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* AVALIAÇÃO FUNCIONAL DOS PACIENTES AMPUTADOS DE MI PROF.RONNEY * Anamnese Dados pessoais Profissionais e sócio-culturais; Descrição de patologias pregressas e atuais; * Patologias pregressas (importância) Distúrbios que poderão modificar a reabilitação ou impedir a protetização: insuficiência coronariana, hipertensão arterial; DPOC; Alterações reumáticas; Diabetes melito; Sequelas de antigos acidentes; * Moléstia atual (importância) Amputação traumática: foi imediata ou foi eletiva; Amputações vasculares: duração da enfermidade e se haviam sinais de doença obstrutiva ou inflamatória; Amputações por neoplasias: presença de metástases, tratamento realizado e outras complicações; * Exame físico geral Investigar aparelho músculo-esquelético; Alterações funcionais como: arritmias , picos hipertensivos e obesidade; Avaliação do aparelho cárdio-respiratório, principalmente em idosos ou amputados vasculares; * Membros superiores Presença de lesão; Deformidades; Força muscular e ADM; * Membro inferior não amputado Condições da pele; Coloração do membro; Pulsos arteriais; Equilíbrio e mobilidade; Força muscular e ADM; Deformidades; Paresia, plegia, anestesia ou hipoestesia * * * Coto de amputação 1-Pele; 2-Edema; 3-Cicatrização; 4-Coxim terminal; 5-Descarga de peso; 6-Deformidades; 7-Membro fantasma; 8-Dor fantasma; 9-Espículas ósseas; 10-Neuromas; 11-Enxertos cutâneos; 12-Anomalias congênitas; 13-Complicações e intercorrências * PELE Presença de lesões abertas (forma, tamanho e exsudatos); Sensibilidade (ausente, diminuída, normal ou aumentada); Lesões dermatológicas (psoríases, eczemas, dermatítes, furúnculos e cistos) * * EDEMA Variação em decorrência do nível de amputação, sendo mais acentuados nas amputações transtibiais e transfemorais; Utilização do enfaixamento gessado ou enfaixamento com tiras elásticas; * * CICATRIZAÇÃO Não devem se irregulares, hipertróficas ou aderidas a planos profundos; Se ainda se encontram abertas, invaginadas, inflamadas ou infectadas, com ou sem secreção; * * COXIM TERMINAL Deve ser firme; Não pode ser excasso ou muito volumoso; Áreas de flacidez (enfaixamento inadequado) – orelhas de cachorro e rolos adutores; * * DESCARGA DE PESO Áreas diferentes de descarga para níveis diferentes; Avaliar os locais de descarga para verificar hipersensibilidade ou hipoestesia, que será importante para a confecção do encaixe protético; * DEFORMIDADES Encurtamentos musculares e contraturas articulares proximais à amputação; Deformidades em genuvaro ou valgo, de coluna ou decorrentes de fratura quando estão presentes dificultam o processo de reabilitação e protetização * * MEMBRO FANTASMA Sensação de pressão, formigamento, dormência, posição do membro e temperatura; Essas impressões podem mudar de posição e de características conforme estímulos externos; * DOR FANTASMA Disparos dolorosos, apertões cãibras, choques e queimações; * Espículas ósseas São responsáveis por dores à palpação ou com o uso da prótese, podendo comprometer a protetização; * * NEUROMAS Sintomatologia depende do tamanho e localização; Sensação de choque de distal para proximal; * ENXERTOS CUTÂNEOS Local; Maturação; Sensibilidade dos mesmos; * COMPLICAÇÕES E INTERCORRÊNCIAS Complicações do coto; Complicações neurológicas; Complicações sensoriais; Complicações psicológicas e clínicas; * Reabilitação nos pacientes amputados de MMII * Objetivos a serem atingidos para favorecer o processo de reabilitação Conseguir um bom equilíbrio muscular; Potencializar os grupos musculares débeis; Recuperar a função muscular prévia; Impedir e eliminar contraturas; Impedir deformidades secundárias; Diminuir e eliminar estados dolorosos; Modelar e maturar o coto; Colocar uma prótese em perfeitas condições de ajuste e alinhamento; Treinamento de marcha; Corrigir defeitos da marcha; * Reabilitação pré-amputação Aliviar quadro de ansiedade e depressão ; Conscientizar o paciente sobre os recursos protéticos; Mobilidade no leito; Exercícios de fortalecimento; Manter ou melhorar ADM; Estabelecer as reservas cardiorepiratórias; Treinar independência nas AVDs; Treinar transferências, equilíbrio e marcha; * Reabilitação pós-amputação Prevenir as contraturas articulares; Fortalecer e coordenar o controle muscular ao nível do coto; Fortalecer e mobilizar a perna não afetada; Fortalecer e mobilizar o tronco; Controlar o edema do coto; Estimular independência; Estimular deambulação precoce; * Protetização imediata Com o programa de protetização imediata e mobilização precoce, foram observados: Cicatrização prematura; Maior controle do edema e melhor forma do coto; Estabilização muscular; Melhor