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Nutrição do RN ao Adolescente (Aleitamento materno e TGI)

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Nutrição do RN
ao Adolescente
Estrogênio -> estimula o crescimento
da parte glandular, do deposito de
gordura e de massa nas mamas. Que
só atinge seu máximo de
desenvolvimento com o pico
hormonal da gravidez. O estrogênio
secretado pela placenta estimula a
proliferação e ramificação dos
ductos, faz também que grande
quantidade de gordura seja
depositada no estroma que mamária
que esta se desenvolvendo.
Progesterona -> Irá agir
sinergicamente com o estrogênio e
outros hormônios causando a
diferenciação final após o
desenvolvimento dos ductos, faz o
crescimento adicional de lóbulos
mamários com multiplicação dos
alvéolos e desenvolvimento das
características secretoras nas
células alveolares.
O desenvolvimento das mamas inicia-se
na puberdade com os níveis elevados
dos hormônios sexuais?
 Para a lactação propriamente dita,
outros hormônios precisam estar
envolvidos:
DESENVOLVIMENTO DAS MAMAS
 Anatomia da mama, Fisiologia da
lactação (produção e ejeção), Benefícios
e malefícios da amamentação, Tipos de
amamentação, Desmame,
Desenvolvimento do TGI, Demanda
nutricional da criança ao adolescente,
Saúde Bucal
Prolactina: Durante a gestação os
hormônios sexuais agem para o
desenvolvimento das mamas, mas na
verdade, tem ação inibitória para a
secreção do leite. Pois o principal
hormônio para a secreção do leite é
a prolactina, que fica inibida por
feedback negativo pelo estrogênio
e a progesterona.
A prolactina é secretada pela hipófise
anterior, tendo seu aumento no sangue
materno desde a 5 semana de
gestação e atingindo o pico (10 a 20x
mais) até o nascimento. Outro hormônio
também relatado com efeito lactogênio
é o Somatomamotropina Coriônica
Humana que é secretado pela placenta.
 Mas por conta do efeito inibitório
pouco milímetros de leite são
secretados a cada dia até após o
nascimento. O líquido secretado antes e
nos primeiros dias após o nascimento é
chamado COLOSTRO, que tem as
mesma concentrações de proteinas e
lactose do leite, mas sem quase
nenhuma gordura, com uma taxa de
produção 1/100 menor que a do leite
em si.
 Com 1 a 7 dias do nascimento e o
cessar da inibição, o efeito lactogênico
da prolactina permite a secreção
copiosa do leite em vez do colostro.¹
Lorena Lima, M7
 Para a secreção adequada do leite
outros hormônios serão essenciais para
fornecer os nutrientes que compõe o
leite (ácidos graxos, aminoácidos,
glicose e cálcio), como GH, insulina,
cortisol e paratormônio.
 Depois que o bebê nasce, os níveis de
prolactina materna caem aos níveis não
gravídicos, então o que faz com que a
prolactina continue sendo produzida é
a própria amamentação. Quando a
mãe amamenta, os sinais neurais dos
mamilos para o hipotálamo causam um
pico de secreção de prolactina que
dura cerca de 1h. A prolactina que foi
secretada age nas glândulas mamárias
para que continuem secretando leite
para encher os alvéolos para as futuras
amamentações. Assim, se houver um
bloqueio hipofisário ou se a
amamentação não prosseguir, as
mamas perdem a capacidade de
produzir leite dentro de
aproximadamente 1 semana.
 O hipotálamo é um regulador da
hipófise anterior, mas com a prolactina
ele age inibindo (contrário à outros
hormônios que ele estimula).
FISIOLOGIA DA LACTAÇÃO
 Isso porque acredita-se que o
hipotálamo secrete um Fator inibidor da
Prolactina que é transportado pelo
sistema porta hipofisário até a hipofise,
inibindo a secreção da prolactina.
Acredita que esse fator seja na verdade
a Dopamina, que é secretada pelos
núcleos arqueados do hipotálamo e que
pode diminuir a secreção de prolactina
em até 10 vezes.¹
 Durante a amamentação o ciclo ovariano
cessa, e não retoma até algumas semanas
após ela parar. Isso por quê os sinais
neurais das mamas ao hipotálamo
(causando mais secreção de prolactina)
inibem a secreção do GnRH que é o
responsável por ativar a produção e
secreção do LH e FSH. Mas se a
amamentação for irregular, ou em apenas
alguns momentos do dia, a hipófise pode
secretar os hormônios gonadotróficos
suficientemente para reativar o ciclo.¹
 Para a descida do leite existe um
mecanismo próprio, logo que o leite flui
continuamente nos alvéolos, mas não sai
tão facilmente dos alvéolos para os
ductos, ou seja, não vaza de forma
contínua nos mamilos. Para isso ele
precisa ser ejetado, que dependerá de
um hormônio hipofisário posterior
(ocitocina) e um reflexo neurogênico.
