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TREINAMENTO FUNCIONAL Autor (Viviane Gomes Monteiro) Prof. Orientador Márcio Ferreira da Silva Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI Curso (EFL1240/7) – Trabalho de Graduação Estágio II 29/06/2021 RESUMO O treinamento físico tem como base uma prescrição coerente e segura de exercícios que permite a estimulação do corpo humano de uma maneira capaz de evoluir todas as capacidades físicas como velocidade, força, equilíbrio, coordenação, flexibilidade, lateralidade, resistência cárdio e neuro muscular, além da manutenção do centro de gravidade do corpo. As pessoas vêm buscando a prática de atividade física tanto para saúde quanto para a estética, e uma das atividades recorrentes para tal é o treinamento funcional (TF), que pode ser definido como uma forma de utilização de movimentos integrados que desenvolvem força, equilíbrio, coordenação, potência e resistência. Sendo frequentemente utilizada em programas clínicos que imitam atividades da vida diária, ou seja, para o indivíduo ter um melhor desempenho nas tarefas funcionais do dia a dia e até mesmo nas tarefas desportivas. Diante disso, o objetivo do presente estudo foi verificar o efeito do Treinamento Funcional na composição corporal, flexibilidade e potência de membros inferiores em grupos especiais. Foi utilizada uma pesquisa experimental com abordagem quantitativa. Para isso, foram utilizados os seguintes protocolos: adipometria por meio de dobras cutâneas para composição corporal, teste sentar e alcançar no banco de wells para flexibilidade, e impulsão vertical para potência de membros inferiores. Foram selecionados um grupo com idade de 33 a 45 anos, sobrepeso altura 1,61. O período de treinamento durou 7 semanas. Após esse período os testes foram realiza dos novamente. Foi adotada a análise estatística teste T student para dados dependentes, na qual foi adotado um nível de significância p ≤0,05. Palavras-chave: Treinamento funcional; Capacidades físicas; Grupos especiais; Treinamento de Força. 1 INTRODUÇÃO O treinamento funcional (TF) foi criado nos Estados Unidos por alguns autores desconhecidos e vem sendo disseminado no Brasil, ganhando muitos praticantes. Sua função é preparar o organismo de modo íntegro e eficiente, através do centro corporal chamado de Core (MONTEIRO; CARNEI RO, 2010). Para Norman (2009), as vantagens do TF são que os exercícios podem ser realizados por pessoas de todas as idades, desde adolescentes a idosos, aprimoramento da postura, desenvolvimento de forma equilibrada de todas as capacidades físicas como o equilíbrio, força, velocidade, coordenação, flexibilidade e resistência. Este teve como área de concentração, força e os grupos especiais com sobre peso, tendo como justificativa o fato de que, nos dias atuais constata- se uma grande preocupação da população em deixar o sedentarismo e aderir a uma atividade física regular. Grande parte dessas pessoas procuram as academias para atingir diferentes objetivos e, dentre esses, estão indivíduos obesos que procuram saúde, emagrecimento, estética, autonomia funcional, redução dos riscos de doenças ligadas ao seu estado físico, entre outras várias possibilidades. Esta pesquisa, portanto, tem o intuito de investigar os treinamentos que estão sendo prescritos para os alunos obesos dentro das academias de ginástica, tendo a consciência de que a população obesa vem crescendo e o número de alunos nas mesmas também poderá aumentar significativamente. O presente estágio tem como tema: O treinamento funcional para força e para grupos especiais com obesidade. Com os objetivos de verificar a influência do TF nas capacidades físicas de flexibilidade, potência de membros inferiores e composição corporal de grupos especiais e refletir sobre essa possibilidade metodológica de trabalho. Foram utilizados os seguintes métodos: Teste de dobras cutâneas para composição corporal, banco de Wells para flexibilidade, além de impulsão vertical para potência de membros inferiores. O estudo está norteado pelas seguintes perguntas: um programa de treinamento funcional pode influenciar na melhora das capacidades físicas de pessoas obesas? Hipótese: O treinamento funcional melhora as capacidades físicas deste determinado grupo? O presente estágio foi realizado na instituição: Forma Fit Academia de Ginástica LTDA inscrita no CNPJ: 08325964/0001-11, Razão Social: Estúdio R.V Nova Forma Fit Academia de Ginástica LTDA, localiza da no endereço: Avenida Cesário de Mello, número 10555 – Bairro: Paciência, Rio de Janeiro – RJ, CEP:23587-125. O Paper está organizado com os seguintes tópicos: área de concentração: treinamento funcional para grupos especiais com obesidade. Vivência do estágio: relatos das atividades de estágio. Impressões do estágio: conclusão sobre o mesmo. 