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Módulo Locomoção - Problema 1 - Anatomia da Perna, Fisiologia da Contração Muscular, Tipos de Músculo e Fibras Musculares

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Thaís Pires 
1 Locomoção 
Problema 1 
1. Anatomia da perna (ossos, músculos e nervos) e joelho; 
Organização da Perna – os ossos da perna – tíbia e fíbula – unem-se ao joelho e ao tornozelo; existem 3 
compartimentos fasciais (anterior, lateral e posterior) que são formados a partir dos septos intermusculares anterior 
e posterior 
 Tíbia – osso vertical que possui FACES: MEDIAL, LATERAL/INTERÓSSEA e POSTERIOR - seus pontos de 
articulação possuem dilatações (côndilos medial e lateral = PLATÔ TIBIAL) para o contato superiormente com o côndilo 
do fêmur e inferiormente com o tálus do pé, portanto possui localização ANTEROMEDIAL → as faces articulares do 
platô tibial são separadas por uma EMINÊNCIA INTERCONDILAR que se dá pela junção dos TUBÉRCULOS 
INTERCONDILARES, que encaixam na fossa intercondilar do fêmur – essa região é o local de fixação dos MENISCOS e 
LIGAMENTOS do joelho, o que firma a união tíbia-fêmur / no CÔNDILO LATERAL em sua face anterolateral há uma 
PROJEÇÃO ANTEROLATERAL = TUBÉRCULO DE GERDY, local para fixação do espessamento da fáscia da região lateral 
da coxa – já na região POSTEROLATERAL, há uma face articular para a FÍBULA 
A margem anterior e a face medial são chamadas de CANELA, notadamente SUBCUTÂNEAS → na margem ANTERIOR 
na região superior, há a tuberosidade da tíbia, local de fixação distal do LIGAMENTO DA PATELA / a EXTREMIDADE 
DISTAL da tíbia é mais afilada e, em sua porção final, possui uma DILATAÇÃO MEDIAL = MALÉOLO MEDIAL que se 
articula com o tálus / a MARGEM INTERÓSSEA/LATERAL é afilada e o local de inserção da MEMBRANA INTERÓSSEA 
que une tíbia-fíbula / na região posterior proximal, há a formação da LINHA DO MÚSCULO SÓLEO, uma crista diagonal 
que termina distalmente no FORAME NUTRÍCIO (passagem da artéria) 
 Fíbula – situada posterolateralmente à tíbia e firmemente aderida à ela pela SINDESMOSE TIBIOFIBULAR = 
membrana interóssea – ao contrário da tíbia, não tem função de sustentação de peso, mas sim de inserção e origem 
muscular / a extremidade DISTAL é alargada e prolongada com relação à tíbia, formando o MALÉOLO LATERAL, 
componente da articulação TALOCRURAL / na regição proximal, a fíbula consiste em uma CABEÇA (ápice pontiagudo 
que se articula com a tíbia) e um COLO – o CORPO DA FÍBULA é torcido e 
marcado por acidentes ósseos de inserção muscular 
 
