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Importância das Áreas Verdes Urbanas


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PLANEJAMENTO URBANO E 
AMBIENTAL
TUTORA: DENISE RUFINO
ÁREAS VERDES 
URBANAS
Tema de Aprendizagem 7
O que são áreas verdes urbanas?
As chamadas Áreas Verdes Urbanas ou 
Arborização Urbana divide-se em três setores 
individualizados que estabelecem interfaces 
entre si:
1. Áreas verdes públicas, destinadas ao lazer ou 
que oportunizam ocasiões de encontro e convívio 
direto com a natureza como praças e parques;
2. Áreas verdes privadas, compostas pelos 
remanescentes vegetais significativos 
incorporados à malha urbana (matas ciliares, 
remanescentes florestais, reservas legais, Áreas 
de Preservação Permanente entre outros); e
3. Arborização de ruas e vias públicas
Normalmente, o gerenciamento das Áreas Verdes Urbanas em um município fica 
dividido em dois setores: o de áreas verdes e o da arborização de ruas.
No primeiro deles, encontra-se às atividades de planejamento e administração dos 
jardins, praças, parques e demais modalidades de áreas verdes públicas, tanto a nível 
de distribuição espacial global dentro do projeto urbanístico, quanto ao nível de projeto 
paisagístico, execução e manejo de unidades individuais. 
No segundo estão as atividades de planejamento, implantação e manejo da arborização 
de ruas e avenidas que constitui a rede de união das áreas Verdes.
IMPORTÂNCIA DAS ÁREAS VERDES URBANAS
A remoção de gases tóxicos da atmosfera 
pelas plantas pode, segundo vários 
autores, ocorrer quando estes, 
acumulados nas partículas de poeira, são 
retidos temporariamente junto com o 
material particulado.
Sabe-se também que as árvores são 
capazes de aprisionar Carbono (C) em 
suas estruturas (galhos, tronco, raízes e 
folhas), por meio de processos 
fisiológicos, esse fato é chamado de 
“sequestro de carbono”.
Estudos apontam que as árvores 
urbanas podem diminuir o nível de 
carbono atmosférico em até quatro vezes 
mais do que as árvores individuais não 
urbanas, porque a diferença está 
relacionada com a variação no tamanho 
do diâmetro das copas.
• Colaboração para Equilíbrio Hidrodinâmico
As áreas verdes urbanas aumentam a permeabilidade do solo, reduzem a erosão e diminuem 
riscos de enchentes, pois estão vinculadas a hidrodinâmica existente nas bacias 
hidrográficas em que os municípios são implantados.
• Colaboração nos Processos Ecológicos na Paisagem
As Áreas Verdes Urbanas colaboram na formação dos chamados corredores ecológicos. Esses 
corredores são estruturas lineares na paisagem, que ligam pelo menos dois fragmentos de 
áreas naturais que originalmente estavam conectados. São importâncias ecológicas 
reconhecidas dos corredores ecológicos:
✓Aumento da diversidade genética 
✓O aumento da conectividade da paisagem, possibilitando o uso de vários pequenos 
fragmentos remanescentes de habitat, que isoladamente não sustentariam as populações.
✓Amenização dos efeitos da fragmentação.
✓Potencial de amenizar os impactos de mudanças climáticas, numa escala temporal mais 
ampla
• Benefícios Socioeconômicos
As árvores nas cidades aumentam a 
satisfação dos usuários de parques e 
bairros e com isso contribuem para o 
aumento do valor das propriedades e 
proporcionam um estímulo à sensibilidade 
humana.
ÍNDICES DE ÁREAS VERDES URBANAS
O índice que está sendo proposto pela 
Embrapa propõe a utilização de uma 
nova metodologia, onde seja possível 
diagnosticar em termos qualitativos o 
cumprimento de funções ecológicas por 
parte dos espaços verdes.
Principais problemas das áreas verdes urbanas
Falta de planejamento incluindo áreas verdes urbanas. Em muitas cidades só é verificada 
a importância de inserção de parques e árvores após a implantação da infraestrutura 
urbana básica, com isso, uma reestruturação para inclusão fica complexa.
A infraestrutura para a manutenção das áreas verdes urbanas em geral é 
subdimensionada, ocasionando problemas de difícil solução com o passar do tempo.
A mão de obra para a execução de serviços públicos voltados à manutenção e melhoria das 
áreas verdes urbanas em geral é pouco qualificada.
A produção de mudas para árvores de vias públicas é pequena e pouco desenvolvida (sem 
padrão de qualidade definido) no Brasil.
Os problemas mais graves das áreas verdes urbanas demoram a 
aparecer. Espécies inadequadas a infraestrutura existente vão provocar 
problemas na medida que crescem, sendo assim, serão muitos anos até 
que se percebam os erros cometidos.
Uma área verde urbana de qualidade em uma cidade possui um custo de 
manutenção alto.
De forma geral, a população é mal informada sobre os benefícios e dos 
fatores que influem em uma boa qualidade de Áreas Verdes Urbanas.
Unidades de conservação
São espaços territoriais e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com 
características naturais relevantes, legalmente instituídos pelo Poder Público, com objetivos 
de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam 
garantias adequadas de proteção da lei. 
As unidades de conservação da esfera federal do governo são administradas pelo Instituto 
Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Na esferas estadual e municipal, 
por meio dos Sistemas Estaduais e Municipais de Unidades de Conservação.
O SNUC agrupa as unidades de conservação em dois grupos, de acordo com seus objetivos de 
manejo e tipos de uso: Proteção Integral e Uso Sustentável. 
As Unidades de Proteção Integral têm como principal objetivo preservar a natureza, sendo 
admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais, ou seja, aquele que não envolve 
consumo, coleta ou dano aos recursos naturais: recreação em contato com a natureza, 
turismo ecológico, pesquisa científica, educação e interpretação ambiental, entre outras.
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As Unidades de Uso Sustentável, por sua vez, têm como objetivo compatibilizar a 
conservação da natureza com o uso sustentável dos recursos, conciliando a presença 
humana nas áreas protegidas.
