Segundo Carlos Reis, com a Revolução de 1974, "o redesenho das fronteiras nacionais estimulou uma reflexão identitária (incluindo-se nela a velha questão da relação com a Europa) a que a literatura, naturalmente, não ficou alheia".
Tal reflexão identitária se encontra nos estudos de Chabal acerca das literaturas africanas, que teriam como terceira fase o período que "coincide com o tempo da afirmação do escritor africano como tal e, segundo o teórico, verifica-se depois da independência. Nela o escritor procura marcar o seu lugar na sociedade e definir a sua posição nas sociedades pós-coloniais em que vive" (TABORDA; MOREIRA, 2017).
Nesse sentido, observamos que o escritor de literatura, em ambos os contextos,
a.
se vê obrigado a um movimento introspectivo, de análise de seu lugar no mundo, o que impulsiona a experimentação formal e o abandono das realidades locais.
b.
passa a valorizar a realidade local como elemento temático único para sua produção, de modo que podemos entender suas obras sob a ótica do nacionalismo literário.
c.
sente necessidade de reconstrução da produção literária nacional, o que provoca a eclosão de inúmeros movimentos de vanguarda no fim do século.
d.
encontra o desafio de se posicionar diante do mundo, em perspectiva transnacional, sem descurar das peculiaridades de seu ambiente social, seja no caso das ex-colônias ou de uma nação recém-saída da ditadura.
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