Compartimento Anterior da Perna – localizado anteriormente à membrana 
interóssea e delimitado anteriormente pela fáscia muscular da perna (densa 
superiormente para a fixação proximal do musculo profundo a ela) e pele → 
é um compartimento relativamente PEQUENO (2 ossos e membrana 
interóssea), sendo mais suscetível às síndromes de compartimento / na 
região DISTAL, existem 2 espessamentos da fáscia que formam → 
RETINÁCULO SUPERIOR DOS MUSCULOS EXTENSORES (segue da fíbula até a 
tíbia, proximal aos maléolos) e RETINÁCULO INFERIOR DOS MÚSCULOS 
EXTENSORES (forma de Y que fixa-se ao calcâneo) 
Thaís Pires 
2 Locomoção 
 Músculos do Compartimento Anterior – tibial 
anterior, extensor longo dos dedos, extensor longo do hálux e 
fibular terceiro → são todos músculos de inserção ANTERIOR 
À ARTICULAÇÃO TALOCRURAL, funcionando como 
DORSIFLEXORES DA ARTICULAÇÃO – eleva o pé e abaixa o 
calcanhar→ importante no BALANÇO DA MARCHA 
Tibial Anterior – mais medial e superficial localizado contra a 
face lateral da tíbia – seu tendão começa na metade da perna 
e desce ao longo da face anterior dela profundamente aos 
retináculos, se inserindo no dorso do pé 
Extensor Longo dos Dedos – o mais lateral, com fixação no 
côndilo lateral da tíbia e na face medial da fíbula – na região 
distal, acima do tornozelo, ele torna-se TENDÍNEO, formando 
4 tendões para fixação nas falanges 
Fibular terceiro – é uma parte separada do extensor longo dos dedos – sua fixação proximal é contínua com o ELD, 
mas distalmente torna-se SEPARADO e fixa-se ao 5º METATARSO, i.e., é mais lateral – esse musculo nem sempre está 
presente 
Extensor Longo do Hálux – fino e situado profundamente ao TA e ao ELD, mas eleva-se no terço distal da perna, 
passando profundamente aos retináculos dos músculos extensores → termina no hálux 
 Nervo do Compartimento Anterior – essencialmente o NERVO FIBULAR PROFUNDO, ramo do fibular comum, 
localizado entre o FIBULAR LONGO e o COLO DA FÍBULA – acompanha o TA e o ELD inicialmente, passando para TA e 
ELD, por onde sai do compartimento e inerva os músculos intrínsecos do pé → sua lesão causa a incapacidade de 
DORSIFLEXÃO – marcha escarvante 
 Artéria do Compartimento Anterior – composto pela ARTÉRIA TIBIAL ANTERIOR, o menor ramo da artéria 
poplítea, posterior, que passa para anterior por meio de uma abertura na membrana interóssea → desce por TA e ELD 
/ na articulação talocrural, muda de nome para ARTÉRIA DORSAL DO PÉ 
 
Compartimento Lateral – é o mais estreito de todos – limitado pela face lateral da fíbula, septos intermusculares 
anterior e posterior e a fáscia muscular da perna → termina inferiormente acima do retináculo superior dos músculos 
fibulares – seus dois músculos, FIBULARES LONGO E CURTO, unem os dois tendões no retináculo e entram em uma 
bainha sinovial comum 
 Músculos do Compartimento Lateral – fibulares longo e curto – seus ventres então no compartimento lateral, 
mas são tendíneos quando saem do compartimento para a bainha profundamente ao retináculo superior dos 
músculos fibulares → MÚSCULOS EVERSORES DO PÉ, i.e., levantam a margem lateral do pé, mas também funcionam 
como sustentadores na marcha 
Músculo Fibular Longo – o mais longo e superficial dos dois, originando-se acima no corpo da fíbula → vai da cabeça 
da fíbula à planta do pé 
Músculo Fibular Curto – fusiforme e profundamente ao FL – seu tendão forma um sulco na face posterior do maléolo 
lateral → fixação no 5º metatarso 
 Nervos do Compartimento Lateral – NERVO FIBULAR SUPERFICIAL, ramo do fibular comum – depois de suprir 
o FL e FC, ele torna-se um nervo cutâneo no dorso do pé 
 Vasos do Compartimento Lateral – não é atravessado por artéria, mas por ramos perfurantes da artéria tibial 
anterior 
 