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A seguir, as categorias de Unidades de Conservação determinadas pelo SNUC em seus 
grupos:
Unidades do Grupo Proteção Integral:
• Estação Ecológica: área destinada à preservação da natureza e à realização de pesquisas 
científicas, podendo ser visitadas apenas com o objetivo educacional.
• Reserva Biológica: área destinada à preservação da diversidade biológica, na qual são 
realizadas medidas de recuperação dos ecossistemas alterados para recuperar o equilíbrio 
natural e preservar a diversidade biológica, podendo ser visitadas apenas com o objetivo 
educacional.
• Parque Nacional: área destinada à preservação dos ecossistemas naturais e sítios de 
beleza cênica.
• Monumento Natural: área destinada à preservação de lugares singulares, raros e de 
grande beleza cênica, permitindo diversas atividades de visitação. Essa categoria de UC 
pode ser constituída de áreas particulares, desde que as atividades realizadas nessas 
áreas sejam compatíveis com os objetivos da UC.
• Refúgio da Vida Silvestre: área destinada à proteção de ambientes naturais, no qual se 
objetiva assegurar condições para a existência ou reprodução de espécies ou comunidades 
da flora local e da fauna.
Unidades de Uso Sustentável
ICMS Ecológico
O ICMSEcológico é um mecanismo tributário que possibilita aos municípios acesso a parcelas 
maiores que àquelas que já têm direito, dos recursos financeiros arrecadados pelos Estados 
através do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, o ICMS, em razão do 
atendimento de determinados critérios ambientais estabelecidos em leis estaduais.
O ICMS Ecológico acaba por estimular a conservação ambiental, pois de forma geral nas 
regras impostas em cada Estado em que esse sistema foi introduzido, quanto mais Unidades 
de Conservação, quanto mais áreas conservadas e devidamente manejadas existirem em um 
município maior será o valor de repasse.
Conforme inciso II do artigo 155 da Constituição Brasileira, a competência para instituir 
imposto sobre “operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços 
de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação [...]”.
O primeiro Estado a se utilizar da 
possibilidade criada pelo artigo 158 da 
Constituição foi o Paraná. Nascendo assim o 
chamado ICMS Ecológico como forma de 
“compensação”, pois os municípios possuíam 
diversas restrições legais para expandir suas 
atividades econômicas e assim gerar maior 
receita de ICMS e participar com uma fatia 
do repasse do ICMS.
Com o tempo, a experiência do 
Paraná foi evoluindo e a lei passou 
de um conceito de compensação para 
o espírito de um real “incentivo 
econômico”, premiando aqueles 
municípios que tivessem boa gestão 
de suas áreas naturais.
FUNDAMENTOS BÁSICOS DO PLANEJAMENTO DE 
ÁRVORES DE VIAS PÚBLICAS
Na literatura sobre arborização urbana, normalmente sugere-se que uma cidade tenha no 
mínimo 10 espécies, cada uma com 10% de frequência na cidade.
Outro detalhe importante é que quanto mais diversidade de espécies existir na cidade mais 
atração de variados tipos de polinizadores e dispersores de sementes ocorrerá.
O Plano Diretor de Arborização de vias públicas fica conceituado como a formulação e o 
estabelecimento de métodos, medidas e diretrizes a serem adotadas para o direcionamento 
do gerenciamento, planejamento e replanejamento da arborização urbana. As etapas são:
✓Diagnosticar a situação atual da arborização (Inventário).
✓Caracterizar o planejamento já existente e as condições atuais de gerenciamento.
✓Definir as diretrizes de manejo e expansão da Arborização de Vias Públicas no município.
✓Estabelecer um planejamento de composição florística (quais espécies serão utilizadas).
✓Estabelecer modificações no sistema de gerenciamento da arborização urbana 
melhorando a informatização das ações e documentos referentes à arborização.
✓Estabelecer metodologia para manter o inventário permanentemente atualizado.
✓Estabelecer um programa de produção e aquisição de mudas compatível com as 
diretrizes estabelecidas para substituição e expansão da arborização (Padrão de 
qualidade de mudas e plantio).
✓Revisar a legislação municipal de proteção à arborização urbana.
✓Integrar os órgãos gerenciadores da arborização urbana.
✓Promover o estabelecimento de parcerias entre entidades de interesse comum 
(Prefeitura, Universidades etc.).
✓Iniciar projetos para desenvolvimento de ações que colaborem para a expansão e 
melhoria da arborização urbana.
Para definir as espécies a serem utilizadas alguns conceitos básicos devem ser sempre 
seguidos:
✓A implantação da arborização deve funcionar como instrumento para tornar a cidade 
mais atrativa para o turismo.
✓Biodiversidade – Frequência máxima por espécie de 10 até 15% para toda a cidade.
✓Priorizar espécies nativas.
✓Nunca inserir espécies exóticas invasoras.
✓Deve-se priorizar o uso de espécies compatíveis com as condições ambientais e físicas 
de cada zoneamento ou logradouro a ser planejado.
✓Deve-se priorizar o uso de espécies de crescimento lento e boa aceitação de poda em 
locais abaixo de redes elétricas.
✓Locais com maior tráfego de veículos e maior poluição devem ter, quando a estrutura 
urbana permitir, adensamento maior de vegetação.
As espécies exóticas invasoras são aquelas originárias de outras regiões, ou seja, não 
nativas, mas que uma vez introduzidas se estabelecem vigorosamente a ponto de ocupar 
os espaços de forma dominante, diminuindo em muito a biodiversidade. Plantando essas 
espécies na arborização urbana estaremos favorecendo a ocupação de parques e matas 
nativas.
PLANEJAMENTO URBANO:
INSTRUMENTOS LEGISLATIVOS DE
PLANEJAMENTO URBANO
Tema de aprendizagem 8
ANÁLISE DAS PRINCIPAIS FERRAMENTAS DO 
ESTATUTO DA CIDADE
O Estatuto da Cidade (Lei nº 10.257, de 
2001) é a lei maior em termos de 
planejamento urbano e nela ficam 
determinadas minúcias para a 
elaboração de um Plano Diretor Urbano. 
Foi criado para regulamentar os arts. 
