Leia se seguir um trecho do poema Morte e Vida Severina, escrito por João Cabral de Melo Neto na década de 1950, e responda à questão seguinte. [....
Leia se seguir um trecho do poema Morte e Vida Severina, escrito por João Cabral de Melo Neto na década de 1950, e responda à questão seguinte. [...] - Essa cova em que estás, com palmos medida, é a conta menor que tiraste em vida. - É de bom tamanho, nem largo nem fundo, deste latifúndio. - Não é cova grande, é cova medida, é a terra que querias ver dividida. - É uma cova grande para teu pouco defunto, mas estarás mais ancho que estavas no mundo. - É uma cova grande para teu defunto parco, porém mais que no mundo te sentirás largo. - É uma cova grande para tua carne pouca, mas a terra dada não se abre a boca. [...] Considerando a narrativa protagonizada pelo personagem Severino, migrante nordestino que foge da seca, analise as sentenças a seguir: I- A cena evidencia os padecimentos da vida do sertanejo, representados pela ideia de que a cova é o maior do que o espaço ocupado por ele em vida. II- O enterro de um trabalhador rural evidencia a precariedade da condição humana de Severino. III- O conflito social abordado no poema atinge, de certa forma, todos os retirantes do nordeste brasileiro que fogem da seca e da morte. Assinale a alternativa CORRETA: FONTE: MELO NETO, João Cabral de. Morte e vida severina e outros poemas em voz alta. 15 ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1981, p. 87-88. A) Somente a sentença I está correta. B) Somente a sentença II está correta. C) As sentenças I, II e III estão corretas. D) Somente a sentença III está correta.
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