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Gramática - Regências

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1. INTRODUÇÃO:
Na gramática da língua portuguesa existe um termo que se denomina regência, que é a relação sintática estabelecida entre o termo regente ou subordinante e o regido ou subordinado. A regência é dividida em duas, a verbal quando refere-se ao verbo e nominal quando refere-se ao nome. 
De acordo com a gramática normativa o conhecimento de regência varia de acordo com o seu uso, ou seja, o falante conhece as regências dos verbos e dos nomes de acordo da forma em que se fala.
2. REGÊNCIA VERBAL: 
Como o próprio nome já diz, o termo regente é o verbo. Com isso, se estabelece uma relação entre o verbo e os termos que o complementam (objetos diretos e indiretos) ou que os caracteriza (adjuntos adverbiais). Porém, a relação de regência também está presente em orações dependentes. Analise:
- Os pais se emocionaram com a decoração de dia dos pais.
Na frase acima, é claro perceber que o verbo “emocionar” necessita de um complemento, pois quem se emociona, se emociona com algo ou alguém. Se o termo regido for retirado da oração ficara com o sentido vago, observe: “Os pais se emocionaram”. O verbo emocionar, precisa de um complemente já que existe inúmeras coisas pelas quais os pais podem se emocionar, com isso para complementar a frase é necessário a preposição “com”.
2.1. Regência e o verbo “Aspirar”:
O verbo “aspirar” vai variar de acordo com a relação com a preposição, deste modo à alterações de significado da expressão.
Pode se apresentar o verbo “aspirar” em:
Transitivo direto: está para o sentido de respirar, cheirar, inalar e não rege qualquer preposição.
Transitivo indireto: aponta para o sentido de almejar, desejar. Neste caso, não aceita os pronomes lhe, lhes por isso é necessário substituí-los por a ele, a ela, a eles, a elas.
2.2. Regência e o verbo “Assistir”:
O verbo “assistir” vai variar de acordo com a relação com a preposição, deste modo à alterações de significado da expressão.
Pode se apresentar o verbo “assistir” em:
Transitivo direto: no sentido de socorrer, prestar assistência e não rege qualquer preposição.
Transitivo indireto: no sentido de presenciar, ver, observar. Neste caso, não aceita os pronomes lhe, lhes por isso é necessário substituí-los por a ele, a ela, a eles, a elas.
2.3. Regência e o verbo “Custar”:
No sentido de ser difícil, pede objeto indireto com a preposição "a" seguido de oração infinitiva.
Exemplo: Custou ao aluno aceitar o fato.
2.4. Regência de alguns verbos: 
(Com algumas modificações realizada pelo Jorge Viana de Moraes, Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação é mestre em Letras pela Universidade de São Paulo. Atua como professor em cursos de graduação e pós-graduação na área de Letras, a presente tabela fora extraída do livro Língua Portuguesa: noções básicas para cursos superiores, de Maria. Margarida de Andrade e Antônio Henriques, São Paulo: Atlas Editora, 1991.)
2.4.1. Verbos com variação de regência e sem variação de significado:
	Verbos - exemplos
	sentido
	regência
	Casar
"Vai casar?" ( Machado de Assis)
	desposar
unir-se
	intransitivo
	"Titia não quer casar antes dos vinte." (Machado de Assis)
	idem
	transitivo indireto
	Esquecer
"Mas a mãe nunca pudera esquecer a tribo , e chorava." (Cecília Meireles)
	perder a lembrança
abandonar
deixar relegar
	transitivo direto
2.4.2.  Verbos com variação de regência e significado:
	Verbos – exemplos
	Sentido
	regência
	Atender
“As mucamas faziam prodígios, atendendo a um e a outro.” (Coelho Neto)
	Servir
	transitivo indireto
	O juiz não atendeu o pedido.
	deferir
aceitar
	transitivo direto
	Declinar
“Eram dadas cinco da tarde, a calma declinava...” (Almeida Garrett)
	baixar
desaparecer
pôr-se
	intransitivo
	“Eleito governador, ao volver da campanha, em 1834, declinou da honra...” (Rui Barbosa)
	Recusar
	transitivo indireto
	Deparar
"E foi quando surpreendidos deparamos com a mesa." (Clarice Lispector)
	encontrar
ver
cruzar
	transitivo indireto
3. REGÊNCIA NOMINAL:
A regência nominal, nada mais é do que a relação entre um nome e seu complemento, exigindo o uso de uma determinada preposição. Essa exigência vem da característica semântica do termo regente (pede complemento) e do termo regido (completa o sentido), e da harmonia entre os sons das palavras, já que não há regras que determinem a regência por esta vir com o nome desde sua origem. Sendo assim, dependendo do sentido que quer ser transmitido, há a admissão ou rejeição de uma preposição.
