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PROJETO DE ENSINO A MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL


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4
Faculdades Integradas Norte do Paraná – UNOPAR
SISTEMA DE ENSINO A DISTÂNCIA
PEDAGOGIA - LICENCIATURA
JAQUELINE DOS SANTOS NEVES
PROJETO DE ENSINO EM PEDAGOGIA
A MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
São Francisco do Itabapoana - RJ
2021
JAQUELINE DOS SANTOS NEVES
PROJETO DE ENSINO EM PEDAGOGIA
A MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Projeto de Ensino apresentado à Faculdades Integradas Norte do Paraná – UNOPAR, como requisito parcial à conclusão do Curso de Pedagogia.
Tutora à Distância: Profª. Rosana Cardoso Moraes.
São Francisco do Itabapoana - RJ
2021
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	4
1	TEMA GERAL	5
2	JUSTIFICATIVA	6
3	PARTICIPANTES	8
4	OBJETIVO	9
4.1 OBJETIVO GERAL	9
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS	9
5	PROBLEMATIZAÇÃO	10
6	REFERENCIAL TEÓRICO	11
6.1 TRABALHANDO A MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL	12
6.2 A ORALIDADE E A MATEMÁTICA	13
6.3 A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DA MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL	14
7	METODOLOGIA	16
8	 CRONOGRAMA	18
9	RECURSOS 	19
10	AVALIAÇÃO 	20
CONSIDERAÇÕES FINAIS	21
REFERÊNCIAS	22
INTRODUÇÃO
A matemática é de origem grega e significa "ciência", "conhecimento", "aprendizagem". De uma forma simplificada poderia defini-la como "a ciência do raciocínio lógico e abstrato". Ela se preocupa muito com o que é exato e principalmente em ser exata. Muitos acreditam e fazem da matemática uma pedra no sapato, mas o problema não está na matemática, e sim na forma com que se enxerga os problemas matemáticos e também na maneira de pensar matematicamente.
Este projeto busca compreender a iniciação a aprendizagem da matemática na educação infantil, considerando que a matemática nesta faixa etária deva encorajar os alunos a explorar a grande variedade de ideias numéricas, relativas, medidas, geometria, noções de probabilidade, estatística e porcentagem (mesmo que ainda não tenham um conhecimento básico), despertando o interesse, a curiosidade e o prazer de pensar e fazer matemática. 
O objetivo é mostrar o quão é importante o ensino da matemática desde a educação infantil e que isso ajuda a criança a organizar experiências que privilegiem a formação de seus diferentes conceitos. 
Os números são importantes e fazem parte do nosso dia-a-dia, por isso a urgência em envolvê-los nesse contexto escolar, assim sendo, a matemática não será mais um dever escolar e sim um instrumento prazeroso na aprendizagem, uma forma de crescimento e desenvolvimento pessoal. A criança notará um mundo a sua volta, uma espécie de autonomia. 
Este projeto foi desenvolvido em base de parlendas e cantigas relacionando-as com os conteúdos de matemática, que serão trabalhados de forma dinâmica com vídeos, músicas e etc., os alunos serão avaliados através de participação, envolvimentos e desenvolvimento, assimilando os conteúdos. 
Os principais autores estudados foram: DANTE (2006) que trata sobre o desenvolvimento do raciocínio lógico, MOURA (2007) que nos fala da importância da matemática na vida do ser humano e SMOLE (2001) que expõe as diversas formas de introduzir e trabalhar situações com problemas.
1 	TEMA GERAL 
Porque matemática? O que falar sobre a matemática?
O projeto “A matemática cantada” vai mostrar aos alunos uma matemática dinâmica, prazerosa de se aprender, buscando sempre passar aos alunos conceitos matemáticos através de músicas, cantigas e parlendas. Na linha de pesquisa, relacionando matemática com música, busca aproximar a matemática das atividades cotidianas dos alunos, fazendo com que se sintam acostumados com o ensino.
	
2 	JUSTIFICATIVA
O tema escolhido partiu de muitas pesquisas realizadas na escola em que trabalho e na internet, para poder compreender a matemática, para entender como as crianças enxergam a matemática. Ao propor as atividades com músicas, parlendas, este projeto em todo tempo visou criar circunstâncias nas quais os alunos vivenciem as diferentes finalidades do número natural na vida em sociedade.
