Prévia do material em texto
UNIDADE 2 »UNIDADE 2 – CONSIDERAÇÕES SOBRE A IMUNOLOGIA BÁSICA »TÓPICO 1 – CONHECENDO O SISTEMA IMUNE: PROPRIEDADES GERAIS DAS RESPOSTAS IMUNES »TÓPICO 2 – APROFUNDANDO O SISTEMA IMUNOLÓGICO »TÓPICO 3 – PROPRIEDADES GERAIS DAS RESPOSTAS ADAPTATIVAS TÓPICO 1 – CONHECENDO O SISTEMA IMUNE: PROPRIEDADES GERAIS DAS RESPOSTAS IMUNES IMUNOLOGIA A imunologia é uma matéria muito importante, pois ela nos ensina como ocorre a proteção do nosso organismo às doenças e as estratégias que foram desenvolvidas pela ciência ao longo dos anos para melhorar nossa imunidade quanto indivíduo e quanto sociedade. A Imunologia é o estudo do Sistema imunológico que compreende os mecanismos responsáveis por oferecer defesa ao nosso corpo contra doenças causadas por bactérias, fungos, vírus e parasitas. O Sistema imune é composto por células e moléculas especializadas e por tecidos e órgãos que reagem à presença de micro-organismos invasores. TÓPICO 1 – CONHECENDO O SISTEMA IMUNE: PROPRIEDADES GERAIS DAS RESPOSTAS IMUNES TÓPICO 1 – CONHECENDO O SISTEMA IMUNE: PROPRIEDADES GERAIS DAS RESPOSTAS IMUNES Células Tecidos e Órgãos Moléculas TÓPICO 1 – CONHECENDO O SISTEMA IMUNE: PROPRIEDADES GERAIS DAS RESPOSTAS IMUNES TÓPICO 1 – CONHECENDO O SISTEMA IMUNE: PROPRIEDADES GERAIS DAS RESPOSTAS IMUNES TÓPICO 1 – CONHECENDO O SISTEMA IMUNE: PROPRIEDADES GERAIS DAS RESPOSTAS IMUNES A primeira defesa do nosso corpo, compreende as barreiras físicas, químicas e biológicas e as células e moléculas nelas envolvidas, é chamada de Imunidade Inata. A resposta imune inata ocorre rapidamente após a exposição a um agente infeccioso, por isso dizemos que ela é uma resposta imediata. A segunda resposta é chamada de Imunidade Adaptativa. A imunidade adaptativa é considerada uma resposta tardia, pois leva dias em vez de horas para se desenvolver, mas é capaz de eliminar as infecções de maneira mais eficiente devido às funções especificas das células envolvidas. TÓPICO 1 – CONHECENDO O SISTEMA IMUNE: PROPRIEDADES GERAIS DAS RESPOSTAS IMUNES CÉLULAS DO SISTEMA IMUNE As principais células envolvidas na Imunidade inata são os macrófagos, neutrófilos e outros granulócitos, células dendríticas e células Natural Killer (chamadas de células NK). Já as principais células da Imunidade Adaptativa são os linfócitos. É importante lembrar, acadêmico, que essa divisão entre resposta imune inata e adaptativa é feita para facilitar o seu entendimento, mas que ambas as respostas ocorrem de forma interligada no nosso corpo. TÓPICO 1 – CONHECENDO O SISTEMA IMUNE: PROPRIEDADES GERAIS DAS RESPOSTAS IMUNES https://youtu.be/a6UuROhNXAQ https://youtu.be/a6UuROhNXAQ TÓPICO 1 – CONHECENDO O SISTEMA IMUNE: PROPRIEDADES GERAIS DAS RESPOSTAS IMUNES As primeiras células que agem na resposta imunológica são os neutrófilos e os macrófagos. Essas células, assim como as células dendríticas, são denominadas de fagócitos e têm a função de englobar, ingerir e destruir micro-organismos e de se livrar dos tecidos lesionados durante o processo. A habilidade de uma célula de englobar, ingerir e destruir micro- organismos é conhecida como fagocitose. ETAPAS DA FAGOCITOSE TÓPICO 1 – CONHECENDO O SISTEMA IMUNE: PROPRIEDADES GERAIS DAS RESPOSTAS IMUNES Macrófagos: os macrófagos são as células mais importantes no início da resposta imunológica e atuam como sentinelas para detectar e combater agentes infecciosos. Sua função de sentinela ou de células guardiãs é possível porque, ao contrário dos neutrófilos, os macrófagos podem permanecer nos tecidos por meses ou anos, sempre alerta à presença de antígenos infecciosos. São células abundantes na maioria dos tecidos, por exemplo, no fígado, pulmões, baço e até mesmo no cérebro. Os macrófagos são a forma madura dos monócitos, células que circulam no sangue periférico. TÓPICO 1 – CONHECENDO O SISTEMA IMUNE: PROPRIEDADES GERAIS DAS RESPOSTAS IMUNES TÓPICO 1 – CONHECENDO O SISTEMA IMUNE: PROPRIEDADES GERAIS DAS RESPOSTAS IMUNES Neutrófilos: embora os macrófagos teciduais sejam as primeiras células a responderem contra os patógenos, normalmente eles não são suficientes para sozinhos combater a infecção; logo, é necessário recrutar outras células do sistema imune para auxiliá-los. Os neutrófilos são as células mais numerosas na resposta imunológica e constituem entre 60- 70% dos leucócitos circulantes no sangue. Estão entre