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2 - NATAÇÃO

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Unidade II
Unidade II
5 O NADO DE COSTAS
O nado de costas permite associar a flutuação dorsal, que facilita a respiração de aprendizes, com 
movimentos alternados, realizando o deslocamento e permitindo um contato facilitado da face com o ar.
5.1 Histórico do nado de costas
Inicialmente, teria também sido utilizado com intuito utilitário e realizado com movimentos 
simultâneos similar ao nado peito, ou com pernadas em tesouradas, e evoluiu para a recuperação 
alternada de braços por sobre a superfície para aumentar a velocidade do nado.
Segundo Velasco (1994), nos Jogos Olímpicos de 1912, o norte‑americano Harry Habner já utilizava 
o movimento de braçada alternada para vencer a prova, e a pernada alternada também se incorporou 
posteriormente ao nado, para aproximá‑lo de como o conhecemos atualmente. Inicialmente, a fase 
submersa da braçada era realizada lateralmente ao corpo, sem afundar muito, assim como a fase de 
recuperação, na qual o braço retornava à posição inicial rente à superfície da água, diferentemente do 
que ocorre hoje, em um plano vertical a partir da coxa (MAGLISCHO, 1999).
5.2 Movimentação geral do nado de costas e seu ensino
Figura 89 – O aprendizado do nado de costas utiliza o acesso à respiração como uma vantagem 
de possibilidade de sua execução, mas se houver inalação de água, a sensação ao aprendiz 
é desagradável. Proteja as vias aéreas e faça o aluno ganhar maior controle respiratório
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NATAÇÃO: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
5.2.1 Posição do corpo na aprendizagem do nado de costas
O nado de costas é o único nado executado em decúbito dorsal.
A iniciação ao aprendizado do nado de costas dá‑se com a flutuação dorsal. Esta pode ser trabalhada 
paralelamente ao desenvolvimento da flutuação ventral, pois trata‑se de uma das habilidades básicas 
da natação.
Para a flutuação em decúbito dorsal é importante também desenvolver trabalho com a 
recuperação vertical, que é feita com flexão de pescoço, flexão seguida de extensão de joelhos e 
quadris e apoio dos pés no chão. Para o início do desenvolvimento da flutuação, vimos que se pode 
utilizar o apoio de uma pessoa ou material como prancha ou espaguete, até que o aluno adquira 
segurança para executar o movimento sozinho e sem apoio. Após realizar algumas práticas da 
flutuação incorporamos a propulsão de pernas, trabalho que pode ser feito primeiro com materiais, 
com apoio, e depois livre de apoios.
A cabeça deve estar posicionada obliquamente: uma pequena flexão cervical vai evitar que 
água passe por cima da testa e incomode um nadador. Uma flexão cervical exagerada vai retirar 
parte da cabeça da água e afundar o tronco e quadril, o que é indesejável, pois tornará o nado 
mais cansativo.
Figura 90 – A posição de cabeça muito elevada faz com que o peso do crânio influencie na posição de equilíbrio do corpo na água, 
resultando em afundamento do quadril e consequente maior resistência ao deslocamento
5.2.2 Movimentação de pernas na aprendizagem do nado de costas
O movimento de pernas é feito na vertical de forma alternada, sendo a fase ascendente propulsiva, 
e a descendente, de relaxamento e recuperação para o próximo movimento. Os joelhos não devem sair 
da água, caracterizando o movimento de “pedalar uma bicicleta”. O movimento geral deve ser “chutar 
a água”. Uma estratégia possível para facilitar o entendimento e realização do movimento pode ser 
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Unidade II
colocar uma bola acima dos pés do aluno, que vai realizando as pernadas e tentando chutar a bola que 
está sendo segurada pelo professor enquanto se desloca. No momento do chute final, o joelho deve 
estar estendido e o tornozelo também deve estar em sua extensão total para proporcionar o melhor 
aproveitamento da propulsão.
Há diversas possibilidades de utilização da prancha para melhorar a posição do corpo e progredir na 
percepção e melhora da pernada do nado de costas.
Quadro 4 – Diferentes usos da prancha no aprendizado do nado de costas
Posição da prancha Efeito no corpo Indicação para o uso
Abraçada no peito Grande estabilidade Ótimo para iniciar trabalhos. Requer afastar a prancha do corpo para recuperação vertical
Sob a cabeça Protege vias aéreas Deve‑se fazer pressão para trás com a cabeça, para provocar elevação do quadril
Sob a região lombar Evita afundar o quadril Deve‑se estender o tronco, combatendo a posição “sentada”
Acima das coxas Posicionamento ativo Braços estendidos seguram a prancha, ombro transfere flutuação para o tronco
Atrás da cabeça Alinhamento (streamline) Braços estendidos acima da cabeça, requer pressão das mãos para baixo na prancha. Posição difícil para iniciantes.
Sem prancha Alinhamento (streamline) Braços podem ficar ao longo do tronco (mais fácil) ou acima da cabeça (mais difícil)
5.2.3 Aprendizagem da braçada do nado de costas
A braçada é feita com movimentos alternados de braços, com duas fases: aérea e submersa. Maiores 
detalhes serão explorados na seção de aperfeiçoamento técnico, pois não se aplicam à aprendizagem 
do movimento básico.
Para ensinar o movimento básico da braçada, pode‑se utilizar a prancha para colaborar 
no equilíbrio da flutuação dorsal, uma vez que o movimento de braços pode dificultar a 
manutenção da posição. A braçada inicialmente pode ser adaptada, por exemplo, somente a 
impulsão com extensão do cotovelo desde o ombro até o quadril, e depois passar a abranger 
a amplitude total.
Também no início do trabalho da braçada pode ser feita a recuperação por dentro da água, 
simultaneamente, levando as mãos por debaixo da água lentamente e depois tracionando a água 
levando as mãos até a linha da cintura. Isso será possível de ser feito sem a prancha pelos alunos que 
possuem boa flutuação dorsal.
A braçada formal em circundução pode ser ensinada inicialmente com um braço abraçando a 
prancha junto ao peito (grande efeito de estabilidade), e movimentando‑se um braço de cada vez 
em circundução, enfatizando a entrada do braço próximo à orelha e a saída próximo à coxa. Depois, 
trabalha‑se a braçada completa do nado, com e sem apoio.
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NATAÇÃO: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
Entrada
Tração
Agarre
Empurre
Desmanchamento
Recuperação
Figura 91 – Movimentação básica da braçada do nado de costas segundo Palmer
Exemplos de exercícios para o desenvolvimento dos movimentos da braçada do nado de costas:
• Usando a prancha sobre as coxas e a pernada do nado de costas, fazer movimento de 
circundução de um braço. Atravessar a piscina movimentando braço direito e retornar 
movimentando braço esquerdo.
• Mesmo exercício anterior, segurando a prancha, movimentando dois braços alternadamente 
(pegada dupla).