 Quando o bebê suga, por 30s ele não
recebe nada, até que impulsos
sensoriais são transmitidos dos nervos
somáticos dos mamilos para a medula
espinhal da mãe e segue até o
hipotálamo, onde desencadeia sinais
neurais para a secreção da ocitocina e
prolactina. 
 A ocitocina secretada age nas células
mioepiteliais que circundam os alvéolos,
contraindo-as, e assim fazendo com que
o leite flui pelos ductos. Em seguida, a
sucção do bebê se torna efetiva em
remover o leite.¹
Lorena Lima, M7
 As fases da lactação correspondem a
produção do colostro, do leite de
transição e o leite maduro. 
 O colostro é o leite produzido nos
primeiros dias, espesso e amarelado. Em
comparação com o leite maduro, o
colostro possui maior teor de proteínas,
vitamina lipossolúveis, sódio, zinco, e
menor teor de gordura, lactose e
vitaminas hidrossolúveis. Contém altas
concentrações de fatores de defesa,
imunoglobulinas e agentes anti-
inflamatórios. Tem ação laxante,
favorecendo a eliminação do mecônio
(primeiras fezes escuras), retirando a
bilirrubina do intestino, ajudando a
prevenir a icterícia. 
 O leite de transição é intermediário
entre o colostro e o maduro, do 7º a 14º
dia após o nascimento. Nessa fase, a
composição nutricional se modifica até
torna-se o leite maduro. 
 O leite maduro é composto por
aproximadamente 87% de água, o que
promove a hidratação adequada do
lactente até os 6 meses, não sendo
necessário ofertar água ao bebê.
Também tem quantidades adequadas
de carboidratos, proteínas, lipídios,
vitaminas e minerais para fornecer um
bom crescimento e desenvolvimento à 
 criança.²
LEITE MATERNO
 Esses nutrientes são de fácil digestão, o
que faz com que o bebê mame várias
vezes ao dia. A concentração de
gordura é maior no final da mamada,
sendo necessário o esvaziamento
adequado da mama para que o bebê
recebe o leite mais rico em gordura,
essencial para o desenvolvimento
cerebral, ganho de peso e saciedade. 
 Além da IgA, o leite materno contém
outros fatores de proteção, tais como
anticorpos IgM e IgG, macrófagos,
neutrófilos (mais abundantes), linfócitos
(10%) em que 20% são B e o restante T,
lactoferrina, lisosima e fator bífido. Esse
favorece o crescimento do Lactobacilus
bifidus, uma bactéria não patogênica
que acidifica as fezes, dificultando a
instalação de bactérias que causam
diarreia, tais como Shigella, Salmonella
e Escherichia coli.
 Alguns dos fatores de proteção do leite
materno são total ou parcialmente
destruídos pelo calor, razão pela qual o
leite humano pasteurizado (submetido a
uma temperatura de 62,5 ºC por 30
minutos) não tem o mesmo valor
biológico que o leite cru.²
Lorena Lima, M7
 Ainda sobre o leite maduro, esse leite
pode apresentar diferentes
composições ao longo da mesma
mamada. Ele pode ser mais rico em
substâncias hidrossolúveis no início da
mamada, apresentando colorações do
translúcido até azul ou verde, que
demonstram maior concentração de
pigmentos cromóforos e riboflavina (vit
B2). No meio da mamada, ele terá
aspecto mais branco opaco, sendo rico
em micelas de caseína e vitamina A, já
no final da mamada, com maior
concentração calórica, apresenta
nutrientes lipossolúveis e betacaroteno,
obtendo uma coloração amarelada.³ 
 O leite materno possui menor
concentração de caseína quando
comparado ao leite de vaca, que é de
difícil digestibilidade e atrasa o
esvaziamento gástrico. Assim, a
composição proteica do leite materno é
mais fácil, minimiza a hipersensibilidade 
a macromoléculas e previne o
surgimento de alergias.³
 No que diz respeito aos carboidratos
do leite humano, a maior concentração
é da lactose, sendo a principal fonte de
energia. Junto com o fator bífido, a
lactose promove o crescimentode
lactobacilos e bifidobactérias por meio
de processos fermentativos, que
reduzem o pH intestinal e dificultam a
proliferação de bactérias patogênicas.