Antes mesmo de entrar na escola a criança já está em contato com a cultura recebendo várias informações. Ao tentar organizá-las, pensa matematicamente. Esse pensar acontece quando ela brinca, conversa, joga, enfim, em qualquer situação que a desafie a pensar sobre fatos, situações e problemas a serem resolvidos. O problema não está na Matemática em si, mas na forma com que enxergamos os problemas matemáticos e também na maneira de pensar matematicamente.
Entende-se que conhecimento matemático faz parte do cotidiano das pessoas desde cedo e é importante, pois contribui para o desenvolvimento intelectual, resolução de problemas, contributos essenciais em todas as áreas de estudo. Compreendendo a sua importância é preciso instigar o trabalho com a matemática desde a educação infantil, possibilitando as crianças explorar ideias numéricas, noções de probabilidade, divisão, adição, estatística e outros. Na educação infantil a aprendizagem se dá a partir da curiosidade e da animação dos alunos e cresce em função do tipo de experiências vivenciadas na sala de aula. Experiências desafiadoras incentivam a explorar ideias, levantar e testar hipóteses, construir argumentos de maneira cada vez mais sofisticada.
Entende-se então, que a Matemática tem um significado real para o desenvolvimento da criança, na resolução de situações que surgem, para entender o mundo a sua volta, que não se desenvolve por meio da necessidade individual, mas sim coletiva, pois é quando interage com as pessoas e com o meio em que vive.
Se todos os professores compreendessem que a qualidade do processo mental, não a produção de respostas corretas é a medica do desenvolvimento educativo, algo de pouco menos do que uma revolução no ensino teria lugar na escola (DEWEY, 1996, p. 128).
	É cada vez maior o conhecimento sobre como as crianças aprendem conceitos matemáticos. Pesquisas sobre a didática da disciplina aos poucos chegam aos cursos de formação e começam a difundir uma nova maneira de ensinar. O que antes era considerado erro do aluno ou falta de conhecimento do conteúdo agora se revela como a expressão de diferentes formas de raciocinar sobre um problema, que devem ser compreendidas e levadas em consideração pelo professor no planejamento das intervenções.
3 	PARTICIPANTES
Selecionada a Educação Infantil para o projeto, a elaboração deste contribuiu para o crescimento profissional, pois foram realizados vários estudos, durante um bom tempo para buscar a melhor maneira para o desenvolvimento do projeto alcançando os objetivos, dentro do tema selecionado. 
Os conteúdos trabalhados no projeto em base da educação infantil, conhecimento prévio dos alunos:
Escrita: através de produção coletiva de lista;
Oralidade: através de roda de conversa e também ao cantar e apresentar as músicas e parlendas;
Leitura: através da leitura das cantigas e parlendas;
Sequência numérica, operações (adição e sub tração), tempo (horas), números ordinais, quantidade, unidades de medida: através de atividades e situações e problemas propostos a partir das músicas e parlendas.
4 	OBJETIVO
4.1 OBJETIVO GERAL
O maior objetivo sempre foi e sempre será que os alunos adquiram conhecimento, mas para isso é necessário definir temas a serem elaborados. 
4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
· Assuntar sobre números naturais e suas funções na sociedade por meio das cantigas, música e parlendas;
· Acrescentar o conhecimento sobre os números naturais;
· Desenvolver situações que levem as crianças a pensar para descobrir soluções.
 
5 	PROBLEMATIZAÇÃO
É rotineiro constatar que as crianças crescem evitando a matemática, porque os pais, o irmão, a tia, a família inteira não gosta ou podem existir outros motivos para que a criança não goste de matemática. A intenção deste projeto é abordar uma maneira que proporcione que o aluno aprenda e goste da matemática, vendo que esta matéria não é um “monstro” e sim parte de tudo do nosso dia-a-dia. 
O mais importante é criar um ambienteque estimule a capacidade de aprender e gostar da matemática, com diversas brincadeiras de músicas, estratégias que despertem o interesse da criança.
Pensar matematicamente a respeito de uma situação problema está relacionado à capacidade de juntar, separar, repartir, estabelecer respostas entre objetos, descobrindo suas propriedades (cor, tamanho, forma, etc.) ao utilizar-se de atividades espontâneas como estas a criança estabelece relações, constrói noções matemáticas, desenvolvendo habilidades perceptivo-motoras necessárias e isto deverá ser o ponto de partida para o trabalho com a Matemática na Educação Infantil.
