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Ciência do Ambiente - Ecossistemas Costeiros

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BIOMAS BRASILEIROS
ECOSSISTEMAS COSTEIROS
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COSTÃO ROCHOSO
É o nome dado ao ambiente costeiro formado por rochas situado na transição entre os meios terrestre e aquático.
 
É considerado muito mais uma extensão do ambiente marinho que do terrestre, uma vez que a maioria dos organismos que o habitam, estão relacionados ao mar.  
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Vista aérea de uma baía formada por costa rochosa: Fernando de Noronha, PE                  Foto: Fabiana Carvalhal 
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No Brasil, suas rochas possuem origem vulcânica e são estruturadas de diversas maneiras. 
É um ambiente extremamente heterogêneo: pode ser formado por paredões verticais bastante uniformes, que estendem-se muitos metros acima e abaixo da superfície da água (ex. a Ilha de Trindade) ou por matacões de rocha fragmentada de pequena inclinação (ex. a costa de Ubatuba/SP) 
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No Brasil, pode-se encontrar costões rochosos por quase toda a costa. Seu limite de ocorrência ao Sul se dá em Torres (RS) e ao Norte, na Baía de São Marcos (MA) sendo que a maior concentração deste ambiente está na região Sudeste, onde a costa é bastante recortada. 
Á partir da observação da fisiografia da costa do Brasil, pode-se estabelecer uma relação entre a ocorrência de costões rochosos e a proximidade das serras em relação ao Oceano Atlântico.
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O costão rochoso pode ser modelado por aspectos físicos, químicos e biológicos.
Físicos: batimentos de ondas, chuva e vento
Químicos: reações dos minerais com a água
Biológicos: atuação de organismos vivos
 O ecossistema costão rochoso pode ser muito complexo e, normalmente, quanto maior a complexidade, maior a diversidade de organismos em um determinado ambiente.
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Existem dois modelos básicos de Costão:
Costão exposto
Costão protegido
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Costão Exposto
Costões mais expostos (batidos) são aqueles que recebem maior impacto de ondas, são pouco fragmentados, freqüentemente apresentando-se na forma de paredões lisos. Por isso, apresentam uma diversidade de habitats muito menor que os costões menos expostos às ondas.
 A desvantagem do elevado grau de hidrodinamismo é que o embate de ondas é um dos principais responsáveis pela mortalidade de organismos mais frágeis nos costões.
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Parque Estadual da Ilha Anchieta, Ubatuba - SP      Foto: Fabiana Carvalhal 
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Costão protegido
Um costão protegido está localizado em regiões de baixo hidrodinamismo, ou seja, locais onde o embate de ondas é suave. É bastante fragmentado, dificultando a formação de zonas muito definidas. 
Apresenta alto nível de complexidade, resultando numa grande riqueza de espécies associadas. 
Organismos maiores que os de costão exposto, como algas com talos bem desenvolvidos e com abundante biota epífita (algas, briozoários, esponjas, vermes, etc.) conseguem viver ali. 
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RESTINGA
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Conceito
Restingas são planícies litorâneas arenosas de idade quaternária existentes ao longo da costa brasileira resultaram da ação conjunta de fatores como fontes de areia, correntes de deriva litorânea, variações do nível relativo do mar e armadilhas para retenção de sedimentos (Suguio & Tessler 1984).
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Elas estão quase sempre relacionadas a cordões litorâneos regressivos paralelos à linha de praia, conseqüência de elevações e abaixamentos do nível do oceano.
Essas planícies de cordões arenosos são, geralmente, ocupadas por comunidades vegetais características e diversificadas, resultado de fatores ambientais locais, como topografia proximidade do mar, condições do solo, profundidade do lençol freático.
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Além dessas feições associadas aos diferentes tipos de vegetação, deve ser mencionada a presença de inúmeras lagoas, normalmente associadas às depressões entre cordões, à chegada de pequenos córregos ou à localização superficial do lençol freático.