O termo regido pode pertencer a várias classificações, sendo elas morfológicas ou sintáticas, como por exemplo: numeral, substantivo, pronome, palavra ou expressão substantivada, e oração subordinada substantiva completiva nominal; essas classificações acabam influenciando na regência, pois diversos nomes derivados de verbos apresentam exatamente a mesma preferência de preposições que os verbos dos quais derivaram.
Um exemplo de verbo que foi substantivado e transferiu sua regência para o nome derivado é o verbo NECESSITAR, que pede pela preposição DE assim como o substantivo NECESSIDADE que derivou do mesmo. 
Exemplo: As pessoas necessitam de carinho.
	 Aquele garoto tem necessidade de carinho.
Há outros casos que o termo regente possui diversas regências, possibilitando a “combinação” com várias preposições e a confusão na hora de escolher qual a correta para ser utilizada naquele momento. Para reconhecer isso, como já mencionado antes, é preciso identificar o sentido que deve ser expresso, além de verificar qual preposição soa melhor ao ouvir a frase completa.
Um exemplo de regente que possui diversas regências é o substantivo AMOR, que pode pedir as preposições A (ou “à” quando precedida de um nome feminino), DE, PARA, COM e POR. Cada uma dessas preposições deve ser utilizada em ocasiões diferentes, e ao falar uma frase, devemos analisar qual delas precisamos usar.
Exemplos: Aninha sentia um amor de irmão por seu melhor amigo.
	 O garoto declarou seu amor à garota.
	 Minha mãe deu todo seu amor para mim.
Apesar de não apresentar regras, a regência nominal apresenta uma estrutura padrão para as orações, sendo ela:
SUJEITO + VERBO + OBJETO + PREPOSIÇÃO + COMPLEMENTO NOMINAL
3.1. Outros exemplos de regência nominal:
Segue abaixo uma tabela com alguns exemplos de substantivos e adjetivos com suas respectivas preposições, retirada (e modificada) do livro “Regência nominal e verbal sem segredo” de Sérgio Simões da série Palavra Final v. 2, utilizado pela Universidade Nove de Julho (UNINOVE).
	NOMES
	PREPOSIÇÕES
	Acordo
	Com; com ... para; sobre; com ...
sobre; para, entre; entre ... para.
	Busca
	A; de; por.
	Compromisso
	Com; entre; para; diante de;
perante.
	Dispensado
	A; de; para; por; de ... para.
	Instrução
	A; para; sobre; a ... para; a... sobre.
	Queixa
	A ... sobre; contra; de.
	Tendência
	A; de; em; para.
	Vantagem
	A; de; em; sobre.
4. Conclusão
Em suma, na regência verbal o termo regente é o verbo e o termo regido é o complemento. Para se entender regência verbal é necessário dominar o assunto de verbos transitivos diretos, indiretos, direitos e indiretos e intransitivos. Além disso é necessário a análise de preposição e observar se o sujeito precisa de auxílio. 
Deste modo, os verbos transitivos diretos não têm sentido completo e pedem um objeto para complementar a oração, sem uso da preposição; transitivo indireto não têm sentido completo e o complemento da oração pede preposição; transitivos diretos e indiretos por possuir dois complementos na mesma frase, um com preposição e outro sem; intransitivo são verbos que não transitam, ou seja, não exigem complemento.
Já na regência nominal, é necessário o conhecimento da origem de algumas palavras, já que as mesmas podem apresentar a mesma regência que suas origens. Além disso, é preciso também saber identificar qual o sentido do nome que será utilizado, prestando atenção a que preposição usar para que esse sentido permaneça o mesmo na frase.
Portanto, os termos regentes podem exigir diversos tipos de preposição quando acompanhadosde complementos, complementos esses que podem ser até mesmo uma oração inteira que possua função de complemento nominal na sintaxe.

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