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Linguagem e Comunicação

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saiba mais o que é mangará, bredo, maturi, alguedar, trempe ou as 
diferenças entre terreiro, oitão, quintal, jardim e canteiro.
PARADA OBRIGATÓRIA
Você tem ideia da quantidade de linguagens e meios que combina, ao 
longo do dia?
Conseguimos registrar e transmitir melhor pela língua que por outros 
meios – olhar, toque, expressão facial, gesto – o que percebemos, 
sentimos, pensamos. A maior parte desses sentimentos, pensamentos, 
sensações pode ser verbalizada, isto é, codificada em frases. As frases são 
construídas básica e primariamente no meio fônico-auditivo, 
secundariamente em meio gráfico-visual. No dia a dia, mais comumente, 
misturam-se códigos verbais e não verbal. Não há como traduzir tudo o 
que é linguístico para um código não verbal, mas tenta-se traduzir tudo 
que é não verbal para o código verbal, a língua. 
DE QUE É FEITA A LÍNGUA?
A representação e a expressão (duas funções abrangentes da linguagem) 
do que dissemos acima é possível com a codificação em signos. Podemos 
chamar o conjunto dos signos, ampliando o sentido mais comum da palavra, 
LÉXICO. Se nos preocupamos com a análise do “conteúdo” dos signos, vendo 
as relações entre os conceitos, os significados, estamos fazendo SEMÂNTICA. 
Os significados e suas formas servem a diversos tipos de informações. Podem 
mostrar a finalidade ao outro, a posição e a atitude dos interlocutores 
(PRAGMÁTICA). Como os itens (lexicais) se associam para formar palavras e 
como elas variam (MORFOLOGIA), como as palavras se agrupam até 
chegarmos às frases (SINTAXE), podendo-se chamar ao conjunto dos dois 
GRAMÁTICA (não discutimos agora os múltiplos sentidos da palavra). 
Tudo isso seria invisível e sem ação, se não houvesse na língua também 
um conjunto de “instruções” inconscientes que permite codificar tudo em 
formas perceptíveis. No tipo de código que chamamos linguagem verbal, há 
um componente chamado FONOLOGIA, que relaciona todo o sistema que 
descrevemos acima a sons. O material da fonologia é constituído por sons 
capazes de ser produzidos no aparelho fonador, de ser captados pelo 
ouvidos, interpretados por programas apropriados, perpassarem todos os 
outros componentes ou níveis, modificarem nossa atividade mental. Disso 
trata a disciplina Língua Portuguesa: Fonologia.
SONS E RISCOS: COMO USAR OS MEIOS DE EXPRESSÃO, FALANDO E ESCREVENDO
Entre as propriedades da linguagem verbal que têm a ver 
diretamente com a fonologia está a de transferência de meio. Imagine um 
processo que começa quando alguém pensa, sente, experiencia algo, 
codifica com a língua, produz sons e faz surgir no outro, que adquiriu o 
mesmo código, um pensamento, experiência, sensação semelhantes. Se o 
contato pelos sons diretamente não é possível, dá-se a transferência de 
meio: o material fônico é substituído por material gráfico. 
Algo transferido para a grafia pode ser retransferido, por exemplo, 
quando alguém faz sinais com a mão para representar letras do alfabeto, ou 
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