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Avaliação Nutricional do Paciente Hospitalizado 2017 (1)

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Avaliação Nutricional do 
Paciente Hospitalizado 
Profª Marina Petribú 
Nutrição Clínica 1 
Avaliação Nutricional do 
Paciente Hospitalizado 
Ø É a interpretação conjunta de todos os 
parâmetros; 
Ø OBJETIVOS: 
 - Obter um diagnóstico nutricional preciso; 
 - Analisar o prognóstico do risco nutricional; 
 - Avaliar o resultado da Terapia Nutricional; 
A avaliação nutricional é parte fundamental do 
estudo integral e da atenção de boa qualidade 
dispensada ao paciente hospitalizado. 
Objetivos do Método de 
Avaliação Nutricional 
Validade Credibilidade 
A ferramenta 
medir os dados 
que propõe 
Pouca variação 
entre os 
observadores 
Praticidade 
Os profissionais 
devem considerar o 
método rápido, 
simples e decisivo 
Raslan et al, 2008; Maicá & Schweigert, 2008 
Especificidade 
Ao estado 
nutricional 
Sensibilidade 
Às modificações 
do EN 
Avaliação Nutricional 
MÉTODOS OBJETIVOS MÉTODOS SUBJETIVOS 
Antropometria Exame físico 
Composição corpórea Avaliação Global Subjetiva 
Parâmetros bioquímicos 
Consumo alimentar 
Cuppari, 2005 
Antropometria 
Ø É a medida do tamanho corpóreo e de 
suas proporções; 
Ø Peso corporal (PC)*; 
Ø Estatura (E); 
Ø  Índice Massa Corporal (IMC)*; 
Ø Espessura de dobras cutâneas; 
Ø Circunferência do braço (CB); 
Ø Circunferência muscular do braço (CMB). 
*O peso pode estar significativamente modificado devido à depleção de volume 
ou de sua sobrecarga 
 Fontoura et al, 2006 
Peso 
Peso usual → referência na avaliação das 
mudanças recentes de peso; impossibilidade de 
medir o peso atual. 
Peso ideal ou desejável = IMC desejado x 
estatura (m)2. 
Cuppari, 2005 
Paciente edemaciado → peso seco (após a diálise) 
ou descontar edema do peso atual. 
Peso atual → em uma balança calibrada, o 
indivíduo deve posicionar-se em pé, no centro da 
base da balança, descalço e com roupas leves. 
Peso 
Ø PESO SEM EDEMA 
Edema EXCESSO DE PESO HÍDRICO 
+ Tornozelo 1 kg 
++ Joelho 3 a 4 kg 
+++ Raiz de coxa 5 a 6 kg 
++++ Anasarca 10 a 12 kg 
Peso 
Ø Estimativa do grau de peso de acordo 
com o grau de ascite 
Grau de ascite/ 
edema 
Líquido ascítico 
(Kg) 
Edema periférico 
(Kg) 
Leve 2,2 1 
Moderado 6 5 
Grave 14 10 
Peso 
Adequação do peso (%) = peso atual x 100 
 peso ideal 
ADEQUAÇÃO DO PESO (%) ESTADO NUTRICIONAL 
≤ 70 Desnutrição Grave 
70,1 a 80 Desnutrição Moderada 
80,1 a 90 Desnutrição Leve 
90,1 a 110 Eutrofia 
110,1 a 120 Sobrepeso 
> 120 Obesidade 
Classificação do estado nutricional de acordo 
com a adequação do peso 
Cuppari, 2005 
Peso 
Peso ajustado* = (peso ideal – peso atual) x 0,25 
+ peso atual 
*Usado quando a adequação do peso for < 90% ou > 110% 
Cuppari, 2005; Martins, 2000 
Peso Ideal para amputados = (100% - % do segmento amputado) X Peso Ideal 
 100 
Membro Amputado Proporção de Peso (%) 
Mão 0,8 
Antebraço 2,3 
Braço até o ombro 6,6 
Pé 1,7 
Perna abaixo do joelho 7,0 
Perna acima do joelho 11,0 
Perna inteira 18,6 
Estimativa de Peso – Chumlea, 1985 
Homem = [(0,98 x CP) + (1,16 x AJ) + 1,73 x CB + (0,37 x PCSE) – 81,69] 
Mulher = [(1,27 x CP) + ((0,87 x AJ) + (0,98 x CB) + (0,4 x PCSE) – 62,35] 
CP = Circunferência da Panturrilha; 
AJ = Altura do Joelho; 
CB = Circunferência do Braço; 
PCSE = Prega Cutânea Subescapular. 
Cuppari, 2005 
Estimativa de Peso – Lee e 
Nieman (1995) 
Escala de figuras para 
estimativa do IMC 
Saúde em Revista 37
ESCALA DE FIGURAS APLICADA À AVALIAÇÃO SUBJETIVA DO IMC DE PACIENTES ACAMADOS
Figura 1. Escala de figuras para estimativa do índice de massa corporal.
O critério de inclusão foi que o paciente apre-
sentasse condições de permanecer em pé e ereto
para a obtenção do peso e da altura adequada-
mente.
Depois de tomadas as medidas, realizou-se a
comparação, estabelecendo o grau de correlação
entre o IMC real, obtido pelas medidas objetivas
de peso e altura, com o IMC obtido subjetivamen-
te, expresso numa escala de nove figuras, adapta-
da de Spitzer et al.,19 que contempla desenhos
para pessoas magras, normais e obesas (fig. 1). 
A tomada das medidas objetivas e a compara-
ção com a escala de figuras foram realizadas por
observadoras treinadas e capacitadas para a fun-
ção. Para a tomada de peso e altura, utilizou-se
balança mecânica (Welmy, Brasil) colocada em lo-
cal plano, devidamente aferida e travada. O pacien-
te encontrava-se o mais próximo possível da nudez,
e a tomada das medidas foi efetuada no período da
tarde, entre 13 e 15 h, seguindo a metodologia
descrita por Rocha.18
Após a coleta das medidas objetivas, fez-se a
comparação visual entre os pacientes seleciona-
dos e as nove figuras contempladas na escala. As
avaliadoras desconheciam as medidas objetivas
desses indivíduos.
Efetuou-se, também, a tomada das medidas
de largura de ombros e diâmetros da cintura e
quadril, com o auxílio de antropômetro (Cescorf,
Brasil). A posição do paciente para a tomada des-
sas medidas foi a descrita por Rocha.18
Depois de concluídas as medidas objetivas e
feita a comparação com a escala de figuras, pro-
cedeu-se ao tratamento estatístico dos dados, uti-
lizando os programas para computador Excel
(2000) para Windows 98 e Sgma Stat (SPSS, ver-
são 11.5). As comparações entre duas médias fo-
ram efetuadas pelo teste t de Student, e as
correlações, pelo teste de Pearson, considerando-
se como probabilidade significativa P < 0,05.
Além disso, os resultados foram submetidos à re-
gressão linear múltipla.
Todos os participantes assinaram um consen-
timento livre e esclarecido, após a explicação dos
propósitos do trabalho.
RESULTADOS
Nas observações realizadas, os pacientes fo-
ram enquadrados em seis das nove figuras possí-
HOMEM
MULHER
Saude_10.book Page 37 Tuesday, March 16, 2004 6:34 PM
 38 SAÚDE REV., Piracicaba, 5(10): 35-41, 2003
veis. Ao se calcular o IMC dos pacientes
agrupados conforme a figura indicada pelo ob-
servador, verificou-se que esses grupos se encon-
travam num intervalo de IMC crescente e
proporcional, conforme a distribuição na tabela
1 e a figura 2. Não houve diferenças nas compa-
rações entre homens e mulheres.
Conforme mostra a figura 3, houve forte corre-
lação positiva entre a escala de figuras e o IMC obti-
do das medidas objetivas (r = 0,803, P < 0,005).
Tabela 1. Distribuição do IMC obtido das medidas objetivas entre as figuras (mediana +_ desvio padrão).
Não houve diferenças pelo teste t de Student entre os sexos P > 0,05.
Figura 2. IMC médio obtido das medidas objetivas em relação a cada figura da escala.
Figura 3. Correlação entre o número da figura e o IMC obtido das medidas objetivas (r = 0,803, P < 0,005, n = 124), 
pela correlação de Pearson.
FIGURA HOMEM MULHER
1 - -
2 20,06 +_ 1,89 19,55 +_ 2,69
3 22,75 +_ 2,80 20,84 +_ 3,28
4 24,83 +_ 2,23 24,13 +_ 1,71
5 26,04 +_ 2,58 28,62 +_ 2,56
6 29,73 +_ 3,25 31,22 +_ 3,51
7 31,70 +_ 5,06 34,44 +_ 4,19
8 - -
9 - -
Saude_10.book Page 38 Tuesday, March 16, 2004 6:34 PM
Escala de figuras para 
estimativa do IMC 
Perda Ponderal Recente 
Cuppari, 2005 
Perda de Peso (%) = (peso usual – peso atual) x 100 
 peso usual 
TEMPO PERDA SIGNIFICATIVA 
DE PESO (%) 
PERDA GRAVE DE 
PESO (%) 
1 semana 1 a 2 > 2 
1 mês 5 > 5 
3 meses 7,5 > 7,5 
6 meses 10 > 10 
Significado da perda de peso em relação ao tempo 
IMPORTANTE FATOR PROGNÓSTICO! RELACIONADA À SOBREVIDA. 
Cautela na interpretação do peso 
nas seguintes situações: 
Ø  Presença de edema e ascite → ↑ fluidos 
extracelulares; 
Ø  Obesos com rápida perda de peso → a atrofia 
de tecido magro e celular é parcialmente 
mascarada pela gordura residual; 
Ø  Mudança na ingestão de sódio → reajuste de 
fluidos e alterações de peso corporal; 
Ø  Crescimento tumoral maciço ou organomegalia 
→ mascarar perda de tecido gorduroso e magro; 
Estatura 
Ø Estadiômetro ou antropômetro; 
Ø  Indivíduo em pé, descalço, com os 
calcanhares juntos, costas retas e braços 
estendidos ao longo do corpo.Cuppari, 2005 
Estatura - idosos 
Ø Achatamento das vértebras; 
Ø ↓ dos discos intervertebrais; 
Ø Cifose dorsal; 
Ø Arqueamento dos membros inferiores; 
Ø ↓ do arco plantar; 
↓ 1 a 2cm estatura/ década 
Idosos, acamados ou deficientes físicos → 
recomenda-se utilizar a estatura estimada. 
Métodos alternativos para 
estimativa da estatura 
Cuppari, 2005 
Altura do Joelho → indivíduo 
e m p o s i ç ã o s u p i n a o u 
sentado o mais próximo 
possível da extremidade da 
cade i ra , com o joe lho 
esquerdo flexionado em 90º 
→ comprimento entre o 
calcanhar e a superfície 
anterior da perna na altura do 
joelho → régua ou calibrador 
específico. 
Homens = [64,19 – (0,04 x idade) + (2,02 x AJ em cm)] 
Mulheres = [84,88 – (0,24 x idade) + (1,83 x AJ em cm)] 
Métodos alternativos para 
estimativa da estatura 
Cuppari, 2005 
Extensão dos braços → braços estendidos formando 
um ângulo de 90° com o corpo → distância entre os 
dedos médios das mãos usando fita métrica flexível. 
Deformidade em 
alguma 
extremidade ou 
presença de 
acesso venoso → 
distância entre 
esterno e a ponta 
do dedo médio → 
multiplicar o valor 
por 2. 
Métodos alternativos para 
estimativa da estatura 
Cuppari, 2005 
PACIENTES CONFINADOS AO LEITO 
Estatura recumbente → indivíduo em posição supina e 
com o leito horizontal completo → marcar o lençol na 
altura da extremidade da cabeça e da base do pé no 
lado direito → medir a distância entre as marcas usando 
uma fita métrica flexível. 
Índice de Massa Corpórea 
(IMC) 
IMC = Peso atual (Kg) 
 estatura (m) 2 
IMC (Kg/m2) Classificação 
< 16 Magreza grau III 
16 a 16,9 Magreza grau II 
17 a 18,4 Magreza grau I 
18,5 a 24,9 Eutrofia 
25 a 29,9 Pré-obeso 
30 a 34,9 Obesidade grau I 
35 a 39,9 Obesidade grau II 
≥ 40 Obesidade grau III 
Classificação do estado nutricional de adultos segundo o IMC 
Fonte: OMS, 1995 e 1997 Cuppari, 2005 
Índice de Massa Corpórea 
(IMC) 
IMC (Kg/m2) Classificação 
< 22 Magreza 
22 a 27 Eutrofia 
> 27 Excesso de peso 
Estado nutricional de idosos segundo o IMC 
Fonte: Lipschitz, 1994 
Cuppari, 2005 
- Alterações na composição corpórea; 
- Prevenir desnutrição. 
� Não representa a composição corporal de indivíduos 
corretamente (não diferencia massa gorda e massa magra); 
� Facilidade de mensuração e ↑ correlação com a quantidade de 
gordura corporal → bastante utilizado; 
 