A lactose também favorece a absorção
do cálcio, aumentando sua
biodisponibilidade.³ 
 Com relação às vitaminas lipossolúveis,
o leite humano confere quantidades que
atendem às necessidades do lactente,
desde que a mãe esteja em bom estado
nutricional, exceto de vitamina D e K.³ 
 Por isso, é recomendada a
suplementação de vitamina K ao
nascimento e de vitamina D na dieta
materna para melhorar seus níveis no
leite humano.³
 O leite humano é fonte de diversos
tipos de bactérias, como Staphylo,
Streptos, Enterococcus e diversas
espécies de Lactobacillus e
Bifidobacterium. Por meio da circulação
enteromamária, as bactérias do
microbioma intestinal da mãe chegam
aos ductos mamários, colonizando a
pele da mãe e modulando a microbiota
do leite materno. Por isso, é muito
importante cuidar da saúde intestinal
materna, antes e durante a gestação,
para favorecer a modulação da
microbiota do leite humano durante a
lactação.³
 Os lactobacilos e as bifidobactérias no
leite humano são importantes para o
lactente pela inibição competitiva, o
que evita a adesão de outras bactérias
na mucosa intestinal, além da síntese de
compostos que inibem ou destroem
bactérias patogênicas.³ As fórmulas não
possuem bifidobactérias.(4)
 Durante o aleitamento materno
exclusivo, qualquer tipo de introdução
de líquidos pode afetar esse equilíbrio,
interferindo na modulação benéfica da
microbiota do bebê. ³
 A introdução de fórmulas infantis na
amamentação do lactente, ou
aleitamento artificial, também é
discutível, porque essas não dispõem de
todos os carboidratos complexos
encontrados do leite humano, reduzindo
a colonização de bactérias lácticas e
não evitam a colonização por
bacteroides e outras enterobactérias.³
Lorena Lima, M7
Reduz chances de obesidade
Melhor nutrição
Efeito positivo na inteligência
Melhor desenvolvimento da
cavidade oral
Proteção contra câncer de mama
Evita nova gravidez
Menor custo financeiro
Promoção do vínculo afetivo entre
mãe e filho
Melhor qualidade de vida²
 Segundo estudo de avaliação de risco,
no mundo em desenvolvimento
poderiam ser salvas 1,47 milhões de
vidas por ano se a recomendação de
aleitamento materno exclusivo por seis
meses e complementado por dois anos
ou mais fosse cumprida.²
 O aleitamento materno também
previne otites. Estima-se redução de
50% de episódios de otite média aguda
em crianças amamentadas
exclusivamente por 3 ou 6 meses
quando comparadas com crianças
alimentadas unicamente com leite de
outra espécie.²
 Há evidências sugerindo que o
aleitamento materno apresenta
benefícios em longo prazo. A OMS
publicou importante revisão sobre
evidências desse efeito (HORTA, 2007).
Essa revisão concluiu que os indivíduos
amamentados apresentaram pressões
sistólica e diastólica mais baixas
(-1,2mmHg e -0,5mmHg,
respectivamente), níveis menores de
colesterol total (-0,18mmol/L) e risco
37% menor de apresentar diabetes tipo
2.²
Aleitamento materno exclusivo –
quando a criança recebe somente
leite materno, direto da mama ou
ordenhado, ou leite humano de outra
fonte, sem outros líquidos ou sólidos,
com exceção de gotas ou xaropes
contendo vitaminas, sais de
reidratação oral, suplementos
minerais ou medicamentos.²
Aleitamento materno predominante
– quando a criança recebe, além do
leite materno, água ou bebidas à
base de água (água adocicada,
chás, infusões), sucos de frutas e
fluidos rituais.
Aleitamento materno – quando a
criança recebe leite materno (direto
da mama ou ordenhado),
independentemente de receber ou
não outros alimentos.
Aleitamento materno
complementado – quando a criança
recebe, além do leite materno,
qualquer alimento sólido ou
semissólido com a finalidade de
complementá-lo, e não de substituí-
lo.
Aleitamento materno misto ou
parcial – quando a criança recebe
leite materno e outros tipos de leite.²
Evita mortes infantis
Evita diarreia
Evita infecção respiratória
Diminui o risco de alergias
Diminui o risco de hipertensão,
diabetes e colesterol alto.
Existem diferentes modos de
aleitamento materno:
 Quanto a importância e os benefícios
do aleitamento materno, o MS lista
alguns fatores:
Lorena Lima, M7
 Fórmulas poliméricas ou intactas.
São compostas por carboidratos,
lipídios e proteínas intactos; com
proteínas purificadas à base de leite
de vaca ou soja e acréscimo de
nucleotídios. Todas essas fórmulas
são indicadas para lactentes
saudáveis de 0 a 24 meses, e
algumas podem apresentar
alterações no conteúdo e na
quantidade de nutrientes a fim de
atender a necessidades
dietoterápicas específicas (para
prematuros, antirregurgitação,
isentas de lactose e à base de
proteína de soja, por exemplo).
Fórmulas oligoméricas ou
semielementares. Contêm nutrientes
parcialmente digeridos; nesse caso,
proteínas hidrolisadas a peptídios,
carboidratos na forma de
oligossacarídios e parte dos lipídios
na forma de TCM. 
 As fórmulas infantis são desenvolvidas
para atender às necessidades do
lactente de acordo com a faixa etária
de 0 a 5 meses e 29 dias, e de 6 meses
a 24 meses, sendo no Brasil até 36
meses. As fórmulas infantis podem ser
classificadas conforme a seguir:
O aleitamento artificial, ou oferta
exclusiva de fórmula infantil ao lactente
na ausência do leite materno, pode ser
iniciado desde o nascimento, sendo
indicado até 24 a 36 meses de idade.