as primeiras células a migrarem dos vasos para os tecidos atraídos por agentes quimiotáticos e são ativados por diversos estímulos, como produtos bacterianos e substâncias chamadas citocinas e quimiocinas. TÓPICO 1 – CONHECENDO O SISTEMA IMUNE: PROPRIEDADES GERAIS DAS RESPOSTAS IMUNES Eosinófilos e basófilos: os eosinófilos e basófilos são granulócitos menos numerosos, mas também possuem grânulos que contêm uma variedade de enzimas e proteínas tóxicas, que são liberadas quando as células são ativadas. Essas células possuem mediadores inflamatórios e antimicrobianos e são importantes na defesa contra parasitas helmintos e reações alérgicas. TÓPICO 1 – CONHECENDO O SISTEMA IMUNE: PROPRIEDADES GERAIS DAS RESPOSTAS IMUNES Mastócitos: são células originadas na medula óssea e presentes na pele e na mucosa epitelial e contém abundantes grânulos citoplasmáticos cheios de histamina e outros mediadores inflamatórios. Os mastócitos com os macrófagos, são conhecidos como “sentinelas” nos tecidos, onde reconhecem produtos microbianos e respondem a eles produzindo citocinas e outros mediadores que induzem a inflamação. TÓPICO 1 – CONHECENDO O SISTEMA IMUNE: PROPRIEDADES GERAIS DAS RESPOSTAS IMUNES Células dendríticas: as células dendríticas são formadas principalmente na medula óssea e seu nome origina-se das inúmeras projeções membranares longas (ou dendritos) que essas células possuem e que têm a função de fagocitose. Elas são conhecidas como células apresentadoras de antígenos (APC) ao lado dos linfócitos B e dos macrófagos. As APCs têm a capacidade de capturar os antígenos (micro-organismos ou agentes estranhos), e apresentar aos linfócitos T; essa apresentação irá fornecer sinais que estimularão a proliferação e diferenciação dos linfócitos durante a resposta imune adaptativa. TÓPICO 1 – CONHECENDO O SISTEMA IMUNE: PROPRIEDADES GERAIS DAS RESPOSTAS IMUNES TÓPICO 1 – CONHECENDO O SISTEMA IMUNE: PROPRIEDADES GERAIS DAS RESPOSTAS IMUNES Células natural Killer (NK): as células NK, também chamadas de células linfoides inatas do Tipo 1 têm origem na medula óssea a partir de um progenitor comum aos linfócitos e constituem de 5% a 20% das células mononucleares do sangue. Essas células são uma importante linha de defesa inespecífica, pois podem reconhecer e matar células infectadas por vírus, bactérias e protozoários, bem como células tumorais. As células NK também recrutam neutrófilos e macrófagos e ativam as células dendríticas e os linfócitos da resposta imune adaptativa. TÓPICO 1 – CONHECENDO O SISTEMA IMUNE: PROPRIEDADES GERAIS DAS RESPOSTAS IMUNES TÓPICO 1 – CONHECENDO O SISTEMA IMUNE: PROPRIEDADES GERAIS DAS RESPOSTAS IMUNES Agora abordaremos os linfócitos B e T, as células especializadas da imunidade adquirida. Os linfócitos são as células que representam a imunidade adquirida. A resposta imunológica específica para cada tipo de patógeno produzida pelo sistema imune só é possível devido aos linfócitos e seus receptores de antígenos variáveis presentes na superfície da célula. Para descrever sobre essas células, antes precisamos compreender dois termos: o que são linfócitos virgens e linfócitos efetores. Linfócitos virgens são linfócitos T que ainda não foram ativados por nenhum tipo de antígeno, ou seja, ainda não entraram em contato com nenhum patógeno. Já os linfócitos que tiveram contato com antígenos, tornando-se ativados e diferenciados em linfócitos totalmente funcionais, são chamados de linfócitos efetores.TÓPICO 1 – CONHECENDO O SISTEMA IMUNE: PROPRIEDADES GERAIS DAS RESPOSTAS IMUNES O papel dos linfócitos efetores é mediar a imunidade adquirida e eles são divididos em dois tipos: os linfócitos B (células B) e os linfócitos T (células T). Os linfócitos B são produzidos, maturados e diferenciados na medula óssea e, quando ativados, se diferenciam em células chamadas plasmócitos, que têm como função a produção de anticorpos. Essa célula é responsável por um tipo de resposta adquirida chamada de Imunidade humoral. Já os linfócitos T são responsáveis pelo que chamamos de imunidade celular. São células produzidas na medula óssea, mas que amadurecem no timo. Quando uma célula T é ativada, ela prolifera e se diferencia em um dos diferentes tipos funcionais de linfócitos T efetores. Os linfócitos T efetores são divididos em células T auxiliares ou células TCD4+ e células T citotóxicas ou células TCD8+. As