IMC (Kg/m2) Classificação 
≤ 23 Baixo Peso 
23<IMC<28 Peso Normal 
28≤IMC<30 Pré Obesidade 
≥ 30 Obesidade 
Fonte: OPAS, 2001 
Composição Corpórea 
Existem vários métodos para aferição dos compartimentos 
corporais 
Tomografia computadorizada, ressonância magnética, 
hidrodensitometria,contagem total de potássio, análise 
de ativação de neutrôns, diluição de isótopos 
Custo elevado, requerem alta tecnologia, local 
apropriado, avaliadores especializados 
Pregas cutâneas, bioimpedância elétrica 
Baixo custo operacional, não são invasivos, fácil utilização 
na rotina clínica 
Dobras cutâneas 
Ø  Reflete a espessura da pele e tecido adiposo 
subcutâneo em locais específicos do corpo; 
Ø  Estima a gordura corporal total; 
Ø  Compressibilidade varia com o estado de 
hidratação, idade e entre os indivíduos; 
Técnicas para aferição de dobras 
cutâneas 
Ø  Verificar se o adipômetro encontra-se calibrado; 
Ø  Mensurar a dobra, sempre que possível, com o 
indivíduo em pé, com os braços relaxados e 
estendidos ao longo do corpo; 
Ø  Padronizar o lado que será usado para a medição 
(braço não dominante); 
Ø  Identificar, medir e marcar criteriosamente o local 
da medição das dobras cutâneas; 
Ø  Segurar firmemente a dobra, entre o polegar e o 
indicador da mão esquerda, a 1cm acima do local 
a ser medido; 
Técnicas para aferição de dobras 
cutâneas 
Ø  Destacar a dobra de modo a assegurar que o tecido 
muscular não tenha sido pinçado, garantindo 
somente a medição da pele e do tecido adiposo; 
Ø  Posicionar o adipômetro perpendicular à dobra e 
soltar a pressão das hastes lentamente; 
Ø  Manter a dobra pressionada com os dedos durante 
a aferição; 
Ø  Fazer a leitura até 4 segundos após a pressão ter 
sido aplicada; 
Técnicas para aferição de dobras 
cutâneas 
Ø  Abrir as hastes do adipômetro, para removê-lo do 
local e fechá-lo lentamente para prevenir danos ou 
perda de calibragem; 
Ø  Medir a dobra no mínimo 2 x em cada local (se 
valores diferirem +/- 5% → realizar medições 
adicionais); 
Ø  Calcular a média aritmética dos resultados 
obtidos; 
Ø  No caso de aferições de dobras em diferentes 
locais → realizar as medidas de forma rotativa ao 
invés de leitura consecutiva em cada local; 
Prega cutânea tricipital 
Ø  Mais utilizada na prática clínica; 
Ø  Ponto médio entre o acrômio e o olecrânio; 
Ø  Parte posterior do braço, com os braços relaxados e 
estendidos ao longo do corpo; 
Ø  Resultados (mm) → comparados com o padrão 
estabelecido por Frisancho (1981) de acordo com sexo e 
idade; 
Prega cutânea tricipital 
Ø  IDOSOS → gordura corporal se distribui na 
região abdominal e intramuscular → esta 
dobra não prediz com acurácia a gordura 
corporal total!!! 
Adequação da PCT (%) = PCT obtida (mm) x 100 
 PCT percentil 50 
Desnutrição 
Grave 
Desnutrição 
Moderada 
Desnutrição 
Leve 
Eutrofia Sobrepeso Obesidade 
PCT < 70% 70 a 80% 80 a 90% 90 a 110% 110 a 120% > 120% 
Estado nutricional segundo a prega cutânea tricipital 
Prega Cutânea Bicipital 
Com a palma da mão 
voltada para fora, marcar o 
local da medida 1cm acima 
do local marcado para a 
PCT. Segurar a prega 
verticalmente e aplicar o 
c a l i b r a d o r n o l o c a l 
marcado. 
Cuppari, 2005 
Prega Cutânea Subescapular 
Marcar o local logo abaixo 
do ângulo inferior da 
escápula, de tal forma que 
se possa observar um 
ângulo de 45º entre esta e 
a coluna vertebral. O 
cal ibrador deverá ser 
a p l i c a d o e s t a n d o o 
indivíduo com os braços e 
ombros relaxados. 
Cuppari, 2005 
Prega Cutânea Supra-ilíaca 
A p r e g a d e v e r á s e r 
formada na linha média 
a x i l a r , c o m o d e d o 
indicador logo acima da 
crista ilíaca, na posição 
d i a g o n a l , o u s e j a , 
segu indo a l i nha de 
clivagem natural da pele 
n o l a d o d i r e i t o d o 
indivíduo. 
Cuppari, 2005 
Pregas cutâneas 
Densidade corpórea (DC) = (A – B) x log 4 pregas 
 