• Com flutuador entre as pernas, realizar a circundução alternada de braços.
• Executar movimentos da braçada do costas de forma livre, sem materiais (nado de costas completo 
– ainda sem detalhamento técnico).
No aprendizado da braçada do nado de costas, o professor deve se atentar e orientar o aluno quanto 
à proximidade da borda, pois o campo visual está prejudicado pela posição do corpo na água, e a maioria 
das piscinas não dispõe de bandeirinhas que indicam esta proximidade, o que pode levar a acidentes ao 
bater o braço na borda com força. Ensine o aluno a utilizar referências visuais do teto quando a piscina 
não possuir as bandeirinhas.
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A coordenação dos braços, pernas e respiração exige um trabalho específico de movimentação de 
pernas e braços. Este trabalho pode ser feito de forma analítica (primeiro a perna e depois o braço) ou 
de forma sintética (execução dos movimentos de forma sincronizada).
5.2.4 Respiração na aprendizagem do nado de costas
A respiração é feita como no nado crawl (inspirar pela boca e expirar pelo nariz e pela boca), porém, 
como as vias aéreas estão fora da água, não existe a necessidade de rotacionar a cabeça para inspiração, 
devendo esta permanecer alinhada com o eixo longitudinal em pequena flexão cervical para diminuir a 
quantidade de água que tem acesso à face.
A coordenação da respiração deve ser enfatizada (mesmo que no nado o rosto permaneça fora 
d’agua), sendo que o aluno deve ser orientado a expirar sempre quando um dos braços estiver na fase 
aérea. Isto porque o peso do braço pode fazer com que a cabeça afunde e a água atinja as vias aéreas, 
provocando desconforto e irritabilidade
5.3 Aspectos técnicos, aperfeiçoamento e habilidades complexas do nado de 
costas
5.3.1 Aspectos técnicos e aperfeiçoamento da pernada do nado de costas
O movimento de pernas no nado costas, além da efetiva propulsão, auxilia na sua estabilidade, na 
conjugação de sua função ao rolamento de ombros e também do tronco. Em alguns momentos, as 
pernas chegam a ficar de lado em relação à linha de flutuação.
Como no nado crawl o movimento alternado de pernas ocorre desde a articulação do quadril, 
passando por joelho e tornozelo, a maior pressão ocorre no peito do pé, e o praticante deve se 
atentar para não retirar o pé de dentro da água, pois isso causa perda de eficiência propulsiva. 
Durante o ciclo de braçadas, o iniciante deve realizar de dois a seis movimentos de pernas para 
poder equilibrar o nado como um todo.
No trabalho de aperfeiçoamento da pernada do nado de costas, o professor irá melhorar a sua 
eficiência, ritmo e força.
5.3.2 Aspectos técnicos e aperfeiçoamento da braçada do nado de costas
A braçada do nado costas se divide em quatro fases, a saber:
• Agarre: após a entrada da mão na água, que se dá na linha do ombro e com a mão voltada para 
fora, o braço vai permanecer estendido no plano do ombro com a palma da mão voltada para fora 
da linha média do corpo, tendo descido a aproximadamente 45 cm a 60 cm da linha da água e em 
uma abertura de cerca de 60 cm para fora do ombro no momento do agarre (MAGLISCHO, 1999), 
quando haverá a flexão do punho para início da fase propulsiva em seguida.
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Figura 92 – A entrada da mão na água se realiza com o dedo mínimo tocando primeiro a água, e com o braço alinhado ao ombro. 
Note que se o braço for colocado para dentro ou para fora deste alinhamento irá causar resistência ao deslocamento
• Tração: ocorre a flexão do cotovelo e extensão do ombro até 90º, através de um movimento que 
irá aproximar a mão da superfície. Quando a mão estiver se alinhando com o ombro, o ângulo 
do cotovelo estará próximo a 90º. A palma da mão fica voltada para trás (na direção dos pés) e o 
cotovelo voltado para baixo. A tração ocorre ao lado e abaixo do corpo, daí, então, o praticante 
necessitar de uma boa mobilidade de ombro e tronco.
— Dica: aproximar demasiadamente a mão do corpo causa perda de eficiência mecânica da 
braçada, bem como uma tração da mão muito afastada do tronco irá causar um movimento 
de zigue‑zague no praticante.
Figura 93 – Após a entrada da mão na água, o braço afunda até o ponto de agarre, onde vai se iniciar o movimento de tração
• Empurre: momento de maior velocidade da braçada, em que ocorre a extensão do cotovelo com a 
palma da mão voltada para trás e o cotovelo voltado para baixo. No final da ação motora a palma 
da mão se volta para baixo, já se posicionando para a recuperação bem ao lado da coxa.
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• Recuperação: movimento semicircular com o braço saindo estendido da água ao lado da coxa, 
com o polegar voltado para cima. No momento do alinhamento do braço na vertical com o ombro 
ocorre uma pronação do braço, com a palma da mão ficando voltada para fora da linha média do 
corpo e se dirigindo para frente, mas sem perder o alinhamento com o ombro. O dedo mínimo é 
o primeiro a entrar na água.
Figura 94 – A recuperação da braçada do nado costas ocorre em um plano vertical, e na passagem da mão pela vertical do ombro 
ocorre uma pronação da mão, para que o dedo mínimo seja o primeiro a entrar na água
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Vista lateral Vista frontal
Vista inferior
1‑2 Primeira varredura para baixo
2‑3 Primeira varredura para cima
3‑4 Segunda varredura para baixo
4‑5 Segunda varredura para cima
5‑6 Liberação e saída
Figura 95 – Análise da braçada do nado de costas segundo Maglischo
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— Dica: muitos praticantes iniciantes possuem uma tendência de cruzar o braço por trás da 
cabeça, ultrapassando a linha média do corpo ou mesmo afastando demais a entrada do braço 
da linha média do corpo. Nos dois casos existe perda da posição do corpo e consequente 
desalinhamento da braçada, causando movimento de zigue‑zague no praticante, aumentando 
a resistência ao avanço.
Novamente citando Maglischo (1999), o autor divide a braçada submersa do nado de costas em “1ª 
varredura para baixo – até o agarre”, “1ª varredura para cima” (equivalente à tração) e “2ª varredura para 
baixo” – extensão do cotovelo e 2ª varredura para cima.
5.3.3 Aspectos técnicos e aperfeiçoamento da posição de corpo no nado de costas
Uma vez que o aluno já está executando braçadas e pernadas do nado de costas com facilidade e 
com boa eficiência de deslocamento, o professor treinará a importância da movimentação de rotação 
do tronco para o nado.
O rolamento de ombros é crítico para o desenvolvimento técnico do nado devido à posição do 
corpo em relação à água. Muitos praticantes têm dificuldades no desenvolvimento do nado por não se 
atentarem a este detalhe ou mesmo por não possuírem mobilidade articular suficiente.