Compartimento Posterior – compartimento flexor plantar – é o MAIOR de todos, sendo dividido pelo SEPTO 
INTERMUSCULAR TRANSVERSO em músculos PROFUNDOS (menor e limitada pelos mesmos do anterior – 2 ossos e 
membrana interóssea) e SUPERFICIAIS (maior e menos limitada) 
 Músculos Superficiais – gastrocnêmio, sóleo e plantar – os dois primeiros possuem o TENDÃO CALCÂNEO EM 
COMUM, que juntos formam o MUSCULO TRÍCEPS SURAL, responsável por elevar o calcanhar e abaixar a parte 
anterior do pé → esse TENDÃO CALCÂNEO = AQUILES é o mais forte do corpo, sendo uma continuação da aponeurose 
que recebe fibras do músculo gastrocnêmio e sóleo 
Thaís Pires 
3 Locomoção 
Gastrocnêmio – mais superficial do posterior, forma a parte proeminente da panturrilha – músculo fusiforme com 
duas cabeças que unem-se na fossa poplítea, fibras de contração rápida – esse músculo cruza as articulações do joelho 
e do tornozelo 
Sóleo – localizado profundamente ao gastrocnêmio e chamado de “burro de carga” da flexão plantar – fixação 
proximal em forma de U invertido na parte posterior da fíbula e tíbia, com um ARCO TENDÍNEO ENTREA ELAS = ARCO 
TENDÍNEO DO MÚSCULO SÓLEO, por onde passa a artéria poplítea e o nervo tibial 
Plantar – músculo pequeno de ventre curto e tendão longo, que pode ser confundido com um nervo (nervo de calouro) 
– músculo vestigial – considerado um órgão de propriocepção para os maiores 
 Músculos Profundos – poplíteo, flexor longo dos dedos, flexor longo do hálux e tibial posterior – o poplíteo 
atua sobre a articulação do joelho, enquanto que os outros fazem FLEXÃO PLANTAR e outros continuam o movimento 
flexionando os dedos 
Músculo Poplíteo – fino e triangular, compondo o assoalho da fossa poplítea - sua fixação proximal ocorre no côndilo 
lateral do fêmur e no menisco lateral – o ápice carnoso do seu ventre emerge da capsulaarticular do joelho → fixação 
distal na tíbia / a BOLSA DO POPLÍTEO localizada profundamente ao tendão dele 
Músculo Flexor Longo do Hálux – potente flexor das articulações do hálux – seu tendão segue posteriormente a 
extremidade DISTAL DA TÍBIA, cruza o flexor longo dos dedos na planta do pé 
Músculo Flexor Longo dos Dedos – menor que o FLH, segue pela planta do pé 
Músculo Tibial Posterior – o mais profundo do compartimento posterior, situado entre FLD e FLH – fixa-se distalmente 
ao navicular e a outros ossos tarsais 
 Nervos do Compartimento Posterior – ramo do nervo isquiático, o NERVO TIBIAL segue trajeto vertical através 
da poplítea e, junto com a artéria poplítea, atravessa o gastrocnêmio e passa pelo arco tendíneo sóleo → supre todos 
os músculos posteriores 
 