 A fórmula infantil é um composto de
nutrientes, disponível na forma líquida
ou em pó, geralmente à base de leite
de vaca ou proteína de soja. A fórmula
infantil deve ofertar não menos que 60
kcal/100 mℓ de produto e não mais de
85 kcal/100 mℓ.
 Há uma redução na quantidade de
gordura de origem animal, sendo
composta por gordura láctea e
diferentes fontes de origem vegetal
(soja, milho, canola, palma, palmiste),
visando à melhor digestibilidade e à
composição de ácidos graxos. Todas as
fórmulas infantis são acrescidas de
ácidos graxos poli-insaturados, visando
aumentar seu aporte; à mielinização e
maturação do sistema nervoso central e
estrutura da retina; à prevenção de
alergia e modulação da resposta
inflamatória; e algumas terão
concentrações diferenciadas de
triglicerídios de cadeia média.³
Lorena Lima, M7
LEITE ARTIFICIAL
 Os critérios para escolha de uma
fórmula infantil devem considerar: faixa
etária do lactente, funções digestiva e
renal, requisitos nutricionais da situação
clínica, via de administração,
osmolaridade e carga de soluto renal,
densidade calórica, viscosidade,
intolerâncias e alergias, bem como o
custo.³
 Os profissionais de saúde devem
orientar as mães e cuidadores quanto
ao preparo adequado das refeições
lácteas e os cuidados com a higiene. É
necessário recomendar:
 -Lavagem das mãos e utensílios
(colheres, jarras, copos, etc) com água e
sabão, usando panos limpos e secos
para enxugá-las antes de preparar e
oferecer as refeições lácteas;
 -Lavagem da superfície onde será
preparada a refeição láctea com água
e sabão; 
 -Utilizar água tratada, fervida e
filtrada para a diluição do leite, se
necessário; 
 -As refeições lácteas devem ser
preparadas próximas ao momento do
consumo; 
 -Não se deve oferecer à criança
sobras da refeição láctea anterior.²
 As crianças devem receber as refeições
lácteas preferencialmente em copos ou
copinhos. A mamadeira é um grande
veículo de contaminação, aumentando
o risco de infecções e diarreias. Sua
utilização está associada também com
maior risco de desmame precoce,
problemas orofaciais, de fala e
dentição.²
Fórmulas monoméricas ou
elementares. São compostas por
nutrientes em sua forma mais simples
e de fácil absorção; as proteínas
estão na forma de aminoácidos
e/ou peptídios de cadeia curta, o
carboidrato, na forma de
monossacarídios – glicose, amido
modificado, e os lipídios na forma de
TCM ou ácidos graxos essenciais,
óleos vegetais. São indicadas para
lactentes com alergias graves e
distúrbios absortivos ou síndromes de
má absorção.
Fórmulas especializadas. Sofrem
mudanças específicas no conteúdo
de macro- e micronutrientesa fim de
atender às necessidades de terapias
nutricionais para erros inatos do
metabolismo, epilepsia refratária e
quilotórax.³
(Estas são fórmulas geralmente
indicadas para lactentes com
intolerância às fórmulas poliméricas;
distúrbios gastrintestinais leves e
alergias.)
 Ainda há produtos considerados
fórmulas infantis incompletas, que
fornecem nutrientes individuais e
específicos, capazes de enriquecer as
fórmulas completas. São eles os módulos
nutricionais de maltodextrina; de
aminoácidos ou proteínas do soro do
leite, ou caseinato de cálcio e a
glutamina; de triglicerídios de cadeia
média com ou sem ácidos graxos
essenciais, triglicerídios de cadeia
longa; de fibras alimentares solúveis
e/ou insolúveis; de vitaminas e/ou
minerais.³
Lorena Lima, M7
 Mais aréola visível acima da boca
do bebê; 2
 Boca bem aberta; 
 Lábio inferior virado para fora; 
 Queixo tocando a mama.²
Bochechas do bebê encovadas a
cada sucção;
Ruídos da língua; 
Mama aparentando estar esticada
ou deformada durante a mamada;
Mamilos com estrias vermelhas ou
áreas esbranquiçadas ou achatadas
quando o bebê solta a mama;
Dor na amamentação.²
 Pontos-chave da pega adequada:
1.
2.
3.
4.
