerâmica) fique abaixo do nível da gengiva. 
 
TÉRMINO EM OMBRO x TÉRMINO EM CHANFRO 
- São ângulos dados pela própria ponta diamantada. 
 
Término em chanfro: mais suave, mas o ângulo formado é um pouco maior. 
Término em ombro: mais definido. 
 
Chanfro: linha de término designada para preparos dentais que o encontro das paredes 
gengival e axial formam um ângulo obtuso. 
*obtuso= maior que 90 graus. 
Ombro: término onde temos um ângulo quase reto. 
 
Indicações: 
Ombro: porcelana 
Chanfro: metalocerâmica 
 
PREPARO PARA DENTES POSTERIORES 
1. Delimitação do término com ponta 1014 
2. Sulcos de orientação com ponta tronco-cônica nos terços médio e cervical 
3. Fazer a delimitação na palatina 
4. Sulcos de orientação na palatina 
5. Marcar a parte mais alta e a mais baixa da cúspide: entrar tanto no sulco, quanto na aresta. Fazer isso em 
todas as cúspides. 
6. Fazer rompimento do ponto de contato. Usar matriz metálica para proteger dente vizinho. 
7. Unir sulcos de orientação 
8. Biselamento da cúspide de trabalho

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