Joelho – inclui as proeminências da parte distal do fêmur e da tíbia (côndilos), a cabeça da fíbula e a patela + 
articulações dessas estruturas = REGIÃO GENICULAR POSTERIOR = fossa poplítea 
 Articulação do Joelho – articulação sinovial em gínglimo, o que permite flexão e extensão → essa articulação 
é uma soma da ARTICULAÇÃO FEMOROPATELAR + FEMOROTIBIAL LATERAL + FEMOROTIBIAL MEDIAL, i.e., a fíbula 
não participa dessa articulação – é considerada uma articulação FRACA, sendo a sua estabilidade proveniente da 
MUSCULATURA (quadríceps femoral) 
Cápsula Articular – composta por uma CAMADA FIBROSA EXTERNA (pode espessar para formar ligamentos 
intrínsecos) e a MEMBRANA SINOVIAL INTERNA – a fibrosa fixa-se superiormente no fêmur envolvendo os côndilos e 
a fossa intercondilar / a membrana sinovial reveste tudo o que contém o líquido sinovial e fixa-se na periferia da 
cartilagem que cobre os côndilos → na região posterior, ela reflete-se anteriormente para a região intercondilar, 
cobrindo o LCA e LCP e o corpo adiposo infrapatelar – isso cria uma PREGA SINOVIAL INFRAPATELAR 
Ligamentos Extracapsulares – 5 – ligamento da patela (parte distal do tendão do quadríceps), colateral fibular (face 
laterla da cabeça da fíbula), colateral tibial (ligado ao menisco), poplíteo oblíquo (tendão que reforçaa cápsula 
posteriormente) e poplíteo arqueado (tendão que reforçaa cápsula posteriormente) 
Ligamento Intra-articulares – ligamentos cruzados e meniscos – os CRUZADOS cruzam-se dentro da capsula articular, 
mas fora da cavidade sinovial, formando um EIXO PARA MOVIMENTOS GIRATÓRIOS – mantem contato com as faces 
articulares do fêmur e da tíbia na flexão → LCA – o mais fraco, originado na área intercondilar anterior da tíbia e fixa 
na parte posterior da face medial do côndilo femural / LCP – mais forte – área intercondilar posterior da tíbia e fixa na 
anterior lateral do condilo do fêmur/ MENISCOS – são laminas de fibrocartilagem em forma de meia lua na face 
articular – são mais espessos externamente e fixam-se na área intercondilar da tíbia 
 Vascularização – 10 vasos que formam a REDE ARTICULAR DO JOELHO 
 Inervação – os nervos que suprem os músculos que atuam sobre a articulação também suprem a articulação 
2. Explicar a fisiologia da contração muscular; 
Antes de tudo, é importante entender a ANATOMIA DA FIBRA MUSCULAR, para compreender a fisiologia da 
contração – sarcolema, sarcoplasma, retículo sarcoplasmático → no músculo ESTRIADO, há as MIOFIBRILAS, que são 
feixes organizados de proteínas contráteis e estão envolvidas por RETICULO SARCOPLASMÁTICO (junção de tubos 
longitudinais com uma dilatação terminal = CISTERNA TERMINAL – esse RS é repleto de CÁLCIO, que é sequestrado 
do sarcoplasma por Ca2+-ATPase da membrana → esse cálcio, quando liberado, é fundamental na CONTRAÇÃO DE 
QUALQUER TIPO DE MÚSCULO 
Thaís Pires 
4 Locomoção 
As cisternas terminais dos RS estão intimamente relacionadas com uma 
rede de TUBULOS TRANSVERSOS = TÚBULOS T, que são projeções do 
sarcolema, portanto esses túbulos são preenchidos por líquido extracelular 
– assim, 2 cisternas + túbulo T = TRÍADE – essa conformação dos túbulos 
permite que o potencial de ação se mova RAPIDAMENTE da superfície-
interior, alcançando as cisternas ao mesmo tempo 
Entre as MIOFIBRILAS, o citosol é repleto de GLICOGÊNIO (reserva 
energética animal) e MITOCÔNDRIAS (fornece enzimas para a fosforilação 
oxidativa → ATP → contração) 
Miofibrilas – cada FIBRA MUSCULAR (célula de músculo) possui diversas 
miofibrilas, que são PROTEÍNAS CONTRÁTEIS organizadas em estruturas chamadas SARCÔMEROS → proteínas das 
miofibrilas: Miosina (proteína motora – filamento grosso); Actina (microfilamento – filamento fino); proteínas 
reguladoras Tropomiosina e troponina; proteínas acessórias gigantes titina e nebulina 
 Miosina – capaz de produzir movimento – existe em diversas fibras musculares, variando com a VELOCIDADE 
DE CONTRAÇÃO – é formada por cadeias proteicas que se entrelaçam, formando uma LONGA CAUDA (rígida, imóvel) 
e DUAS CABEÇAS (região flexível) → essa cabeça é composta por uma cadeia LEVE menor e uma cadeia PESADA maior 
– a pesada é a capaz de “LIGAR O ATP”, i.e., usar a energia proveniente da quebra da ligação, por isso é chamada de 
DOMÍNIO MOTOR (como é quase uma enzima, é considerada uma MIOSINA – ATPase) / a miosina se agrupa em 
conjuntos de 250, mais ou menos, formando o FILAMENTO GROSSO, que possui a cauda mais central e as cabeças, 
com articulação para actina, mais 
laterais 
 Actina – responsável por 
formar os filamentos finos – quando 
isolada, a actina é uma PROTEINA 
GLOBULAR (actina G) –quando elas se 
POLIMERIZAM formando a actina F – 
no músculo esquelético, dois 
polímeros de actina F se enrolam para 
formar o FILAMENTO FINO 
 