O ombro do braço que está saindo da água irá projetar‑se para fora, através da rotação do tronco 
para o outro lado, de cujo braço está afundando na água. Essa posição lateral que é assumida pelo 
tronco facilita uma melhor posição de agarre, e à medida em que a braçada realiza a tração, a mão se 
aproxima novamente da superfície, voltando o tronco para a horizontal e, ao final do empurre, o braço 
vai sair da água e o tronco agora iniciará a rotação para o outro lado.
Figura 96 – A partir da posição horizontal, o tronco pode oscilar de acordo com a regra 90 graus para cada lado. Na foto, o ombro 
esquerdo irá projetar‑se para fora, facilitando a recuperação, enquanto o ombro direito irá projetar‑se para o fundo, possibilitando 
um melhor aproveitamento biomecânico da fase submersa da braçada
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5.3.4 Aperfeiçoamento da coordenação da respiração no nado de costas
Diferentemente do padrão inicial do nado, em que os nadadores respiram aleatoriamente mediante 
necessidade ou oportunidade, no nado de costas é importante atentar ao controle da frequência 
respiratóriapara o desenvolvimento do nado. Uma respiração consciente, organizada e cadenciada vai 
permitir um melhor desenvolvimento do nado, e ela pode ser realizada das seguintes maneiras:
• 2x1, em que o praticante realiza uma inspiração e uma expiração a cada ciclo de braçada, sendo 
esta frequência respiratória a mais utilizada pela sua simplicidade.
• 3x1, em que o praticante realiza uma inspiração, um bloqueio e uma expiração em cada movimento 
de braços.
— Dica 1: outras frequências respiratórias podem ser realizadas, mas somente por praticantes mais 
experientes que as utilizam em situações de competição ou treinamento de alta intensidade.
— Dica 2: alguns praticantes possuem dificuldade com a entrada de água no nariz devido à posição 
do corpo; neste caso, usa‑se um equipamento chamado noseclip, que bloqueia a entrada de 
água e, por consequência, propicia melhor conforto. Nadadores experientes também podem se 
sentir mais confortáveis ao utilizar o noseclip.
Figura 97 – O noseclip é um material que, ao pressionar as narinas, impede a entrada de água, deixando à boca a tarefa de inspiração 
e expiração. Veja o ajuste de posição da cabeça, com a água circundando a boca, mas sem dificultar a respiração
Exemplos de educativos para o nado de costas:
• Realizar a propulsão de pernas com ou sem nadadeiras dependendo do grau de aprendizagem que 
o nadador se encontra com um rolamento de ombros com os braços ao lado do corpo. O nadador 
necessita realizar um rolamento significativo, percebendo que o ombro se encontra fora da linha 
da água se aproxima bastante do queixo (a cabeça se mantém orientada na vertical).
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• Uma variação seria que ao realizar o rolamento de ombro, o nadador realiza uma meia recuperação 
de braço, onde este se posicionasse a 90º da linha do corpo com os dedos voltados para cima e o 
ombro no máximo do rolamento. O braço então volta à posição inicial ao lodo do corpo na região 
do quadril e o nadador então realizaria o mesmo movimento com o outro braço que se manteve 
junto ao corpo.
• Realizar a transição do movimento da fase de tração para o empurre com o polegar, tocando o 
ombro no momento em que passa a seu lado. Este movimento auxilia o nadador a importância 
da flexão do cotovelo no momento da transição de fase, pois muitos nadadores realizam uma 
braçada muito aberta, com a mão longe do ombro, o que causa um nado em zigue‑zague.
• Realizar o nado com uma mão aberta e outra fechada a cada ciclo completo de braçada 
para que o nadador perceba a importância da correta posição espalmada da mão nas fases 
submersas do nado.
• Realizar uma braçada completa com um braço de cada vez, realizando o movimento completo de 
rolamento de ombros, com os braços juntos ao corpo, trabalhando um de cada vez.
• Para nadadores de grande percepção, pode ser realizada uma variação do exercício anterior, em 
que no momento de entrada do braço na água, ele retorna à posição inicial ao lado, junto ao 
corpo, voltando por onde veio, ou seja, por fora da água, e ao chegar ao lado da coxa, realizar o 
ciclo completo (recuperação, apoio, tração e finalização), e aí então realizar o mesmo movimento 
com o outro braço que se encontrava parado junto ao corpo.
5.4 Saídas do nado de costas
A saída do nado de costas deve ser já na posição de decúbito dorsal, sendo realizada de dentro da 
piscina, partindo da posição de costas para a direção do nado. A sequência para a saída do nado de 
costas é a mesma dos nados ventrais (descrita em detalhes no nado crawl).
Assim como na saída para os nados ventrais, existe uma complexidade nesta divisão em 
etapas. Deve‑se levar em conta o fato de a pessoa estar de costas para a água e que irá ocorrer o 
afundamento da cabeça abaixo da superfície, fazendo com que as vias aéreas fiquem submersas, 
exigindo que se aplique um bom controle de respiração, evitando a entrada de água pelas narinas, 
que é a etapa à qual deve ser dada maior atenção no início do processo, e para isso deve‑se 
trabalhar o controle respiratório separadamente: imergir o rosto com a cabeça voltada ao alto e 
expirar o ar pelo nariz controlando a saída de ar.
As orientações para o ensino e aprimoramento da saída para o nado de costas devem também 
considerar a complexidade desta habilidade. Trabalha‑se assim desde a preparação, enfatizando 
o apoio correto, e depois acrescentam‑se gradativamente as demais etapas. Espera‑se, assim, que 
cada movimento realizado da forma mais correta possível permita que os demais movimentos 
sejam feitos corretamente.
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5.4.1 Divisão da saída do nado de costas
A saída do nado de costas se divide em:
• Posição preparatória: em que o nadador, de dentro da água, segura nas alças de apoio com as 
pernas flexionadas e os pés apoiados na parede, próximos da linha da água.
• Posição de saída: o nadador deve flexionar os cotovelos e aproximar a cabeça da borda, mas 
mantendo a posição de tronco e dos pés para evitar escorregar no momento de partida.
Figura 98 – Posição de preparação para a saída do nado de costas. 
Ao sinal do árbitro, o nadador irá flexionar os cotovelos, aproximando‑se 
do bloco, e no momento do tiro de partida estenderá joelhos, 
quadris e coluna e lançará os braços para trás e para cima
• Saída do bloco: ao sinal de partida, o nadador projeta a cabeça, tronco e braços para trás e 
quase que imediatamente as pernas auxiliam na impulsão, mas procurando elevar o quadril 
e pernas numa linha um pouco mais elevada em relação ao tronco. Os braços devem estar 
estendidos no prolongamento do corpo, com a cabeça entre eles, para melhor aproveitar a 
entrada na água.
• Entrada na água: neste momento, o corpo deve entrar na água na sequência de braços/cabeça, 
tronco, quadril e, por fim, as pernas, sempre procurando que todo o corpo entre pelo mesmo 
ponto, diminuindo assim a resistência frontal.