A e B → coeficientes elaborados de acordo com a 
idade e o gênero 
Idade (anos) DC (sexo masculino) DC (sexo feminino) 
17 – 19 1,1620 – 0,063 x log(∑4 pregas) 1,1549 – 0,0678 x log(∑4 pregas) 
20 – 29 1,1631 – 0,0632 x log(∑4 
pregas) 
1,1599 – 0,0717 x log(∑4 pregas) 
30 – 39 1,1422 – 0,0544 x log(∑4 
pregas) 
1,1423 – 0,0632 x log(∑4 pregas) 
40-49 1,1620 – 0,07 x log(∑4 pregas) 1,1333 – 0,0612 x log(∑4 pregas) 
Acima de 50 1,1715 – 0,0779 x log(∑4 
pregas) 
1,1339 – 0,0643 x log(∑4 pregas) 
4 pregas → PCT, PCB, PCSE, PCSI 
Durnin & Womersley, 1974 
Pregas cutâneas 
Gordura corpórea (%) = 4,95 – 4,50 x 100 
 DC 
Tabelas com valores equivalentes de % de 
gordura de acordo com faixa etária e gênero para 
medida da soma das 4 pregas. 
OU 
+ fácil e prático 
A utilização dessas equações e tabelas na 
população brasileira pode resultar em erros → 
descritas para populações de diferentes 
nacionalidades. 
Siri, 1956 
Composição Corpórea 
GORDURA CORPÓREA 
(%) 
HOMENS MULHERES 
Risco de doenças e distúrbios associados à 
desnutrição 
≤ 5 ≤ 8 
Abaixo da média 6 a 14 9 a 22 
Média 15 23 
Acima da média 16 a 24 24 a 31 
Risco de doenças associadas à obesidade ≥ 25 ≥ 32 
Cuppari, 2005 
Valores de referência para porcentuais de gordura corpórea 
Pregas Cutâneas - Limitações 
Grande variabilidade inter e 
intra-avaliador 
Não são consistentes em 
situações de obesidade 
mórbida e edema 
Cuppari, 2005 
Bioimpedância (BIA) 
Ø Permite a avaliação da composição corporal 
através da estimativa da água corpórea total 
(ACT) e, a partir desta, da massa livre de 
gordura (MLG) e da percentagem de gordura 
corpórea. 
ØBaseia-se na relação entre o volume do 
condutor (corpo), o comprimento do mesmo 
(altura) e sua impedância. 
Ø A resistência é inversamente proporcional ao 
volume dos fluidos eletrolíticos do organismo. 
Fontoura et al, 2006; Maicá & Schweigert, 2008 
Bioimpedância (BIA) 
Ø  Componentes corpóreos apresentam 
resistência diferenciada à passagem da 
corrente elétrica; 
Ø Tecidos magros → altamente condutores de 
corrente elétrica (grande quantidade de água 
e eletrólitos); 
Ø Gordura, osso e pele → ↓ condutividade 
(elevada resistência). 
Ø 4 pequenos eletrodos aplicados na mão e 
punho direitos e no tornozelo e pé direitos; 
Bioimpedância - Limitações 
Ø  Paciente com alteração na distribuição hídrica: 
 - Cardíacos; 
 - Hepatopatas; 
 - Nefropatas. 
Ø  Resultados podem ser afetados por fatores 
como: 
 - Alimentação; 
 - Ingestão de líquidos; 
 - Desidratação ou retenção hídrica; 
 - Utilização de diuréticos; 
 - Ciclo menstrual. 
Maicá & Schweigert, 2008; Cuppari, 2005 
Circunferências 
Ø  Recomendadas em casos de obesidade para 
acompanhamento indiv idual , já que a 
mensuração das dobras cutâneas é dificultada 
pelo excesso de tecido adiposo; 
RECOMENDAÇÕES: 
Ø  Uso de fita métrica inextensível; 
Ø  Realização de medidas seriadas pelo mesmo 
observador; 
Ø  Evi tar compressão do tec ido adiposo 
subcutâneo no momento da medição; 
Ø  Posicionamento correto da fita; 
Circunferência do Braço 
Ø  Soma das áreas constituídas pelos tecidos 
ósseo, muscular e gorduroso; 
Ø  Braço flexionado em direção ao tórax, formando 
ângulo de 90º; 
Ø  Ponto médio entre acrômio e olécrano; 
Ø  Palma da mão voltada para a coxa. 
Adequação da CB (%) = CB obtida (cm) x 100 
 CB percentil 50 
Desnutrição 
Grave 
Desnutrição
Moderada 
Desnutrição 
Leve 
Eutrofia Sobrepeso Obesidade 
CB < 70% 70 a 80% 80 a 90% 90 a 110% 110 a 120% > 120% 
Estado nutricional segundo a circunferência do braço 
Cuppari, 2005 
Circunferência Muscular do 
Braço (CMB) 
Ø Avalia a reserva de tecido muscular (sem 
correção da área óssea); 
 CMB (cm) = CB (cm) - π x [PCT (mm) ÷ 10] 
Cuppari, 2005 
Adequação da CMB (%) = CMB obtida (cm) x 100 
 CMB percentil 50 
Desnutrição 
Grave 
Desnutrição 
Moderada 
Desnutrição 
Leve 
Eutrofia 
CMB < 70% 70 a 80% 80 a 90% 90% 
Estado nutricional segundo a circunferência muscular do braço 
Área muscular do braço 
corrigida (AMBc) 
Ø Avalia a reserva de tecido muscular 
corrigindo a massa óssea; 
Homem: 
AMBc (cm2) = [CB (cm) - π x [PCT (mm) ÷ 10]2 – 10 
 4 π 
Mulher: 
AMBc (cm2) = [CB (cm) - π x [PCT (mm) ÷ 10]2 – 6,5 
 4 π 
Normal Desnutrição leve/moderada Desnutrição Grave 
AMBc Percentil > 15 Percentil entre 5 e 15 Percentil < 5 
Estado nutricional segundo a área muscular do braço corrigida 
Cuppari, 2005 
Área de Gordura do Braço 
(AGB) 
AGB (cm2) = CB (cm) x [PCT (mm) ÷ 10] – π x [PCT (mm) ÷ 10]2 
 2 4 
Obesidade → > percentil 90 
Cuppari, 2005 
CIRCUNFERÊNCIA DA 
PANTURRILHA 
Ø Medida mais sensível da massa muscular 
nos idosos; 
Ø  Indica alterações na massa magra que 
ocorrem com a idade e decréscimo na 
atividade física; 
Ø Par t i cu la rmente recomendada na 
avaliação nutricional de pacientes 
acamados; 
CIRCUNFERÊNCIA DA 
PANTURRILHA 
Ø Perna esquerda; 
Ø Fita métrica inelástica; 
Ø Parte mais protuberante; 
Ø Adequada è≥ 31cm para 
homens e mulheres; 
Distribuição de Gordura 
Corpórea 
Excesso de 
gordura tronco-
abdominal 
Excesso de 
gordura glúteo-
femoral 
↑ Risco CV 
↑ Risco de 
artroses e 
varizes 
Obesidade Abdominal 
Ø  Composta de gordura subcutânea e gordura 
visceral; 
Ø  Tecido adiposo visceral → gordura localizada 
em torno das vísceras e no peritônio, na borda 
dorsal do intestino e na superfície ventral do rim; 
(Olinto, 2006; Sampaio, 2007) 
Obesidade Visceral 
Ø Predispõe os indivíduos a: 
 - DM; 
 - HAS; 
 - Dislipidemias; 
 - Resistência insulínica; 
 - Síndrome metabólica; 
 - Problemas cardiovasculares. 
(Ribeiro-Filho, 2006; Silva, 2006; Francischi, 2000; Rezende, 2006) 
Métodos de Imagem 
Tomografia Computadorizada 
Ressonância Nuclear Magnética 
Ultra-sonografia 
Métodos de imagem 
Ø Diferenciam a adiposidade subcutânea da 
visceral; 
Ø Limitações: 
 - alto custo; 
 - pouca disponibilidade de aparelhos; 
 - Submete os indivíduos à radioatividade (TC); 
 (RIBEIRO-FILHO et al. 2003; STOLK et al. 2001; LEITE et al. 2000; CABALLERO, 2007) 
Inviáveis para avaliação em grandes grupos de indivíduos → 
impossibilita a sua utilização como ferramenta de triagem para 
a população em geral! 
Circunferência da Cintura ou 
Circunferência Abdominal 
Ø Fita métrica não extensível; 
Ø  Indivíduo em pé; 
Ø Região mais estreita entre o tórax e o 
quadril OU ponto médio entre a última 
costela e a crista ilíaca OU cicatriz 
umbilical; 
Ø A leitura deve ser feita no momento da 
expiração. 
(OMS, 1998; Cuppari, 2009) 
Classificação do risco de complicações 
metabólicas associadas com a obesidade 
segundo a circunferência abdominal 
 