Desta forma, o presente estudo pretende demonstrar a importância da matemática desde a educação infantil. Através de atividades dinâmicas e prazerosas estruturando experiências que levarão à construção dos conceitos de número, quantidade, tempo, medidas, entre outros. 
A criança quando inicia sua vida escolar, já possui prévios conhecimentos de mundo, restando ao professor explorar todos esses conhecimentos de maneira lúdica, especifica e mais a fundo em algumas áreas do conhecimento. 
Através de livros infantis os educadores podem estimular, provocando nos alunos pensamentos matemáticos, fazendo perguntas durante a leitura, mostrando imagens, envolvendo-as com as histórias. 
Desenvolver integralmente a criança a partir de situações típicas da infância, como por exemplo, jogar e brincar em um espaço reservado, pensado e organizado para tal objetivo, para que ela contemple o seu próprio caráter espontâneo das atividades infantis é um dos grandes desafios que a educação infantil enfrenta.
6 	REFERENCIAL TEÓRICO
A matemática faz parte da vida de todos nós desde o primeiro momento, quando criança começa a socialização entre familiares, a participar de notícias em geral e a qualquer assunto que remeta a pensar, raciocinar, contar, utilizar os números e formas. A criança, já começa a contar sem a menor dificuldade, a fazer relações com o que compra e o que ainda pode comprar e sem saber que a matemática faz parte dos seus dias e de cada ação desenvolvida. Mas, quando se entra na escola alguns alunos enxergam o aprendizado da matemática como um obstáculo e a partir daí vão surgindo as dificuldades que precisam ser reparadas desde o início, para que essa disciplina prazerosa e importante não seja caracterizada como um problema de dificuldade de aprendizagem.
Assim, o ensino e aprendizagem da matemática dependem muito das práticas e concepções dos educadores, sendo de grande importância para que a criança, a partir do ensino construa seu conhecimento e consiga passar pelas outras etapas dessa disciplina, relacionando com o que aprendeu desde o início para assim não gerar dificuldades de aprendizagem. 
Quando pensamos no ensino da matemática que tivemos, uma série de imagens nos vem à mente. Essas imagens passam pela contagem de “pausinhos” em numerais com rostinhos na pré-escola, incontáveis “continhas de mais e menos”, pelas competições de tabuada e chegam até as expressões numéricas que ocupavam uma folha inteira do caderno. Observa-se, portanto, que a Matemática escolar se restringia aos números e às quatro operações elementares. 
Muito tempo se passou, no entanto, muitas dessas práticas sobrevivem nas escolas, por isso pergunta-se: deveria ser diferente? Por quê? Em quê? Uma das maneiras de prosseguir nessa discussão consiste em tentar compreender quem estamos educando e para que educamos.
Os números, suas representações e a necessidade de operar quantidades que estão presentes em práticas cotidianas e compõem o nosso modo de ver o mundo, de descrevê-lo, de analisá-lo e de agir nele e sobre ele. Por isso, impregnam grande parte das nossas práticas de leitura e escrita, assim, afim de promovermos uma alfabetização no sentido amplo, é necessário incluir o trabalho com o conceito, registro e as operações com números naturais, sempre em situações de uso, entre nossas responsabilidades como alfabetizadores.
A matemática está presente nas atividades que a criança realiza, das mais simples até as mais difíceis, reconhecendo quantidades, relacionando eventos no espaço e no tempo, propiciando noções de grandezas, comprimento e outros. As crianças já trazem para a escola conhecimentos, ideias e discernimentos construídos através das experiências que vivem em seu cotidiano. Elas chegam à sala de aula com as ferramentas básicas para, por exemplo, classificar, ordenar, quantificar e medir. E, além disso, aprendem a atuar de acordo com os recursos, dependências e as restrições de seu meio. 
Sendo assim, cabe ao educador construir uma estruturação da ação pedagógica que respeite e propicie o desenvolvimento integral das crianças. As contribuições são muitas quando o professor leva o jogo para a sala de aula, quando os alunos confeccionam seus jogos e quando a professora se envolve nas atividades.
6.1 	TRABALHANDO A MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
A matemática é fundamental para o desenvolvimento intelectual das crianças, ajuda-as a ser lógicas, a raciocinar de forma ordenada e a ter uma mente preparada para o pensamento, a crítica e a abstração.