células T auxiliares CD4+ são células que produzem sinais que influenciam no comportamento e atividade de outras células. Já as células T citotóxicas CD8+ matam células infectadas com vírus ou micro-organismos intracelulares. Além destes dois tipos de células T, ainda temos as células T reguladoras que têm a função de reprimir a atividade dos linfócitos e auxiliam no controle das respostas imunológicas. TÓPICO 1 – CONHECENDO O SISTEMA IMUNE: PROPRIEDADES GERAIS DAS RESPOSTAS IMUNES Os linfócitos T efetores são divididos em células T auxiliares ou células TCD4+ e células T citotóxicas ou células TCD8+. As células T auxiliares CD4+ são células que produzem sinais que influenciam no comportamento e atividade de outras células. Já as células T citotóxicas CD8+ matam células infectadas com vírus ou micro-organismos intracelulares. Além destes dois tipos de células T, ainda temos as células T reguladoras que têm a função de reprimir a atividade dos linfócitos e auxiliam no controle das respostas imunológicas. TÓPICO 1 – CONHECENDO O SISTEMA IMUNE: PROPRIEDADES GERAIS DAS RESPOSTAS IMUNES RESPOSTAS IMUNOLÓGICAS Aprendemos no início desta unidade que existem dois tipos de resposta imunes. A resposta imune inata ou natural, que é a primeira resposta ativada quando entramos em contato com um antígeno; e a resposta imune adquirida ou adaptativa, que se desenvolve mais tarde e que necessita da ativação dos linfócitos. TÓPICO 1 – CONHECENDO O SISTEMA IMUNE: PROPRIEDADES GERAIS DAS RESPOSTAS IMUNES IMUNIDADE INATA Podemos também chamar de sistema imune inato os mecanismos preexistentes capazes de prevenir infecções por patógenos ou ainda criar uma defesa imediata contra agentes estranhos. Assim, as barreiras físicas, químicas, as células imunes e algumas proteínas, fazem parte dessa defesa inicial do nosso organismo. Desempenha três funções essenciais que nos protegem contra micro-organismos e lesões teciduais: 1) é a resposta inicial aos micro-organismos que previne, controla ou elimina a infecção do hospedeiro por muitos patógenos; 2) os mecanismos imunes inatos podem eliminar células danificadas e assim iniciar o processo de reparo tecidual; 3) a imunidade inata é capaz de estimular as respostas imunes adquiridas e pode influenciar a natureza das respostas adquiridas para torná-las otimamente efetivas contra diferentes tipos de micro-organismos. TÓPICO 1 – CONHECENDO O SISTEMA IMUNE: PROPRIEDADES GERAIS DAS RESPOSTAS IMUNES TÓPICO 1 – CONHECENDO O SISTEMA IMUNE: PROPRIEDADES GERAIS DAS RESPOSTAS IMUNES Dentro das barreiras de defesa do sistema inato, podemos chamar a atenção para as barreiras epiteliais que formam barreiras físicas entre os micro-organismos no meio ambiente externo e o tecido do hospedeiro. • Superfícies epiteliais intactas formam barreiras físicas entre os micro-organismos do ambiente externo e os tecidos do hospedeiro; - Função da barreira epitelial: Células da derme muito próximas; Camada de queratina; Muco Defensinas e Catelicidinas – produzidas por células epiteliais, neutrófilos, células NK, lintócitos T citotóxicos e atuam na toxicidade direta aos microrganismos; Linfócitos T intra-epiteliais e Linfócitos B-1 – também reconhecem PAMPs. TÓPICO 1 – CONHECENDO O SISTEMA IMUNE: PROPRIEDADES GERAIS DAS RESPOSTAS IMUNES Barreira física a infecção Morte dos micro-organismos pelas defensinas e catelicidinas localmente produzidos Morte dos micro- organismos e células infectadas intraepiteliais. Estas células reconhecem alguns PAMps Imunidade Inata – Barreira Epitelial TÓPICO 1 – CONHECENDO O SISTEMA IMUNE: PROPRIEDADES GERAIS DAS RESPOSTAS IMUNES TÓPICO 1 – CONHECENDO O SISTEMA IMUNE: PROPRIEDADES GERAIS DAS RESPOSTAS IMUNES O sistema inato é capaz de reconhecer estruturas moleculares que são produzidas pelos patógenos microbianos, ao qual podemos chamar de “padrões moleculares associados aos patógenos” (PAMPs). Os PAMPs são produzidos somente pelo patógeno e não pelo hospedeiro, são invariáveis entre microorganismos da mesma classe, para cada tipo de micro-organismo é expresso um PAMP diferente, e são essenciais para a sobrevivência do patógeno. Além dos PAMPs, o sistema imune inato também reconhece moléculas endógenas que são produzidas ou liberadas de células danificadas ou mortas; essas substâncias são chamadas de “padrões moleculares associados ao dano” (DAMPs). Os DAMPs são