SEXO CIRCUNFERÊNCIA 
ABDOMINAL 
RISCO DE COMPLICAÇÕES 
METABÓLICAS 
Sexo masculino ≥ 94 cm Aumentado 
 ≥ 102 cm Substancialmente aumentado 
Sexo Feminino ≥ 80 cm Aumentado 
≥ 88 cm Substancialmente aumentado 
(OMS, 1997) 
Desvantagens – Circunferência 
da Cintura 
Ø Suas dimensões incluem outros tecidos e 
órgãos além do tecido adiposo; 
Ø Não separa gordura intra-abdominal da 
subcutânea; 
Ø Diferentes locais 
anatômicos usados 
para sua medição; 
(Guedes, 2006; Leite, 2000) 
Relação Cintura- Quadril 
Ø Determinado pela divisão dos perímetros 
da cintura (cm) e do quadril (cm); 
Ø Área de maior protuberância no quadril; 
Ø < 0,85 e 0,90 p/ os sexos 
feminino e masculino, 
respectivamente. 
(OMS, 2000; ABESO, 2009) 
Relação cintura-quadril 
Ø  Pobre correlação entre o TAV e a RCQ; 
Ø  Perda de peso → ↓ na CC e CQ → RCQ 
permanece inalterada ou levemente ↓, mesmo 
quando o TAV diminui significativamente; 
Ø  Pacientes diabéticos não insulino-dependentes 
→ perda muscular periférica → < CQ do que a 
esperada para a idade e IMC; 
(WEERARATHNA; LEKAMWASAM; RODRIGO, 2008; RANKINEN et al. 1999; GORAN et al. 
1998) 
Seu uso como medida substituta da gordura 
visceral deve ser evitada! 
Razão Cintura-Estatura 
Ø Divisão da CC (cm) pela estatura (cm); 
Ø Útil para identificação do risco CV; 
Ø Simplicidade de determinação; 
Ø Baseia-se em medidas de fácil obtenção; 
Ø ≥ 0,5 → obesidade abdominal e risco 
cardiovascular para homens e mulheres; 
“Mantenha a sua circunferência da 
cintura inferior a metade da sua altura” 
(OLIVEROS ; SOBERANIS, 2005; KOCH et al. 2008; ASHWELL; HSIEH, 2005; HAUN, 2009) 
 
≥ 0,53 - mulheres 
≥  0,52 - homens 
Diâmetro Sagital 
Ø Em indivíduos em posição de decúbito 
dorsal (supina): 
 - O acúmulo de gordura visceral mantém a 
altura do abdômen, no sentido sagital; 
 - A gordura subcutânea é reduzida, 
porque se espalha para os lados, devido à 
força de gravidade. 
(Sampaio, 2007; Iribarrem, 2006) 
Medição - Diâmetro Sagital 
Ø  Indivíduo em posição supina; 
Ø  Afere-se com um antropomêtro a distância entre 
o dorso em contato com a superfície e o ponto 
mais elevado do abdômen, entre a última 
costela e a crista ilíaca. 
Ø  20,5 cm e 19,3 cm em homens e mulheres, 
respectivamente; 
Circunferência do Pescoço 
Ø Medida simples; 
Ø Correlação com fatores de risco da 
síndrome metabólica; 
 