2 ÁREAS DE CONCENTRAÇÃO: GRUPOS ESPECIAIS Recentemente, o treinamento funcional vem conquistando seu espaço interno. Ginásio, estúdio e academias vêm utilizando-o de forma personalizada, além de auxiliar as pessoas na realização das atividades diárias. A área de concentração sobre aughts grupos especiais com sobrepeso chama atenção pelo fato de acredita-se que o aumento da maior parte dos índices mundiais de obesidade em jovens está relacionado a uma alimentação muito rica em calorias, interligado ao sedentarismo. tendo como justificativa o fato de que, nos dias atuais constata-se uma grande preocupação da população em deixar o sedentarismo e aderir a uma atividade física regular. Grande parte dessas pessoas procuram as academias para atingir diferentes objetivos e, dentre esses, estão indivíduos obesos que procuram saúde, emagrecimento, estética, autonomia funcional, redução dos riscos de doenças ligadas ao seu estado físico, entre outras várias possibilidades. Esta pesquisa, portanto, tem o intuito de investigar os treinamentos que estão sendo prescritos para os alunos obesos dentro das academias de ginástica, tendo a consciência de que a população obesa vem crescendo e o número de alunos nas mesmas também poderá aumentar significativamente. Por isso o tema proposto neste foi estonteantemente abordado. Com os objetivos de verificar a influência do Treinamento Funcional nas capacidades físicas de flexibilidade, potência de membros inferiores e composição corporal de grupos especiais e refletir sobre essa possibilidade metodológica de trabalho. Desenvolvendo treinamento funcional e promover a prática da atividade física com planejamento, treino equilibrado e progressivo, considerando as condições físicas de cada indivíduo, buscando resultados no tempo adequado e estabelecendo metas a serem atingidas. Para a boa qualidade de vida, Santarém (2003) menciona a capacidade de conseguir realizar as atividades desejadas, do ponto de vista homeostático e biomecânico, sem riscos para o perfeito funcionamento do organismo humano. O desenvolvimento de novos hábitos, com uma ênfase maior na pratica de atividades físicas, é um passo funda mental para a melhoria generalizada da saúde orgânica e consequentemente, da qual idade de vida. Exercícios diversos tais como a caminhada, corrida, ciclismo, natação, hidroginástica, musculação, entre outros, cada vez mais ganham a adesão de uma população que busca o desenvolvimento do bem estar e da saúde física e mental. A pessoa obesa, ao se submeterem os exercícios mais intensos, como a corrida, pode sobrecarregar suas articulações, caso estas não estejam preparadas a suportar exercícios mais intensos e cíclicos podendo gerar entre outras doenças articulares a osteoartrite nas mais diversas articulações, o que poderia causar dor, limitar a amplitude dos movimentos e reduzir o número de opções viáveis de exercícios. Neste caso, Guedes relata que a prática do treinamento com exercícios de força, pareceser um método de treinamento eficiente, tendo o intuito de fortalecer os músculos esqueléticos e assim, diminuir o risco de lesões por impacto, bem como aumentar o gasto calórico. Em relação ao treinamento aeróbio, uma das adaptações mais evidentes é o aumento da capacidade oxidativa muscular, determinada principalmente pelo aumento do número e tamanho das mitocôndrias e pela maior atividade enzimática. Acerca das adaptações morfológicas do exercício, outra modificação importante, determinada pelo aumento da densidade mitocondrial na musculatura esquelética, é a ampliação na capacidade oxidativa de gorduras (ácidos graxos livres) durante o exercício. a) Maior volume de informação que o praticante de atividade física recebe hoje em dia, tornando-o mais exigente em relação ao treinamento que recebe e fazendo com que busque não só uma boa forma física e um ganho de saúde, mas