• Deslize: neste momento, onde todo o corpo está dentro da água, quando o nadador perceber a 
desaceleração do impulso, ele irá realizar uma sequência de golfinhadas para aproximar‑se da 
superfície e, em seguida, iniciar as pernadas alternadas de costas. Quando a superfície estiver 
ao alcance do braço, poderá realizar a primeira braçada, pois sua recuperação subsequente já irá 
requerer que o nadador esteja na superfície.
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5.5 Viradas do nado costas
Podemos realizar dois tipos de viradas para o nado costas: a virada simples e a olímpica.
Virada simples
A virada simples é utilizada por nadadores que estão empenhados em melhorar seu nado de costas 
ou participar de pequenas disputas, nas quais precisará de uma virada rápida, embora não esteja pronto 
para realizar a cambalhota. Uma boa realização da virada simples não prevê a colocação dos pés no 
fundo, nem apoio da mão na borda, minimizando a perda de tempo para reiniciar o nado.
• Aproximação: o nadador procura, com o auxílio da bandeira de virada do nado de costas, que está 
posicionada a 5 metros da borda da piscina, contar o número de braçadas para uma aproximação 
segura para realizar a virada. Uma das mãos irá tocar a parede, enquanto a outra ficará ao lado do 
quadril, já apontando para a nova direção do nado.
Figura 99 – A aproximação deve ser realizada cuidadosamente para 
 evitar que o nadador esteja muito longe ou se choque 
contra a borda inadvertidamente. Para isso, as bandeirinhas 
colocadas a 5 metros da borda fazem a sinalização• Giro: após o toque com uma das mãos na borda, ocorre uma flexão das pernas em direção ao 
quadril e ao mesmo tempo a cabeça se direciona para frente, rotacionando o tronco e trocando de 
lugar, levando as pernas para a direção da parede. O braço que tocou a parede será lançado para 
se juntar ao outro braço, que está apontando para a nova direção do nado.
• Impulsão: o nadador coloca os pés na borda da piscina alinhando o quadril, tronco e braços 
estendem‑se acima da cabeça. Ocorre então uma extensão potente das pernas e o corpo na 
posição de alinhamento hidrodinâmico (streamline), já na posição de costas para a água.
• Deslize: o corpo, após a impulsão, realiza golfinhadas submersas (se o aluno já tiver essa 
habilidade desenvolvida) e, em seguida, as pernas iniciam a propulsão alternada para manter 
e eficiência do deslocamento. Os braços se mantêm estendidos no prolongamento do 
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corpo, protegendo a cabeça e diminuindo a resistência frontal. O nadador deverá calcular 
a profundidade do corpo e esperar alcançar a linha de superfície para realizar a primeira 
braçada, evitando criar resistência.
Virada olímpica
As etapas da virada olímpica são:
• Aproximação: a aproximação é realizada da mesma maneira da virada simples, utilizando as 
bandeirinhas como referência.
• Giro longitudinal: ao se aproximar da borda ele faz um giro sobre o eixo longitudinal do seu 
corpo, ficando de frente para o fundo da piscina. Segundo as regras, nesta posição é permitido 
que ele complete o movimento da braçada já iniciada, mas não poderá realizar várias braçadas em 
decúbito ventral.
• Giro transversal: logo em seguida, a parede vai estar ao alcance do nadador, que realizará uma 
cambalhota sobre o eixo do quadril o mais próximo da linha da superfície, colocando os pés na 
borda já na posição de costas, com os braços estendidos acima da cabeça.
• Impulsão: após feito este alinhamento é realizada uma vigorosa impulsão de pernas com o 
corpo ainda submerso, mas próximo da linha da água. As pernas progressivamente começam a 
ação propulsiva até que, como na virada simples, o nadador perceba a proximidade do corpo na 
superfície e inicie a propulsão de braços.
• Deslize: o corpo, após a impulsão, realiza golfinhadas submersas e, em seguida, as pernas iniciam 
a propulsão alternada. Os braços se mantêm estendidos no prolongamento do corpo, protegendo 
a cabeça e diminuindo a resistência frontal. O nadador deverá calcular a profundidade do corpo e 
esperar alcançar a linha de superfície para realizar a primeira braçada, evitando criar resistência.
 Observação
Na aproximação da vidada do nado costas, devemos levar em 
consideração a velocidade empregada no nado, já que a velocidade muda a 
percepção da aproximação do corpo em relação à borda da piscina.
— Dica 1: este tipo de virada deve ser realizado por praticantes que possuam comprovada 
experiência no nado, pois possui refinada cadência de movimentos que um iniciante ainda 
não possui.
— Dica 2: pode‑se aproveitar o desenvolvimento da virada olímpica do nado crawl para também 
desenvolver a virada olímpica do nado de costas.
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5.6 Regras do nado de costas
Segundo a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (2017, p. 10), as regras são as seguintes:
SW 6.1 – Antes do sinal de partida, os competidores devem alinhar‑se na 
água, de frente para a cabeceira de saída, com ambas as mãos colocadas nos 
suportes de agarre. Manter‑se na calha ou dobrar os dedos sobre a borda 
da calha é proibido. Quando o suporte de partida para o nado costas estiver 
sendo usada na saída, os dedos de ambos os pés devem estar em contato 
com a borda ou com a placa de toque do placar eletrônico. Curvar os dedos 
dos pés na parte superior da placa de toque é proibido.
SW 6.2 – Ao sinal de partida e quando virar, o nadador deve dar um impulso 
e nadar de costas durante o percurso exceto quando executar a volta, como 
na SW 6.5. A posição de costas pode incluir um movimento rotacional do 
corpo até, mas não incluindo os 90º a partir da horizontal. A posição da 
cabeça não é relevante.
SW 6.3 – Alguma parte do nadador tem que quebrar a superfície da 
água durante o percurso. É permitido ao nadador estar completamente 
submerso durante a volta e por uma distância não maior que 15 
metros após a saída e cada volta. Nesse ponto a cabeça deve ter 
quebrado a superfície.
SW 6.4 – Quando executar a volta, tem que haver o toque na parede com 
alguma parte do corpo na sua respectiva raia. Durante a volta, os ombros 
podem girar além da vertical para o peito após o que uma imediata contínua 
braçada ou uma imediata contínua e simultânea dupla braçada pode ser 
usada para iniciar a volta. O nadador tem que retornar à posição de costas 
após deixar a parede.
SW 6.5 – Quando do final da prova, o nadador tem que tocar a parede na 
posição de costas na sua respectiva raia.