é CP 
Acúmulo de 
moléculas de 
gordura na 
parede das 
artérias 
carótidas 
Favorece o 
desenvolvimento 
de DCV 
Frizon & Boscaine, 2013 
Circunferência do Pescoço 
CP 
Aterogênese 
HAS 
ê HDL é Colesterol 
Resistência 
à insulina 
Frizon & Boscaine, 2013 
Circunferência do Pescoço 
428
Frizon e Boscaini
CP, DCV e Consumo Alimentar
Artigo Original
Rev Bras Cardiol. 2013;26(6):426-34
novembro/dezembro
A circunferência da cintura foi aferida através de fita 
métrica com 2 m de comprimento, na parte mais fina 
do abdômen,sem roupa na área da medição e em 
seguida relacionada com a estatura. A classificação da 
circunferência da cintura se deu a partir dos seguintes 
valores: <94 cm, 94-101,9 cm e ≥102 cm para homens e 
<80 cm, 80-87,9 cm e ≥88 cm, para mulheres19. 
A circunferência do pescoço foi medida na base do 
pescoço, na altura da cartilagem cricotireoidea 
(Figura 1). Em homens com proeminência, a CP foi 
aferida abaixo da proeminência20. Quanto à classificação 
da circunferência do pescoço, utilizaram-se os valores 
<37 cm e >37 cm para homens ou <34 cm e >34 cm para 
mulheres, conforme estudo de Ben-Noun et al.21. 
A circunferência do quadril foi medida no ponto mais 
saliente entre a cintura e a coxa22 e, posteriormente, 
correlacionada com a circunferência da cintura. 
Para a investigação dos hábitos alimentares, foram 
aplicados dois questionários de recordatório 24 horas 
para cada participante. Para a investigação dos fatores 
considerados como risco para doenças cardiovasculares 
foi considerada a presença de hipertensão, diabetes e 
dislipidemias.
Para facilitar o registro da quantidade dos alimentos 
consumidos, adotou-se modelo fotográfico de medidas 
caseiras, o qual permitiu ao entrevistado apontar 
qual(is) utensílio(s) costumava utilizar no seu dia a 
dia, bem como a quantidade dos alimentos por meio 
da indicação de porções23. Os entrevistados foram 
orientados a indicar as quantidades consumidas o 
mais próximo possível da quantidade realmente 
ingerida, utilizando, para tanto, os seguintes termos: 
nivelado, raso ou cheio e unidades pequenas, médias 
ou grandes. O conteúdo de energia e nutrientes foi 
calculado por meio da utilização do software Avanutri® 
(Três Rios, RJ – Brasil) 4.0. 
Todos os valores de composição nutricional dos 
alimentos citados nos recordatórios foram incluídos 
no banco de dados, tendo como referência a Tabela 
Brasileira de Composição de Alimentos – TACO24, a 
Tabela de Composição de Alimentos – IBGE25 e, no 
caso de alimentos industrializados especificados pela 
marca, foram utilizados os valores apresentados no 
rótulo. Para avaliar o consumo de energia, 
macronutrientes, fibras e ácidos graxos saturados 
foram utilizadas as Dietary Reference Intakes – DRI26
Para a análise estatística utilizou-se o programa SPSS 
versão 18.0. Todos os conjuntos de dados foram testados 
quanto à normalidade e os dados foram expressos sob 
a forma de médias e desvio-padrão. A significância 
estatística considerada foi de 5 % em todas as comparações.
As variáveis quantitativas foram descritas por 
média e desvio-padrão ou mediana e amplitude 
interquartílica. As variáveis categóricas foram 
descritas por frequências absolutas e relativas. Para 
comparar médias entre os grupos, aplicou-se o 
teste t de Student. Em caso de assimetria, o teste de 
Mann-Whitney foi utilizado. Para comparar 
proporções entre os grupos, o teste qui-quadrado de 
Pearson ou exato de Fisher foram aplicados.
Resultados
A amostra foi constituída por 155 indivíduos, 71 % (n=110) 
do sexo feminino. A média de idade foi 38,0±12,0 para 
homens e 37,7±12,2 para mulheres (p=0,607). Quanto 
à cor da pele, 84,5 % (n=131) se autodeclararam brancos 
e 15,5 % (n=24) não brancos.
Na Tabela 1 estão apresentadas as características 
sociodemográficas da amostra, bem como os fatores 
de risco cardiovascular. Em relação ao estado civil, a 
maioria [70,3 % (n=109)] tem companheiro. A faixa de 
escolaridade mais frequente foi ensino fundamental 
incompleto (36,8 %); 84,5 % dos entrevistados eram 
assalariados e 49,7 % pertenciam à classe A+B e 50,3 % 
à classe C+D. Homens apresentaram proporção 
significativamente maior de classe social mais alta 
(A+B) em comparação às mulheres (p=0,030).
A presença de hipertensão foi constatada em 22,2 % 
dos homens e 22,7 % das mulheres (p=1,000); para 
diabetes e dislipidemia a presença foi 8,9 % e 24,4 % 
para homens e 3,6 % e 18,2 % para mulheres, 
respectivamente (p=0,231 e p=0,507).
A maior parte da amostra (60,0 %) não fez uso de 
nenhum tipo de medicamento (p=0,367). O IMC 
teve média de 28,6±5,6 kg/m² para homens e 
27,2±5,5 kg/m² para mulheres (p=0,147); a frequência 
de excesso de peso e obesidade foi 36,1 % e 29,0 %, 
respectivamente.
Figura 1 
Local anatômico para definir a circunferência do pescoço.
Fonte: Vasques et al.39
Frizon & Boscaine, 2013 
Circunferência do Pescoço 
Ø Medição na base do pescoço, na altura da 
cartilagem cricotireoidea; 
Ø Homens com proeminência è aferir 
abaixo da proeminência; 
Ø Pontos de corte: ≥37cm para homens 
 ≥34cm para mulheres 
Frizon & Boscaine, 2013 
CONSUMO 
ALIMENTAR 
Consumo Alimentar 
MÉTODOS RETROSPECTIVOS MÉTODOS PROSPECTIVOS 
Recordatório de 24h Registro alimentar estimado 
Freqüência alimentar Registro alimentar pesado 
Freqüência alimentar semiquantitativa 
História dietética 
Cuppari, 2005 
Registram a 
informação 
presente 
Registram a informação 
do passado imediato ou 
de longo prazo 
•  A escolha do método depende, principalmente, do objetivo da 
investigação; 
•  Outros aspectos a serem considerados: sexo, idade, recurso, 
rapidez, praticidade, tempo disponível do entrevistador e do 
paciente, validade do método, condição fisiológica, nível de 
escolaridade e gravidade do problema de saúde. 
Inquéritos Dietéticos 
RECOMENDAÇÕES: 
Ø  Cuidado para não induzir a resposta do 
entrevistado! 
Ø  As perguntas devem ser diretas; 
Ø  O entrevistador não deve deixar transparecer a 
sua opinião para o entrevistado; 
Ø  Atenção durante o questionamento e observar 
presença de contradições → refazer a pergunta de 
forma + clara → atenuar sub ou superestimação da 
ingestão de alimentos por parte do paciente; 
Métodos Quantitativos 
Ø  OBJETIVO → conhecer a quantidade de calorias, macro e 
micronutrientes ingeridos pelo indivíduo; 
Ø  Análise feita baseada em tabelas de composição dos 
alimentos; 
 