182 e 183 da Constituição Federal
No próprio Estatuto da Cidade ainda se 
estabelecem os preceitos para o 
Zoneamento urbano, que é a base para se 
organizar o uso do solo de uma cidade.
Diretrizes do estatuto da cidade
As diretrizes do Estatuto da Cidade são importantes para entender a ideologia e os 
objetivos principais pretendidos pela Lei nº 10.257, seguem:
• garantia do direito a cidades sustentáveis;
• gestão democrática por meio da participação da população e de associações 
representativas;
• cooperação entre os governos, a iniciativa privada e os demais setores da sociedade no 
processo de urbanização, em atendimento ao interesse social;
• planejamento do desenvolvimento das cidades, da distribuição espacial da população e 
das atividades econômicas do Município e do território sob sua área de influência;
• oferta de equipamentos urbanos e comunitários, transporte e serviços públicos 
adequados aos interesses e necessidades da população e às características locais;
• ordenação e controle do uso do solo, de forma a evitar:
a) a utilização inadequada dos imóveis urbanos;
b) a proximidade de usos incompatíveis ou inconvenientes; 
c) o parcelamento do solo, a edificação ou o uso excessivos ou inadequados em relação à 
infraestrutura urbana;
d) a instalação de empreendimentos ou atividades que possam funcionar como pólos 
geradores de tráfego, sem a previsão da infraestrutura correspondente;
e) a retenção especulativa de imóvel urbano, que resulte na sua subutilização ou não 
utilização;
f) a deterioração das áreas urbanizadas;
g) a poluição e a degradação ambiental;
h) a exposição da população a riscos de desastres.
• integração e complementaridade entre as atividades urbanas e rurais;
• adoção de padrões de produção e consumo de bens e serviços e de expansão urbana 
compatíveis com os limites da sustentabilidade ambiental, social e econômica do 
Município e do território sob sua área de influência;
• justa distribuição dos benefícios e ônus decorrentes do processo de urbanização;
• adequação dos instrumentos de política econômica, tributária e financeira e dos 
gastos públicos aos objetivos do desenvolvimento urbano; recuperação dos 
investimentos do Poder Público de que tenha resultado a valorização de imóveis 
urbanos;
• proteção, preservação e recuperação do meio ambiente natural e construído, do 
patrimônio cultural, histórico, artístico, paisagístico e arqueológico;
• audiência do Poder Público municipal e da população interessada nos processos de 
implantação de empreendimentos ou atividades com efeitos potencialmente negativos 
sobre o meio ambiente natural ou construído, o conforto ou a segurança da população;
• regularização fundiária e urbanização de áreas ocupadas por população de baixa 
renda mediante o estabelecimento de normas especiais de urbanização, uso e 
ocupação do solo e edificação;
• simplificação da legislação de parcelamento, uso e ocupação do solo e das normas 
edilícias;
• isonomia de condições para os agentes públicos e privados na promoção de 
empreendimentos e atividades relativos ao processo de urbanização, atendido o 
interesse social;
• estímulo à utilização, nos parcelamentos do solo e nas edificações urbanas, de 
sistemas operacionais, padrões construtivose aportes tecnológicos que objetivem a 
redução de impactos ambientais e a economia de recursos naturais.
Instrumentos do estatuto da cidade
Art. 4º do Estatuto da Cidade: para os fins desta Lei, serão utilizados, entre outros 
instrumentos:
• planos nacionais, regionais e estaduais de ordenação do território e de desenvolvimento 
econômico e social;
• planejamento das regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões;
• estudo prévio de impacto ambiental (EIA) e estudo prévio de impacto de vizinhança (EIV).
• institutos tributários e financeiros:
a) imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana - IPTU;
b) contribuição de melhoria;
c) incentivos e benefícios fiscais e financeiros;
• planejamento municipal, em especial:
a) plano diretor;
b) disciplina do 
parcelamento, do 
uso e da 
ocupação do solo;
c) zoneamento 
ambiental
d) plano 
plurianual;
e) diretrizes 
orçamentárias e 
orçamento anual;
f) gestão 
orçamentária 
participativa;
g) planos 
programas e 
projetos 
setoriais;
h) planos de 
desenvolvimento 
econômico e 
social;
• institutos jurídicos e políticos:
a) desapropriação;
b) servidão 
administrativa;
c) limitações 
administrativas;
d) tombamento de 
imóveis ou de 
mobiliário urbano;
e) instituição de 
unidades de 
conservação;
f) instituição de 
zonas especiais de 
interesse social;
g) concessão de 
direito real de uso;
h) concessão de uso 
especial para fins de 
moradia;
i) parcelamento, 
edificação ou 
utilização 
compulsórios;
j) usucapião especial 
de imóvel urbano;
k) direito de 
superfície;
l) direito de 
preempção;
m) outorga onerosa 
do direito de 
construir e de 
alteração de uso;
n) transferência do 
direito de construir;
o) operações urbanas 
consorciadas;
p) regularização 
fundiária;
q) assistência técnica 
e jurídica gratuita 
para as comunidades 
e grupos sociais
menos favorecidos;
r) referendo popular 
e plebiscito;
s) demarcação 
urbanística para fins 
de regularização 
fundiária;
t) legitimação de 
posse (Incluído pela 
Medida Provisória nº 
459, de 2009)
u) legitimação de 
posse (Incluído pela 
Lei nº 11.977, de 
2009)
Mecanismos constitucionais de planejamento e execução
orçamentários
Fato é que cada governo tem seu PPA, 
ele existe para o governo Federal, 
Estadual e Municipal. 
É aprovado por lei quadrienal, tendo 
vigência do segundo ano de um mandato 
majoritário até o final do primeiro ano do 
mandato seguinte, respeitando as épocas 
de eleições de cada governo. 
Portanto, apesar de sua duração ser de 
quatro anos, sua vigência não coincide 
com a dos mandatos.
Contribuição de melhoria
Um dos objetivos dessa tributação que pode ser 
utilizada como instrumento de planejamento urbano 
é vetar o enriquecimento injusto devido à execução de 
obras públicas que privilegiam regiões de uma 
cidade.