6 NADO DE PEITO
6.1 Histórico do nado de peito
Por sua característica utilitária e padrão de imitação animal do movimento de pernas (pernada da 
rã), o nado de peito é considerado o mais antigo dos nados atuais. Logicamente, não foi inventado com 
a finalidade de ser um nado competitivo, mas evoluiu através dos tempos, devido às necessidades de 
locomoção e interação com a água. Este nado oferece estabilidade para o corpo e permite a respiração 
acima da superfície através do movimento dos braços para sustentação da cabeça. Pode ser ainda 
utilizado para transportar armas ou objetos nas costas, uma vez que não há oscilação lateral. Com essa 
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origem antiga, o nado de peito ficou também conhecido como nado clássico, dando possibilidades de 
variações que derivaram para outras formas de nadar.
6.2 Movimentação geral do nado de peito e seu ensino
6.2.1 Posição do corpo no nado de peito e apresentação geral
O nado de peito é realizado na posição ventral e considerado um nado simultâneo: os movimentos 
de braços são simultâneos entre si, assim como os das pernas, que são movimentadas para os dois lados 
ao mesmo tempo, como se fossem figuras espelhadas. Durante o nado formal, o corpo deve permanecer 
“sobre o peito”, ou seja, com o peito voltado para frente.
A coordenação da braçada com a pernada não é simultânea, cada uma ocorre em um tempo 
determinado para maximizar o aproveitamento da propulsão.
6.2.2 Ensino da pernada do nado de peito
Na pernada, a partir da posição inicial em extensão de pernas para trás do corpo, os pés devem 
ser trazidos juntos na direção dos quadris, com joelhos flexionados e unidos. O movimento deve 
continuar por uma extensão lateral e arredondada das pernas, que são em seguida aduzidas, ou seja, 
juntam‑se novamente ao final da extensão dos joelhos e quadris. Entre uma pernada e outra há um 
breve intervalo, o que interfere no equilíbrio do corpo na água. Por esta descrição, mesmo ainda 
de forma simplificada, nota‑se que este é um movimento mais complexo e elaborado em relação 
às pernadas dos nados anteriores (crawl e costas) e que demandará maior nível de coordenação do 
aluno e atenção do professor.
Sendo assim, é preferível adotar um trabalho utilizando o método analítico (partes para o todo). 
Para ensinar ao aluno uma visão abrangente do movimento da pernada do nado de peito sugere‑se um 
trabalho fora da água, com aluno sentado na borda, de frente para a água, usando um bambolê boiando 
à sua frente, no qual ele fará o movimento por meio do desenho deum círculo. A partir da extensão 
de joelhos e quadris, os pés são trazidos para perto do corpo com os calcanhares raspando a água pelo 
diâmetro (centro) do bambolê e, em seguida, os joelhos e quadris se estendem acompanhando com os 
calcanhares, raspando a água por cima do bambolê (movimento circular de abdução, e depois adução 
enquanto se estende joelhos e quadris). Este é um meio de ensinar o padrão motor básico da pernada 
do nado de peito.
Também pode‑se fazer este trabalho de reconhecimento do movimento geral na posição em 
pé, de costas para a parede da piscina, desenhando um meio círculo com calcanhar: o joelho se 
flexiona trazendo o calcanhar do chão até próximo dos quadris e, em seguida, o joelho se estende 
fazendo com o calcanhar um desenho circular na parede (abdução, seguida de adução). Esses 
são alguns exemplos de um trabalho para a ilustração inicial da pernada deste nado, apenas para 
enfatizar cada parte do movimento, pela sua complexidade e por não haver similaridade com 
outros movimentos. Após esta etapa inicial ensina‑se o movimento completo da pernada usando 
material de apoio como a prancha.
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A) B) 
C) D) 
E) F) 
G) 
Figura 100 – Partindo da extensão das pernas (A), realiza‑se a recuperação com flexão de joelhos 
e quadris (B e C), os pés são apontados para fora (D), executa‑se a extensão de joelhos e quadris e 
adução das pernas (E e F), até o fim do movimento na extensão final e deslize (G)
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Exemplos de exercícios para desenvolvimento dos movimentos de pernada do nado de peito:
• O professor desenha um círculo no chão. O aluno senta‑se à sua frente e executa o movimento a 
partir do desenho deste círculo tocando os calcanhares no desenho.
• Aluno sentado na borda da piscina. O professor utiliza um arco ou espaguete enrolado na forma 
de um círculo que deve ficar na superfície da água, na horizontal. O aluno irá deslizar calcanhar 
sobre o arco ou espaguete, esboçando, assim, o movimento da pernada do nado de peito.
Figura 101 – O ensino da pernada do nado de peito, sentado na borda: desenhar um círculo com o calcanhar 
na superfície da água – flexionam‑se joelhos e quadris trazendo os pés pelo diâmetro e estendem‑se 
joelhos e quadris fazendo um movimento de abdução e adução circular
• Aluno em pé, de costas para a parede da piscina, faz o movimento da pernada do nado de 
peito, uma perna de cada vez. É feita uma extensão lateral e arredondada da perna, seguida 
de uma adução, e a recuperação, raspando o calcanhar na vertical da parede até próximo 
dos quadris.
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• Com uma prancha, em decúbito ventral, o aluno executa o movimento da pernada do nado de peito.
• Sem uso da prancha, com braços posicionados à frente do corpo, o aluno realiza a pernada.
• Sem uso da prancha, com os braços posicionados ao longo do tronco, realizar pernadas de peito 
tocando o calcanhar nas mãos.
• Em decúbito dorsal, abraçando a prancha no peito, realizar pernadas do nado de peito, sem deixar 
o joelho ultrapassar a linha da superfície.
6.2.3 Ensino da braçada do nado de peito
A braçada do nado de peito é realizada com os braços submersos (com exceção da fase de recuperação, 
em que as mãos podem aflorar à superfície). O movimento da braçada é menos complexo em relação à 
pernada, mas ainda assim depende de alguns detalhamentos técnicos que devem ser ensinados desde o 
início do aprendizado. Assim como na pernada, o processo de ensino‑aprendizagem da braçada pode ser 
feito inicialmente em pé, ainda na fase de adaptação ao meio aquático, e depois em decúbito ventral, 
com ou sem uso de materiais de apoio (exemplo: flutuadores entre as pernas) ou usando a pernada do 
nado crawl para sustentação.
Partindo da posição de extensão à frente do corpo, as mãos se separam lateralmente, afundando 
e puxando a água para trás até aproximadamente a linha dos ombros, quando então se juntam sob o 
peito e são levadas à frente novamente com a extensão dos cotovelos.
Pegada Puxada
Recuperação
Remada
Figura 102 – Movimentação básica da braçada do nado de peito segundo Palmer
Exemplos de exercícios para desenvolvimento dos movimentos de braçada do nado de peito:
• Executar a braçada do nado de peito na posição em pé, com os pés apoiados no chão, e tronco 
ligeiramente inclinado à frente. Enquanto realiza o movimento, o aluno pode ser instruído pelo 
professor (feedback).