produzidos como resultados de danos celulares provocados por infecções, mas também podem indicar a ocorrência de lesões celulares assépticas causadas por diversos mecanismos, como toxinas, queimaduras, traumas. TÓPICO 1 – CONHECENDO O SISTEMA IMUNE: PROPRIEDADES GERAIS DAS RESPOSTAS IMUNES Você deve se perguntar como o sistema imune inato é capaz de reconhecer essas substâncias PAMPs e DAMPs. Esse reconhecimento é graças aos vários tipos de receptores celulares, presentes em diferentes localizações nas células, e moléculas solúveis no sangue e secreções mucosas, que são capazes de reconhecer os PAMPs e DAMPs. Esses receptores recebem o nome de “receptores de reconhecimento padrão” (PRPs), eles atuam na opsonização e ativação do sistema complemento (detalharemos esse sistema no Tópico 2), induzem a resposta inflamatória, e ativam a fagocitose. TÓPICO 1 – CONHECENDO O SISTEMA IMUNE: PROPRIEDADES GERAIS DAS RESPOSTAS IMUNES PAMPs Ag bacterianos ou virais PRPs (TLR) Reconhecimento dos PRPS pelos PAPMs O reconhecimento de ligantes microbianos por TLR leva à ativação de diversas vias de sinalização que levam a respostas inflamatórias e antivirais. Os PRPs são expressos na superfície, em vesículas fagocíticas e no citosol de vários tipos celulares, todos sendo localizações onde os micro-organismos podem estar presentes. Todos os PRPs ativam uma resposta na célula após o reconhecimento do seu PAMP particular, o reconhecimento de ligantes microbianos por PRPs leva à ativação de diversas vias de sinalização que levam a respostas inflamatórias e antivirais, TÓPICO 1 – CONHECENDO O SISTEMA IMUNE: PROPRIEDADES GERAIS DAS RESPOSTAS IMUNES TÓPICO 1 – CONHECENDO O SISTEMA IMUNE: PROPRIEDADES GERAIS DAS RESPOSTAS IMUNES FAGOCITOSE Morte aos micro- organismos por enzimas lissômicas Morte aos micro- organismos fagocitados por ROS e NO ROS: espécie reativas de oxigênio e NO: óxido nítrico TÓPICO 1 – CONHECENDO O SISTEMA IMUNE: PROPRIEDADES GERAIS DAS RESPOSTAS IMUNES Se um micro-organismo invade um tecido com sucesso, os macrófagos podem reconhecê-lo com um ou mais PRRs, e tentar fagocitá-lo e destruí-lo. Normalmente, não há macrófagos suficientes presentes em um tecido para fagocitar e remover todos os patógenos, então são ativados os macrófagos teciduais que iniciam uma resposta imune para trazer mais fagócitos para o local da infecção através da corrente sanguínea. Essas células e proteínas que chegam ao local da infecção, ajudam a combater o patógeno, e essa resposta é conhecida como respostainflamatória, que tem como objetivo recrutar células e outros fatores da corrente sanguínea aos tecidos, para ajudar a remover os patógenos e células mortas. TÓPICO 1 – CONHECENDO O SISTEMA IMUNE: PROPRIEDADES GERAIS DAS RESPOSTAS IMUNES Resumidamente, a resposta inflamatória tem quatro eventos importantes (Figura 16): primeiro ocorre a vasodilatação, aumentando os fluxos sanguíneos na área e aumentando o fornecimento de células e fatores; segundo, ocorre a ativação das células endoteliais que revestem os vasos sanguíneos, aumentando as moléculas de adesão, fazendo com que os leucócitos se fixem ao endotélio, promovendo a migração celular; terceiro, ocorre o aumento da permeabilidade vascular, tornando mais fácil para as células e proteínas passar através das paredes dos vasos sanguíneos e entrar no tecido, e por último, a ação das quimiocinas (fatores quimiotáticos), que são produzidos para atrais as células para dentro dos tecidos. TÓPICO 1 – CONHECENDO O SISTEMA IMUNE: PROPRIEDADES GERAIS DAS RESPOSTAS IMUNES IMUNIDADE ADAPTATIVA Esse tipo de resposta aumenta a cada contato com o antígeno estranho. Um fenômeno é conhecido como memória imunológica, e é mediada pelos linfócitos B e linfócitos T, sendo que as respostas imunológicas mediadas pelas células B são conhecidas como imunidade humoral; as respostas mediadas pelas células T são conhecidas como imunidade celular. TÓPICO 1 – CONHECENDO O SISTEMA IMUNE: PROPRIEDADES GERAIS DAS RESPOSTAS IMUNES TÓPICO 1 – CONHECENDO O SISTEMA IMUNE: PROPRIEDADES GERAIS DAS RESPOSTAS IMUNES Você já se perguntou qual é a diferença entre soros e vacinas? Imunidade Ativa – imunidade que é induzida pela exposição a um antígeno, essa imunidade mimetiza uma infecção real, assim o sistema imunológico desempenha um papel ativo contra o micro-organismo (Vacinas). Imunidade passiva - trata-se da