Esses filamentos grossos e finos estão dispostos em PARALELOS e são conectados por LIGAÇÕES CRUZADAS DE 
MIOSINA, que são a união de uma ACTINA G e um DOMÍNIO MOTOR → essas ligações estão em dois estados: BAIXA 
ENERGIA (relaxado) e ALTA ENERGIA (contraído) 
Ao microscópio, esse arranjo de FILAMENTOS na miofibrila gera um padrão alternado de BANDAS CLARAS E ESCURAS, 
que quando formam uma repetição → SARCÔMERO = UNIDADE CONTRÁTIL DA MIOFIBRILA 
DISCOS Z – é uma região de ziguezague entre os filamentos finos – são 2 DISCOS Z POR SARCÔMERO 
BANDA I – coloração mais CLARA e ocupada pelos FILAMENTOS FINOS – o disco Z divide a banda I em metades, 
sendo cada metade de um sarcômero 
BANDA A – coloração mais ESCURA e ocupada pelos FILAMENTOS GROSSOS – nas extremidades dessa banda, 
há uma sobreposição de actina e miosina 
ZONA H – região CENTRAL da banda A, mais clara que as extremidades da banda A 
LINHA M – equivale ao disco Z, sendo o ponto de ancoragem dos filamentos grossos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Thaís Pires 
5 Locomoção 
O alinhamento dos filamentos na miofibrila se dá pela TITINA E NEBULINA – a titina é a maior proteina conhecida, e 
se estende desde o DISCO Z até a LINHA M, funcionando como ESTABILIZADORA DA POSIÇÃO e FACILITADORA PARA 
O RETORNO DO MÚSCULO AO COMPRIMENTO DE REPOUSO / a NEBULINA auxilia a titina com relação a ACTINA 
 
Contração Muscular – em fisiologia, a força produzida pela contração é chamada de TENSÃO MUSCULAR, enquanto 
que qualquer força que se oponha ao movimento é chamada de CARGA / a contração compreende: eventos da junção 
neuromuscular (QUÍMICO → SINAL ELÉTRICO); acoplamento excitação-contração (processo que ativa sinais de cálcio 
para o ciclo de contração); ciclo contração-relaxamento 
 
 Actina e Miosina – foi observado que a BANDA 
A permanece constante durante a contração muscular, 
então essa seria resultante do DESLIZAMENTO DOS 
FILAMENTOS entre si, não alterando o seu tamanho, 
como se acreditava – no estado de RELAXAMENTO, os 
sarcômeros possuem uma BANDA I (de filamentos 
finos) grande e uma BANDA A (grossos) → na 
CONTRAÇÃO, os DISCOS Z se aproximam e a BANDA I e 
a ZONA H, regiões onde não há sobreposição de 
microfilamentos, PRATICAMENTE DESAPARECE!!! → 
TEORIA DOS FILAMENTOS DESLIZANTES 
 
 Ligações Cruzadas – o movimento das ligações cruzadas que é o responsável pelodeslizamento da actina 
sobre a miosina – a união da cabeça da miosina à actina G é modificada quando há um sinal de CALCIO que EMPURRA 
a actina para a LINHA M → cada cabeça de miosina, de forma GRADUAL e NÃO-SIMULTÂNEA se desconecta da actina 
G correspondente e liga-se a uma outra actina g mais atrás, empurrando no sentido central a actina / a ENERGIA para 
a formação dessas ligações cruzadas provem do DOMÍNIO MOTOR da miosina = cabeça pesada = MIOSINA – ATPase, 
que, ao hidrolisar o ATP, adota uma ANGULAÇÃO entre cabeça-corpo 
 
Cálcio – sua ação ativadora de ligações cruzadas se dá pela TROPONINA (um complexo ligante de cálcio com 
3 proteínas), que controla a TROPOMIOSINA – em estado de REPOUSO, a tropomiosina enrola-se ao redor dos 
filamentos de actina, obstruindo parcialmente os locais para a LIGAÇÃO COM CABEÇA DA MIOSINA, que está 
engatilhada – para a CONTRAÇÃO, a tropomiosina precisa sair desse estágio de semiobstrução, que ocorre: aumento 
de Ca++ que liga-se à TROPONINA C → esse complexo faz a movimentação da tropomiosina → ligações cruzadas 
fortes / quando há REDUÇÃO DO CALCIO CITOPLASMÁTICO, há uma menor [] de complexos troponina-calcio, 
permitindo que a tropomiosina volte a obstruir os locais de ligação 
 
