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RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA QUÍMICA GERAL CURSO Engenharia / Química Geral TURMA DATA Aluno/ Grupo TÍTULO Ensaio de chamas OBJETIVOS Esse experimento irar tratar da identificação da presença de alguns íons metálicos, baseado no espectro de emissão característico para cada elemento. O experimento, partindo do modelo atômico de Rutherford-Bohr, torna mais claro o conhecimento acerca dos fenômenos que envolvem camadas atômicas, transição eletrônica, entre outros. · Utilizar o bico de Bunsen; · Utilizar a capela de exaustão; · Identificar cátions através do espectro de emissões; · Relacionar a emissão luminosa ao modelo atômico de Rutherford-Bohr. INTRODUÇÃO O experimento teste de chama ou prova da chama é um procedimento utilizado em Química para detectar a presença de alguns íons metálicos, onde baseado no espectro de emissão característico para cada elemento. Esse teste envolve a introdução da amostra em uma chama e a observação da cor resultante. Essas as amostras geralmente são manuseadas com um fio de platina previamente limpo com ácido clorídrico para retirar resíduos de analitos anteriores. O teste de chama é baseado no fato de que quando certa quantidade de energia é fornecida a um determinado elemento químico (no caso da chama, energia em forma de calor), alguns elétrons da última camada de valência absorvem esta energia passando para um nível de energia mais elevado, produzindo o que chamamos de estado excitado. Quando um desses elétrons excitados retorna ao estado fundamental, ele libera a energia recebida anteriormente em forma de radiação. Cada elemento libera a radiação em um comprimento de onda característico, pois a quantidade de energia necessária para excitar um elétron é única para cada elemento. A radiação liberada por alguns elementos possui comprimento de onda na faixa do espectro visível, ou seja, o olho humano é capaz de enxergá-las através de cores. Assim, é possível identificar a presença de certos elementos devido à cor característica que eles emitem quando aquecidos numa chama. A temperatura da chama do bico de Bünsen é suficiente para excitar uma quantidade de elétrons de certos elementos que emitem luz ao retornarem ao estado fundamental de cor e intensidade, que podem ser detectados com considerável certeza e sensibilidade através da observação visual da chama. Figura 1 – Distribuição eletrônica de níveis e subniveis REAGENTES, MATERIAIS E EQUIPAMENTOS Para esse experimento utilizamos os seguintes materiais. • Bico de Bunsen; • Borrifadores com soluções. PROCEDIMENTOS 1° Passo foi colocar os equipamentos de proteção individual localizados no “Armário de EPIs”. 2° Logo depois preparamos o experimento, preparando a capela de exaustão abrindo a janela, acendendo a luz interna, ligando o exaustor e a válvula de gás. Logo depois, pegamos as soluções necessárias ao experimento, que se encontrava no armário inferior, dentro da capela. 3° Fizemos o ajuste da chama e da vazão do gás para acionar o bico de Bunsen, começando pela vazão mínima. Depois ligamos com o bico com ajuda da fonte de ignição. Acionamos o anel regular e regulamos o ar que passa pelo bico para controlar a intensidade da chama. E procuramos identificar a chama oxidante fazendo com que ela permanecesse na redutora. 4° Nessa face foi feita uma analises das soluções através das chamas. Escolhemos a solução salina como indicava o roteiro, e borrifamos sobre a chama. Ao borrifar a amostra na chama do bico de Bunsen, observamos atentamente a cor que ficará a parte externa da chama redutora. Esta cor é característica do íon metálico contido na amostra do sal analisado. Feito isso repetimos o mesmo procedimento com todas as soluções, deixando por último a solução do sal desconhecido. 