também uma melhor performance nas atividades que desenvolvem, sejam elas de lazer ou profissionais; b) A mudança do padrão estético vigente, com o ideal de boa forma física representado pelos fisiculturistas sendo substituído pelo físico dos atletas de elite, que aliam boa forma física e performance; c) A estagnação do modelo de atividade física que academias, clubes e escolas apresentam, incluindo-se aí a necessidade do profissional que atua nessa área de possuir mais ferramentas para garantir a retenção de seus alunos e assegurar melhores resultados para seus atletas. O que é treinamento funcional? De acordo com Gelatti (2009), o T F é aquele que ajuda o corpo a realizar movimentos de forma integrada e eficiente, fortalecendo músculos, melhorando as funções cerebrais responsáveis por tudo que nosso corpo faz e cria. Neste tipo de treinamento os músculos não trabalham de forma isolada, e sim em sinergismo. Para Dias (2011), o treinamento isolado proporciona resultados em termos de ganho de massa muscular e força, pois admite, em sua forma de treinamento, que ocorra fadiga muscular; contudo a metodologia do treinamento funcional aproxima-se mais dos movimentos reais, ou seja, dos movimentos realizados de forma habitual e que abrangem a conexão entre os movimentos. Deste modo, esse aspecto atende ao princípio da especificidade, um dos mais importantes princípios do treinamento. Segundo Hibbsetal.(2008), esta modalidade consiste em um conjunto de movimentos multiarticulares caracterizados por níveis de alta e baixa intensidade realizados visando tanto a melhoria do controle, estabilidade e coordenação motora, via modulação do sistema nervoso central (core stability), como o aumento da massa muscular (core strength), sendo considerada uma adaptação ao treinamento de sobrecarga. Em se tratando dos efeitos do treinamento em circuito realizado com deslocamento de cargas (circuit weight training) sobre a composição corporal, estudos demonstram que reduções de gordura corporal são observadas em situações em que o treinamento está associado a dietas hipocalóricas (FETT; FETT; MARCHINI, 2009; KERKSICK e tal., 2009). Benefícios do treinamento funcional Monteiro; Carneiro (2010) seguem como pressuposto que o treinamento pode influenciar na melhora de: a) desenvolvimento da consciência sinestésica e controle corporal; b) melhora da postura; c) melhora do equilíbrio muscular; d) diminuição da incidência de lesões, e) melhora de estabilidade articular, principalmente da coluna vertebral; f) aumento da eficiência dos movimentos; g) melhora do equilíbrio estático e dinâmico; h) melhora da força e coordenação motora; i) melhora da resistência central cardiovascular e periférica - muscular; j) melhora da lateralidade corporal; k) melhora da flexibilidade e propriocepção; Para Norman (2009), as vantagens do TF são que os exercícios podem ser realizados por pessoas de todas as idades, desde adolescentes a idosos, com aprimoramento da postura, desenvolvimento de forma equilibrada de todas as capacidades físicas como o equilíbrio, força, velocidade, coordenação, flexibilidade e resistência. 3 VIVÊNCI A DO ESTÁGIO Um grupo de alunos matriculados e que praticam treinamento funcional. Os critérios de inclusão adotados foram os seguintes: ser praticante do treinamento funcional na academia e ser frequente nas aulas. Já os critérios de exclusão foram: ter alguma lesão, possuir mais de duas faltas consecutivas nos treinos, ter uma frequência menor que 75% nos treinamentos. Também foi explicado aos alunos a importância de um bom descanso e uma boa alimentação para a recuperação física para os demais dias de treinamento. Os benefícios para os alunos foram o desenvolvimento das capacidades físicas de potência e flexibilidade de membros inferiores e perca de peso, complementado com o treinamento funcional, já que foram realizados em dias diferentes, melhorando fisicamente o grupo para conseguirem realizarem melhor suas tarefas diárias. Os a l u n o s frequentavam as aulas de treinamento funcional durante a semana nos dias de segunda-feira, quarta-feira e sexta-feira. Sendo que nos demais dias não tinham nenhum treinamento. O treinamento funcional foi utilizado com duração de 60 minutos, sendo cinco minutos deles utilizados para aquecimento muscular e os outros cinquenta e cinco minutos voltados em exercícios para melhora das capacidades físicas de potência de membros inferiores, flexibilidade, além da composição corporal. Foram utilizados circuitos em sete etapas, quando foram trabalhadas as capacidades físicas desejadas no tempo de quarenta segundos, de acordo com a intensidade do exercício praticado, tendo como objetivo melhorar o condicionamento físico dos alunos. Estas estações tinham o tempo entre 7 a 9 minutos, com um pequeno intervalo entre os exercícios. O período de treinamento durou sete semanas. 