A matemática molda atitudes e valores nas crianças, pois garante uma base sólida, segurança nos procedimentos e confiança nos resultados obtidos. Tudo isso cria nas crianças uma disposição consciente e favorável para realizar ações que levem à solução dos problemas que enfrentam todos os dias.
Brincando, jogando, cantando, ouvindo histórias, o aluno estabelece conexões entre a Matemática e as demais áreas. Visando sempre o desenvolvimento das habilidades descritas a seguir e que constam no Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil.
Estabelecer aproximações de algumas noções matemáticas presentes em seu cotidiano, como contagem, relações espaciais, etc.; Reconhecer e valorizar os números, as operações numéricas, as contagens orais e as noções espaciais como ferramentas necessárias ao seu cotidiano; Comunicar ideias matemáticas, hipóteses, processos utilizados e resultados encontrados em situações-problema relativas à quantidade, ao espaço físico e à medida, utilizando a linguagem oral e a linguagem matemática; Confiança em suas próprias estratégias e em sua capacidade de lidar com situações matemáticas novas, usando os conhecimentos prévios (MEC/SEF, 1998).
Por sua vez, a matemática é importante porque contribui para a formação de valores nas crianças, determinando suas atitudes e comportamentos. Eles servem como padrões para guiar sua vida, um estilo de enfrentamento da realidade lógica e coerente, a busca pela exatidão nos resultados, uma compreensão e expressão claras através do uso de símbolos, a capacidade de abstração, raciocínio e generalização, e a percepção da criatividade como um valor.
A principal função da matemática é desenvolver o pensamento lógico, interpretar a realidade e compreender uma forma de linguagem. O início da entrada no mundo da matemática requer um processo de abstração, por isso desde a educação infantil se trabalha com conceitos matemáticos básicos e desenvolve as primeiras noções lógicas das crianças. É por isso que é muito importante que as primeiras estruturas conceituais da matemática sejam criadas no nível da pré-escola e da família, como classificação e serialização, esses conceitos são eventualmente consolidados e o conceito de número é formado.
A importância da matemática na educação infantil ajuda as crianças a construir conceitos matemáticos básicos por conta própria e, de acordo com suas estruturas, utilizar os diversos conhecimentos que adquiriram ao longo de seu desenvolvimento.
Receber educação adequada o mais rápido possível está associado aos processos de desenvolvimento do cérebro. A educação infantil tem um impacto que dura até a idade adulta.
6.2 	A ORALIDADE E A MATEMÁTICA
	Uma habilidade básica para aprender matemática é a comunicação oral, compreensão leitora e escrita. A alfabetização e a matemática são duas áreas importantes de habilidades que se desenvolvem durante o período daeducação infantil. As habilidades iniciais de letramento e numeramento são essenciais para o sucesso escolar e o desempenho das crianças nessas áreas tende a ser estável com o tempo.
	A matemática é expressa por símbolos (números, sinais e gráficos). O aluno precisa realizar a leitura, compreender enunciados matemáticos, interpretar, bem como compreender as operações que matemática oferece.
	A comunicação auxilia na organização do pensamento, promovendo o intercâmbio social. Quanto mais oportunidades o aluno tiver para falar, escrever, desenhar, compartilhar sentidos e refletir sobre sua ação e a dos colegas, mais forte será a apreensão do significado do que está sendo trabalhado. 
	Segundo Smole (2001): 
Ouvir, falar, ler, escrever, desenhar são competências básicas para que os alunos aprendam conceitos em qualquer tempo e servem tanto para levá-los a interagir uns com os outros quanto para que desenvolvam uma melhor compreensão das noções envolvidas em uma dada atividade, pois qualquer meio que sirva para registrar ou transmitir informação incentiva a capacidade de compreensão e de análise sobre o que se está realizando.
	Normalmente pensa em alfabetização e habilidades matemáticas iniciais como áreas separadas de desenvolvimento. Geralmente, avaliam-se essas habilidades usando tarefas diferentes e usando diferentes atividades de instrução para promover a aquisição de habilidades nessas áreas. No entanto, há conexões cognitivas importantes entre a alfabetização e o desenvolvimento de habilidades com números que podem ajudar a pensar mais amplamente sobre o aprendizado acadêmico inicial das crianças. Em última análise, é possível usar essas informações para criar ambientes ricos que apoiam o desenvolvimento de habilidades de alfabetização e numeramento na educação infantil.