• Executar a braçada do nado de peito em decúbito ventral, enquanto realiza o movimento de 
pernada do crawl para manter o tronco na superfície. Nesta fase inicial, a pernada de crawl 
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vai possibilitar uma melhor estabilidade por já estar bem desenvolvida, diferentemente do que 
provavelmente ocorreria com a pernada do peito, que ainda está sendo desenvolvida.
• Executar a braçada de peito com um braço de cada vez ao longo de toda a travessia da piscina, 
enquanto a outra mão segura a prancha. Alterna‑se o braço no retorno da piscina. Pernas podem 
trabalhar movimentos do crawl ou do peito.
• Executar a braçada de peito com um braço de cada vez, alternadamente, enquanto o outro braço 
segura a prancha à frente e as pernas realizam movimentação da pernada do crawl ou de peito.
6.2.4 Aprendizagem da respiração no ensino do nado de peito
A respiração é frontal, a inspiração é feita pela boca e a expiração, pelo nariz e boca. O movimento 
da respiração se inicia no início da puxada de água da braçada, com a elevação da cabeça frontalmente 
(extensão cervical). Durante o movimento de recuperação da braçada, a cabeça se volta novamente para 
baixo, mas sem causar a submersão total do corpo. O trabalho da braçada com a respiração pode ser 
feito em conjunto com pernadas do nado crawl, para manter a elevação do tronco e membros inferiores, 
pois esta pernada pode estar melhor desenvolvida.
No início do ensino da respiração do nado de peito, pode‑se pedir para o aluno respirar 
intercaladamente, por exemplo, a cada duas braçadas, permitindo que ele planeje melhor o movimento 
e o execute de forma menos frequente.
6.2.5 Coordenação básica no ensino do nado de peito
A coordenação do nado de peito envolve movimento contínuo de braços e pernas com dois tempos 
de ação motora distintos: a ação de braços e propulsão de pernas, conhecida como puxa (ação dos braços) 
e empurra (ação das pernas). Para incorporar a sincronização do nado é preciso que haja muita prática 
para que o aluno perceba e assimile a combinação destes movimentos, o tempo e o ritmo corretos de 
execução. Essa simultaneidade é necessária no nado de peito porque este nado difere‑se dos demais com 
relação à posição do corpo, que é dificultada pelo padrão motor e tempo de execução dos movimentos 
de membros superiores e inferiores. O equilíbrio é determinado pela profundidade do mergulho das mãos 
e ação propulsora adequada das pernas que promovem a anulação do aprofundamento e movimento 
simultâneo dos braços e pernas, o que justifica um trabalho que priorize a coordenação do nado desde 
a fase de aprendizagem.
Para o aluno ganhar domínio e controle sobre seus movimentos, podemos pedir para que ele faça 
diversas proporções entre braçada e pernada: 2x1 (duas braçadas para cada pernada), 1x2 (duas pernadas 
para cada braçada), 3x1, 1x3, 2x3, 2x2etc. Dessa forma, o aluno irá treinar o movimento a ser executado 
e implementar o plano até atingir domínio total, possibilitando ganhar condições de partir para uma 
coordenação mais aprimorada.
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Figura 103 – O nado de peito apresenta movimentos simultâneos e uma boa execução o torna extremamente fácil de nadar
6.3 Aspectos técnicos, aperfeiçoamento e habilidades complexas do nado 
de peito
6.3.1 Aperfeiçoamento da braçada do nado de peito
Após o trabalho de iniciação à braçada, o professor poderá aprimorar o movimento, trabalhando 
detalhes em cada fase da braçada do nado peito, a qual possui quatro fases, a saber:
• Agarre: a partir da posição inicial, em que os braços deverão estar estendidos e unidos à frente 
da cabeça, haverá um afastamento dos braços para a lateral do corpo, mais conhecido como a 
posição de “Y”, com as palmas das mãos voltadas para fora da linha média do corpo. Ao final deste 
afastamento, depois que as mãos estão para fora da linha dos ombros, o nadador executa uma 
flexão do punho (agarre) para iniciar a tração da água (fase seguinte).
• Tração: as mãos realizam um movimento semicircular para trás, para dentro e para baixo 
(afundarão e se dirigirão à linha média do corpo), flexionando os cotovelos até cerca de 80º a 
90º. Quando as mãos se aproximam sob o peito, os cotovelos também se dirigem para baixo e se 
aproximam um do outro, próximo ao abdome. Durante esta única fase propulsiva, as mãos não 
deverão ultrapassar a linha dos ombros, pois isso irá prejudicar a fase de recuperação da braçada 
e da respiração, que se realiza concomitante à realização da braçada.
• Recuperação: neste momento, as mãos se dirigem para cima em direção à linha da superfície 
ao mesmo tempo em que se estendem para frente, “furando” a água até a extensão total dos 
cotovelos, protegendo a entrada da cabeça na água para a reinicialização do ciclo. Esta fase ainda 
hoje é considerada polêmica e está sob estudos, pois alguns técnicos e nadadores preferem fazer a 
recuperação das mãos e antebraços acima da linha da superfície, enquanto outros o fazem abaixo 
da superfície, com as mãos “furando a água”. No entanto, conforme veremos nas regras, não é 
permitido que o cotovelo se eleve acima da linha da superfície.
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Figura 104 – Veja a foto da recuperação da braçada do nado peito executada pelo nadador Michael Phelps. Note que as mãos e 
punhos viajam por fora da água enquanto os cotovelos estão abaixo da superfície (por imposição da regra)
2
2
2
3
3
3
1
1
1
Vista frontal Vista lateral
Vista inferior
1‑2 Varredura para fora até o agarre
2‑3 Varredura para dentro
3‑4 Liberação e recuperação
4
4
4
Figura 105 – Análise da braçada do nado peito segundo Maglischo
 Saiba mais
Em Maglischo é mostrada a técnica da braçada com um número maior 
detalhes, em que o autor utiliza a seguinte divisão: varredura para fora 
até o agarre, varredura para dentro (propulsiva) e recuperação. Além desta 
informação, pode‑se ver uma divisão mais detalhada da pernada, na qual 
o autor divide o movimento em recuperação, varredura para fora até o 
agarre, varredura para dentro (propulsiva) e sustentação/deslizamento.
MAGLISCHO, E. Nadando ainda mais rápido. São Paulo: Manole, 1999. 
p. 465 e 475.
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6.3.2 Aperfeiçoamento da pernada do nado de peito
A pernada do nado de peito, por não ser simplesmente um movimento anteroposterior como nos 
demais nados e ser peculiarmente mais complexa, pode sofrer uma fase de aperfeiçoamento diferenciada 
ao conhecermos melhor as suas fases:
• Recuperação: analisando a partir da posição de extensão de joelhos e quadril, os pés serão 
trazidos próximos aos glúteos em movimento simultâneo de flexão maior de joelhos e menor 
flexão nos quadris, para evitar a criação de resistência frontal na parte anterior das coxas. Os pés 
devem se manter próximos, dentro do limite da largura dos quadris.