Os seguintes sinais são indicativos de
técnica inadequada de amamentação: 
 Algumas recomendações são passadas
pelo Ministério da Saúde, baseado em
evidências , junto com a Sociedade
Brasileira de Pediatria. Dentre elas, o
uso de mamadeiras tem sido
desaconselhado por causar a "confusão
de bicos", que causa um desmame
precoce e aumento da
morbimortalidade infantil. A mamadeira
pro bebê é mais fácil que mamar no
peite, o fluxo do leite é maior e mais
rápido, o que faz com que ele desista
do peito. Da mesma forma as chupetas,
crianças que usam também tem um
desmame precoce, além disso, o uso de
chupetas está associado a maior
ocorrência de candidíase oral
(sapinho), otite média e alterações do
palato. A comparação de crânios de
pessoas que viveram antes da
existência dos bicos de borracha com
crânios mais modernos sugere o efeito
nocivo dos bicos na formação da
cavidade oral.²
 Rosto do bebê de frente para a
mama, com nariz na altura do
mamilo; 2
 Corpo do bebê próximo ao da
mãe; 
 Bebê com cabeça e tronco
alinhados (pescoço não torcido); 
 Bebê bem apoiado.²
Apesar de a sucção do recém-nascido
ser um ato reflexo, ele precisa aprender
a retirar o leite do peito de forma
eficiente. Quando o bebê pega a mama
adequadamente – o que requer uma
abertura ampla da boca, abocanhando
não apenas o mamilo, mas também
parte da aréola –, forma-se um lacre
perfeito entre a boca e a mama,
garantindo a formação do vácuo. A
língua eleva suas bordas laterais e a
ponta, formando uma concha
(canolamento) que leva o leite até a
faringe posterior e esôfago, ativando o
reflexo de deglutição. A retirada do
leite (ordenha) é feita pela língua,
graças a um movimento peristáltico
rítmico da ponta da língua para trás,
que comprime suavemente o mamilo.
Enquanto mama no peito, o bebê
respira pelo nariz, estabelecendo o
padrão normal de respiração nasal. 
 O ciclo de movimentos mandibulares
(para baixo, para a frente, para cima e
para trás) promove o crescimento
harmônico da face do bebê.²
 Pontos-chave do posicionamento
adequado na amamentação:
1.
2.
3.
4.
Lorena Lima, M7
Técnica e Conselhos para
Amamentação
A deglutição do feto contribui
marcadamente para a regulação do
volume e composição do líquido
amniótico (LA), a aquisição e
recirculação de solutos no ambiente
fetal e a maturação do trato
gastrintestinal. Esse mecanismo se
instala na 11a semana gestacional, e os
movimentos de sucção entre a 18a e a
20a semana. Inicialmente, são ingeridos
alguns mililitros de líquido amniótico por
dia e esse volume aumenta até 450
mL/dia no término da gestação. Alguns
nutrientes necessários para o
desenvolvimento fetal (N,AA, glicose)
são fornecidos pelo líquido amniótico
deglutido.(4)
 O Leite Materno também contribui
para a maturação do TGI, pois existe
uma grande quantidade de agentes
bioativos que atuam em receptores
específicos no tubo digestório. Ao
nascer, o epitélio intestinal tem
vilosidades estreitas e criptas rasas.
Durante o aleitamento ocorre a
expansão epitelial pela divisão das
criptas, durante o desmame esse
crescimento se dá pela hiperplasia das
criptas. Os fatores bioativos presente no
leite estimulam a divisão das criptas,
mas inibem sua hiperplasia, que só será
estimulada pela inflamação fisiológica
e ativação do sistema imune quando em
contato com novos antígenos
alimentares (por isso no desmame).(4)
 O TGF-β presente no leite é
fundamental para a produção de IgA
pela mucosa e da tolerância oral,
prevenindo alergias precoce. (4)
 Durante o desenvolvimento fetal, as
células do TGI serão expostas a fatores
de crescimento durante seu
desenvolvimento intrauterino, sendo isso
por três vias: a circulação, o líquido
amniótico e agentes autóctones
produzidos pelos próprios tecidos fetais. 
Os principais fatores são: fator de
crescimento transformador (TGF) alfa e
beta, fatores de crescimento epitelial
(EGF), dos hepatócitos (HGF) e o
semelhante a insulina (IGF).(4)
 Os TGF-α e β são determinam a
assimetria direita e esquerda e
posicionamento do estômago e fígado,
o TGF-β atua ainda na regulação da
proliferação dos enterócitos e na
síntese de colágeno pela musculatura
intestinal fetal. O IGF faz o aumento das
vilosidades do intestino delgado,
promovendo a proliferação celular,
estimulando então a ação das
dissacaridases na mucosa intestinal.
 Esses fatores dependem do equilíbrio
das três vias e ausência de fatores
externos que alterem esse o ambiente
intrauterino, pois a formação do TGI
está sujeita a malformações.(4)
 Além disso, o início da deglutição
permite o acesso dos fatores tróficos
contidos no líquido amniótico ao
intestino fetal. A ação desses fatores é
diferenciada por segmento e depende
da presença de receptores específicos
locais. É demonstrado que, em animais
com a deglutição do fluido amniótico
interrompida, ocorre redução da altura
das vilosidades do intestino delgado e
do volume do fígado, pâncreas e
intestino.(4)
Lorena Lima, M7
MATURAÇÃO DO TGI
Gorduras
 No período intrauterino, a glicose é a
principal fonte energética. Ao nascer, é
necessário um ajuste no metabolismo
energético, já que 40% a 50% da
energia do leite materno é em forma de
gordura. No RN, a função pancreática e
hepática ainda não está completa,
assim como a quantidade de lipase
pancreática e sais biliares é muito
baixa no intestino.(5)
 Apesar disso, o RN faz uma boa
digestão lipídica, pois essa função é
aumentada pela ação da lipase lingual
e de lipase presente no leite materno.