transferência adotiva de anticorpos ou linfócitos T específicos, essa imunidade confere resistência rapidamente sem a necessidade de esperar o desenvolvimento de uma resposta imunológica ativa (soros). TÓPICO 1 – CONHECENDO O SISTEMA IMUNE: PROPRIEDADES GERAIS DAS RESPOSTAS IMUNES CONFIRA ESSE VÍDEO INTERATIVO NA SUA TRILHA DE APRENDIZAGEM! https://youtu.be/SEQ7k3-qbNk https://youtu.be/SEQ7k3-qbNk TÓPICO 1 – CONHECENDO O SISTEMA IMUNE: PROPRIEDADES GERAIS DAS RESPOSTAS IMUNES https://youtu.be/ibNyve-nJSk https://youtu.be/ibNyve-nJSk TÓPICO 2 - APROFUNDANDO O SISTEMA IMUNOLÓGICO Neste tópico, conheceremos três assuntos importantes para o bom funcionamento do sistema imunológico. Conheceremos os mecanismos de defesa do nosso organismo; abordaremos os anticorpos e as suas funções, como ocorre a memória imunológica do nosso organismo, qual a importância do complexo de histocompatibilidade e conheceremos a importância do sistema complemento. TÓPICO 2 - APROFUNDANDO O SISTEMA IMUNOLÓGICO ANTÍGENO E ANTICORPOS Os anticorpos são proteínas circulantes produzidas pelos linfócitos B, mais especificamente, pelos plasmócitos em resposta à exposição a estruturas estranhas conhecidas como antígenos. TÓPICO 2 - APROFUNDANDO O SISTEMA IMUNOLÓGICO Os anticorpos ligam-se a agentes estranhos ao corpo, que podem estar na superfície de algum patógeno ou ser produtos solúveis, como toxinas secretadas por patógenos. TÓPICO 2 - APROFUNDANDO O SISTEMA IMUNOLÓGICO A estrutura do anticorpo é simétrica e composta de duas cadeias leves idênticas e duas cadeias pesadas idênticas. Ambas as cadeias, leve e pesada, contêm uma série de unidades homólogas repetidas, cada uma com cerca de 110 resíduos de aminoácidos de comprimento, que se dobram independentemente em um motivo globular que é chamado de domínio Ig. As imunoglobulinas ou anticorpos, possuem dois componentes principais um conhecido como região variável (Fab), encarregada de ligar-se ao epítopo antigênico (função de reconhecimento dos antígenos), e outra conhecida como região constante (Fc), utilizada para ligar-se ao complemento, aos fagócitos, às células NK e a outros elementos TÓPICO 2 - APROFUNDANDO O SISTEMA IMUNOLÓGICO Quando um antígeno entra no organismo, acaba se deparando com numerosos linfócitos B, cada qual com anticorpos diferentes e seus sítios de reconhecimento específicos e próprios. Esse antígeno liga-se apenas aos receptores com os quais consegue combinar-se perfeitamente. Fazendo com que os linfócitos B cujos receptores estão ligados aos antígenos recebam um sinal ativador, se transformando em plasmócitos. TÓPICO 2 - APROFUNDANDO O SISTEMA IMUNOLÓGICO Qual é a função dos anticorpos no nosso corpo? Os anticorpos possuem algumas funções efetoras: ✓ como a neutralização dos micro- organismos ou produtos microbianos tóxicos, ✓ são capazes de ativar o sistema complemento, ✓ conseguem opsonizar os patógenos a fim de que se possa aumentar a fagocitose, ✓ e ainda opsonizam patógenos para serem destruídos por células NK TÓPICO 2 - APROFUNDANDO O SISTEMA IMUNOLÓGICO As moléculas de anticorpos podem ser divididas em classes (isótipos) e subclasses distintas, com base nas diferenças na estrutura das regiões constantes. Há cinco classes de anticorpos humanos, chamados de imunoglobulinas do tipo IgM, IgG, IgD, IgA e IgE TÓPICO 2 - APROFUNDANDO O SISTEMA IMUNOLÓGICO TÓPICO 2 - APROFUNDANDO O SISTEMA IMUNOLÓGICO TÓPICO 2 - APROFUNDANDO O SISTEMA IMUNOLÓGICO MEMÓRIA IMUNOLÓGICA Memória imunológica compreende os eventos gerados após a primeira exposição a um antígeno para que, quando o organismo entrar em contato com esse antígeno uma segunda vez, o sistema imune seja capaz de responder mais rapidamente. Esse primeiro contato com o antígeno é chamado de Resposta Primária. A resposta imune primária é lenta, porque necessita de tempo para que os linfócitos virgens sejam ativados, proliferem-se e sofram diferenciação em quantidades suficientes para desencadear a resposta imunológica. Essa proliferação e diferenciação dos linfócitos é chamada de Expansão Clonal. A resposta primária também não é muito intensa e tem um intervalo de duração curto. Quando o corpo entra em contato com esse mesmo antígeno uma segunda vez, inicia-se uma resposta muito mais rápida e intensa chamada Resposta Secundária. A eficiência da resposta secundária existe graças às células de memória que foram