Zonas especiais de interesse social
São áreas demarcadas no território de uma cidade, para assentamentos habitacionais 
de população de baixa renda.
Os objetivos do estabelecimento de ZEIS (Zonas Especiais de Interesse Social), de 
acordo com o Estatuto das Cidades são:
• Permitir a inclusão de parcelas da população que foram marginalizadas da cidade, por 
não terem tido possibilidades de ocupação do solo urbano dentro das regras legais.
• Permitir a introdução de serviços e infraestrutura urbana nos locais onde eles antes 
não chegavam, melhorando as condições de vida da população.
• Regular o conjunto do mercado de terras urbanas, pois reduzindo-se as diferenças de 
qualidade entre os diferentes padrões de ocupação, reduz-se também as diferenças de 
preços entre elas.
• Introduzir mecanismos de participação 
direta dos moradores no processo de 
definição dos investimentos públicos em 
urbanização para consolidar os 
assentamentos.
• Aumentar a arrecadação do município, 
pois as áreas regularizadas passam a 
poder pagar impostos e taxas, vistas 
nesse caso muitas vezes com bons olhos 
pela população, pois os serviços e 
infraestrutura deixam de ser encarados 
como favores, e passam a ser obrigações 
do poder público.
• Aumentar a oferta de terras para os 
mercados urbanos de baixa renda.
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Concessão de direito real de uso
A Concessão de Direito Real de Uso trata-se, portanto, de um contrato por meio do qual 
a Administração transfere do uso de terreno público ou privado – não se mencionando a 
transferência de domínio – por tempo determinado ou indeterminado, oneroso ou 
gratuito.
Reconhece a outorga de imóveis da União em favor de pessoa jurídica de direito público 
ou de entidades sem fins lucrativos para o cumprimento de interesse público ou social, 
ou, ainda, objetivando o aproveitamento econômico de interesse nacional.
Admite-se, também, a concessão do direito real de uso a favor de entidade da 
administração pública federal indireta.
A concessão pode ser extinta por desistência da entrega do bem por parte do poder que o 
concede, ou seja, a União. Também pode ser extinto pela morte do beneficiário da 
concessão ou pelo simples termo final, pungido ao contrato.
Concessão de uso especial para fins de moradia
Trata-se de um instrumento semelhante ao usucapião, porém não acarreta a aquisição 
da propriedade, mas sim uma concessão de uso, explicitamente e somente para uso 
como moradia.
A concessão tem certas peculiaridades especificadas nas citações a seguir: 
assim, será concedido ao ocupante de imóvel público urbano de até 250 metros 
quadrados, pertencente à Administração direta ou indireta, o direito ao uso e não ao 
domínio. Como requisitos, exige-se que o morador não possua outro imóvel urbano ou 
rural e que utilize o imóvel público para moradia sua ou de sua família, por mais de 
cinco anos pacífica e ininterruptamente, sendo válido somar ao seu o tempo em que seu 
antecessor ocupa o imóvel, desde que também de forma contínua, até 31 de junho de 
2001.
USUCAPIÃO ESPECIAL DE IMÓVEL URBANO
Trata-se de uma modalidade de usucapião também denominada de usucapião pro 
moradia ou usucapião pro misero, uma vez que transforma, em propriedade, a posse do 
possuidor que não tiver qualquer outro imóvel, rural ou urbano, para fins de habitação.
Para que seja válida essa modalidade de usucapião existem alguns requisitos: 
• o imóvel deve ter extensão de, no máximo, 250 metros quadrados; 
• posse mansa e pacífica por um lapso temporal de 5 (cinco) anos ininterruptos; 
• não ser o possuidor proprietário de qualquer outro imóvel rural ou urbano, e que o 
possuidor utilize esse imóvel para fins de moradia sua ou de sua família.
Direito de superfície
Trata-se de uma concessão realizada por um proprietário de terreno a outra pessoa, 
especificamente para construção e utilização durante certo tempo, salvo para realização 
de obra no subsolo a não ser que inerente ao objeto da concessão, que pode ser gratuita, 
ou mediante pagamento de valor fixo à vista ou parcelado.
Pela utilização, o superficiário deverá pagar todos os encargos e tributos que incidam 
sobre o imóvel como um todo, terreno mais construção, como se proprietário fosse.
O direito de superfície é um instrumento que possibilita que o proprietário de terreno 
urbano conceda a outro particular o direito de utilizar o solo, o subsolo ou o espaço aéreo 
de seu terreno, em termos estabelecidos em contrato.
Direito de preempção
Trata-se do direito de preferência que têm o vendedor de um bem no caso do comprador 
querer vendê-lo após a sua aquisição. Este direito, que também é denominado direito de 
prelação, pode ser convencional, quando assim for acertado entre as partes, ou legal, no 
caso da venda de bem desapropriado pelo poder público. 
Ou seja, se o poder público for vender um bem que foi desapropriado, seu antigo 
proprietário terá garantido o direito de preferênciaem adquiri-lo pelo preço pago na 
desapropriação.
Outorga onerosa do direito de construir e de alteração de
uso
Refere-se à concessão emitida pelo 
Município para que um proprietário de 
imóvel edifique acima do limite 
estabelecido pelo Coeficiente de 
Aproveitamento Básico (conceituado no 
tópico referente ao Zoneamento Urbano), 
mediante contrapartida financeira a ser 
prestada pelo beneficiário.
O objetivo da Outorga Onerosa é trazer 
novos recursos ao Poder Público, no 
intuito de recuperar parte dos 
investimentos executados para suprir as 
demandas geradas pelas altas 
densidades populacionais nas cidades.
Transferência do direito de construir
A Transferência do Direito de Construir confere 
ao proprietário de um lote a possibilidade de 
exercer seu potencial construtivo em outro lote, 
ou de vendê-lo a outro proprietário. Deve ser 
utilizada, portanto, em áreas que o Poder 
Público tenha, por qualquer motivo, interesse 
em manter com baixa densidade.
Um exemplo são aquelas áreas que, por 
imposição da necessidade de preservação 
ambiental ou do Patrimônio Histórico, devem 
ter seu potencial construtivo limitado. Nesses 
casos, a Transferência do Direito de Construir 
atua como um fator de amenização da pressão 
imobiliária nos terrenos, diminuindo a pressão 
pela sua ocupação.