6.3 	A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DA MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Para Moura (2007), a Matemática é vista como um conhecimento “organizado ao longo do desenvolvimento da humanidade”. E os adultos veem a necessidade de integrar o novo, quando este nasce, ao longo do universo cultural já constituído, e este, por sua vez, contempla a Matemática. Assim, a criança vai se apropriando gradativamente da linguagem matemática e utiliza-se dela para resolver problemas como quantificar brinquedos, comparar quantidades, acompanhar os pais em situações de compra, etc. 
Assim, pode-se afirmar que a Matemática é um produto da necessidade humana e que se faz fundamental para integrar a criança na cultura e promover seu desenvolvimento. Deste modo, de acordo com Moura (2007) quando ele aponta que,
A necessidade gera ações e operações que ao serem realizadas com instrumentos, permitem o aprimoramento constante da vida humana. A Matemática é um desses instrumentos que capacitam o homem para satisfazer a necessidade de relacionar-se para resolver problemas, em que os conhecimentos produzidos a partir dos problemas colocados pela relação estabelecida entre os homens e com a natureza foram-se especificando em determinados tipos de linguagem que se classificam como sendo matemática (p. 48).
Diante de tantas críticas em relação ao modelo de ensino de matemática na educação infantil, é fundamental pensar em algo que a torne interessante e significativa para as crianças. 
Uma única palavra responde a todas as perguntas: planejamento, que implica tomar decisões, formular objetivos, selecionar procedimentos metodológicos e os critérios e instrumentos de avaliação. Planejamento nem sempre quer dizer que tudo vai acontecer como previsto, imprevistos acontecem e deve-se estar preparado para lidar com eles.
[...] o planejamento pode ser definido como um processo que considera os aspectos destacados pelas dimensões anteriormente demonstradas, no sentido de alcançar uma situação desejada de maneira mais eficiente e efetiva, com a melhor concentração de esforços e recursos pela organização (OLIVEIRA, 1996, p. 245).
Nessa concepção, o ensino é um conjunto de atividades sistemáticas cuidadosamente planejadas, nas quais o professor e o aluno compartilham parcelas cada vez maiores de significados com relação aos conteúdo do currículo escolar, ou seja, o professor guia suas ações para que o aluno participe em tarefas e atividades que o façam se aproximar cada vez mais dos conteúdos que a escola tem para lhe ensinar.
DANTE (1996) nos faz lembrar que a matemática é um modo de pensar. Por isso, faz-se necessário trabalhar o quanto antes esse pensar com as crianças, para que um fortalecimento mais eficaz nos alicerces da aprendizagem dessa disciplina. É na primeira etapa da Educação Básica o momento para alicerçar a construção de conceitos matemáticos. 
7 	METODOLOGIA
O processo de desenvolvimento será realizado através de parlendas e músicas, atividades serão voltadas para um campo da matemática, como operações (adição e subtração), unidades de medida (receita), sequência numérica, números ordinais, números e quantidade. 
1º momento: apresentação do projeto. Através de uma roda de conversa apresentar aos alunos o tema do projeto “A matemática cantada”, levantar seus conhecimentos próprios sobre os números com questionamentos como: Pelo tema do projeto, o que acham que trabalharemos? Onde vemos números? Para que nos servem? Facilitam a nossa vida? Combinar com eles que este projeto terá um produto final, que será uma apresentação das parlendas e cantigas que trabalharemos neste projeto para os amigos da outra sala para que possa compartilhar com eles o conhecimento já adquirido. Ao final da conversa, depois que todos os alunos tiverem a oportunidade de expor seus pensamentos e opiniões sobre os números, produzir com eles uma lista coletiva de onde vemos números no nosso dia a dia. Esta lista deve ser produzida em um cartaz (cartolina) para que possa ficar exposto na sala durante todo o projeto.
2º momento: conhecer, relembrar e cantar músicas e parlendas que contenham números em suas letras. Apresentar as parlendas e cantigas que serão trabalhadas no decorrer deste projeto: Cinco Patinhos, Os Indiozinhos, Dança das Caveiras, A Galinha do Vizinho, Teresinha de Jesus e Um, Dois, Feijão com Arroz.