produzidas na resposta imune primária e que já estão prontas para combater o antígeno invasor em futuras infecções. TÓPICO 2 - APROFUNDANDO O SISTEMA IMUNOLÓGICO TÓPICO 2 - APROFUNDANDO O SISTEMA IMUNOLÓGICO TÓPICO 2 - APROFUNDANDO O SISTEMA IMUNOLÓGICO TÓPICO 2 - APROFUNDANDO O SISTEMA IMUNOLÓGICO ANTÍGENOS DO GRUPO SANGUÍNEO ABO Os antígenos eritrocitários ou antígenos ABO foi o primeiro sistema de aloantígenos (moléculas reconhecidas como estranha ao organismo, derivadas de um indivíduo geneticamente diferente), ser definido em mamíferos. TÓPICO 2 - APROFUNDANDO O SISTEMA IMUNOLÓGICO SISTEMA COMPLEMENTO Uma das funções importantes dos anticorpos, além das que já foram descritas nos tópicos anteriores, é a capacidade de ativar o sistema complemento, que é um dos principais mecanismos efetores da imunidade humoral e na imunidade inata. O sistema complemento consiste em uma cascata de proteínas precursoras inativas que, conforme vão sendo ativadas, tornam-se capazes de ativar as outras proteínas na sequência. Mais de 30 proteínas plasmáticas fazem parte do sistema do complemento e elas são produzidas principalmente pelo fígado. Na ausência de infecção, essas proteínas circulam na forma inativa. Na presença de patógenos ou de anticorpos ligados a patógenos, o sistema do complemento torna-se "ativado'' TÓPICO 2 - APROFUNDANDO O SISTEMA IMUNOLÓGICO TÓPICO 2 - APROFUNDANDO O SISTEMA IMUNOLÓGICO TÓPICO 2 - APROFUNDANDO O SISTEMA IMUNOLÓGICO TÓPICO 2 - APROFUNDANDO O SISTEMA IMUNOLÓGICO TÓPICO 2 - APROFUNDANDO O SISTEMA IMUNOLÓGICOTÓPICO 2 - APROFUNDANDO O SISTEMA IMUNOLÓGICO TÓPICO 2 - APROFUNDANDO O SISTEMA IMUNOLÓGICO TÓPICO 2 - APROFUNDANDO O SISTEMA IMUNOLÓGICO TÓPICO 2 - APROFUNDANDO O SISTEMA IMUNOLÓGICO TÓPICO 2 - APROFUNDANDO O SISTEMA IMUNOLÓGICO COMPLEXO DE HISTOCOMPATIBILIDADE • O complexo principal de histocompatibilidade, chamado MHC (major histocompatibility system), é um conjunto de mais de 200 genes, dos quais cerca de 20% estão associados à imunidade. • Em humanos esses genes estão localizados no cromossomo 6 e recebem o nome de antígenos leucocitários humanos, ou HLA (human leukocyte antigen). • Esses genes codificam proteínas altamente especializadas que se encontram na superfície das células e que possuem um papel importante na apresentação de antígenos. • A tarefa de apresentar antígenos associados a células da resposta imune inata para o seu reconhecimento por células TCD4+ e CD8+ é desempenhada por proteínas do MHC. Isso acontece porque os receptores dos linfócitos T não são capazes de reconhecer diretamente os antígenos, esse reconhecimento só pode ser feito quando é apesentado ao linfócito T por células apresentadoras de antígeno. Essa apresentação é feita por meio de proteínas MHC. Por essa função, o MHC estabelece um elo entre a resposta inata e a resposta adaptativa. TÓPICO 2 - APROFUNDANDO O SISTEMA IMUNOLÓGICO COMPLEXO DE HISTOCOMPATIBILIDADE As principais funções dos linfócitos T são a defesa contra os microrganismos intracelulares e a ativação de outras células, tais como macrófagos e linfócitos B. Funções requerem que haja interação entre linfócitos T e as outras células: Células do hospedeiro infectadas; Células dendríticas; Macrófagos; Linfócitos B. Classe-I: Expressos em todas as células nucleadas. Classe-II : Expressos nas células apresentadoras de antígenos (células dendríticas, macrófagos e Linfócitos B) O MHC possui três principais funções no sistema imunológico: (1) participam da resposta imune, ligando-se a peptídeos reconhecidos pelos linfócitos T; (2) estão envolvidos na rejeição no caso de; (3) algumas doenças possuem marcadores envolvidos com o MHC, pré-disposição a doenças autoimunes. TÓPICO 2 - APROFUNDANDO O SISTEMA IMUNOLÓGICO TÓPICO 2 - APROFUNDANDO O SISTEMA IMUNOLÓGICO TÓPICO 2 - APROFUNDANDO O SISTEMA IMUNOLÓGICO TÓPICO 2 - APROFUNDANDO O SISTEMA IMUNOLÓGICO PROCESSAMENTO E APRESENTAÇÃO DE ANTÍGENOS Como vimos no tópico anterior, as células T reconhecem somente antígenos ligados a moléculas do MHC as quais são expressas nas células apresentadoras de antígeno. Para que servem essas células? As APCs atuam para ativar células imaturas ou células T efetoras previamente diferenciadas. • As células dendríticas são as APCs mais eficazes para a ativação de células T imaturas, e são responsáveis por iniciar as respostas das células T. Elas têm como