Movimentação das cabeças de miosina 
1. Ligação do ATP e liberação da miosina – ligação do atp à cabeça da miosina, diminuindo a afinidade actina-
miosina 
2. Hidrólise do ATP – conversão em ADP, utilizando a energia para o engatilhamento da cabeça em 90° com 
relação ao eixo longitudinal → ligação a uma nova actina que está 1 a 3 moléculas distante da posição inicial 
– essa ligação recém-formada é fraca, uma vez que a tropomiosina está obstruindo parcialmente a ligação → 
a contração está engatilhada esperando o sinal de cálcio 
3. Movimento de Força – quando há liberação de cálcio intracelular e, consequentemente, inclinação das 
ligações cruzadas, pela liberação do sítio da miosina → LIGAÇÕES FORTES – as cabeças saem de 90° para 45°, 
empurrando a actina para a LINHA MÉDIA 
4. Miosina libera ADP – ao final do mov. de força, a miosina libera o adp armazenado e liga-se novamente a 
actina, ficando em RIGIDEZ 
 
Acoplamento Excitação-Contração – na junção neuromuscular onde ocorre a combinação de eventos ELÉTRICOS E 
MECÂNICOS 
1. Liberação de aCh pelo neurônio motor somático – liga-se aos receptores de aCh associados a canais 
iônicos da placa motora terminal 
Thaís Pires 
6 Locomoção 
2. Formação de um potencial de ação – a ligação da aCh causa influxo de Na e efluxo de K, sendo o primeiro 
maior que o último → despolarização = POTENCIAL DA PLACA MOTORA 
3. O potencial de ação leva a liberação de Calcio – o potencial é conduzido até o interior dos túbulos T, 
onde penetra o sarcolema pelos e causa a liberação de cálcio pelo RS – Na membrana dos túbulos T 
existem canais de cálcio do tipo L (sensível a voltagem) que estão acoplados aos canais de cálcio do RS → 
quando há despolarização, os canais do T abrem e consequentemente, os do RS também → CANAIS DE 
CÁLCIO SENSÍVEIS A CALCIO 
4. Ligação do cálcio à troponina 
Após o estímulo, uma Ca-ATPase da do sarcolema é ativada e expulsa o cálcio intracelular, causando a reversão do 
complexo troponina-calcio → relaxamento 
 
3. Descrever os tipos de músculos; 
São diferenciados pela presença ou ausência de estriações + se o controle é voluntário ou involuntário + localização 
na parede do corpo (soma) e nos membros ou órgãos ocos e vasos sanguíneo 
 
Estriado Esquelético – compõe a maior parte dos músculos corporais, possuindo função de POSICIONAMENTO e 
MOVIMENTAÇÃO do esqueleto - Possui uma aparência estriada pela presença dos miofilamentos / INERVADO pela 
porção voluntária do SN, estando sujeito ao controle consciente → esses músculos possuem uma parte CARNOSA, 
AVERMELHADA e CONTRÁTEIS – seu tamanho depende da distância entre as inserções, sendo denominados de 
acordo com seu formato: 
 Classificação do Formato – OBLIQUO (fibras paralelas); PENIFORMES; FUSIFORME; TRIANGULARES (peitoral 
maior); QUADRADOS; CIRCULARES; MULTIPLOS VENTRES 
 Tecido Conjuntivo – envolto por bainha de tecido conjuntivo para manter as FIBRAS UNIDAS → Epimísio 
(CIRCUNDA TODO O MÚSCULO); Perimísio (CIRCUNDA OS FASCÍCULOS); Endomísio (CIRCUNDA A FIBRA) → todas essas 
estruturas unem-se em um ponto e formam um TENDÃO, que une músculo ao osso 
 Conexões Musculares – local em que um músculo se conecta a um osso → cada músculo parte de um osso 
para outro, passando por uma articulação, que é o que permite a movimentação do esqueleto - esses músculos estão 
ligados aos ossos pelos TENDÕES (estruturas c colágeno), tendo a sua origem na região mais proximal do osso fixo, e 
a inserção a mais distal ou móvel do músculo / a conexão do musculo ao tendão pode ser DIRETA ou INDIRETA, sendo 
essa ultima quando o tecido conjuntivo muscular se estende além do final das fibras musculares, formando um tendão 
plano = APONEUROSE 
 Funções dos Músculos – AGONISTA (principal responsável pela produção de um movimento específico – faz 
contração CONCÊNTRICA e produz o movimento; FIXADOR (estabiliza as partes proximais em uma contração 
isométrica enquanto a parte distal se movimenta); SINERGISTA (completa a ação de agonista); ANTAGONISTA (se 
opõe a ação do outro – ou seja, se já contração concêntrica dos agonistas, há contração excêntrica do antagonistas 
para uma movimentação suave) → um mesmo músculo pode agir como qualquer uma dessas funções em SITUAÇÕES 
DIFERENTES, assim como a gravidade pode agir como agonista e o agonista ser passivo 
 