 
Observar ingestão de suplementos alimentares e complexos 
multivitamínicos 
 
 
Ø  Conhecer o hábito alimentar do paciente; 
Métodos Qualitativos 
EXAME FÍSICO 
Semiologia 
Ø Exame físico criterioso na busca de sinais 
clínicos de deficiências nutricionais 
específicas ou atrofia de tecido celular 
subcutâneo; 
Ø Prático, simples, não-invasivo, sem custo 
adicional; 
Ø Limitações: as manifestações só são 
evidenciadas em estágios avançados de 
carência nutricional, necessidade de 
treinamento do olhar clínico. 
Rezende et al, 2007 
Sinais físicos de DEP 
Região Características 
Cabelo Perda do brilho natural, seco, fino, esparso, quebradiço, 
despigmentado, fáceis de arrancar (sem dor) 
Face Edema, palidez, sinal de chave (atrofia da musculatura temporal e 
bola gordurosa de Bichart com exposição do arco zigomático), 
geralmente a alteração é bilateral 
Olhos Hipocromia de mucosa (anemia) , xeroftalmia, queratomalácia e 
manchas de Bitot (hipovitaminose A), olhos escavados, com 
círculos escuros, pele solta e flácida (desnutrição) 
Pescoço Bócio tireoidiano (deficiência de iodo) 
T ó r a x / 
dorso 
Atrofia supra e infra-clavicular, retração intercostal e subcostal 
(“costelas aparecendo”) e atrofia paravertebral (visualização das 
vértebras) → perda de massa muscular 
M M S S e 
MMII 
Atrofia da musculatura biciptal, triciptal, adutor do polegar, 
quadríceps e panturrilha; edema. 
Abdome Escavado 
Sinais físicos de DEP 
Região Características 
Edema Déficit protéico. Observar MMII (tornozelo, perna e coxa) ou 
região lombossacra (caso o indivíduo permaneça muito tempo 
deitado) 
Pele Cor, pigmentações, lesões, turgor e presença de edema; 
Xerose, turgor e elasticidade diminuídos → desidratação 
Hiperqueratose folicular → hipovitaminose A 
Petéquia (pequenas hemorragias na pele) → def de vit K ou C 
Equimose (área de extravasamento sanguíneo > 1cm de 
diâmetro) → def de vit K 
Xantelasma (bolsas amareladas ao redor dos olhos) e/ou 
xantoma (depósito de colesterol na pele, nos tendões ou nos 
ossos, com localizações diversas, que seapresenta com a forma 
de manchas ou nódulos amarelos) → dislipidemia grave 
Unhas Forma, ângulo e contorno 
Quebradiças, rugosas ou coiloníquia → def de Fe 
Avaliação Muscular Subjetiva 
Ø E x a m e f í s i c o o r i e n t a d o p a r a 4 
grupamentos musculares, envolvidos 
obrigatoriamente nas atividades rotineiras 
diárias: 
1. Músculos Temporal e Masseter – mastigação 
2. Músculo adutor do polegar – vida laborativa 
3. Músculos Interósseos da mão – vida laborativa 
4. Músculos da Panturrilha - deambulação 
 
Músculos Temporal e Masseter 
Ø Classificação → atrofia leve, moderada e 
grave de acordo com os seguintes 
achados: 
1. Exposição do arco zigomático ou não 
2. Visualização de um contorno ósseo envolvendo 
a órbita, o arco zigomático e o ramo ascendente 
da mandíbula, sugerindo o desenho de uma 
“chave” 
 
Músculo Adutor do Polegar 
Ø A apatia induzida pela desnutrição causa 
uma redução da vida laborativa com 
conseqüente desuso progressivo do 
músculo; 
Ø Classificação → atrofia leve, moderada e 
grave de acordo com os seguintes achados: 
1.Depressão em graus variados do relevo muscular. 
2.Visualização de um contorno ósseo do indicador e 
do polegar, formando uma concha. 
 
At ro f i a da muscu la tu ra das 
panturrilhas → + precoce atrofia a 
ocorrer qd se instala o processo de 
DPC, principalmente nos pacientes 
graves em UTI 
Músculo Adutor do Polegar 
Lameu et al, 2004 
Músculo Adutor do Polegar 
Ø Local isento de tecido adiposo; 
Ø Mão sobre o joelho e cotovelo em ângulo 
de ≅ 90° sobre o membro inferior 
homolateral; 
Ø Vértice de um triângulo imaginário 
formado pela extensão do polegar e do 
dedo indicador; 
Ø Média de 3 medições. 
Lameu et al, 2004 
Índice do Músculo Adutor do 
Polegar 
iAPM = medida do APM (mm) 
 altura 2 (m) 
Lameu et al, 2004 
Músculo Adutor do Polegar 
Ø 421 adultos saudáveis bem nutridos; 
Ø Média APM homens: 12.49 ± 2.85 mm; 
Ø Média APM mulheres: 10.53 ± 2.29 mm; 
Ø Média iAPM: 4.20 ± 1.01 (sem diferença 
entre os sexos); 
Ø Sem diferença significativa entre APM e 
iAPM entre raças; 
Lameu et al, 2004 
Normal Classe I Classe II 
Homens (mm) > 9,5 7 a 9,5 < 7 
Mulheres (mm) > 8 6 a 8 < 6 
Força de Preensão Manual 
Ø  Medida da contração isométrica dos músculos da 
mão por meio do dinamômetro; 
Ø  Aparelho portátil, baixo custo; 
Ø  Sentados, com o cotovelo 
 a 90º e apoiado; 
Ø  Média de três medidas; 
Ø  O voluntário deve apertar 
 o dinamômetro com a força máxima por três 
segundos; 
Ø  Pontos de corte propostos por BUDZIARECK 
(2006): 16kgf e 13 kgf para FAMD e FAMND para o 
sexo feminino e 30kgf para o sexo masculino em 
ambas as mãos. 
Avaliação Nutricional Subjetiva 
Global (ANSG) 
Ø  Introduzida por Detsky e col. em 1987; 
Ø  História clínica, dietética e exame físico; 
Ø  Deve ser realizada em até 3 dias após a 
internação hospitalar; 
Ø  Rápida e de baixo custo; 
Ø  Não-invasiva; 
Ø  Bom índice prognóstico de mortalidade; 
Ø  Associação significativa com métodos objetivos 
de AN; 
Ø  Instrumento prognóstico e diagnóstico. 
Fontoura et al, 2006; Barbosa-Silva & Barros, 2002 
Avaliação Nutricional Subjetiva Global Modificada 
A.  HISTÓRIA 
1)  Perda de peso (últimos 6 meses): ___Kg (peso usual: ___Kg; peso atual: ___Kg) 
 nenhuma < 5% 5-10% 10-15% > 15% 
Resultado 1 2 3 4 5 
2) Mudança na ingestão alimentar 
 nenhuma dieta sólida dieta líquida dieta líquida jejum 
 insuficiente ou ↓ moderada hipocalórica 
Resultado 1 2 3 4 5 
3) Sintomas gastrointestinais (presentes por mais de 2 semanas) 
 nenhum náuseas vômitos ou diarréia anorexia 
 sintomas grave 
 moderados 
Resultado 1 2 3 4 5 
4) Incapacidade funcional 
 nenhuma dificuldade dificuldade atividade pouca 
 (ou melhora) de deambulação c/ atividades leve atividade/ 
 normais acamado 
Resultado 1 2 3 4 5 
 
Avaliação Nutricional Subjetiva Global Modificada 
B. EXAME FÍSICO 
1) Reservas diminuídas de gordura ou perda de gordura subcutânea 
 nenhuma leve moderada grave gravíssima 
Resultado 1 2 3 4 5 
2) Sinais de perda muscular 
 nenhuma leve moderada grave gravíssima 
Resultado 1 2 3 4 5 
3) Sinais de edema/ ascite 
 nenhuma leve moderada grave gravíssima 
Resultado 1 2 3 4 5 
 
