Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
@MEUAMORPORMEDVET @MEUAMORPORMEDVET PARA MAIS RESUMOS, ENTRE NO PERFIL DO INSTAGRAM E CLIQUE NO LINK DA BIO. • O sistema nervoso, juntamente com os siste- mas endócrino e imune e os órgãos sensoriais, é responsável por receber estímulos diversos e coordenar as reações do organismo. Os estímu- los causam impulsos que são registrados, trans- mitidos, processados e respondidos na forma de reações passivas ou ativas. Dessa forma, o sis- tema nervoso permite que o corpo interaja, se adapte e reaja ao ambiente. • As afecções neurológicas em equinos são quase sempre fatais e uma das maiores razões para eutanásias. Algumas doenças só são diagnosticadas por necropsia. • A classificação morfológica divide o sistema nervoso conforme sua posição em um sistema central e um sistema periférico. O sistema nervoso central (SNC) inclui o encéfalo e a medula espinhal. A medula espinhal conecta o SNC às partes restantes do organismo ou ao sistema nervoso periférico (SNP). Alguns sinais neurológicos podem nos dizer a localização anatômica do problema, como a mudança de comportamento (estado mental), posiciona- mento da cabeça e integridade dos nervos cranianos denotam problemas no SNC. Já anormalidades locomotoras (sem outras anormalidades encefálicas ou lesão medular) e sensoriais denotam problemas na medula espinhal. • Existem outras doenças do sistema nervoso com origens distintas no corpo: 1. Cérebro a) Encefalopatia hepática (fígado) b) Leucoencefalomalácia 2. Tronco cerebral e medula espinhal a) Encefalomielites arbovirais b) Raiva c) EPM 3. Medula espinhal a) Wobbler b) Mieloencefalopatia por herpesvíirus-1 4. Gânglios e nervos a) Polineurite Equina • Alguns autores descrevem a encefalopatia hepática como a intoxicação do córtex ce- rebral juntamente com a anormalidade men- tal e disfunção. Ocorre por toxinas que fo- ram absorvidas pelo intestino e que não fo- ram detoxificadas pelo fígado. Todas as substâncias que deveriam ter sido metaboli- zadas e biotransformadas pelo fígado seguem para o intestino e no intestino são absorvidas, como a amônia, que não foi transformada em ureia e vai para o intes- tino delgado. Lá ela é absorvida e segue para o SNC, no córtex ela irá causar disfunção Encefalopatia hepática @MEUAMORPORMEDVET @MEUAMORPORMEDVET PARA MAIS RESUMOS, ENTRE NO PERFIL DO INSTAGRAM E CLIQUE NO LINK DA BIO. neurológica (pode causar convulsão e vocalização). • Também pode ocorrer o shunt portossistê- mico que é uma anomalia circulatória hepá- tica, é uma conexão anormal entre a circu- lação portal e sistêmica que desvia o fluxo sanguíneo do fígado em variados graus. Dessa forma, substâncias tóxicas e hepato- tróficas importantes vindas do pâncreas e dos intestinos são absorvidas e enviadas diretamente para a circulação, sem passar pelo fígado. Esse decréscimo do fluxo san- guíneo resulta em atrofia e disfunção do fígado, diminuindo cada vez mais o meta- bolismo hepático das toxinas intestinais que se acumulam no sangue. • A encefalopatia hepática pode causar tumores, lipidose, hemocromatose, doenças infecciosas e colelitíase (presença ou formação de cálculos nas vias biliares). • Alguns sinais clínicos são letargia, pressionar a cabeça, desorientação, perda do controle motor e caminhar constante. Também pode ocorrer icterícia, fotossensibilização e au- mento da GGT. Não acontece alterações macroscópicas no SNC. • Cavalos são suscetíveis a distúrbios neuro- lógicos decorrentes de hepatopatias. • Pode acontecer por ingestão de plantas tóxicas como Crotolaria sp e Senecio sp. • Doença neurológica aguda e fatal em cava- los, burros e mulas ocasionada por prolonga- da ingestão (1 mês ou mais) de milho mo- fado ou que contenha metabólito de Fusarium sp. • As toxinas fúngicas inibem a ceramida sinta- se e acumulam a esfingosina que é tóxica para a substância branca do SNC. Essas toxinas não são termolábeis e se perduram para sempre. • Os sinais clínicos podem surgir após 12 dias da retirada do milho da dieta. Pode ocasionar também anorexia, sonolência, hiperexcitabi- lidade, ataxia, tremores, pressionar