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Relevo e Hidrografia do Brasil


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Disciplina: Geografia
Professor: Diogo Fernandes Martins
CARACTERÍSTICAS DO TERRITÓRIO BRASILEIRO: Relevo e Hidrografia
Localizado em uma área considerada tectonicamente estável, o relevo brasileiro é bastante antigo, tendo sido desgastado por processos erosivos durante milhões de anos. Ao longo do tempo geológico, o território sofreu efeitos de mudanças climáticas, alternando períodos de glaciação com períodos interglaciais. Como resultado dessa longa evolução, o relevo brasileiro apresenta altitudes médias inferiores a 1000 metros.
1. AS PRINCIPAIS UNIDADES DE RELEVO
As principais formas de relevo existentes no Brasil são os planaltos, as depressões e as planícies. Os planaltos abrangem a maior área do território nacional e somam onze unidades. No território brasileiro, foram identificadas também onze unidades de depressões e seis de planícies.
Planícies: As planícies são terrenos relativamente planos formados pela deposição de sedimentos de origem fluvial, marinha ou lacustre. A Planície do Rio Amazonas, por exemplo, é resultado do acúmulo de sedimentos transportados pelo rio.
Depressões: São terrenos rebaixados em relação ao entorno, que podem se formar pela atividade tectônica ou pela ação de processos erosivos. As depressões brasileiras são todas relativas, isto é, apesar de estarem em nível mais baixo que o dos terrenos que as cercam, ficam acima do nível do mar. Nas principais depressões brasileiras, como as amazônicas, a Sertaneja e do São Francisco e a Periférica Sul-Rio- -Grandense, os terrenos não costumam ultrapassar os 200 metros de altitude. A Depressão Periférica da Borda Leste da Bacia do Paraná é a que alcança as maiores altitudes.
Planaltos: Os planaltos são terrenos com altitudes variáveis nos quais ocorrem formas variadas de relevo, como chapadas, morros, colinas e serras. Os planaltos brasileiros sofreram muito desgaste em consequência da ação dos agentes externos, ou seja, das águas das chuvas e dos rios e também dos ventos. Os planaltos mais extensos são os Planaltos e Chapadas da Bacia do Paraná, os Planaltos e Chapadas da Bacia do Parnaíba e os Planaltos e Serras do Atlântico Leste-Sudeste.
2. OS RIOS BRASILEIROS
O Brasil possui a maior rede fluvial do mundo. Milhões de brasileiros dependem dos rios para sobreviver, utilizando suas águas para diversos fins, como irrigação agrícola, pesca, produção de energia elétrica, navegação e abastecimento residencial, comercial e industrial.
Em função das variações do relevo, alguns rios drenam todos os cursos de água de uma bacia hidrográfica, área que compreende o rio principal e todos os afluentes, ribeirões e córregos que o alimentam. Em 2008, entrou em vigor o Plano Nacional de Recursos Hídricos, produzido pelo Ministério do Meio Ambiente, que delimitou doze regiões hidrográficas. Vamos conhecer as características de algumas delas.
Região hidrográfica Amazônica
Abrangendo 45% do território brasileiro e partes do território de outros oito países sul-americanos, a região hidrográfica Amazônica é composta da maior bacia hidrográfica do planeta. Seu principal rio é o Amazonas. Os rios dessa região são bastante utilizados para a navegação e o nível de suas águas sobe durante os meses mais chuvosos, alagando áreas de várzea. As cheias influenciam fortemente a vida da população que vive nessas áreas, pratica a criação de animais ou a agricultura próximo às margens
Região hidrográfica do Tocantins-Araguaia
É composta da maior bacia hidrográfica totalmente localizada dentro das fronteiras do Brasil, formada pelos rios Tocantins e Araguaia. Essa é a terceira região com maior potencial hidrelétrico no país e abriga a Usina de Tucuruí, no Pará. Seus principais rios apresentam elevada biodiversidade e são utilizados para navegação, turismo e pesca.
Região hidrográfica do São Francisco
O principal rio dessa região é o São Francisco, que cruza o semiárido nordestino. Nos trechos mais planos, o São Francisco é utilizado para o transporte de cargas e de passageiros e, ao longo de seu curso, há várias usinas hidrelétricas, como as do Complexo Paulo Afonso, Sobradinho, Xingó e Luiz Gonzaga, que fornecem energia, principalmente, para a Região Nordeste do país. O projeto de transposição do rio São Francisco já foi iniciado e inaugurado em alguns trechos, cuja totalidade prevê a construção de 470 quilômetros de canais para levar as águas do rio às regiões mais secas do semiárido, nos estados do Ceará, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte.
Região hidrográfica do Paraguai
A região hidrográfica formada pelo rio Paraguai e seus afluentes engloba partes de Mato Grosso e de Mato Grosso do Sul, incluindo o Parque Nacional do Pantanal Mato-Grossense. Além de grande potencial para a navegação, os rios da região hidrográfica do Paraguai possuem enorme biodiversidade e alguns deles integram importantes polos turísticos, atraindo milhares de visitantes todos os anos.
Região hidrográfica do Paraná
Essa região é formada pelo rio Paraná e seus afluentes, alguns dos quais são importantes vias de navegação nas regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste do país, como os rios Tietê e Paranapanema. A Bacia do Paraná é parte da Bacia do Prata, ou Platina, que, além do Brasil, abrange Uruguai, Bolívia, Paraguai e Argentina. É importante destacar que 32% da população brasileira habita nos estados compreendidos nessa região hidrográfica e que ela abriga grandes centros urbanos. É onde ocorre a maior demanda de recursos hídricos. Nessa região, existem diversas usinas hidrelétricas, incluindo a de Itaipu, a maior do país.

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