Nas papilas da parte posterior da
língua é secretado a lipase lingual, que
irá agir no estômago fazendo uma
lipólise pré-duodenal em que os
produtos (ácidos graxos e
monoglicerídeos) auxiliam na
emulsificação para compensar a baixa
de sais biliares. Para completar, a lipase
do leite auxilia na digestão e absorção
das gorduras.(5)
Carboidratos
Proteinas
 A digestão de carboidratos pelo RN
possui algumas diferenças pela
imaturidade do TGI. Por exemplo, a
atividade da amilase pancreática não
está presente até os 3 meses de vida, e
em baixa concentrações até os 6. Por
isso bebês que recebem alimentos com
amido apresentam quadro de diarréia e
outros distúrbios gastrointestinais. A
enzima glicoamilase pode ser
estimulada em casos como esse
auxiliando na digestão do amido, mas
atua principalmente na digestão de
oligossacarídeos. Já a digestão de
dissacarídeos é total, facilitando a
digestão dos açucares do leite, em que
a concentração das enzimas delta-
glicosidases e beta-glicosidades é igual
a de um adulto.(5)
 A secreção gástrica de Ácido
clorídrico e pepsina é bem
desenvolvida, mas em concentração
baixa que aumenta ao longo dos meses.
Assim, a digestão proteica do RN
acontece no intestino delgado em que
a atividade proteolítica é similar a do
adulto. (5)
 Algo a ser considerado é a
permeabilidade da mucosa intestinal do
bebê jovem a moléculas de grande
tamanho. Já que no período neonatal,por tempo variável, o bebê absorve
moléculas intactas de proteinas, isso
comprovado pela absorção de
anticorpos e respostas imunológica a
antígenos proteicos oralmente
administrados. Isso parece estar
relacionado ao desenvolvimento de
alergia ao leite de vaca.(5)
Lorena Lima, M7
DIGESTÃO DO RN
 A técnica utilizada para fazer a
criança desmamar varia de acordo com
a idade. Se a criança for maior, o
desmame pode ser planejado com ela.
Pode-se propor uma data, oferecer uma
recompensa e até mesmo uma festa. A
mãe pode começar não oferecendo o
seio, mas também não recusando. Pode
também encurtar as mamadas e adiá-
las. Mamadas podem ser suprimidas
distraindo a criança com brincadeiras,
chamando amiguinhos, entretendo a
criança com algo que lhe prenda a
atenção.²
 Idade maior que um ano;
Menos interesse nas mamadas
Aceita variedade de outros
alimentos
É segura na sua relação com a mãe
Aceita outras formas de consolo
Aceita não ser amamentada em
certas ocasiões e locais
Às vezes dorme sem mamar no peito
Às vezes prefere brincar ou fazer
outra atividade com a mãe em vez
de mamar²
O homem é o único mamífero em que o
desmame (aqui definido como a
cessação do aleitamento materno) não
é determinado somente por fatores
genéticos e pelo instinto. A
amamentação na espécie humana é
fortemente influenciada por múltiplos
fatores de ordem social, cultural,
econômica, étnica e comportamental.
 No desmame natural, a criança se
autodesmama, o que pode ocorrer em
diferentes idades, em média entre dois
e quatro anos e raramente antes de um
ano. Costuma ser gradual, mas às vezes
pode ser súbito, como, por exemplo, em
uma nova gravidez da mãe (a criança
pode estranhar o gosto do leite, que se
altera, e o volume, que diminui).²
 Entre os sinais indicativos de que a
criança está madura para o desmame,
constam:
 O desmame abrupto deve ser
desencorajado, pois, se a criança não
está pronta, ela pode se sentir rejeitada
pela mãe. Na mãe, o desmame abrupto
pode precipitar ingurgitamento
mamário e mastite, além de tristeza ou
depressão, por mudanças hormonais.²
Lorena Lima, M7
DESMAME
Entre os 10 e 11 meses, novas texturas e
formatos de alimentos passam a ser
ofertados, com pedaços semissólidos e
sólidos misturados, encorajando a
criança a aceitar diversos alimentos.
Além disso, a criança também se torna
capaz de aceitar diferentes
temperaturas de alimentos, conferindo-
lhe amplas experiências sensoriais.³
 Outro aspecto importante é a oferta
gradativa de uma variedade de
sabores. Inicialmente suas papilas
gustativas estão mais sensibilizadas a
sabores doces, por conta do leite
materno, mas com o contato repetitivo,
de no mínimo 10x, em diferentes formas
e consistências contribuirá para a
aceitação de novos alimentos e sabores
(azedo, salgado e o amargo).³
 Nos primeiros dias da introdução
alimentar, não é preciso se preocupar
com a quantidade ingerida, o
importante é proporcionar a introdução
lenta e satisfatória de novos alimentos a
crianças, pois o leite materno ainda
contribui com aproximadamente
metade da energia requerida (6 a 12
meses).³
 Assim, após os seis meses, a criança
amamentada deve receber três
refeições ao dia (duas papas de fruta e
uma papa salgada/comida de panela).