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OPERAÇÕES URBANAS CONSORCIADAS
Nesse instrumento, o Poder Público deve delimitar uma área e elaborar um plano de 
ocupação, no qual estejam previstos aspectos tais como a implementação de 
infraestrutura, a nova distribuição de usos, as densidades permitidas, os padrões de 
acessibilidade etc.
Como exemplo de utilização desse tipo de instrumento podemos citar as obras de 
edificações da zona olímpica feitas no Rio de Janeiro para as Olimpíadas no Brasil. As 
construções foram feitas com parcerias público privadas, seguindo as regras desse 
instrumento de ordenamento e planejamento urbano.
ZONEAMENTO URBANO E PARCELAMENTO 
DO SOLO
Regula o uso e ocupação do solo urbano por parte dos agentes de produção do espaço 
urbano, tais como as construtoras, incorporadoras, proprietários de imóveis e o próprio 
Estado.
O Zoneamento faz parte do Plano Diretor de uma cidade, sendo basicamente a divisão 
da cidade em áreas distintas em que apenas determinados usos da terra e tipos de 
edifícios podem ser construídos.
A lógica utilizada é que certas atividades não podem permanecer no mesmo circuito, 
como é o caso das indústrias e residências; aeroportos e lixões; entre outros
Para zonear uma cidade é importante 
observar os seguintes objetivos:
■ Controle do crescimento urbano.
■ Proteção de áreas inadequadas à 
ocupação urbana.
■ Minimização dos conflitos entre usos e 
atividades.
■ Controle do tráfego.
■ Manutenção dos valores das 
propriedades.
O zoneamento, como parte do Plano Diretor, vai ser delineado e promulgado como uma lei 
específica da cidade para ordenar o uso do solo. 
O Estatuto da Cidade e outras leis vinculadas acabam por construir alguns princípios que 
devem ser seguidos pelo zoneamento:
■ Deve ter participação popular na sua formulação.
■ Interesse público deve prevalecer sobre o interesse particular.
■ Evitar ou diminuir conflitos entre usos e atividades urbanas.
■ Prevalecimento do transporte público sobre o individual.
■ Seguir o ideal do desenvolvimento sustentável.
■ Respeitar os limites ambientais e a legislação específica.
■ Promover o ordenamento urbanístico.
■ Valorização do patrimônio cultural, ambiental e paisagístico.
■ Manutenção e melhoria da qualidade de vida.
■ Estimular o desenvolvimento econômico, social e ambiental.
Coeficiente de aproveitamento (ca) ou índice de
aproveitamento
Parâmetro que visa a controlar o 
adensamento construtivo das edificações, 
de modo a evitar saturação ambiental. 
Define o máximo de área edificável – ou 
potencial construtivo – dos terrenos em 
cada zoneamento (quanto maior o CA, 
maior o potencial construtivo do terreno).
O Coeficiente de Aproveitamento é um 
número que, multiplicado pela área do 
lote, indica a quantidade máxima de 
metros quadrados que podem ser 
construídos em um lote, somando-se as 
áreas de todos os pavimentos.
TAXA DE 
OCUPAÇÃO 
(TO)
Trata-se da porcentagem da área do 
terreno que pode ser ocupada pela 
edificação ou por sua projeção 
vertical (quanto maior a TO, maior a 
área que pode ser ocupada). 
Tem objetivo de proteção ambiental 
e/ou paisagística
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Gabarito e Afastamentos mínimos (laterais e de 
fundos)
Parâmetro que limita a altura das 
edificações. Tem finalidade paisagística
Parâmetros que visam a evitar que a 
implantação de uma edificação retire dos 
vizinhos o direito à iluminação, à 
ventilação, entre outros.
Número de ocupantes
As várias zonas limitam a construção de 
estruturas baseando-se no número de 
habitantes ou trabalhadores a ocupar a 
área.
Por exemplo, ruas próximas a grandes 
shoppings e arranha-céus podem ficar 
congestionadas por causa do grande 
número de pessoas que entram e saem 
da estrutura.
PARCELAMENTO DO SOLO
O parcelamento do solo urbano tem o objetivo de colocar em ordem o espaço para 
habitação.
O parcelamento do solo urbano poderá ser realizado mediante loteamento ou 
desmembramento.
Considera-se loteamento a subdivisão da gleba em lotes destinados à edificação, com 
abertura de novas vias de circulação, de logradouros públicos ou prolongamento, 
modificação ou ampliação das vias existentes.
Considera-se desmembramento a subdivisão de glebas em lotes destinados à edificação, 
com aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique na abertura de 
novas vias e logradouros públicos, nem no prolongamento modificação ou ampliação dos 
já existentes.
Lei ainda define onde não será permitido o parcelamento do solo:
I – em terrenos alagadiços e inundações, antes de tomadas as providências para 
assegurar o escoamento das águas;
II – em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo à saúde pública, sem 
que sejam previamente saneados;
III – em terrenos com declividade igual ou superior a 30% (trinta por cento), salvo se 
atendidas exigências específicas das autoridades;
IV – em terrenos onde as condições geológicas não aconselham a edificação; 
V – em áreas de preservação ecológica ou naquelas onde a poluição impeça condições 
sanitárias suportáveis, até a sua correção.
O art. 4º da Lei nº 6.766/197 dispõe que os loteamentos deverão atender, pelo menos, aos 
seguintes requisitos:
I – as áreas destinadas a sistemas de circulação, a implantação de equipamento urbano 
e comunitário, bem como a espaços livres de uso público, serão proporcionais à 
densidade de ocupação prevista pelo plano diretor ou aprovada por lei municipal para a 
zona em que se situem.
