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COORDENADORA: NAIRA FAUSTO ENXURRADA CONTAMINADA T.S., sexo masculino, 29 anos, sem comorbidades, morador do Brindes, ficou ilhado em seu carro após chuva torrencial, tendo de abandonar o veículo por medo de afogamento. Cerca de 10 dias depois, iniciou com quadro de cefaleia, febre, astenia, hiporexia e mialgia, sobretudo, nas panturrilhas. Passou por consulta na ESF onde recebeu diagnóstico de infecção viral inespecífica, evoluindo com melhora do quadro. Após 2 dias, apresentou retorno do quadro de cefaleia intensa, vômitos, icterícia e hemoptise, sendo admitido no hospital e encaminhado para o CTI com quadro de icterícia e insuficiência renal. Imediatamente foram iniciados hemodiálise e antibioticoterapia com Penicilina G. Apesar de o paciente ter sido acometido de forma isolada, o médico ressaltou a importância da notificação para a prevenção de um surto ou até mesmo de uma epidemia, sobretudo nas áreas mais periféricas da cidade. OBJETIVOS DESCREVER conceito, epidemiologia e fatores de risco da Leptospirose. DESCREVER a etiologia e transmissão da Leptospirose. EXPLICAR a fisiopatologia considerando o quadro clínico da Leptospirose. DESCREVER os exames diagnósticos e os diagnósticos diferenciais da Leptospirose. DESCREVER o tratamento, seguimento, prognóstico, profilaxia e notificação da Leptospirose. DEFINIÇÃO É uma doença infecciosa febril aguda caracterizada por amplo espectro clínico. Considerada uma zoonose muito importante, causada por uma bactéria do gênero Leptospira. EPIDEMIOLOGIA Distribuição universal; 10 mil casos notificados anualmente; No Brasil, incidência é maior de janeiro a abril; Faixa etária mais atingida: adultos jovens; Sexo masculino; Letalidade em torno de 15%. EPIDEMIOLOGIA FATORES DE RISCO Situações de risco: Profissões de risco: TRANSMISSÃO Sangue, tecidos, órgãos ou urina de animais infectados; Transplacentária; Acidentes em laboratório; Mordeduras de rato. AGENTE ETIOLÓGICO Leptospira interrogans Bactéria helicoidal, aeróbica obrigatória, flexível e móvel; Elevada capacidade de sobreviver no meio ambiente; Mais de 200 sorotipos. Rattus norvegicus; Rattus rattus; Mus musculus. Roedores: RESERVATÓRIOS Caninos; Bovinos; Equinos; Suínos. Outros: C IC L O B IO L Ó G IC O Invasão do patógeno INFECÇÃO Proteína LfhA Proteínas Lig A e Lig B RESISTÊNCIA À RESPOSTA IMUNE Via hematogênica DISSEMINAÇÃO DANOS Endotelial e Celular FISIOPATOLOGIA Resposta Th1- TNF-alfa Resposta Th2 MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS FORMA ANICTÉRICA FORMA Ictérica FORMA ANICTÉRICA 1ª fase Leptospiremia: 2ª fase Imune: Febre CalafriosCefaleia Mialgia intensa Naúseas e vômitos Meningite asséptica Uveíte FORMA ICTÉRICA OU SÍNDROME DE WEIL Icterícia rubínica Insuficiência Renal Aguda Fenômenos Hemorrágicos Dengue; Influenza; Malária; Toxoplasmose; Febre tifoide; Febre amarela; Hepatites virais agudas; Pielonefrite aguda; Meningites e outros. DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DIAGNÓSTICO Exames específicos Cultura PCR Microaglutinação ELISA Macroaglutinação Anamnese e exame físico DIAGNÓSTICO Exames inespecíficos Hemograma Coagulograma Eletrocardiograma Função Hepática Função Renal TRATAMENTO Terapia antibiótica medidas de suporte Amoxicilina ou Doxiciclina Penincilina cristalina ou Ceftriaxone Reposição volêmica Hemodiálise Intubação Ventilação Critérios de cura: Melhora do quadro clínico. Prognóstico: Geralmente é autolimitada. Evitar contato com água ou solo contaminado Uso de botas e luvas na manipulação de lixo ou água Rede de esgoto adequada Canalização de córregos Coleta e destino adequado para o lixo Campanhas educacionais Controle de reservatórios PROFILAXIA OBRIGADA PELA ATENÇÃO COORDENADORA: NAIRA FAUSTO
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