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FSI OSTEOPOROSE Prfª.: Franciely Gomes A osteoporose é definida como uma doença sistêmica progressiva que leva à uma desordem esquelética, caracterizada por força óssea comprometida; Predispoe a um aumento do risco de fratura. Força óssea, primariamente, reflete integração entre densidade e qualidade óssea (NIH Consensus Conference 2001). Significa osso poroso, sendo possível constatar diminuição do volume ósseo com redução da matriz (osteóide) e das trabéculas (linhas de força do osso); Ocorre redução nos níveis dos minerais ósseos, o que diminui consideravelmente a resistência do osso contra as sobrecargas impostas a ele. A osteoporose é considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a “Epidemia Silenciosa do Século No mundo inteiro devido ao aumento na expectativa de vida das populações, é considerada um problema de saúde pública É uma doença de grande impacto devido à sua alta prevalência e grande morbimortalidade. Afeta indivíduos de maior idade, de ambos os sexos, principalmente, mulheres na pós-menopausa, que também apresentam mais fraturas. A osteoporose afeta milhões de brasileiros e leva a aproximadamente 1,5 milhão de fraturas por ano no Brasil e isso está provocando um caos do ponto de vista social, com muitos gastos de tratamento, e em alguns casos até de incapacidade, com diminuição de mão-de-obra também, e a tendência é que essa incidência aumente cada vez mais, devido ao próprio aumento da longevidade”. A prevalência de osteoporose e a incidência de fraturas variam de acordo com o sexo e a raça. As mulheres brancas na pós-menopausa apresentam maior incidência de fraturas. A partir dos 50 anos, 30% das mulheres e 13% dos homens poderão sofrer algum tipo de fratura por osteoporose ao longo da vida. No Brasil, somente uma a cada três pessoas com osteoporose é diagnosticada Dessas, somente uma em cada cinco recebe algum tipo de tratamento, Com uma taxa anual de aproximadamente 100 mil fraturas de quadril. Cerca de 10 milhões de brasileiros (as) sofrem com osteoporose e 24 milhões de pessoas terão fraturas a cada ano Cerca de 200 mil indivíduos morrerão como conseqüência direta de suas fraturas As fraturas de corpos vertebrais e de quadril são as complicações mais graves; A mortalidade das pessoas com fratura de quadril é de 10 a 20% em seis meses; Do restante, 50% precisará de algum tipo de auxílio para deambular (caminhar) ; 25% necessitará de assistência domiciliar ou internação em casas geriátricas A instalação da osteoporose resulta de anos de perda óssea; Pode ser classificada em: Primária, que não apresenta causa bem definida; Secundária, quando é decorrente de uma causa bem definida Tipos de Osteoporose Tipo I ou pós-menopausa: É de alta reabsorção óssea, decorrente de uma atividade osteoclástica acelerada e ocorre entre as idades de 51 e 75 anos, afetando seis vezes mais mulheres do que os homens. É responsável por fraturas no corpo das vértebras (por achatamento) e por fraturas nos antebraços. - A osteoporose pós-menopausa ou Tipo I está associada à insuficiência estrogênica do climatério, ou condições que induzem precocemente ao hipoestrogenismo (diminuição de estrógenos). Tipo II ou senil: A osteoporose deste tipo está ligada à reabsorção óssea normal ou ligeiramente aumentada, associada a uma atividade osteoblástica diminuída, com formação óssea diminuída - a osteoporose senil ou de involução, mais freqüente nas mulheres mais idosas, a partir dos 70 anos, e também no homem. É responsável por fratura, não apenas na coluna vertebral, como também na pelve, ossos longos, costelas, quadril e punho. Uma formação óssea adequada nas duas primeiras décadas de vida é fundamental para se evitar a osteoporose O pico da massa óssea é atingido entre a adolescência e os 35 anos de idade A genética contribui com cerca de 70% para o pico de massa óssea, enquanto o restante fica por conta da ingestão de cálcio, exposição ao sol, exercícios físicos e época de puberdade Alguns anos após a formação óssea máxima, inicia-se uma redução progressiva, com uma média de perda de 0,3% ao ano para os homens e 1% ao ano para as mulheres. Na pósmenopausa ocorre uma diminuição acelerada da massa óssea: Pode ser até 10 vezes maior do que a observada no período de pré-menopausa Nos primeiros 5 a 10 anos que seguem a última menstruação, essa perda pode ser de 2% a 4% ao ano para osso trabecular E de 1% ao ano para o osso cortical. Fatores de Risco para Osteoporose e Fraturas Ósseas Os fatores de risco para osteoporose e fraturas ósseas podem ser divididos em: Maiores fratura anterior causada por pequeno trauma; sexo feminino; baixa massa óssea; raça branca ou asiática; idade avançada em ambos os sexos; história familiar de osteoporose ou fratura do colo do fêmur; menopausa precoce (antes dos 40 anos) não tratada; uso de corticóides Menores doenças que induzam à perda de massa óssea; amenorréia primária ou secundária; menarca tardia, nuliparidade; baixa estatura e peso (IMC <19kg/m²); perda importante de peso após os 25 anos; baixa ingestão de cálcio, alta ingestão de sódio; alta ingestão de proteína animal; pouca exposição ao sol, imobilização prolongada, quedas freqüentes; sedentarismo, tabagismo e alcoolismo; medicamentos (como heparina, ciclosporina, hormônios tireoidianos, anticonvulsivantes e lítio); alto