3º momento: operações (adição e subtração). Confeccionar um painel com paisagem para ser utilizada durante a cantiga “Cinco Patinhos”, confeccionar patinhos de EVA. Ouvir a música e apresentar-lhes a letra em cartaz para que acompanhem a letra. Após cantar utilizando o painel e fazendo a movimentação dos patinhos conforme a música, nesta etapa os alunos irão cantando em partes e a professora irá propondo situações problema que façam os alunos refletirem sobre a quantidade de patinhos no decorrer da música. Elaborar uma teatralização da música com 5 crianças representando os patinhos e uma para ser a mamãe pata.
4º momento: apresentar a música “Indiozinhos” através do vídeo disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=wAal2V0I7BQ. Cantar com os alunos seguindo a letra e ao cantar pedir que eles criem gestos para representa-la. Em seguida entregar aos alunos a letra sem os numerais, pedindo que eles completem conforme aprenderam.
5º momento: horas. Apresentar aos alunos a música “Dança das Caveiras”, através do vídeo disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=_lr9B5nBUJg, cantar e dançar a música com as crianças. Situar aos alunos a importância das horas. Mostrar o relógio, explicar qual o ponteiro que indica as horas e qual indica os minutos. Entregar três folhas para que faça um desenho do que cada um costuma fazer as 8 horas, as 13 horas e as 19 horas.
6º momento: quantidade. Cantar com as crianças a parlenda “A galinha do Vizinho”, acompanhando a letra em um cartaz, já terá um espaço reservado na frente dos números para colar a quantidade de ovos correspondente, esta atividade será feita no coletivo e todos os alunos terão a oportunidade de fazer a contagem dos ovinhos.
7º momento: números ordinais. Mostrar um vídeo da cantiga “Teresinha de Jesus”, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=BOE1wrrpJ_I, em seguida cantar acompanhando a letra em um cartazpreparado previamente, destacando os trechos onde fala de “primeiro”, “segundo” e “terceiro”. Explicar o que são números ordinais, para que servem. Organizar uma fila com 10 alunos e criar situações para que as crianças reflitam sobre quem é o 1º da fila, quem é o 3º, qual o lugar ocupado por “tal” aluno, etc. Elaborar uma dramatização com cantiga “Teresinha de Jesus”. Para isso eleger uma menina para representar Teresinha e 3 meninos que serão os cavalheiros. 
8º momento: receita (unidades de medida). Preparar previamente um cartaz com a parlenda “Um, dois, feijão com arroz”, cantar com as crianças acompanhando a letra preparada em cartaz. Depois disso, propor às crianças o preparo de uma receita de “Bolo inglês”. No preparo da receita explorar com os alunos as unidades de medida que aparecerem como litro, gramas, xícara, colher, etc.
10º momento: finalização do projeto. Apresentação das parlendas e cantigas trabalhadas no decorrer do projeto para os alunos. 
 
8 		CRONOGRAMA
O projeto “A Matemática cantada” será divido em momentos, onde cada momento será realizado em um dia, sendo assim, será elaborado e finalizado em 20 aulas, ao total de 10 dias.
	Cronograma de Atividades - A Matemática Cantada
	1º momento: apresentação do projeto 
	2 aulas
	2º momento: apresentação das parlendas e cantigas a serem trabalhadas no projeto
	1 aula
	3º momento: sequência numérica com a cantiga “Indiozinhos” 
	3 aulas
	4º momento: operações com a música “Cinco Patinhos”
	3 aulas
	5º momento: hora com a música “Dança das Caveiras”
	3 aulas
	6º momento: números ordinais com a cantiga “Teresinha de Jesus”
	2 aulas
	7º momento: números e quantidades com a parlenda “A Galinha do Vizinho”
	2 aulas
	8º momento: unidades de medida (receita) com a parlenda “Um, dois, feijão com arroz”
	3 aulas
	9º momento: finalização do projeto. Apresentação da dramatização das parlendas e cantigas. 
	1 aula
9 	RECURSOS
Os recursos humanos necessários para a realização deste projeto: a professora, os alunos que desenvolverão as atividades e os alunos que assistirão à apresentação das parlendas e cantigas no final do projeto. 
Os recursos materiais necessários são: cartolina, pincel atômico, fita adesiva, folha com as atividades necessárias, computador (com internet), Datashow, EVA amarelo, branco (fazer os ovos), papel pardo, rádio, pendrive (com a gravação das músicas e parlendas) e relógio de parede.