II – os lotes terão área mínima de 125m² (cento e vinte e cinco metros quadrados) e 
frente mínima de 5 (cinco) metros, salvo quanto à legislação estadual ou municipal 
determinar maiores exigências, ou quando o loteamento se destinar a urbanização 
específica ou edificação de conjuntos habitacionais de interesse social, previamente 
aprovados pelos órgãos públicos competentes;
III – ao longo das águas correntes e dormentes e das faixas de domínio público das 
rodovias, ferrovias e dutos, será obrigatória a reserva de uma faixa não edificável de 15 
(quinze) metros de cada lado, salvo maiores exigências da legislação específica;
IV – as vias de loteamento deverão articular-se com as vias adjacentes oficiais, 
existentes ou projetadas, e harmonizar-se com a topografia local.
Incorporações imobiliárias
De acordo com a Lei nº 9.514 de 21 de 
dezembro de 1997 a incorporação 
imobiliáriaé nome dado para o conjunto de 
atividades exercidas com a finalidade de 
construir ou promover a construção de 
edificações ou conjunto de edificações, bem 
como a sua comercialização, total ou 
parcial, compostas de unidades autônomas 
que, em seu conjunto, formam um 
condomínio.
Figuram normalmente como incorporações 
imobiliárias negociações envolvendo 
edifícios de apartamentos; casas 
geminadas; habitações isoladas urbanas ou 
rurais; e salas comerciais.
Dentro da incorporação imobiliária um dos passos principais determinados pela legislação é 
o registro da incorporação, que fica sendo o requisito essencial para que um empreendimento 
imobiliário possa ser colocado à venda.
De acordo com o art. 31, da Lei 4.591/64 o registro deve ser feito no cartório competente de 
Registro de Imóveis, sendo necessários os seguintes documentos:
✓ título de propriedade de terreno, ou de promessa;
✓ certidões negativas de impostos federais, estaduais e municipais, de protesto de títulos de 
ações cíveis e criminais e de ônus reais relativa ao imóvel, aos alienantes do terreno e ao 
incorporador; 
✓histórico dos títulos de propriedade do imóvel, abrangendo os últimos 20 anos, 
acompanhado de certidão dos respectivos registros;
✓projeto de construção devidamente aprovado pelas autoridades competentes;
✓ cálculo das áreas das edificações, discriminando, além da global, a das partes comuns, e 
indicando, para cada tipo de unidade a respectiva metragens de área construída;
✓ certidão negativa de débito para com a Previdência Social, quando o titular de direitos 
sobre o terreno for responsável pela arrecadação das respectivas contribuições;
✓memorial descritivo das especificações da obra projetada, segundo modelo a que se refere o 
inciso IV, do art. 53, desta Lei;
✓avaliação do custo global da obra, atualizada à data do arquivamento;
✓discriminação das frações ideais de terreno com as unidades autônomas que a elas 
corresponderão;
✓minuta da futura Convenção de condomínio que regerá a edificação ou o conjunto de 
edificações;
✓declaração em que se define a parcela do preço de que trata o inciso II, do art. 39;
✓certidão do instrumento público de mandato, referido no § 1º do artigo 31;
✓declaração expressa em que se fixe, se houver, o prazo de carência (art. 34);
✓atestado de idoneidade financeira, fornecido por estabelecimento de crédito que opera 
no País há mais de cinco anos.
✓declaração, acompanhada de plantas elucidativas, sobre o número de veículos que a 
garagem comporta e os locais destinados à guarda dos mesmos.
Outro ponto importante que foi criado no intuito de deixar esse tipo de negociação mais 
segura ao comprador é o chamado Patrimônio de Afetação (instituído pela Lei 
10.931/04), que é a segregação patrimonial de bens do incorporador para uma atividade 
específica, com o intuito de assegurar a continuidade e a entrega das unidades em 
construção aos futuros adquirentes, mesmo em caso de falência ou insolvência do 
incorporador.
Outro efeito importante é que o terreno e as acessões objeto da incorporação imobiliária 
podem entrar no Regime Especial de Tributação (RET), bem como os demais bens e 
direitos a ela vinculados, em que apenas o patrimônio da incorporadora responderá 
pelas dívidas tributárias da incorporação afetada. A opção pelo RET será efetivada 
quando atendidos os seguintes requisitos.
• Afetação do terreno e das acessões objeto da incorporação imobiliária.
• Inscrição de cada incorporação afetada no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica – 
CNPJ.
• Entrega do termo de opção pelo RET na unidade competente da Secretaria da Receita 
Federal (art. 2º da Lei nº 10.931/2004).
PRINCIPAIS SETORES DA 
GESTÃO URBANA
TEMA DE APRENDIZAGEM 9
SANEAMENTO BÁSICO
Atualmente no Brasil, a lei de saneamento 
básico, que está em vigor, é a Lei 
11.445/2007. Esta prevê obrigações para o 
poder público como: a necessidade de 
elaboração de um plano de saneamento 
básico; mecanismos de controle social; 
sistema de informações sobre os serviços 
articulado com o Sistema Nacional de 
Informações em Saneamento.
Essa lei também define uma série de 
requisitos para o plano de saneamento, 
entre eles o diagnóstico da situação atual, 
os objetivos e metas para o futuro, 
programas, projetos e ações necessárias.
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O sistema de informações deve integrar-se ao Sistema Nacional de Informações em 
Saneamento Básico (SINISA), cujos objetivos estabelecidos no art. 53 são:
■ Coletar e sistematizar dados relativos às condições da prestação dos serviços públicos 
de saneamento básico.
■ Disponibilizar estatísticas, indicadores e outras informações relevantes para a 
caracterização da demanda e da oferta de serviços públicos de saneamento básico.
■ Permitir e facilitar o monitoramento e avaliação da eficiência e da eficácia da 
prestação dos serviços de saneamento básico
O saneamento básico é considerado uma das prioridades das cidades, pois é por meio 
dele que teremos salubridade urbana, ou seja, saúde ambiental, diminuindo a 
incidência de doenças infecciosas e parasitárias.
Abastecimento de água
De acordo com a Lei nº 11.445 de 2007, o abastecimento de água potável no Brasil é 
constituído pelas atividades, infraestruturas e instalações necessárias ao abastecimento 
público de água potável, desde a captação até as ligações prediais e respectivos 
instrumentos de medição.
Existem padrões da qualidade predefinidos na 
legislação, os quais devem ser seguidos tanto pelas 
agências de saneamento básico quanto pelos 
responsáveis pela abertura de poços artesianos. 