Após completar sete meses de vida,
respeitando-se a evolução da criança,
a segunda papa salgada/comida de
panela pode ser introduzida (arroz,
feijão, carne, legumes e verduras).²
 A introdução de novos alimentos deve
ser iniciada quando os aspectos de
desenvolvimento motor global e
sensório-motor oral estiverem
satisfatórios e interagindo com os
demais sistemas.³
 A alimentação é uma habilidade
motora fina, por isso, requer maturação
das habilidades orais, postural e
cognitiva. Lactentes em aleitamento
materno exclusivo até o sexto mês de
vida são privilegiados com a
neuroestimulação motora, pela
capacidade de coordenar sucção,
deglutição e respiração.³
 A partir dos 6 meses, a perda da
gordura na região das bochechas,
aliviando o espaço de movimento da
língua; o desenvolvimento da
mandíbula; a movimentação e a
estimulação da epiglote contribuirão
anatomicamente para o vedamento
labial e farão com que a criança
aprenda a mastigar e engolir o
alimento de modo gradual.³
 A habilidade de levar objetos à boca
(como colher), a coordenação mão-
boca e a expressão comunicativa
começam a ser aperfeiçoadas a partir
dos 8 meses. Aos 9 meses, a língua e a
mandíbula já trabalham em sincronia
para promover movimentos diagonais e
rotatórios na cavidade oral, estimulando
a posterior deglutição.³
 O controle do tronco com a autonomia
de manter-se sentado facilita a
mobilidade dos braços e ombros, e a
criança pode desenvolver o movimento
de pinça com os dedos e pegar os
alimentos, aumentando sua autonomia
ao se alimentar.³
Lorena Lima, M7
ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR
O quadro acima é uma sugestão, elaborado a partir de recomendações atuais. A
amamentação pode continuar livre, e a criança acima de 12 meses já deve
receber 5 refeições diárias.²
 Quanto a consistência dos alimentos, para que eles forneçam 1,0 caloria por
grama é necessário que sejam do tipo papa ou purê- possuem maior densidade
energética assim. Por isso, os alimentos devem ser amassados com garfo, nunca
peneirados ou liquidificados, e cozidos em pouca água. Aos 8 meses as crianças
aceitam alimentos picados ou em pedaços pequenos. Aos 12 meses a maioria das
crianças já está apta a comer alimentos na consistência de adultos.²
 As crianças amamentadas desenvolvem o autocontrole de saciedade. É
importante que, após a introdução de alimentos complementares, os pais e
cuidadores não adotem esquemas rígidos de alimentação, como horários e
quantidades fixas, prêmios e ou castigos.²
Lorena Lima, M7
 O escolar (7 a 10) é uma transição
para a adolescência. É um período de
intensa atividade física, crescimento e
ganho de peso acentuado próximo ao
início do estirão.³
 A ingestão de energia e de macro e
micronutrientes deve ser suficiente para
suprir o crescimento e o
desenvolvimento, bem como para
manter a atividade física. É ideal a
oferta de cinco refeições diárias (café
da manhã, almoço, lanche escolar,
jantar e lanche da noite), com a
presença de todos os grupos
alimentares, enfatizando-se o consumo
de verduras, legumes e frutas.³ 
 A criança em idade escolar deve,
portanto, ser incentivada a desenvolver
uma alimentação saudável e a praticar
atividades físicas para garantir a
manutenção do crescimento e evitar o
excesso de peso causado pelo
desequilíbrio no balanço energético
corporal, o que pode levar a doenças
crônicas na idade adulta.³
Anamnese clínica e nutricional
(quantitativa e qualitativa)
Exame físico detalhado (verificação
de sinais clínicos relacionados a
distúrbios nutricionais)
Avaliação da composição corporal
(antropometria e exames)
Exames bioquímicos.