• Agarre: a preparação para a fase propulsiva inicia‑se com a dorsiflexão e abdução dos pés, que 
devem estar apontados para fora ao final da preparação, ao chegarem a um afastamento maior 
que o dos joelhos, que por sua vez estarão em flexão máxima no momento do agarre.
• Empurre: após o ponto do agarre, quando os pés terminam sua preparação para efetivamente 
empurrarem a água, esta fase caracteriza‑se pela extensão de quadril, joelho e pé, inicialmente 
a partir do posicionamento de abdução dos pés observado no agarre, até a finalização, com a 
adução dos pés, que se aproximam no final da extensão de joelhos. Dessa forma, a impulsão da 
água para trás se dá através dos pés, inicialmente empurrando a água com a planta dos pés para 
trás e, no final, pressionando a água para trás ao aduzirem.
• Deslize: no final do empurre, o movimento se desacelera, enquanto os pés se unem e são dirigidos 
para a superfície, mantendo a extensão de joelhos e quadris e permitindo a diminuição da 
resistência frontal e aproveitamento da inércia até o início da desaceleração.
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5
5
5
3
3
3
1‑2 Recuperação
2‑3 Varredura para fora até o agarre
3‑4 Varredura para dentro
4‑5 Sustentação e deslizamento
4 4
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Vista frontal
Vista lateral
Vista inferior
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Figura 106 – A pernada do nado peito segundo análise de Maglischo
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Exemplos de educativos para o nado de peito:
• Realizar o movimento de braços, mas um de cada vez a partir da posição inicial, com o outro braço 
estendido à frente do corpo, coordenando com a pernada completa.
• Uma variação é realizar a braçada com os dois braços normalmente, mas realizar o movimento de 
pernas com uma perna de cada vez.
• Uma variação do exercício acima para nadadores mais avançados seria realizar o nado com um 
braço, mantendo o outro estendido a frente do corpo e realizar a pernada com a perna contrária 
do braço que realizou o movimento e assim sucessivamente.
• Outra variação pode ser realizar um ciclo de cada braçada e pernada contrária e depois realizar o 
movimento completo com ou sem a respiração a cada braçada. Pode‑se também realizar um ciclo 
alternado de braço com perna, mas sem a realização da respiração, e realizar a respiração apenas 
no momento em que se realizar o nado completo com a ação dos dois braços e pernas.
• Realizar a braçada de peito com ou sem a respiração, mas a com a pernada sendo feita no 
movimento ondulatório do quadril e pernas, bem parecido com a ondulação do nado de borboleta. 
Este exercício auxilia na compreensão do nadador na relação da oposição do momento entre o 
eixo do ombro e o eixo do quadril. Quando o ombro está mais acima no momento da respiração, 
o quadril se encontra mais abaixo do plano do ombro. Eles quase se alinham no momento da 
recuperação e extensão dos braços à frente e a realização da pernada.
• Pode‑se variar realizando a respiração do nado alternando uma pernada normal do nado e não 
realizar a respiração na ondulação de quadril e pernas.
• Realizar o movimento de pernas na posição dorsal com os braços ao lado do corpo. O nadador deve 
evitar de retirar os joelhos para fora da linha da água, para corrigir uma flexão exagerada de quadril.
• Realizar o nado com a utilização de palmares específicos do nado de peito, masem velocidade 
bem reduzida para que os nadadores percebam a importância de se manter as mãos espalmadas.
• Realizar a pernada do nado sem fazer a braçada, mas executando a respiração, em que o nadador 
observará o tempo correto da pernada com a frequência respiratória.
6.4 Saídas do nado de peito
As saídas do nado de peito se assemelham aos movimentos já estudados no nado crawl em sua 
execução até o momento de entrada na água. Segundo as regras do nado de peito, permite‑se então 
realizar uma sequência de movimentos submersos descrita a seguir como filipina.
É permitido ao nadador realizar uma braçada submersa (conhecida com o nome de filipina), em 
que a mão pode passar da linha do quadril (uma única ocorrência), seguida de uma pernada também 
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submersa. Também é permitida na mesma manobra uma pernada de borboleta, desde que seja realizada 
antes da primeira pernada do nado de peito.
Figura 107 – Fase final da filipina: os braços já empurraram água para trás até próximo às coxas e 
agora estão retornando para a frente do corpo, quando será realizada uma pernada ainda em submersão
Para uma saída do nado de peito, dependendo da qualificação do nadador entre iniciante ou 
experientes, podemos realizar a transição da impulsão da parede para o nado de três maneiras diferentes.
O nadador de peito iniciante, após o deslize, deve observar o quanto está próximo da superfície e 
quando estiver já para emergir, inicia os movimentos com uma braçada e respiração, seguidos então de 
uma pernada, dando assim continuidade ao nado.
Já o nadador de peito avançado, após detectar o início da desaceleração, realiza uma golfinhada 
(movimento de perna do nado borboleta) e, em seguida, uma braçada submersa longa, incluindo a 
extensão total dos cotovelos até as mãos se aproximarem da lateral dos quadris, ou seja, parecida com 
a fase submersa da braçada do nado borboleta.
Depois de realizar o movimento da braçada até a amplitude onde os braços ficam junto ao 
quadril/coxa, ocorre a recuperação dos braços para frente junto ao corpo até a extensão dos 
braços à frente da cabeça, quando então o nadador realiza um ciclo de pernada, ainda submerso, 
aguarda o corpo se posicionar na linha da superfície e assim poder iniciar o nado a partir da 
segunda braçada.
O terceiro modo de dar início aos movimentos do nado de peito, também para nadadores 
avançados, é mudando o momento da pernada de borboleta, executando‑a junto com a braçada 
longa da filipina, depois recuperando o braço até a frente, fazendo a pernada e indo à superfície 
para continuar o nado a partir da segunda braçada, quando a cabeça deve romper a superfície.
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6.5 Viradas do nado de peito
Não é permitido realizar cambalhota para a virada do nado de peito; portanto, as viradas são simples, 
muito parecidas com as viradas simples do nado crawl.
A maior diferença é que, na aproximação e toque da borda, por força da regra do nado de peito, 
ambas as mãos devem tocar a parede ao mesmo tempo, diferentemente do crawl, onde apenas uma 
das mãos poderia realizar o toque. Esta exigência é para garantir que o nadador mantenha a posição 
obrigatória (peito para a água).
Depois do toque, com as duas mãos na borda, o nadador irá escolher um lado para o qual deve fazer 
a rotação do tronco. O braço deste lado percorre um caminho menor e irá estender‑se por debaixo da 
água na direção do novo percurso. O braço do lado oposto percorre uma distância maior e será lançado 
por fora da água, acompanhando o movimento do tronco e ombro que se movimentam em pêndulo, até 
se encontrar com o primeiro braço, à frente da cabeça e assumir uma posição hidrodinâmica (streamline).