a cabeça, dificuldade de apreender o alimento, andar em círculos e cegueira uni ou bilateral. • Ocorre o amolecimento (malácia) principal- mente da camada subcortical do encéfalo da substância branca (leuco) e esse amolecimento pode ser detectado palpando o córtex do encéfalo. Leucoencefalomalácia @MEUAMORPORMEDVET @MEUAMORPORMEDVET PARA MAIS RESUMOS, ENTRE NO PERFIL DO INSTAGRAM E CLIQUE NO LINK DA BIO. • O diagnostico é por necropsia (post-mortem), ao cortar o encéfalo as regiões se mostram flácidas e macias, cinzas de liquefação na substância branca envolta por pequenas numerosas hemorragias e um halo amarelo. • Encefalites causadas pelo vírus alphavírus transmitido por artrópodes (Encefalomielite Equina do Leste – EEL, Encefalomieliye Equina do Oeste – EEO e Encefalomielite Equina Venezuelana - EEV) e flavivírus (West Nile). • São patógenos transmitidos por mosquitos que podem causar doenças inespecíficas e encefalite em equídeos e em humanos. Alguns desses vírus também afetam aves e outros mamíferos. Os mosquitos aviários são Culex spp, Aedes spp, Anopheles spp • Os cavalos são hospedeiros terminais dos vírus, exceto no EEV. • Sinais clínicos: conjuntivite, febre, alterações de reflexo, andar em círculo, pedalagem e paralisia. • Diagnóstico: história clínica, sorologia, achados histopatológicos, isolamento viral, reação em cadeia da polimerase (PCR), imuno-histoquímica e liquor cefalorraquidiano. • Tratamento de suporte: AINE, analgésicos, sedativos e AIE. • Profilaxia: controle de vetores, estabulação durante os surtos, desinfecção de comedouros, bebedouros e baias. • A vacinação no Brasil é feita em casos de EEL e EEO. Notificação obrigatória! 1. Encefalomielite Equina do Leste (EEL) • Acomete animais jovens e não vacinados. • Causa febre, rápida deterioração do estado mental e óbito. • Há lesões limitadas e por trauma causado pelo animal. • Córtex cerebral: apresenta áreas amarela- das (necrose) a vermelho escuro (hemor- ragia). 2. Encefalomielite Equina do Oeste (EEO) • Sinais clínicos mais suaves e subagudos que no EEL e EEV. • Geralmente os animais se recuperam da infecção. A taxa de mortalidade é de 20 a 40%. 3. Encefalomielite Equina Venezuelana (EEV) • Ocorre transmissão por contato direto ou aerossóis. • O córtex cerebral é o mais severamente afetado. • O complexo viral da EEV é dividido em epizoóticos (epidêmicos) e enzoóticos (endêmicos) baseados em suas características epidemiológicas. Os vírus epidêmicos, os quais são amplificados em equinos, responsáveis pela maioria das epi- demias, são os subtipos I-AB e I-C. Os vírus enzoóticos são geralmente encontrados em áreas geográficas restritas, onde nor- malmente ocorrem em ciclos envolvendo animais silvestres. 4. Vírus West Nile (WNV) • Doença neuro invasiva causada por WNV é mais frequente em cavalos mais velhos. • Moderada a grave ataxia, fraqueza e incoordenação dos posteriores. Causa mortalidade de 35 a 45%. Encefalomielites arbovirais @MEUAMORPORMEDVET @MEUAMORPORMEDVET PARA MAIS RESUMOS, ENTRE NO PERFIL DO INSTAGRAM E CLIQUE NO LINK DA BIO. • É uma zoonose fatal, causada por um vírus RNA neurotrópico do Gênero Lyssavirus, família Rhabdoviridae. É transmitida aos cavalos geral- mente por morcegos hematófagos (Desmodus rotundus). Sua notificação é obrigatória! • Não há tratamento e o animal morre em alguns dias. • Sinais clínicos: prurido intenso no local da mordida, alterações comportamentais, relincho frequente, cólica, cegueira, agressividade, salivação, déficit medular com claudicação progressiva dos membros pélvicos, seguida de ataxia e eventual paralisia dos membros posteriores, fica em decúbito até o óbito. • Diagnóstico: lesões de necropsiageralmente ausentes, pode haver congestão, hemorragia na medula e histologicamente: poliencefalomielite e corpúsculos de Negri. • Profilaxia: combate a população de morcegos e vacinação. • • É conhecida como Bambeira Equina. • É uma doença progressiva e multifocal que afeta vários pontos do SNC dos equinos e é causada pela infecção do Sarcocystis neurona. É uma doença de sintomatologia assimétrica (acomete mais um lado que o