A região norte fluminense apresenta uma extensa área de restinga no sudeste brasileiro (300 km2). Com uma importante area representada pelo Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba
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Componente biótico
A restinga apresenta diversas formações fisionômicas:
Faixa litorânea: junto à praia, formada por vegetação rasteira com raízes entrelaçante.
Faixa pós praia: formada por vegetação arbustiva e grande quantidade de bromeliáceas.
Faixa de brejo: proximidades das lagoas
Faixa de mata: 
Permanentemente inundada
Temporariamente inundada
Seca
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Impactos
Desmatamento:
Carvão
Madeira
Agropecuária
Crescimento urbano e especulação imobiliária
Desmatamento; poluição (lagoas e lençol freático, lixo, eutrofização); veículos
Retirada de areia
Tráfico de animais e plantas silvestres
Aterros e drenagens
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MANGUEZAL
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DEFINIÇÃO
O Manguezal é um importante ecossistema, caracteriza-se por ser um ambiente de transição entre os ambientes marinho, dulcícola e terrestre, com propriedades e caracteristícas particulares onde se desenvolvem espécies extremamente adaptadas as constantes flutuações fisico-químicas geradas pela dinâmica das marés 
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IMPORTÂNCIA
Considerado um berçário de vida para várias espécies, muitas de interesse econômico.
 com sua localização estratégica e arquitetura de suas árvores, funcionam como verdadeiros quebra-mares contra as intempéries oceânicas protegendo tanto a região costeira quanto a bacia de drenagem adjacente contra a erosão (SEMADS, 2001) 
Sendo uma área natural de inundação, os mangues garantem a proteção de áreas ribeirinhas contra as enchentes, preservando os campos cultiváveis ao seu redor.
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VEGETAÇÃO
O Manguezal é composto por plantas lenhosas, mas também existem espécies herbáceas epífitas e aquáticas 
A maioria das angiospermas, típicas do manguezal apresentam reprodução por viviparidade (as sementes permanecem na árvore mãe até se transformarem em embriões), conhecidas como propágulos
Existem cerca de cinqüenta espécies de árvores de mangue, sendo que no Brasil, só sete.
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Principais árvores de Mangue
Rhizophora mangle (Mangue-Vermelho): É a espécie mais conhecida ao longo do Litoral Brasileiro, por apresentar características exóticas bem aparentes. É uma árvore de casca lisa e clara, que ao ser raspada mostra cor vermelha. Suas raízes escoras são visíveis a longas distâncias e crescem rapidamente para atingir o solo lamoso e dar estabilidade à planta. O sistema radicular é formado por raízes chamadas rizóforos e possui membranas permeáveis que filtram a água, não permitindo a passagem do sal para o interior da planta. 
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Lagunculária racemosa (Mangue-Branco, mangue verdadeiro) É uma árvore pequena cujas folhas têm pecíolo vermelho com duas glândulas em sua parte superior, junto à lâmina da folha. Apresenta pneumatóforos menores do que os da Avicennia em média 10 cm de altura. É a espécie mais utilizada pelo caranguejo-uçá, para o cultivo de fungos e microorganismos, depois do apodrecimento das folhas no interior das tocas 
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Avicennia schaueriana (Conhecida também como Siriba, siriúba ou mangue preto): É uma árvore de casca lisa castanho-claro, que quando raspada mostra cor amarelada e apresenta folhas esbranquiçadas por baixo devido a presença de pequenas escamas. Localiza-se geralmente na parte protegida do manguezal, próxima a interface entre a água e a terra. Esse gênero é mais tolerante ás altas salinidades, elimina o sal do interior da planta através de estômatos localizados na superfície das folhas. O sistema radicular desenvolve-se horizontalmente, a poucos centímetros da superfície da lama e dessas raízes axiais saem ramificações que crescem eretas (aéreas), conhecidas como pneumatóforos, com a função de fazer a troca gasosa entre a planta e o meio ambiente 
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Outras formas vegetais
O algodoeiro da praia ou embirra do mangue gênero Hybiscus, é um arbustos ramificado, com folhas em forma de coração, flores grandes e vistosas de cor amarelada. É uma planta muito usada na arborização de ruas nas cidades litorâneas. O algodoeiro de praia ocorre nos limites interiores do manguezal, em substratos mais firme e sob
menor influência da água do mar. 