Em seguida, os pés já tocaram a parede e realizam o impulso vigoroso por debaixo da superfície. Ao 
sentir a desaceleração, o nadador escolherá como iniciar o novo ciclo de movimentos do nado de peito: 
sem filipina, com filipina junto da pernada de borboleta, ou realizar a pernada de borboleta antes do 
movimento de braço longo da filipina, da mesma forma em que ocorreu na explicação para as saídas do 
nado de peito.
No segundo ciclo de braçada, a cabeça deve romper a superfície.
 Lembrete
Após realizar todo ciclo submerso da filipina, quando for realizar o 
nado, veja se você não está muito abaixo da superfície, o que pode, no 
caso, retardar o desenvolvimento da continuidade do nado em condições 
de treinamento ou competição. É necessário treinar este detalhe diversas 
vezes até se chegar ao ponto ideal.
6.6 Regras do nado de peito
As regras do nado de peito surgiram com maior rigor quando precisou‑se diferenciar este nado 
do borboleta.
SW 7.1 – Após a saída e em cada volta, o nadador pode dar uma braçada 
completa até as pernas, durante a qual o nadador pode estar submerso. 
Uma única pernada de borboleta é permitida em qualquer momento antes 
da primeira pernada de peito após a saída e após cada virada. A cabeça deve 
romper a superfície da água antes que as mãos virem para dentro na parte 
mais larga da segunda braçada.
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SW 7.2 – A partir da primeira braçada após a saída e após cada virada, o 
corpo deve ser mantido sobre o peito. Não é permitido ficar na posição 
de costas em nenhum momento exceto quando da volta, após o toque na 
parede onde é permitido girar de qualquer maneira, contanto que quando 
deixar a parede o corpo deve estar na posição sobre o peito. A partir da saída 
e durante a prova, o ciclo do nado deve ser uma braçada e uma pernada, 
nessa ordem. Todos os movimentos dos braços devem ser simultâneos e no 
mesmo plano horizontal, sem movimentos alternados.
SW 7.3 – As mãos devem ser lançadas junto para frente a partir do 
peito, abaixo ou sobre a água. Os cotovelos deverão estar abaixo da 
água exceto para última braçada antes da volta, durante a volta e na 
última braçada antes da chegada. As mãos deverão ser trazidas para trás 
na superfície ou abaixo da superfície da água. As mãos não podem ser 
trazidas para trás além da linha dos quadris, exceto durante a primeira 
braçada, após a saída e em cada volta.
SW 7.4 – Durante cada ciclo completo, alguma parte da cabeça do nadador 
deve quebrar a superfície da água. Todos os movimentos das pernas devem 
ser simultâneos e no mesmo plano horizontal sem movimentos alternados.
SW 7.5 – Os pés devem estar virados para fora durante a parte propulsiva 
da pernada. Não são permitidos movimentos alternados ou pernada de 
borboleta, exceto o descrito na SW 7.1. É permitido quebrar a superfície da 
água com os pés, exceto seguido de uma pernada de borboleta para baixo.
SW 7.6 – Em cada virada e na chegada da prova, o toque deve ser feito 
com as duas mãos separadas e simultaneamente, acima, abaixo ou no nível 
da água. No último ciclo do nado antes da virada e no final da prova, uma 
braçada não seguida da pernada é permitida. A cabeça pode submergir após 
a última braçada anterior ao toque, contanto que quebre a superfície da 
água em qualquer ponto durante o último completo ou incompleto ciclo 
anterior ao toque (CBDA, 2017, p. 10‑11).
 Resumo
Nesta unidade foram analisados os nados formais costas e peito. Com 
características de aprendizagem peculiares, esses dois nados possuem, cada 
qual à sua forma, interessantes possibilidades de ensino.
O nado de costas, por ser o único realizado dorsalmente, tem uma 
ótima característica de possibilitar um contato mais amploda visão e da 
respiração com o meio aéreo, sendo, assim, uma alternativa para aprendizes 
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Unidade II
que necessitam de mais tempo para se adaptar à sensação que a submersão 
da face e a apneia presentes nos nados ventrais podem causar a alguns.
Já o nado de peito, apesar de apresentar uma pernada um pouco mais 
detalhada e um acerto de posições muito peculiar, pode ser utilizado de 
forma parcial como uma ótima adaptação do corpo ao deslocamento 
horizontal na superfície, ainda que aos olhos de um técnico apresente 
muitos erros – por promover estabilidade e ter movimentos simétricos, 
é muito interessante para alguns aprendizes que não se adaptam aos 
movimentos alternados a princípio.
Pudemos, por fim, ter conhecimento das regras que regem a aplicação 
formal competitiva desses nados que, embora não sejam o objetivo 
principal ou final da aprendizagem, ilustram a evolução dessas formas de 
movimentos especializados.
 Exercícios
Questão 1. Em relação à posição do corpo e aos movimentos na aprendizagem do nado de costas, 
analise as afirmações a seguir:
I – O nado de costas é o único nado executado em decúbito dorsal.
II – No desenvolvimento da flutuação pode‑se utilizar o apoio de uma pessoa ou material como 
prancha ou espaguete.
III – A cabeça deve estar posicionada paralela ou bem próxima à água.
IV – O movimento de pernas é feito na vertical de forma simultânea.
É correto o que se afirma em:
A) I e III, apenas.
B) II e IV, apenas.
C) I e II, apenas.
D) II e III, apenas.
E) I, II, III e IV.
Resposta correta: alternativa C.
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NATAÇÃO: ASPECTOS PEDAGÓGICOS E APROFUNDAMENTOS
Análise das afirmativas
I – Afirmativa correta.
Justificativa: o nado de costas é o único realizado em decúbito dorsal. Os outros nados são realizados 
em decúbito ventral.
II – Afirmativa correta.
Justificativa: podem‑se utilizar materiais ou o próprio professor pode participar deste desenvolvimento.
III – Afirmativa incorreta.
Justificativa: a cabeça deve estar posicionada obliquamente: uma pequena flexão cervical vai evitar 
que água passe por cima da testa e incomode um nadador. Além disso, uma flexão cervical exagerada 
vai retirar parte da cabeça da água, e afundar o tronco e quadril, o que é indesejável pois tornará o nado 
mais cansativo.
IV – Afirmativa incorreta.
Justificativa: o movimento de pernas é feito na vertical de forma alternada.
Questão 2. Em relação à posição do corpo e aos movimentos na aprendizagem do nado de peito, 
analise as afirmações a seguir:
I – Os movimentos dos braços são realizados simultâneos entre si.
II – Os movimentos das pernas são realizados alternados entre si.
III – A coordenação da braçada com a pernada é simultânea.
É correto o que se afirma em:
A) I, apenas.
B) I e III, apenas.
C) I e II, apenas.
D) II e III, apenas.
E) I, II e III.
Resolução desta questão na plataforma.

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