principal função capturar e apresentar antígenos aos linfócitos T, dando início à resposta primária de ativação dessas células. • Os macrófagos e os linfócitos B também atuam como APCs, mas principalmente para as células TCD4+ , previamente ativadas. As células dendríticas, macrófagos e linfócitos B expressam moléculas do MHC de Classe II e de outras moléculas envolvidas na estimulação das células T e são capazes de ativar os linfócitos TCD4+; são chamadas de APCs profissionais TÓPICO 2 - APROFUNDANDO O SISTEMA IMUNOLÓGICO PROCESSAMENTO E APRESENTAÇÃO DE ANTÍGENOS TÓPICO 2 - APROFUNDANDO O SISTEMA IMUNOLÓGICO TÓPICO 2 - APROFUNDANDO O SISTEMA IMUNOLÓGICO A célula dendrítica (DC) serve para duas importantes funções na ativação das células T: (1) participa do processamento de antígeno. (2) coestimulação para a resposta completa das células T. As moléculas ligadas às membranas das APCs destinadas a ativar as células T são chamadas coestimuladoras, pois funcionam em conjunto com o antígeno para estimular as células T TÓPICO 2 - APROFUNDANDO O SISTEMA IMUNOLÓGICO VIAS DE ENTRADA DE ANTÍGENOS Antígenos proteicos microbianos são capturados pelas células dendríticas residentes nos tecidos de entrada; Células dendríticas transportam esses antígenos para os linfonodos de drenagem linfática; Quimiocinas (CCR7) atraem essas células dendríticas para os locais de linfócitos T nos linfonodos. TÓPICO 2 - APROFUNDANDO O SISTEMA IMUNOLÓGICO TÓPICO 2 - APROFUNDANDO O SISTEMA IMUNOLÓGICO TÓPICO 3 - PROPRIEDADES GERAIS DA IMUNIDADE ADAPTATIVA Aprendemos que existem dois tipos de respostas imunológicas: a imunidade inata, que é a resposta imediata, e a imunidade adaptativa ou adquirida que é mais tardia, porém mais específica. A resposta imune adaptativa é mediada por linfócitos T e B, atua em sequência a uma resposta imune inata em curso e, como veremos, amplifica e reforça a resposta imune inata pela oferta de citocinas, anticorpos e moléculas citotóxicas. TÓPICO 2 - APROFUNDANDO O SISTEMA IMUNOLÓGICO ATIVAÇÃO DOS LINFOCITOS T – IMUNIDADE CELULAR Você deve se perguntar, por que precisamos ativar os linfócitos T? Respondendo a esta dúvida, precisamos ativar as células T para gerar um pool (conjunto) de linfócitos T virgens que dará origem a muitas células efetoras funcionais capazes de eliminar o antígeno. Além disso, a ativação de células T gera células de memória que duram anos e que estão sempre preparadas para reagir rapidamente contra aquele antígeno específico caso ele seja reintroduzido no organismo. TÓPICO 2 - APROFUNDANDO O SISTEMA IMUNOLÓGICO As células TCD4+ ativam os macrófagos que irão matar micro-organismos fagocitados; recrutam leucócitos para os locais de infecção para estimular a inflamação; e podem atuar na ativação de células B, para que se diferenciem em plasmócitos. Enquanto as células T CD4+ imaturas produzem principalmente interleucina-2 (IL-2) na sua ativação, células efetoras T CD4+ são capazes de produzir um grande número e variedade de citocinas que têm diversas atividades biológicas. A IL-2, estimula a sobrevivência, proliferação e diferenciação de células T ativadas por antígeno, é necessária para a sobrevivência e o funcionamento das células T reguladoras (células responsáveis pelo equilíbrio e manutenção do sistema imunológico). TÓPICO 2 - APROFUNDANDO O SISTEMA IMUNOLÓGICO Existem três grandes subgrupos de células T CD4+ efetoras, chamadas de TH1, TH2 e TH17, e essas células funcionam na defesa do hospedeiro contra diferentes tipos de agentes patogênicos infecciosos e estão envolvidas em diferentes tipos de lesões de tecidos em doenças imunológicas. TÓPICO 2 - APROFUNDANDO O SISTEMA IMUNOLÓGICO TH1: a diferenciação da célula TH1 é induzida principalmente pelas citocinas IL-12 e IFN-γ, em resposta a micro-organismos que ativam as células dendríticas, macrófagos, e células NK. Essas citocinas irão ativar os fatores de transcrição T-bet, STAT1 e STAT4, para que ocorra a diferenciação em TH1. A célula TH1 tem como principal função ativar macrófagos para ingerir e destruir micro-organismos, mas também tem como função a estimulação para a produção de anticorpos que irão opsonizar micro- organismos para que ocorra a ativação do complemento. TÓPICO 2 - APROFUNDANDO O SISTEMA IMUNOLÓGICO Funções de células TH1 O IFN-γ ativa os macrófagos para que aumentem a fagocitose, e, consequentemente, a