outro). • Ocorre em cavalos de 2 meses a 24 anos, mas é mais comum em animais de 1 a 6 anos. • Sinais clínicos: atrofia muscular, ataxia assimétrica, disfagia, fraqueza muscular, pender a cabeça, queda repentina sem sinal prévio. As variações de sinais dependem da localização do parasita no SNC. • Diagnóstico: exame clínico detalhado, detecção de anticorpos no soro sanguíneo e no liquor cefalorraquidiano, PCR, Western Blot, ELISA, imunofluorescência indireta. É confirmado por imuno-histoquímica associada com lesões histopatológicas características. Raiva Mieloencefalite Protozoária Equina (EPM) @MEUAMORPORMEDVET @MEUAMORPORMEDVET PARA MAIS RESUMOS, ENTRE NO PERFIL DO INSTAGRAM E CLIQUE NO LINK DA BIO. • O tratamento medicamentoso é feito por AINE, DMSO, corticoterapia, vitamina E, diclazuril, ponazuril, pirimetamina e sulfas (3 a 6 meses de tratamento). Também é feito fisioterapia, acupuntura e terapia celular. • Causa uma doença paralítica nos cavalos. • A infecção inicial é no epitélio respiratório com ou sem sinais clínicos, o vírus infecta os linfócitos T, associados à viremia e que persistem por até 14 dias. Depois inicia-se infecção endotelial do SNC e útero, dependendo do caso pode ocorrer aborto. • Sinais clínicos: febre, sinais neurológicos de 4 a 9 dias após febre, ataxia, paralisia dos membros posteriores, déficit sensorial na região perineal, atonia da bexiga, vazamento de urina, decúbito e óbito. • Diagnóstico: isolamento viral, testes sorológi- cos, análise de liquor (elevação de proteína), detecção do EHV-1 em swab nasal ou no sangue por PCR e exame post-mortem. • Tratamento: isolamento, terapia de suporte, corticoterapia e DMSO. • Apresenta hemorragias na medula e lesões em forma de cunha na substância branca. • A vacinação não evita a forma neuroló- gica e não deve ser feita em surtos pois atenua os sinais clínicos da doença. Éguas prenhes devem ser vacinadas nos 5º, 7º e 9º mês de gestação. • É a patologia causada pelo estreitamento do canal medular devido a produção óssea excessiva, que lesiona a medula. A região mais afetada é entre a C5 e C7. • Pré-disposição em cavalos jovens, altos, machos e com pescoços longos. • É comum ocorrer na mesma família (hereditariedade). • Etiologia: lesões físicas, genética, exercí- cios vigorosos (trauma ou biomecânica anormal) e hipernutrição em fase de crescimento (dieta rica em carboidrato e proteína, alto teor de zinco e elevada relação cálcio-fósforo). Mieloencefalopatia Equina por herpesvírus-1 Mielopatia Vertebral Cervical Estenótica (wobbler) @MEUAMORPORMEDVET @MEUAMORPORMEDVET PARA MAIS RESUMOS, ENTRE NO PERFIL DO INSTAGRAM E CLIQUE NO LINK DA BIO. • Pode ocorrer de duas formas: 1. Estenose cervical estática • Excessiva formação óssea por período longo • Estreitamento permanente do canal vertebral • Compressão da medula independente- mente da posição da cabeça do cavalo • Cavalos entre 1 e 4 anos de idade • Compressão da medula entre C5-C6 e C6-C7 (parte neutra do pescoço) 2. Instabilidade cervical vertebral ou estenose dinâmica • Estreitamento do canal espinhal por subluxação • Ocorre durante a flexão do pescoço • Cavalos entre 8 e 18 meses de idade • Compressão do canal espinhal entre C3- C4 e C4-C5 • Sinais clínicos: ataxia, rigidez, paresia, fraqueza dos membros, movimentos incoordenados, sinais simétricos e em membros torácicos e pélvicos. • Diagnóstico: sinais clínicos, radiografia e mielografia. • Lesões: malácia, hemorragia, degeneração das substâncias branca e cinzenta no local da compressão e em casos crônicos ocorre sua- ve depressão no contorno do canal espinhal. • • Tratamento: Cirurgia (ainda tem número baixo de recuperação). Diminuir a dieta energética e proteica e restringir os exer- cícios. Para animais em fase de crescimen- to, deve restituir a alimentação e exercícios bruscos. @MEUAMORPORMEDVET @MEUAMORPORMEDVET PARA MAIS RESUMOS, ENTRE NO PERFIL DO INSTAGRAM E CLIQUE NO LINK DA BIO. Bibliografia: https://www.cfsph.iastate.edu/Factsheets/pt/equine-encephalomyelitis-PT.pdf https://www.passeidireto.com/arquivo/20567746/clinica-de-grandes-animais Resumão
Compartilhar