5° Foi feita a avaliação dos resultados de tudo que foi observado durante o procedimento, nesse experimento. 6° Na última parte do procedimento foi finalização do experimento, deslinguamos o bico de Bunsen, e fechamos a janela da capela, desligamos a luz, o exaustor, e a válvula de gás. E por último guardamos os materiais utilizados no armário inferior, os EPIs no armário e assim encerramos o experimento. RESULTADOS e DISCUSSÃO Anotamos as cores visíveis de cada solução. 1 – KNO Violeta 2 – CuSO4 Verde claro 3 – LiCl Vermelho 4 – NaCl Amarelo escuro 5 – Na2SO4 Amarelo escuro 6 – Ba(NO3)2 Amarelo claro 7 – “???” Verde claro Avaliação dos resultados 1 - Qual a cor emitida ao utilizar o borrifador escolhido? R: Escolhemos o sulfato de cobre (CuSO4), a cor visível foi verde claro. 2 - Através da tabela que nos foi passada no roteiro, mostrando o comprimento da onda e a frequência correspondente a cor do espectro visível, bem como a tabela com o comprimento de onda que corresponde a cada cátion utilizado: CORES DO ESPECTRO VISÍVEL COR COMRPIMENTO DA ONDA(NM) FREQUÊNCIA (THz) Vermelho 625 – 740 480 – 405 Laranja 590 – 625 510 – 480 Amarelo 565 – 590 530 – 510 Verde 500 – 565 600 – 530 Clano 485 – 500 620 – 600 Azul 440 – 485 680 – 620 Violeta 380 – 440 790 – 680 Cátion Comprimento da onda (nm) Na+ 570 K+ 420 Li+ 700 Cu2+ 520 Ba2+ 580 Com essas informações, podemos montar a tabela abaixo de cada solução e anotar o ânion e cátion e a cor que foi observada. Ensaio Sal Fórmula Cátion Cor 1 Nitrato de potassio KNO3 K+ (380-440) Violeta 2 Sulfato de cobre CuSO4 Cu2+ (500-565) Verde Claro 3 Cloreto de litio LiCl Li+ (625-740) Vermelho 4 Cloreto de sódio NaCl Na+ (565-590) Amarelo escuro 5 Sulfato de sódio Na2(SO4) Na+ (565-590) Amarelo escuro 6 Nitrato de Bario Ba(NO3)2 Ba2+ (565-590) Amarelo claro 7 Sulfato de cobre(???) CuSO4 Cu2+ (500-565) Verde Claro 3 - O que ocorre quando é fornecido calor, através da chama, ao elemento químico? R: Essa luz é formada por fótons, partículas muito pequenas que se comportam como uma onda eletromagnética. Dependendo do comprimento dessa onda, ela terá uma coloração diferente. (Como vimos na tabela acima). 4 - Qual o cátion utilizado na amostra da solução desconhecida? Explique. R: Cu2+, quando borrifamos a solução desconhecida conseguimos identificar uma cor verde clara e pela cor podemos descobrir o Cátion da solução através do comprimento da onda. CONCLUSÃO No momento em que colocamos o sal no fogo, estamos fornecendo energia para seus elétrons. No entanto, o estado excitado é instável, portanto, os elétrons que “saltaram” de nível retornam à órbita de seu estado estacionário. Nesse momento, o elétron perde (na forma de onda eletromagnética, ou seja, na forma de luz) uma quantidade de energia que corresponde à diferença de energia existente entre as órbitas envolvidas no movimento do elétron. Como cada sal apresenta elementos diferentes, com átomos que têm níveis de energia também de valores diferentes, a luz emitida por cada um dos sais será em um comprimento de onda bem característico de cada um, como apresentando no experimento abaixo. As chamas adquirem colorações diferentes de acordo com a substância analisada. 1 – KNO Violeta 2 – CuSO4 Verde claro 3 – LiCl Vermelho 4 – NaCl Amarelo escuro 5 – Na2SO4 Amarelo escuro 6 – Ba(NO3)2 Amarelo claro 7 – “???” Verde claro A substância desconhecida no experimento revelou a cor verde claro, sendo está cor do sulfato de cobre (CuSO4). REFERÊNCIAS https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/teste-chama-transicao-eletronica.htm 1 - VOGEL. A.I. Química Analítica Qualitativa, 5.ed.,São Paulo:Editora Mestre Jou,1985. 2 - DOMINGUINI. L. Aula 05 – Chama e Teste da Chama. Apostila de Aulas Práticas. Laboratório de Química Farmácia/UNESC. Criciúma, Agosto, 2010.