morte celular, essa citocina também ativa as células B, para que possam produzir anticorpos que atuarão na opsonização de micro-organismos, ativando o sistema complemento e a fagocitose. TÓPICO 2 - APROFUNDANDO O SISTEMA IMUNOLÓGICO TH2: a diferenciação das células TH2 é induzida pela IL-4 produzido por mastócitos, eosinófilos e basófilos, células TCD4+ . A IL-4 irá ativar os fatores de transcrição STAT 6, que induz expressão de GATA3. As células TH2 estimulam as reações que servem para erradicar infecções por helmintos mediadas por IgE, mastócitos e eosinófilos, e também tem atuação em casos de alergias. TÓPICO 2 - APROFUNDANDO O SISTEMAIMUNOLÓGICO Funções de células TH2 Cada citocina secretada pelas células TH2, irá desempenhar uma função na resposta imunológica. A IL-4 irá ativar as células B para que produzam anticorpos que atuaram na degranulação dos mastócitos; A IL-4, juntamente com a IL-13, ativarão o aumento da secreção de muco intestinal e peristaltismos, é um mecanismo de defesa para tentar expulsar o hemilto; A IL-5 ativa os eosinófilos, que irão atuar na eliminação dos helmintos; A IL-4 com a IL10, ativarão os macrófagos para trabalharem na reparação tecidual. TÓPICO 2 - APROFUNDANDO O SISTEMA IMUNOLÓGICO TH17: a diferenciação das células TH17 é estimulado pelas citocinas IL6, IL-1, TGF- β e IL-23, produzidas por células dendríticas fagocitaram certas bactérias e fungos. Essas citocinas ativarão os fatores de transcrições RORγt e STAT3. A IL-23 é responsável pela sobrevida da célula TH17. A principal função efetora das células TH17 é induzir a inflamação neutrofílica, que serve para destruir bactérias e fungos extracelulares. TÓPICO 2 - APROFUNDANDO O SISTEMA IMUNOLÓGICO Funções de células TH17 Cada citocina secretada pelas células TH17, irão desempenhar uma função na resposta imunológica. A IL-17 irá ativar outras citocinas que atuarão na resposta inflamatória do tecido, recrutando mais locais para o local da inflamação; e a IL22 tem como função aumento o poder da barreira epitelial. TÓPICO 2 - APROFUNDANDO O SISTEMA IMUNOLÓGICO As células efetoras CD8+ são citotóxicas e destroem diretamente as células infectadas por vírus ou células tumorais. Além das células efetoras na ativação do linfócito T, são produzidas células T de memória específicas para o antígeno, que pode persistir por anos, mesmo por toda a vida. A diferenciação de Linfócitos TCD8+ em células citotóxicas ocorre através da estimulação dos antígenos, que envolve a participação de células dendríticas e, possivelmente, dos linfócitos TCD4+ . Sua principal função é reconhecer antígenos de micro-organismos que residem no citosol das células infectadas e as destruir, através de grânulos citoplasmáticos contendo perforinas e granzinas. TÓPICO 2 - APROFUNDANDO O SISTEMA IMUNOLÓGICO TÓPICO 2 - APROFUNDANDO O SISTEMA IMUNOLÓGICO ATIVAÇÃO DOS LINFOCITOS B – IMUNIDADE HUMORAL A imunidade humoral é mediada por anticorpos, produzidos por células B, abordaremos agora os eventos celulares e moleculares da resposta imune humoral, particularmente os estímulos que induzem a proliferação e a diferenciação de células B; e como esses estímulos influenciam o tipo de anticorpo produzido. A ativação de células B resulta em sua proliferação, o que leva à expansão clonal dessas células, seguida por sua diferenciação e culminando na geração de plasmócitos secretores de anticorpos e em células B de memória. O tipo e a quantidade de anticorpos produzidos pelos plasmócitos após a ativação dos linfócitos B variam de acordo com o tipo de antígeno que induz a resposta imune, o envolvimento ou não de células T, a exposição prévia ou não ao antígeno e o local anatômico no qual ocorre a ativação. Existem dois tipos de antígenos que podem gerar respostas de anticorpos: (1) antígenos multivalentes microbianos, através de receptor de célula B; (2) antígenos proteicos microbianos, quando a resposta é dependente de linfócitos T. TÓPICO 2 - APROFUNDANDO O SISTEMA IMUNOLÓGICO As células B devem ser ativadas, o que acarreta um processo de proliferação e diferenciação, conhecido como expansão clonal, que culmina na geração de plasmócitos com produção de imunoglobulinas com alta afinidade para o epítopo antigênico que originou a resposta. TÓPICO 2 - APROFUNDANDO O SISTEMA IMUNOLÓGICO Canais de contato: 0800 642 5000 Ambiente Virtual de Aprendizagem Tutor Online