RESULTADO TOTAL:____________ 
Exame físico da ASG 
Gordura 
Subcutânea 
Dicas Desnutrição 
grave 
Desnutrição 
leve/ 
moderada 
Bem Nutrido 
Abaixo dos 
olhos 
Círculos 
escuros, 
depressão, 
pele solta 
flácida, “olhos 
fundos” 
Depósito de 
gordura 
visível 
Regiões do 
tríceps e do 
bíceps 
Cuidado para 
não prender o 
músculo ao 
pinçar o local; 
movimentar a 
pele entre os 
dedos 
Pouco espaço 
de gordura 
entre os 
dedos ou os 
dedos 
praticamente 
se tocam 
Tecido 
adiposo 
abundante 
Exame físico da ASG 
Massa 
Muscular 
Dicas Desnutrição grave Desnutrição leve/ 
moderada 
Bem Nutrido 
Têmporas Observar de frente; 
olhar dos 2 lados 
Depressão Depressão leve É possível observar o 
músculo bem definido 
Clavícula Observar se o osso 
está proeminente 
Osso protuberante Osso levemente 
proeminente 
Em homens, não está 
visível; Em mulheres, 
pode estar visível, mas 
não proeminente 
Ombros Posicionar braços ao 
lado do corpo; procurar 
por ossos 
proeminentes 
Ombro em forma 
quadrada (formando 
um ângulo reto), 
com ossos 
proeminentes 
Acrômio levemente 
protuberante 
Formato arredondado na 
curva da junção do ombro 
com o pescoço e do 
ombro com o braço 
Escápula Procurar por ossos 
proeminentes; o 
paciente deve estar 
com o braço esticado p/ 
frente com a mão 
encostada numa 
superfície sólida 
Ossos 
proeminentes, 
visíveis; depressão 
entre escápula, 
costelas, ombro e 
coluna vertebral 
Depressões leves 
ou ossos 
levemente 
proeminentes 
Ossos não-proeminentes, 
sem depressões 
significativas 
Exame físico da ASG 
Massa 
Muscular 
Dicas Desnutrição grave Desnutrição leve/ 
moderada 
Bem Nutrido 
Músculo 
interósseo 
Observar no dorso 
da mão o músculo 
entre o polegar e o 
indicador qd esses 
dedos estão unidos 
Área entre o dedo 
indicador e o polegar 
achatada ou com 
depressão 
Com pequena 
depressão ou 
levemente 
achatado 
Músculo proeminente, 
pode estar levemente 
achatado (sobretudo nas 
mulheres) 
Joelho O pacientes deve 
estar sentado com 
os pés apoiados em 
uma superfície 
sólida 
Ossos proeminentes Músculos proeminentes, 
ossos não protuberantes 
Quadríceps Pinçar e sentir o 
volume do músculo 
Parte interna da 
coxa com depressão 
Parte interna da 
coxa com leve 
depressão 
Sem depressão 
Edema/ 
ascite 
Tentar 
identificar 
outras 
causas não 
relacionadas 
com a 
desnutrição 
Em pacientes com 
mobilidade, observar 
o tornozelo, 
naqueles com 
atividades muito 
leve, observar o 
sacro 
Edema 
aparentemente 
significativo 
Edema leve a 
moderado 
Sem sinais de retenção 
de líquidos 
Avaliação Nutricional Subjetiva 
Global (ANSG) 
Ø  Interpretação: 
 - 7: Adequado 
 - 8 a 20: Risco nutricional/ desnutrição leve 
 - 21 a 27: Desnutrição moderada 
 - 28 a 34: Desnutrição grave- 35: Desnutrição gravíssima 
Fontoura et al, 2006 
Desvantagens da ANSG 
Ø Precisão diagnóstica depende da experiência 
do observador; 
Ø Dificuldade para monitorar a evolução do 
paciente (ausência de critérios quantitativos). 
Maicá & Schweigert, 2008 
ASG – Adaptações nas 
especialidades clínicas 
Ø  Inicialmente proposta para pacientes 
cirúrgicos; 
Ø Atualmente utilizada em outras situações 
clínicas (forma original ou adaptada) 
Ø Pacientes nefropatas (Kalantar-Zadeh et 
al, 1999) 
Ø Pacientes com neoplasias (Ottery, 1996) 
Ø Pacientes hepatopatas (Hasse et al, 1993) 
Barbosa-Silva & Barros, 2002 
Limitações da Avaliação 
Nutricional 
Ø  Edema; 
Ø  Falta de padrões de referência para populações 
brasileiras; 
Ø  Extremos de idade e peso; 
Ø  Doença aguda; 
Ø  Custo elevado e a indisponibilidade de 
equipamentos apropriados na maioria dos 
hospitais; 
Ø  São influenciados por fatores independentes do 
estado nutricional. 
Rezende et al, 2007; Barbosa-Silva & Barros, 2002 
Quando não for possível utilizar todos os parâmetros, é 
sempre importante trabalhar com o maior número possível, 
para não haver falsas interpretações 
NÃO DEVE-SE UTILIZAR APENAS UM 
PARÂMETRO PARA AVALIAÇÃO DO ESTADO 
NUTRICIONAL 
Triagem Nutricional 
Ø Procedimento que busca identificar 
indivíduos desnutridos ou em risco de 
desnutrição com o propósito de verificar 
se uma avaliação nutricional adicional, 
mais detalhada, é necessária. 
Ø Sinaliza, precocemente, pacientes que 
poderiam beneficiar-se de TN. 
Beghetto et al, 2008 
Triagem Nutricional 
Ø Tes tes de ava l i ação nu t r i c i ona l 
freqüentemente falham em detectar o 
r i sco nu t r i c iona l por te rem s ido 
d e s e n h a d o s p a r a r e c o n h e c e r a 
desnutrição já estabelecida. 
Ø Risco nutricional → presença de fatores 
que podem acarretar e/ou agravar a 
desnutrição em pacientes hospitalizados/ 
risco de prejuízo do estado nutricional 
devido às condições clínicas atuais. 
MÉTODOS DE TRIAGEM 
NUTRICIONAL 
Ø Parte 1 – Triagem inicial 
Ø  Se a resposta for “sim” para qualquer questão, 
continue e preencha a parte 2. Se a resposta for 
“não” a todas as questões, reavalie o paciente 
semanalmente. Se for indicada uma cirurgia de 
grande porte, continue e preencha a parte 2 
Sim Não 
IMC < 20,5? 
Houve perda de peso nos últimos 3 meses? 
Houve redução na ingestão alimentar na última semana? 
Portador de doença grave, mal estado geral ou em UTI? 
Nutritional Risk Screening 2002 
(NRS 2002) 
NRS 2002 
Ø Parte 2 – Triagem final 
Estado nutricional prejudicado Gravidade da doença (aumento nas 
necessidades nutricionais) 
Ausente 
Pontuação 0 
Estado nutricional 
normal 
Ausente 
Pontuação 0 
Necessidades 
nutricionais normais 
Leve 
Pontuação 1 
Perda de peso > 5% em 
3 meses ou ingestão 
alimentar < 50 a 75% da 
necessidade normal na 
última semana 
Leve 
Pontuação 1 
 
Fratura de quadril, 
pacientes crônicos com 
complicações agudas: 
cirrose, DPOC, HD 
crônica, DM, Câncer 
Moderado 
Pontuação 2 
Perda de peso > 5% em 
2 meses + condição 
geral comprometida ou 
ingestão alimentar 25 a 
60% da necessidade 
normal na última 
semana 
Moderado 
Pontuação 2 
 
Cirurgia abdominal de 
grande porte, fraturas, 
pneumonia grave, 
leucemias e linfomas 
NRS 2002 
Ø Parte 2 – Triagem final 
Estado nutricional prejudicado Gravidade da doença (aumento nas 
necessidades nutricionais) 
Grave 
Pontuação 3 
Perda de peso > 5% em 
1 mês (>15% em 3 
meses) ou IMC 18,5 + 
condição geral 
comprometida ou 
ingestão alimentar 0 – 
25% da necessidade 
normal na última 
semana 
Grave 
Pontuação 3 
 