É importante destacar que, para a utilização de 
águas de rios ou mesmo de poços artesianos, no 
caso de uso particular, é necessária a permissão do 
órgão ambiental estadual, geralmente um pedido 
de outorga de uso da água.
A Resolução CONAMA nº 357, de 17 de março de 
2005, define a classificação dos corpos de água e as 
diretrizes ambientais para o seu enquadramento.
Uma medida que pode ser eficaz, em países 
tropicais como o Brasil, para colaborar em reduzir 
desperdício de água, são os sistemas de captação 
de água da chuva inseridos em prédios e 
residências.
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Coleta e tratamento de esgoto
Depois que utilizamos a água para algum fim, ela dá origem ao que chamamos de 
esgoto. Ele pode ser classificado em três formas: doméstico, industrial e pluvial.
A Lei nº 11.445/2007 define esgotamento sanitário como aquele constituído pelas 
atividades, infraestruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, tratamento 
e disposição final adequados dos esgotos sanitários, desde as ligações prediais até o seu 
lançamento final no meio ambiente.
De acordo com a SABESP, a coleta de esgoto funciona da seguinte forma: nas casas, 
comércios ou indústrias, ligações com diâmetro pequeno formam as redes coletoras. 
Essas redes são conectadas aos coletores-tronco (tubulações instaladas ao lado dos 
córregos), que recebem os esgotos de diversas redes. 
Dos coletores-tronco, os esgotos vão para os interceptores, que são tubulações maiores, 
normalmente próximas aos rios. 
De lá, o destino será uma Estação de Tratamento, que tem a missão de devolver a água, 
em boas condições, ao meio ambiente, ou reutilizá-la para fins não potáveis.
A instalação dos esgotos residenciais deve seguir o padrão das empresas de saneamento 
que atuam em seu estado, e a ligação dos esgotos deve ser feita por elas.
Na resolução Conama nº 357/05, encontram-se todas as normas para as condições e 
padrões de lançamento de efluentes.
A Lei nº 11.445/2007, em seu Art. 44, define que o licenciamento ambiental de unidades 
de tratamento de esgotos sanitários e de efluentes gerados nos processos de tratamento 
de água.
O esgoto doméstico é formado por águas residuais 
de banheiros, pias, tanques etc. 
A maior parte dele (cerca de 99,9%)é composto por 
líquidos, sendo o percentual de sólidos apenas 
0,1%. Exatamente esse pequeno percentual é o que 
causa grandes problemas. Quando o esgoto é 
jogado diretamente no rio sem qualquer tipo de 
tratamento ele provoca um fenômeno conhecido 
como Eutrofização Artificial. 
A eutrofização é caracterizada pelo aumento de 
nutrientes no ecossistema aquático, causando 
proliferação excessiva de algas e bactérias, 
diminuição do oxigênio dissolvido na água e morte 
de peixes e outros organismos. Em casos extremos, 
a eutrofização pode levar à morte do ecossistema, 
além de aumentar a exposição a doenças 
infecciosas.
As Estações de Tratamento de Esgotos 
(ETE) são estruturas dotadas de um 
sistema capaz de reduzir o potencial 
poluidor dos efluentes.
Normalmente elas são projetadas para 
tipos específicos de esgotos e possuem 
algumas limitações. 
Por exemplo, uma ETE industrial (que 
trata efluentes da indústria) dificilmente 
tem a capacidade de tratar esgotos 
domésticos. Isso ocorre porque as 
técnicas utilizadas para montagem do 
sistema devem ser adequadas às 
características do tipo de esgoto que se 
quer tratar.
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O esgoto proveniente da pia da cozinha, 
que normalmente é rico em gorduras, 
não deve ser jogado diretamente na rede 
de esgoto coletora. 
É preciso que ele passe primeiro pela 
caixa de gordura. Essa estrutura é 
obrigatória para todas as residências e 
tem a função de reter a gordura, 
evitando o entupimento da tubulação e a 
entrada de ratos e baratas de esgoto nas 
casas.
A gordura e os resíduos (restos de 
alimentos) retirados devem ser colocados 
em sacos plásticos resistentes e 
descartados junto com o lixo doméstico.
Rede pluvial
O manejo de águas pluviais consiste no 
conjunto de intervenções estruturais e 
não estruturais, com o objetivo de 
controlar o escoamento superficial nas 
cidades, evitando assim desastres 
naturais relacionados ao excesso de água 
e doenças decorrentes de inundações.
Outro ponto importante é o descarte de 
lixo nas ruas que leva ao entupimento de 
bocas de lobo e poluição.
Gerenciamento de resíduos sólidos urbanos
Os resíduos sólidos podem ser classificados em domésticos, hospitalares, comerciais, 
industriais e especiais (entulhos de construção civil ou matéria animal e vegetal).
De acordo com a Lei nº 11.445/2007, a limpeza urbana e o manejo de resíduos sólidos 
são um conjunto de atividades, infraestruturas e instalações operacionais de coleta, 
transporte, transbordo, tratamento e destino final do lixo doméstico e do lixo originário 
da varrição e limpeza de logradouros e vias públicas.
No dia 2 de agosto de 2010, foi instituída no Brasil a Política Nacional de Resíduos 
Sólidos, por meio da Lei nº 12.305/2010, que altera a Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 
1998 e dá outras providências.
Pela lei cada setor existente no processo de produção e utilização de resíduos sólidos 
deve ter responsabilidade e função específica para seu gerenciamento:
REDE ELÉTRICA
O sistema de distribuição de energia elétrica no Brasil é regulado por resoluções da Agência 
Nacional de Energia Elétrica (Aneel), as quais, por sua vez, se orientam pelas diretrizes 
estabelecidas nas leis aprovadas pelo Congresso Nacional e nos decretos estabelecidos pelo 
Executivo Federal.
A energia distribuída é a energia efetivamente entregue aos consumidores conectados à rede 
elétrica de uma determinada empresa de distribuição. O setor privado é responsável por 
67% da energia distribuída no País.