10 		AVALIAÇÃO
A avaliação se dará de forma constante, durante todo o processo de desenvolvimento do projeto, através da observação da participação e assimilação dos conteúdos pelos alunos. Após a realização do projeto os alunos irão relatar em vídeo sobre o que acharam do projeto, este vídeo (todo o projeto, seu desenvolvimento também foram gravados) será mostrado aos pais para que eles também compreendam a importância do ensino da matemática e como devem estimular seus filhos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Trabalhar com a educação infantil é desafiante e somatório para o conhecimento de um educador. A educação infantil, sendo a primeira etapa da educação básica, constitui, por excelência, numa fase de proporcionar a integração da criança ao mundo em que vive, por meio de atividades sistematizadas. Diante disso, o professor, enquanto mediador nesse processo, deve ter clara a importância da sua função no processo de desenvolvimento das crianças. 
O professor deve compreender primeiramente o que significa para a criança sua permanência dentro da educação infantil, quais são as habilidades que deverão ser desenvolvidas e compreender como ele, enquanto professor, poderá contribuir para que o ensino e a aprendizagem sejam significativos. 
A educação matemática atualmente é vista como fundamental, mas ainda falta muito a ser feito para que esse ensino seja repassado de forma construtiva e não pensado como perda de tempo, subentendendo que as crianças não sabem relacionar a matemática com o seu cotidiano, muito pelo contrário, elas relacionam tudo à sua realidade.
Quando a criança começa a dizer que tem dois bonecos, três petecas, duas pulseiras ou uma boneca a ideia de número já está sendo construída dentro dela, quando começa a relacionar os brinquedos que ela tem com o conjunto de brinquedos que um amigo possui, sua mente amplia as relações interpessoais e se abre para questionar. 
A educação infantil possibilita nos pequenos uma sistematização dos conhecimentos de maneira agradável e rica, ela vem dar suporte para o ensino fundamental, para que os alunos possam nutrir de ingredientes que venham somar com os que já trazem do contexto familiar e assim fortalecê-los para a descoberta de novos conhecimentos.
Todos os educadores, mas especialmente os de educação infantil, devem estar sempre buscando novas estratégias, novas práticas e ações que estimulem seus alunos a construírem novas aprendizagens. 
Ter consciência da importância de ensinar desde cedo é papel do educador, não importa a idade, classe, cultura, etc. Dificuldades sempre encontrarão, mas nenhum obstáculo deve ser maior que a vontade de ensinar.
REFERÊNCIAS 
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil / Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental, Brasília: MEC, 2010.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, Brasília: MEC, 2010.
CARAÇA, B. J. Conceitos fundamentais da Matemática. Lisboa: Tipografia Matemática, 1951.
DANTE, Luiz Roberto. Didática da matemática na pré-escola. Série educação. São Paulo: Ática, 1996. 
DANTE, Luiz Roberto. Didática da resolução de problemas de matemática. Série educação. 12ª ed. São Paulo: Ática, 2003.
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia. Saberes Necessários à Prática Educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1997.
KISHIMOTO, T. M. O jogo e a educação infantil. São Paulo: Pioneira. 1994.
LURIA, A. R. O desenvolvimento da escrita pela criança. In: VIGOTSKI, L. S; LURIA, A. R.; LEONTIEV. A. N. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. 13. ed. São Paulo: Ícone, 2010. 
MOURA, M. O. de. Matemática na infância. In: MIGUEIS, M. R. e AZEVEDO, M. G. Educação matemática na infância: abordagens e desafios. Serzep - Vola Nova de Gaia: Gailivro, 2007.
SMOLE, Kátia Stocoo. Ler, escrever e resolver problemas: habilidades básicas para aprender matemática. Porto Alegre: Artmed, 2001.
SMOLE, K. S.; CANDIDO, P. T.; Stancenelli, R. Matemática e Literatura infantil. 3ª ed. Belo Horizonte: Lê, 1998. 
SMOLE, K. S.; DINIZ, M. L.; CANDIDO, P. Resolução de problemas. Coleção matemática de 0 a 6. V. 2. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1996.
SMOLE, K. S. A matemática na educação infantil: A teoria das inteligências múltiplas na prática escolar. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.

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