Trauma craniano, 
transplante de medula 
óssea, pacientes em 
cuidados intensivos 
(APACHE >10) 
Pontuação ≥ 3: o paciente está em risco nutricional e o cuidado nutricional é iniciado. 
Pontuação < 3: reavaliar paciente semanalmente. Se o paciente tem indicação para 
cirurgia de grande porte, considerar plano de cuidado nutricional para evitar riscos 
associados. 
Se ≥ 70 anos: adicionar 1 ponto no total (pontuação total ajustada à idade) 
Malnutrition Screening Tool 
Ø Valores do escore ≥ 
2 → risco nutricional. 
Ø  Instrumento fácil, 
simples, reprodutível 
e válido. 
Beghetto et al, 2008 
Nutritional Risk 
Index 
Classificação: 
Ø Ausência de risco: NRI>100; 
Ø Baixo risco: NRI=97,5 a 100; 
Ø Risco moderado: NRI=83,5 a 97,5. 
[NRI=(1,519 × albumina sérica g/L) + 41,7 
× (peso atual/peso usual)] 
Beghetto et al, 2008 
Mini Avaliação Nutricional 
Ø Originalmente → Idosos; 
Ø Atualmente → tb utilizado em adultos; 
Ø Avalia questões englobando medidas 
antropométricas (peso, altura e perda de 
peso), avaliação global (estilo de vida, uso 
de medicamentos e mobilidade), dieta 
(número de refeições, ingestão de alimentos, 
hidratação e autonomia para alimentar-se) e 
avaliação subjetiva (autopercepção do 
estado nutricional e saúde). 
Beghetto et al, 2008 
Mini Avaliação Nutricional 
Classificação: 
Ø Nutridos: idosos com MNA >24; 
Ø Risco nutricional: MNA entre 17 e 23,9; 
Ø Desnutridos: MNA <17. 
Ø Reduzida → utiliza apenas a 1ª parte do 
questionário. 
Beghetto et al, 2008 
4 Educação Continuada – Nutrição na Maturidade
Mini Avaliação Nutricional®
Mini Nutritional Assessment MNATM
:ataD:oxeS:emoN:emonerboS
:otieL:)mc( arutlA:)gk( oseP:edadI
Preencher a primeira parte deste questionário, indicando a resposta. Somar os pontos da Triagem. Caso o escore seja igual ou inferior a 11,
concluir o questionário para obter a avaliação do estado nutricional.
Triagem
A Nos últimos três meses houve diminuição da ingesta
alimentar devido a perda de apetite, problemas digestivos ou
dificuldade para mastigar ou deglutir?
0 = diminuição severa da ingesta
1 = diminuição moderada da ingesta
2 = sem diminuição da ingesta
B Perda de peso nos últimos meses
0 = superior a três quilos
1 = não sabe informar
2 = entre um e três quilos
3 = sem perda de peso
C Mobilidade
0 = restrito ao leito ou à cadeira de rodas
1 = deambula mas não é capaz de sair de casa
2 = normal
D Passou por algum estresse psicológico ou doença aguda
nos últimos três meses?
0 = sim 2 = não
E Problemas neuropsicológicos
0 = demência ou depressão graves
1 = demência leve
2 = sem problemas psicológicos
F Índice de massa corpórea (IMC = peso [kg] / estatura [m]2 )
0 = IMC < 19
1 = 19 IMC < 21
2 = 21 IMC < 23
3 = IMC 23
J Quantas refeições faz por dia?
0 = uma refeição
1 = duas refeições
2 = três refeições
K O paciente consome:
pelo menos uma porção diária de leite
ou derivados (queijo, iogurte)? sim não
duas ou mais porções semanais
de legumes ou ovos? sim não
carne, peixe ou aves todos
oãnmis?said so
0,0 = nenhuma ou uma resposta «sim»
0,5 = duas respostas «sim»
1,0 = três respostas «sim»
L O paciente consome duas ou mais porções
diárias de frutas ou vegetais?
0 = não 1 = sim
M Quantos copos de líquidos (água, suco, café, chá, leite)
o paciente consome por dia?
0,0 = menos de três copos
0,5 = três a cinco copos
1,0 = mais de cinco copos
N Modo de se alimentar
0 = não é capaz de se alimentar sozinho
1 = alimenta-se sozinho, porém com dificuldade
2 = alimenta-se sozinho sem dificuldade
O O paciente acredita ter algum problema nutricional?
0 = acredita estar desnutrido
1 = não sabe dizer
2 = acredita não ter problema nutricional
P Em comparação a outras pessoas da mesma idade,
como o paciente considera a sua própria saúde?
0,0 = não muito boa
0,5 = não sabe informar
1,0 = boa
2,0 = melhor
Q Circunferência do braço (CB) em cm
0,0 = CB < 21
0,5 = 21 CB 22
1,0 = CB > 22
R Circunferência da panturrilha (CP) em cm
0 = CP < 31 1 = CP 31
Ref.: Guigoz Y. Vellas B and Garry PJ. 1994. Mini Nutritional Assessment: A practical assessment tool for
grading the nutritional state of elderly patients. Facts and Research in Gerontology. Supplement
# 2:15-59.
Rubenstein LZ, Harker J, Guigoz Y and Vellas B. Comprehensive Geriatric Assessment (CGA) and
the MNA: An Overview of CGA, Nutritional Assessment, and Development of a ShortenedVersion
of the MNA. In: “Mini Nutritional Assessment (MNA): Research and Practice in the Elderly”. Vellas
B, Garry PJ and Guigoz Y, editors. Nestlé Nutrition Workshop Series. Clinical & Performance
Programme, vol. 1. Karger, Bâle, in press.
©1998 Société des Produits Nestlé S.A., Vevey, Switzerland, Trademark Owners
NESTLÉ NUTRITION SERVICES
G O paciente vive em sua própria casa (não em casa geriátrica
 ou hospital)
0 = não 1 = sim
H Utiliza mais de três medicamentos diferentes por dia?
0 = sim 1 = não
I Lesões de pele ou escaras?
0 = sim 1 = não
Escore de triagem (subtotal, máximo de 14 pontos)
12 pontos ou mais normal;
desnecessário continuar a avaliação
11 pontos ou menos possibilidade de desnutrição;
continuar a avaliação
Avaliação global
,
,
,
,
Avaliação global (máximo 16 pontos)
Escore da triagem
Escore total (máximo 30 pontos)
,
,
Avaliação do Estado Nutricional
de 17 a 23,5 pontos risco de desnutrição
menos de 17 pontos desnutrido
11
.9
9 
 B
RA
Quadro 2. Mini Avaliação Nutricional - MNA
Malnutrition Universal Screening 
Tool 
Ø Adultos de todos os tipos de internação; 
Ø Critérios que refletem a evolução do 
paciente: 
-  (1) perda não intencional de peso (passado); 
-  (2) IMC (presente); 
-  (3) efeito da doença aguda sobre a ingestão 
alimentar (futuro). 
Beghetto et al, 2008 
Malnutrition Universal Screening Tool 
Beghetto et al, 2008 
Limitações 
Ø Falta de validação; 
Ø Uso exclusivo de critérios subjetivos; 
Ø Ausência de técnica padrão no Brasil. 
Beghetto et al, 2008 
Cabe a cada profissional desenvolver senso 
crítico para determinar sua técnica de preferência. 
Raslan et al, 2008 
EXERCÍCIO 
Ø  J.P.A., sexo masculino, 67 anos, admitido no 
hospital após sofrer acidente de moto com lesão 
em membro inferior direito, com necessidade de 
reparação cirúrgica. Não sabe quantificar o peso 
e nem a altura. Acamado, encontra-se 
impossibilitado de realizar a maioria das 
aferições antropométricas. Tem aparência de ter 
baixo peso. Foi aferido pelo nutricionista a altura 
do joelho (AJ = 54cm). Refere náuseas e 
vômitos. 
 
EXERCÍCIO 
Ø  Com base nestas informações, responda: 
 
a) Na realização do exame físico, que regiões 
você observaria no paciente para avaliar: 
 - perda de gordura subcutânea? 
 - perda de massa muscular? 
b) Qual a altura estimada do paciente? 
c) Que peso você usaria para calcular as 
necessidades nutricionais do paciente? Calcule-o 
e justifique a sua resposta. 
EXERCÍCIO 
d) Com relação à consistência das dietas 
hospitalares, que tipo de dieta você prescreveria 
para o referido paciente? 
e) Calcule uma dieta para o referido paciente 
levando em consideração uma recomendação 
nutricional de 30Kcal/Kg/dia e 1,0g/Kg/dia de 
proteína, atendendo a consistência dietética 
proposta no item anterior. 
f) Para cada item da dieta proposta, inclua três 
opções de substituição.

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