A avaliação nutricional na infância é
imprescindível para o acompanhamento
do desenvolvimento e crescimento
adequado na infância. Na avaliação
nutricional em pediatria, vários fatores
devem ser considerados:
 Para o pré-escolar (2 a 6 anos), a
demanda nutricional diminui visto que
seu crescimento é menor que da fase
anterior, porém é um importante fase no
desenvolvimento sociopsicomotor e
maturação biológica, em que a
alimentação tem papel fundamental. A
queda nas necessidade nutricionais
pode assustar os pais pois também
pode haver queda do apetite, mas é
algo fisiológico da idade, por isso a
necessidade do acompanhamento
profissional. É comum a neofobia,
dificuldade de experimentar novos
alimentos). ³
 As deficiências nutricionais mais
comuns nessa faixa etária são de ferro,
vitamina A, zinco e cálcio. Para evitar
essas carências, preconiza-se o
consumo de uma alimentação variada,
com a presença de todos os grupos
alimentares, distribuídos em 5 a 6
refeições diárias em horários fixos, com
intervalos de 2 a 3 horas. É importante
limitar a ingesta de açucares, excesso
de gorduras e sal pois podem levar a
doenças crônicas quanto adultos.³
Lorena Lima, M7
NUTRIÇÃO NA INFÂNCIA
 As necessidades energéticas dos adolescentessão estipuladas com a finalidade
de manter a saúde, promover ótimo crescimento e promover a prática de
atividade física. ³ 
 A distribuição de macronutrientes deve seguir o padrão de recomendação para
alimentação saudável, com carboidratos de 45 a 65% , proteínas de 10 a 30% e
lipídios de 25 a 35%. As necessidades proteicas são maiores do que as de
adultos, em função do fator crescimento. Embora sejam de grande importância
nessa faixa etária, essas recomendações proteicas são facilmente alcançadas,
principalmente entre os meninos.³
 Outro fator importante é o consumo de cálcio, pois nessa faixa etária (9 a 17
anos) ocorre o pico de formação da massa óssea, com obtenção de quase 50%
da massa óssea do adulto (acúmulo de cálcio triplicado). A necessidade
aumentada de muitas vitaminas e minerais nessa faixa etária é facilmente
alcançada por uma dieta saudável, pois as necessidades energéticas também
estão aumentadas.³
 Os fatores que levam a decisões alimentares nos adolescentes têm forte
influência da mídia, com a imposição de ideais de beleza, magreza e
composição corporal às vezes inatingíveis. As mudanças bruscas no corpo e a
busca por um ideal de beleza estereotipado pela mídia causam insatisfação e,
consequentemente, distúrbios alimentares. Um estudo realizado com adolescentes
na faixa etária de 14 a 19 anos em São Paulo relatou que 39% das adolescentes
eutróficas percebiam-se com sobrepeso e 47%, obesas.³
 O consumo alimentar dos adolescentes busca praticidade e palatabilidade,
portanto, quanto mais rápido o preparo e mais palatável seja o alimento, maior é
chance de esse alimento estar presente em sua rotina alimentar.³
Lorena Lima, M7
NUTRIÇÃO NA ADOLESCENCIA
 Recomenda-se a higiene da cavidade
bucal do bebê a partir da erupção do
primeiro dente decíduo, com fralda de
pano ou gaze limpa ou com uma escova
de dente umedecida em água filtrada
ou fervida, com a finalidade de se
estabelecer desde cedo o hábito da
higienização.²
 Enquanto a criança possuir apenas os
dentes anteriores, a higiene pode ser
feita com fralda ou gaze. Entretanto, a
partir do nascimento do primeiro dente
posterior, que ocorre entre 12 e 18
meses, é indispensável realizar a higiene
bucal (dentes e dorso da língua) com
uma escova dental de cabeça pequena,
cabo longo e cerdas macias.²
 Desde a erupção do primeiro dente e
durante os 4 primeiros anos de vida
orienta-se utilizar pouca quantidade de
creme dental, não superior a um grão
de arroz cru, por duas vezes ao dia, e
deve-se ensinar a criança a não engolir
a espuma do creme dental, já que o
excesso pode provocar a fluorose.²
 Dos quatro aos oito anos, a quantidade
de creme dental em cada escovação
pode ser um pouco maior: o equivalente
a um grão de ervilha. Os pais e
responsáveis devem higienizar a
cavidade bucal da criança até que ela
aprenda a escovar corretamente
sozinha e saiba cuspir o creme dental.²
 A limpeza dos dentes, antes de dormir,
é a mais importante sob o ponto de
vista de prevenção da cárie. Enquanto
a criança ainda mamar, deve-se fazer a
limpeza noturna dos dentes após a
última mamada.²
Lorena Lima, M7
HIGIENE E SAÚDE BUCAL DENTIÇÃO
 Ao nascimento, os dentes decíduos
estão em diferentes fases de
desenvolvimento. Nesse momento, os
primeiros molares permanentes já estão
em processo de mineralização, fato que
inicia no final do período gestacional.
 O irrompimento dos dentes decíduos
inicia‐se, normalmente, por volta dos 6
meses de idade, sendo os primeiros
dentes os incisivos centrais inferiores. Em
uma sequência normal, os próximos
dentes são os incisivos centrais
superiores; os incisivos laterais
inferiores,seguidos dos superiores; os
primeiros molares inferiores, seguidos
dos superiores; os caninos inferior e
superior; e, por fim, os segundos molares
inferiores, seguidos pelos superiores. A
erupção dos dentes decíduos é
finalizada por volta dos 3 anos de
idade. (6)
REFERÊNCIAS
1- Tratado de Fisiologia, Guyton
2- Manual do Aleitamento Materno, MS
3- Tratado de Nutrição e Dietoterapia, Rossi
4- Tratado de Pediatria, SBP, 3edição
5- Alimentação infantil: Bases Fisiológicas, IBFAN Brasil e Instituto Saúde
6- Manual de Odontologia para bebês, Walter
Lorena Lima, M7

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