A Samambaia do mangue ou avenca, gênero Acrostichum, é uma terrestre cujas frondes (ou folhas) podem chegar a 2 m de comprimento. 
Quando a maré está baixa pode-se ver o praturá, gramínea do gênero Spartina, muito comum associada aos manguezais; assim como algumas ciperáceas (Scirpus, Eleocharis, Grenea). Geralmente forma uma franja frontal, entre o rio e o manguezal propriamente dito. 
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Fauna
 Como é típico dos manguezais, é muito difícil identificar uma fauna exclusiva desse ecossistema. 
A maior parte das espécies de animais que ocorrem em manguezais também ocorrem em outros sistemas costeiros, como lagunas e estuários. 
Entretanto alguns desses animais têm suas maiores população em áreas de manguezal, sendo portanto típico, mais não exclusivo desses ecossistemas.
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Os manguezais abrigam uma grande variedade de animais provenientes dos ambientes terrestre, marinho de água doce podendo variar desde alguns mm, até dezenas de cm, destacando-se : 
Os moluscos: Muitos moluscos vivem enterrados na lama, como é o caso dos sururus, enquanto que outros se fixam às raízes do mangue, como as ostras, e outros ainda se encontram em galerias cavadas em pedaços de madeira, os turus. Podemos citar também como moluscos residentes no ambiente de manguezal, as lambretas, búzios, mexilhão, cracas; 
Os crustáceos: Dentre os crustáceos, o mais conhecido é o caranguejo (Ucides cordatus), e também os siris, tanto o azul quanto o vermelho. Os camarões, pitus, também são importantes no manguezal; 
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As aves: O manguezal é um verdadeiro santuário de aves que vivem parte de sua vida nos manguezais, principalmente as migratórias (aquelas que estão sempre migrando de um lugar para outro) encontram nos mangues proteção para descansar e se reproduzir, tais como, as garças, os guarás, os falcões, biguás, etc; 
Os anfíbios: No manguezal os anfíbios encontram refúgio e alimento, dentre outros citamos os sapos, rãs e jias; 
Os Répteis: Os Répteis que podem ser encontrados nos manguezais são os cágados e os jacarés ; 
Os Insetos: Existem uma infinidade de insetos nos manguezais, os mais importantes são as mutucas, os maruins, mosquitos e as abelhas, que inclusive estão sendo muito aproveitadas para a apicultura nos bosques e Avicennia. 
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Os Peixes: Os peixes podem passar toda a sua vida no manguezal, apenas uma fase ou apenas fazer migrações diárias de acordo com as mares, ou até mesmo fazer migrações semanárias, mensais ou anuais para a reprodução. Dentre as espécies, temos a sardinha, bagre, robalos, tainhas, baiacus, anchovas e outros; 
Os mamíferos: Os mamíferos representam uma fauna diversificada dentro dos manguezais. Muitos visitam a noite, à procura de alimento. Morcegos, macacos, guaxinins, capivaras e outros 
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A fauna no manguezal pode ser dividida em dois grupos, de acordo com o tempo que passa neste ecossistema:
Residentes
Semi-residentes
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IMPACTOS
Transformação de suas áreas em pasto e moradia para as pessoas;
Erosão e formação de bancos de areia devido à remoção da cobertura vegetal; 
Deposição inadequada de resíduos sólidos;
Despejo de esgoto in natura, devido a ocupação indevida.
 Barragens ao longo do Rio, com diminuição do seu volume d’água;
Construção de estradas, com aterramento e remoção de vegetação nativa 
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Uso de apetrechos proíbido, como a redinha, para a captura de espécies nativas e pesca predatória; 
Captura exagerada de caranguejos jovens para isca de peruá e comercialização; 
Vazamento de petróleo; 
Dejetos industriais, metais pesados;
Agrotóxicos;

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