Estriado cardíaco – ocorre nas paredes do coração e também possui microfilamentos que dão aparência estriada ao 
músculo, porém a sua contração é INVOLUNTÁRIA 
 
Liso – participam, principalmente, da HOMEOSTASIA DO CORPO – como existem diversos tipos, são categorizados de 
acordo com a: 
 Localização – nos seres humanos estão em 6 grupos principais: ocular, respiratório, vascular, gastrintestinal, 
urinário e reprodutor → sua fisiologia varia de acordo com a localidade, ao contrário do esquelético 
 Padrão de Contração – se ele alterna entre contração e relaxamento ou se está continuamente contraído → 
se alterna, são chamados de MÚSCULOS LISOS FÁSICOS (parede do esôfago inferior, que contrai quando há passagem 
de comida) – os que permanecem contraídos são MÚSCULOS LISOS TÔNICOS, uma vez que sempre há algum nível de 
tonicidade (esfíncteres bexiga) 
 Modo de comunicação com a célula vizinha – quando as células estão conectadas por junções 
COMUNICANTES, acabam contraindo como uma unidade coordenada, sendo denominado MÚSCULO LISO UNITÁRIO 
= VISCERAL → um sinal elétrico em uma fibra se espalha rapidamente por todo o tecido 
 
Thaís Pires 
7 Locomoção 
4. Descrever os tipos de fibras musculares; 
Fibras Esqueléticas – foram divididas inicialmente com relação a VELOCIDADE DE CONTRAÇÃO e a RESISTÊNCIA À 
FADIGA, embora estejam mais relacionadas com a ISOFORMA DA MIOSINA expressa (1 ou 2) – os tipos de fibras não 
são FIXOS, os músculos têm plasticidade e podem se adaptar de acordo com o tipo de atividade → as fibras são 
nomeadas de acordo com a capacidade de OBTER OXIGÊNIO, que deve se difundir do sangue para o interior das fibras 
musculares → a MIOGLOBINA é um pigmento vermelho de grande afinidade com o O2, que facilita o processo = 
MÚSCULO VERMELHO / Além da mioglobina, as fibras podem ser diferenciadas quanto ao DIÂMETRO, uma vez que 
o oxigênio tem um caminho menor para percorrer até a mitocôndria, além de possuir maior FLUXO SANGUÍNEO 
 Tipo 1 – Fibras Oxidativas de Contração Lenta – são usadas com maior frequência, principalmente na 
manutenção da postura, sendo a duração da contração cerca de 10X que as rápidas - 
 Tipo 2A – Fibras Oxidativas-Glicolíticas de Contração Rápida – essas fibras do tipo 2 produzem TENSÃO 2-3X 
mais rápido do que uma Tipo 1, e isso é determinado pela ISOFORMA DA MIOSINA-ATPase (cabeça pesadada 
miosina) → essas fibras clivam ATP mais rapidamente e podem completar ciclos contráteis com maior velocidade / 
além da velocidade de contração, eles diferem quanto a velocidade de relaxamento, traduzida pela velocidade de 
esvaziamento de cálcio intracelular pela Ca++- ATPase → as do tipo 2 também possuem relaxamento MAIS RÁPIDO, 
sendo ideal para movimentos RÁPIDOS // as fibras rápidas diferem das lentas pela capacidade de RESISTÊNCIA À 
FADIGA, uma vez que essas realizam GLICÓLISE ANAERÓBICA para obtenção de ATP, acumulando grande quantidade 
de H+ no interior da célula e entrando RAPIDAMENTE EM FADIGA 
 Tipo 2X – Fibras Glicolíticas de Contração Rápida – não encontrada em humanos → fibras BRANCAS 
 