vascularização local; Menor atrofia muscular; Auxílio nas transferências; Deambulação precoce, com descarga de peso parcial; Maior independência; Menor tempo de internação; Melhora psicológica, maior aceitação da amputação; Maturação do coto; Diminuição das dores fantasma; * Protetização imediata Programa de protetização, pós-operatória, executada pelos cirurgiões e técnicos ortopédicos, realizada no próprio centro cirúrgico; * Tipos de próteses Imediatas/provisórias Prótese imediata SAARBRÜCKEN; Prótese interins abaixo do joelho – HALMSTAD; Prótese interins acima do joelho - HABERMANN * Prótese Imediata Saarbrücken Amputações transtibiais e desarticulação do joelho; Possui 2 bolsões pneumáticos que exercem pressão sobre o coto evitando edema; * * Prótese Interns abaixo do joelho - Halmstad Amputação transtibiais; Material termoplástico moldado sobre o coto protegido por faixa; * * Prótese Interins acima do J - Habermann Amputações transfemorais; Encaixe por material termoplástico (pré-moldado) que pode ser adaptado ao coto * * Treinamento com a prótese imediata: Descarga de peso parcial sobre o membro amputado; Treino de marcha com auxílio de barras paralelas, andadores e muletas; Atenção a queixas de dores localizadas e deslocamento do coto dentro do encaixe; * REABILITAÇÃO PRÉ-PROTETIZAÇÃO * Objetivos Proporcionar ao amputado habilidades para a realização de todas as atividades possíveis sem o uso da prótese; Preparar o coto para receber a prótese; Desenvolver programas de alongamento, transferências de peso, equilíbrio e coordenação visando deambulação independente futura; * INTERCORRÊNCIAS DO P.O. Problemas cicatriciais; Neuromas; Edemas; Dores fantasma; Deformidades e contraturas; A seguir veremos as formas de tratamento para essas intercorrências * Problemas cicatriciais Nos casos de cicatrizes aderentes ou retraídas: Massoterapia: deslizamento superficial e profundo; deslizamento alternado; fricção; etc... Eletroterapia : Usp Hidroterapia : Turbilhão * Neuromas Eletroterapia: Usp e TENS; Hidroterapia: Turbilhão (dessensibilização); Percussão e massoterapia: (dessensibilização); * Edema Orientação postural: sentado e deitado; Hidroterapia: Estimulação periférica local (pouco/nenhum aquecimento); Cinesioterapia: isometria; Massoterapia: bombeamento em posição de drenagem; Enfaixamento: sempre com bandagens elásticas. 2a 3 faixas. De distal para proximal * Enfaixamento para amputações transtibiais Sentado – coto semi fletido – extremidade da faixa posteriomente ao nível de fossa poplítea – levá-la até tuberosidade tibial anteriormente; Uma volta sobre sua extremidade posterior – desça diagonalmente de posterio para anterior ; Nova volta – desça diagonalmente envolvendo toda a extremidade do coto; Repetir 2-3vezes até a ponta do coto se encontrar bem firme – termine com voltas na região de tuberosidade tibial e uma última volta a nívelde região supracondiliana do fêmur; Obs.: não deve haver áreas descobertas ou irregularidade das “paredes” do coto. Pressão distal sempre maior que a proximal * * Enfaixamento para amputações transfemorais Se possível de pé – extremidade da faixa em face posterior próximo a linha glútea – levá-la distalmente e anteriormente – realize uma volta completa sobre o coto fixando a extremidade; Volta em diagonal – volta completa – volta em diagonal – repetir esse processo até que o coto esteja firme; Envolver o coto com voltas até a região inguinal; Obs.: todos os tecidos devem ser envoltos pela faixa, tensão maior de distal para proximal. * * Dores fantasma Enfaixamento: sustentação e firmeza do coto; Eletroterapia: Usp e TENS Obs: alguns autores preconizam a GINÁSTICA A DISTÂNCIA (sensação de movimentos realizados nas articulações a distância; * Deformidades e contraturas Orientação postural; Cinesioterapia; * Orientação postural Posições deitado , sentado ou de pé favorecem a instalação de contraturas e deformidades; Orientação para posicionamento onde o membro permaneça em posição contrária às que predispõe o aparecimento das mesmas; * Orientação para amputado parcial de pé Sentado – apoio total do pé no solo; Deitado – apoiar o pé em travesseiroou cunha, evitando equino; * Orientações para amputado Transtibial Sentado – joelho em extensão, apoiando o coto em uma cadeira; De pé, decúbito dorsal, ventral ou lateral – manter o coto sempre estendido; * Orientações para amputados transfemorais Supino – manter coto aduzido e apoiado no leito; Em pé – manter coto alinhado ao tronco e aduzido; * CINESIOTERAPIA Mobilização das articulações proximais e alongamento dos músculos encurtados (início); Fortalecimento de tronco, MMSS, MI não amputado e MI amputado;