4 MATÉRIAS E MÉTODOS Teste de flexibilidade Figura 2: Banco de Wells A forma utilizada para medir a capacidade de flexibilidade dos avaliados foi o teste conhecido como Banco de Wells. Ele é realizado ao sentar com os joelhos estendidos com as extremidades inferiores totalmente em contato em uma caixa de madeira com dimensões 30x56 x24c m. Os analisados se posicionam com os membros inferiores estendidos e superiores igualmente com suas mãos em pronação empurrando três vezes a régua de aferição o máximo de distância que conseguir, considerando o que deu maior valor (BARROS; GUERR A, 2004). Fonte: Parrillo; Greenwood - Robinson, 1993. Adipômetro Teste de adipômetria foi utilizado um adipômetro científico, para determinar a composição corporal dos alunos. Para efetuar as medições, deve apertar a pele entre o polegar e o dedo indicador, em locais específicos do corpo, colocar o adipômetro a cerca de 1cm da dobra cutânea e 40 registrar a leitura que o adipômetro indica. O protocolo para determinar composição corporal utilizado foi o de sete dobras de (JACKSON; POLLOCK, 1980), no qual os pontos de aferição são: peitoral, abdominal, coxa, tríceps, subescapular, supra ilíaco, meio da axila. O presente trabalho mostrou uma melhora significativa na flexibilidade quando comparada com o momento pré-treinamento. De acordo com Aberg (2002), alguns dos principais benefícios do treinamento funcional é uma melhora significativa na redução do percentual de gordura corporal. 5 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO (considerações finais) O presente estágio contribuiu grandemente para meu conhecimento me proporcionando melhor esclarecimento sobre o tema aqui abordado, também pude observar o quanto é difícil para uma pessoa que tem sobrepeso, conseguir manter uma frequência de exercícios e alimentação equilibrada sem ajuda de um profissionalqualificado. Observa- se que o treinamento Funcional é um conceito de atividade física bem dinâmica e mais atrativa que as atividades ou treinos convencionais. Pude observar que a obesidade é considerada um dos maiores fatores prejudiciais à saúde, caracteriza-se pelo acumulo excessivo de gordura corporal, aliados a problemas saúde, resultado de fatores como, genética e nutrição irregular, causando problemas psicológicos, variados, além de uma enorme variedade de doenças, como: diabetes, colesterol, depressão, entre outras. Percebe-se que podemos utilizar o treinamento funcional como uma forte estratégia para combater esse grande mal, que é uma realidade nos dias atuais, além de ser uma atividade lúdica, proporciona melhora na motricidade e suas valências como lateralidade, coordenação motora, equilíbrio, etc... A prática regular de atividade física é um fator fundamental para ter uma boa qualidade de vida e combater a obesidade. A obesidade e um estilo de vida fisicamente inativo são dois dos fatores de risco mais prevalentes das doenças crônicas comuns do mundo ocidental. Ambos a carretam custos enormes para a saúde e para a economia, sendo reconhecido como os principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares, o diabetes, colesterol e a hipertensão etc. Conclui- se que o treinamento funcional pode contribuir na melhora da flexibilidade, potência de membros inferiores e composição corporal. REFERÊNCIAS A importância do treinamento intervalado em programas de redução de peso e melhoria da composição corporal. http://www.efdeportes.com/Revista Digital - Buenos Aires - Año13- N°119- Abril de 2008. AABERG, E. Conceitos e técnicas para o treinamento resistido. São Paulo: Manole, 2002. BARROS, T.L.; GUERRA, I. Ciência do Futebol. Barueri, SP: Manole, 2004. Disponível em: http://www.unisalesiano.edu.b r/biblioteca / monografias/60268.pdf. Acesso em 21 Nov.2017. 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