 
 
5. Descrever os tipos de movimentos musculares (concêntrico, excêntrico); 
Contração Reflexa – embora sejam denominados voluntários, podem possuir atividade reflexa, involuntária, como o 
diafragma, que mais frequentemente é controlado por níveis de oxigênio de dióxido de carbono, embora possa ser 
voluntário 
Contração Tônica – mesmo relaxado, há um leve grau de contração, chamado de TÔNUS MUSCULAR ou CONTRAÇÃO 
TÔNICA – confere ao músculo certa firmeza, ajudando na ESTABILIDADE DA ARTICULAÇÃO e na MANUTENÇÃO DA 
POSTURA 
Contração Fásica – pode ser dividida em ATIVA = CONTRAÇÕES ISOTÔNICAS a qual o músculo muda de comprimento 
em relação à produção de movimento / PASSIVA = CONTRAÇÃO ISOMÉTRICA a qual o músculo permanece com o 
mesmo tamanho, não havendo movimento, mas sendo suficiente para RESISTIR A GRAVIDADE ou a uma FORÇA 
ANTAGÔNICA 
 Contrações Isotônicas – são divididas em CONCÊNTRICA, aquela em que o movimento decorre do 
ENCURTAMENTO MUSCULAR (mecanismo de filamentos deslizantes), e EXCÊNTRICA, aquela em que um músculo se 
ALONGA AO CONTRAIR → importante para o movimento controlado e para a resistência à gravidade, estando 
presente em diversos movimentos que envolvam a resistência a gravidade, como descer as escadas, correr ladeira 
abaixo, i.e., músculos como FREIO 
 
Thaís Pires 
8 Locomoção 
6. Exames complementares para o diagnóstico das lesões musculares; 
É essencialmente clínico, baseado em uma história e exame físico sugestivos. Nos casos duvidosos ou quando é 
necessário se ter uma noção mais exata do grau de lesão muscular, exames complementares tais como o ULTRASSOM 
E A RESSONÂNCIA NUCLEAR MAGNÉTICA podem ser usados. 
 
No caso de ESTIRAMENTO, a RM mostra uma alteração discreta que seria o EDEMA INTRA-MUSCULAR - A ressonância 
magnética (Figura 4) substitui a ultrassonografia na avaliação de muitas doenças musculoesqueléticas. Possui boa 
sensibilidade para edemas, cálculo do tamanho do hematoma e avaliação de desinserções musculotendíneas. 
Contudo, assim como a tomografia, é um exame estático 
 
A ultrassonografia (Figura 3) é tradicionalmente considerada o método de escolha para o diagnóstico da lesão 
muscular, visto que é um método de imagem relativamente barato e que possibilita avaliar dinamicamente 
a contração e rotura muscular. Possui a desvantagem de 
ser examinador-dependente 
 
7. Terapêutica das lesões musculares. 
 
Fase AGUDA – primeiros 3~7 dias → PRICE (proteção, repouso, gelo, compressão e elevação), responsável por 
minimizar o sangramento do sítio da lesão – o REPOUSO previne a retração muscular tardia ou uma formação de gap 
muscular ainda maior – o GELO diminui o tamanho do hematoma, a inflamação e acelera a regeneração → turnos de 
15-20 mins repetidos em intervalos de 30-60 mins, o que resulta em uma diminuição de até 7° C da temperatura 
muscular e, consequentemente, do fluxo sanguíneo local – a ELEVAÇÃO DO MEMBRO causa uma diminuição da 
pressão hidrostática e assim reduz o acúmulo de líquidos no espaço intersticial 
Pós fase aguda – TREINAMENTO ISOMÉTRICO (contração muscular com o comprimento muscular CTE – sem dor); 
TREINAMENTO ISOTÔNICO (muda o comprimento da fibra, mas não o peso) / TERAPIA DE CONTRASTE + 
ALONGAMENTO PASSIVO E ATIVO (distende o tecido cicatricial em uma fase em que ele ainda é plástico – gradual)

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