consumo de xantinas (café, refrigerantes à base de cola, chá preto). Diagnóstico da Osteoporose É fundamental a história clínica minuciosa com investigação dos fatores de risco para a osteoporose e para fraturas; Uma boa história clínica e o exame físico são especialmente úteis para excluir as causas secundárias; A osteoporose é uma doença assintomática, e geralmente o primeiro sinal é a fratura, que representa o agravamento da doença, sendo as mais freqüentes as da coluna lombar, colo do fêmur e 1/3 médio do rádio Diagnóstico da Osteoporose - Exame Físico Estatura. • Peso corporal. • Hipercifose dorsal. • Abdômen protuso. • Outras deformidades esqueléticas. • Sinais físicos de doenças associadas à osteoporose como: (hipertireoidismo), deformidades e edema articular (artrite reumatóide),etc. Diagnóstico da Osteoporose - Exame Laboratorial Hemograma completo, Dosagem de TSH, dosagens de cálcio e fósforo, Uréia e creatinina plasmática, fosfatase alcalina total (serve para avaliar a presença de defeitos na mineralização ou osteomalácia, especialmente nos idosos), e análise urinária. Em todos os homens com osteoporose, deve-se avaliar as possibilidades de: hipogonadismo, com as dosagens de testosterona e de gonatrofinas, e de alcoolismo como causas secundárias. Para avaliação laboratorial específica, outros exames podem ser solicitados Diagnóstico da Osteoporose - Avaliação por Imagem São utilizadas radiografias e a densitometria óssea. O exame radiográfico pode mostrar diminuição da densidade óssea, porém, só detectam alterações quando a perda for superior 30%, sendo baixa sua sensibilidade diagnóstica. É indicado para a avaliação das fraturas A densitometria óssea é o exame de referência para o diagnóstico da osteoporose realizada pela avaliação da coluna lombar e do colo do fêmur, e antebraço, segundo os critérios da OMS. Rastreamento de todos os pacientes assintomáticos Busca ativa deste diagnóstico pode ser realizada em pacientes considerados de alto risco, especialmente os com risco de fratura Quando se deseja acompanhar a eficácia do tratamento, pode-se repetir o exame dentro de 24 meses INDICAÇÕES DE REALIZAÇÃO DE DENSITOMETRIAÓSSEA Mulheres acima de 65 anos Mulheres com deficiência estrogênica com menos de 45 anos Mulheres peri e pós-menopausa Mulheres com amenorréia secundária prolongada (por mais de 1 ano) Todos indivíduos que tenham apresentado fratura por trauma mínimo ou atraumática Indivíduos com evidência radiológica de osteopenia ou fraturas vertebrais Homens acima de 70 anos Indivíduos que apresentem perda de estatura (maior do que 2,5cm) ou hipercifose torácica Indivíduos em uso de corticosteróides por três meses ou mais (doses superiores ao equivalente de 5 mg de prednisona) Mulheres com índice de massa corporal abaixo de 19kg/m2 Monitoramento de tratamento do osteoporose Prevenção e Tratamento da Osteoporose Evidências sugerem que, se medidas preventivas forem adotadas, a incidência de osteoporose pode cair dramaticamente. A prevenção deve começar na infância com a realização de exercícios com freqüência regular, associada à uma dieta rica em cálcio e exposição regular ao sol (vitamina D) Se essas medidas forem tomadas, todos os indivíduos atingirão o seu potencial máximo de aquisição de massa óssea. Com a chegada da menopausa ou se houver necessidade de utilizar drogas que aumentam a reabsorção óssea, o indivíduo terá uma reserva óssea adequada, mantendo os ossos mais resistentes. O tratamento da osteoporose também inclui dieta, atividade física, exposição solar, além das medidas preventivas de quedas e uso de medicamentos. No caso da osteoporose secundária, além das medidas citadas anteriormente, a terapia deverá ser direcionada à doença de base estabelecida. Promoção da Alimentação Saudável É necessário adotar uma alimentação equilibrada, porém voltada para a oferta dos componentes (oligo-elementos) essenciais na síntese óssea como as calorias: o cálcio, a pró-vitamina D, o Magnésio, Zinco, Boro, vitamina K e vitamina C diariamente. Práticas Corporais / Atividade Física Hábitos saudáveis como uma regular prática corporal/atividade física, são de grande importância para a manutenção da densidade mineral óssea e para o tratamento da osteoporose; Especificamente os exercícios aeróbicos e com peso (musculação), têm sido associados com manutenção e ganho da massa óssea em mulheres na pós-menopausa, tanto na coluna vertebral, como no quadril Em pacientes com osteoporose estabelecida, deve-se evitar exercícios de alto impacto pelos ricos de fraturas . Além dos efeitos benéficos sobre o tecido ósseo, uma regular prática corporal/atividade física melhora o equilíbrio, a elasticidade e a força muscular que, em conjunto, diminuem os riscos de quedas e, conseqüentemente, de fraturas Recomenda-se caminhadas de 30 a 45 minutos, no mínimo, três a quatro vezes por semana, preferentemente, à luz do dia. Fisioterapia e Osteoporose O objetivo da fisioterapia não é só favorecer a aquisição de massa óssea, mas promover a melhora no equilíbrio, força muscular, coordenação e condicionamento físico, na amplitude de movimento, diminuição da dor, visando sempre prevenção de quedas e consequentemente risco de fraturas. Pesquisa Pesquise sobre os medicamentos utilizados para tratamento da osteoporose senil Quais os tipos de exercícios físicos mais indicados para a osteoporose