As contas de energia no Brasil serão submetidas ao sistema de bandeiras tarifárias a partir 
de 2015. Bandeiras nas cores amarela e vermelha, indicando condições de geração de 
energia menos favoráveis e desfavoráveis, respectivamente, resultarão em acréscimos de 
valores nas tarifas.
Um destaque recente no País tem sido o forte crescimento da participação das energias 
renováveis alternativas, como a eólica, a solar e a biomassa, que já respondem por cerca de 
15% da oferta elétrica Interna.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) aprovou em 2015 aprimoramentos na 
Resolução Normativa nº 482/2012 que criou o Sistema de Compensação de Energia 
Elétrica, permitindo que o consumidor instale pequenos geradores (tais como painéis 
solares fotovoltaicos e microturbinas eólicas, entre outros) em sua unidade consumidora 
e troque energia com a distribuidora local com objetivo de reduzir o valor da sua fatura 
de energia elétrica.
Quando a quantidade de energia gerada em determinado mês for superior à energia 
consumida naquele período, o consumidor fica com créditos que podem ser utilizados 
para diminuir a fatura dos meses seguintes.
Outra inovação da norma diz respeito à possibilidade de instalação de geração 
distribuída em condomínios (empreendimentos de múltiplas unidades consumidoras). 
Nessa configuração, a energia gerada pode ser repartida entre os condôminos em 
porcentagens definidas pelos próprios consumidores.
MOBILIDADE URBANA
A mobilidade urbana é dependente da organização do espaço que deve estabelecer 
normas de acessibilidade no deslocamento de pessoas pelos mais diversos motivos, como 
escola, trabalho, lazer entre outros.
MOBILIDADE RESIDENCIAL
É a circulação entre o local de moradia em direção a qualquer outro ponto em meio a um 
mesmo espaço urbano. É o desejo de adaptar as características do local às necessidades 
familiares.
MOBILIDADE OCASIONAL
Não obedece a um período determinado. Os motivos são: profissional, lazer, visita a 
parentes etc.
MOBILIDADE SEMANAL
Está relacionada aos trabalhadores e estudantes que exercem atividades longe de suas 
residências, repetindo-se as viagens semanalmente.
MOBILIDADE QUOTIDIANA
É quase obrigatória. É o circuito de ligação diário entre o local de moradia e os locais de 
trabalho e escola.
Nesse contexto, surgiu a Lei nº 12.587/2012, que é tratada como uma política para o 
desenvolvimento urbano e objetiva a integração entre os diferentes modos de transporte 
e a melhoria da acessibilidade e mobilidade das pessoas e cargas nas cidades.
Em seu Art. 3, é tratado sobre o Sistema Nacional de Mobilidade Urbana como o 
conjunto organizado e coordenado dos modos de transporte, de serviços e de 
infraestrutura que garante os deslocamentos de pessoas e cargas no território do 
Município.
	Slide 1: PLANEJAMENTO URBANO E AMBIENTAL
	Slide 2: ÁREAS VERDES URBANAS
	Slide 3: O que são áreas verdes urbanas?
	Slide 4
	Slide 5: IMPORTÂNCIA DAS ÁREAS VERDES URBANAS
	Slide 6
	Slide 7
	Slide 8
	Slide 9
	Slide 10: ÍNDICES DE ÁREAS VERDES URBANAS
	Slide 11: Principais problemas das áreas verdes urbanas
	Slide 12
	Slide 13: Unidades de conservação
	Slide 14
	Slide 15
	Slide 16
	Slide 17
	Slide 18: ICMS Ecológico
	Slide 19
	Slide 20: FUNDAMENTOS BÁSICOS DO PLANEJAMENTO DE ÁRVORES DE VIAS PÚBLICAS
	Slide 21
	Slide 22
	Slide 23
	Slide 24
	Slide 25: PLANEJAMENTO URBANO: INSTRUMENTOS LEGISLATIVOS DE PLANEJAMENTO URBANO
	Slide 26: ANÁLISE DAS PRINCIPAIS FERRAMENTAS DO ESTATUTO DA CIDADE
	Slide 27: Diretrizes do estatuto da cidade
	Slide 28
	Slide 29
	Slide 30
	Slide 31: Instrumentos do estatuto da cidade
	Slide 32: planejamento municipal, em especial: 
	Slide 33: institutos jurídicos e políticos:
	Slide 34: Mecanismos constitucionais de planejamento e execução orçamentários
	Slide 35: Contribuição de melhoria
	Slide 36: Zonas especiais de interesse social
	Slide 37
	Slide 38: Concessão de direito real de uso
	Slide 39
	Slide 40: Concessão de uso especial para fins de moradia
	Slide 41: USUCAPIÃO ESPECIAL DE IMÓVEL URBANO
	Slide 42: Direito de superfície
	Slide 43: Direito de preempção
	Slide 44: Outorga onerosa do direito de construir e de alteração de uso
	Slide 45: Transferência do direito de construir
	Slide 46: OPERAÇÕES URBANAS CONSORCIADAS
	Slide 47
	Slide 48: ZONEAMENTO URBANO E PARCELAMENTO DO SOLO
	Slide 49
	Slide 50
	Slide 51:Coeficiente de aproveitamento (ca) ou índice de aproveitamento
	Slide 52: TAXA DE OCUPAÇÃO (TO)
	Slide 53: Gabarito e Afastamentos mínimos (laterais e de fundos)
	Slide 54: Número de ocupantes
	Slide 55: PARCELAMENTO DO SOLO
	Slide 56
	Slide 57
	Slide 58: Incorporações imobiliárias
	Slide 59
	Slide 60
	Slide 61
	Slide 62: PRINCIPAIS SETORES DA GESTÃO URBANA
	Slide 63: SANEAMENTO BÁSICO
	Slide 64
	Slide 65: Abastecimento de água
	Slide 66
	Slide 67: Coleta e tratamento de esgoto
	Slide 68
	Slide 69
	Slide 70
	Slide 71
	Slide 72: Rede pluvial
	Slide 73: Gerenciamento de resíduos sólidos urbanos
	Slide 74
	Slide 75: REDE ELÉTRICA
	Slide 76
	Slide 77: MOBILIDADE URBANA
	Slide 78

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