Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Beatriz Erdtmann Silveira – Medicina UniFacimed – TXIX Agressão e defesa I – Prof. Luís Fernando – Aula 12 MHC e apresentação de antígenos aos linfócitos T Genes MHC codificam proteínas MHC, sendo elas proteínas de histocompatibilidade, com a capacidade de permitir a apresentação de antígenos Diferentes tipos de células atuam como APC para ativar células T virgens e células T efetoras previamente diferenciadas As células dendríticas, os macrófagos e os linfócitos B expressam moléculas de MHC de classe II e outras moléculas envolvidas na estimulação das células T e, portanto, são capazes de ativar linfócitos T CD4 Célula B ativada pode ser uma célula apresentadora de antígeno da imunidade adaptativa, externalizando em sua membrana o MHC de classe II, apresentando para o T CD4 • IgD e IgM como marcador de membrana Célula dendrítica (CD) é uma das principais APC, fazendo a ponte entre a imunidade inata e a adaptativa • Migra para os órgãos linfoides e induz a ativação de células efetoras • Célula dendrítica expressa MHC de classe II Macrófago expressa MHC de classe II, permitindo apresentação para célula T CD4, induzindo expansão clonal MHC de classe II só apresenta para linfócito T CD4 (vermelha na foto) MHC de classe I só apresenta para linfócito T CD8 Coestimuladores – moléculas das APC ligadas à membrana que servem para ativar as células T As APC secretam citocinas que podem desempenhar funções críticas na diferenciação de células T em células efetoras A função de apresentação de antígeno das APC é intensificada pela exposição a produtos microbianos Adjuvantes – produtos de microrganismos que aumentam a expressão de coestimuladores e citocinas, bem como as funções de apresentação de antígeno das APC Interferon potencializa a fagocitose do macrófago, estimulando, indiretamente, a expressão de MHC 2 Beatriz Erdtmann Silveira – Medicina UniFacimed – TXIX Quanto mais virulento é o agente patológico maior é a sua capacidade de evadir e cair na corrente sanguínea Placas de Payer do íleo e as tonsilas faríngeas são órgãos linfoides de mucosas capazes de coletar o conteúdo luminal, tendo acesso ao material antigênico 2 tipos de células dendríticas importantes: • Convencionais (mieloide) – indução de respostas das células T contra a maioria dos antígenos • Plasmocitóides – imunidade inata e indução das respostas das células T contra vírus TNF e IL-6 são as principais citocinas produzidas pelas CD convencionais • Atuante na fase aguda • Imunidade inata Interferon do tipo I é a principal citocina produzida pelas CD plasmocitoides • Infecções intracelulares As CD em estado imaturo são capazes de capturas antígenos, mas não de ativar as células T, função essa que é realizada quando elas estão maduras • CD maduras expressam altos níveis de moléculas de MHC com peptídeos ligados, bem como coestimuladores necessários para a ativação das células T CD em repouso = com baixa expressão de MHC • Baixa necessidade de apresentar antígeno Apresentação cruzada – CD especializadas ingerem células infectadas por vírus ou fragmentos celulares e apresentam antígenos dessas células aos linfócitos T CD8 Fenda do MHC = resíduos polimórficos • Onde o patógeno é externalizado VIAS DO MHC Via do MHC de classe I – antígenos proteicos no citosol são processados por proteassomos, formando peptídeos, que são transportados até o RE para se ligar a moléculas de MHC de classe I Via do MHC de classe II – antígenos proteicos extracelulares sofrem endocitose em vesículas, onde os antígenos são processados (degradação enzimática), e os peptídeos ligam-se a moléculas de MHC de classe II 3 Beatriz Erdtmann Silveira – Medicina UniFacimed – TXIX Ambas as vias garantem que as proteínas de microrganismos extracelulares produzam preferencialmente moléculas do MHC de classe II para reconhecimento pelas células T CD4 auxiliares, que ativam mecanismos efetores para a eliminação de microrganismos extracelulares Proteassoma – processa e transporta a proteína citosólica até o retículo endoplasmático (RE), onde as moléculas de MHC de classe I recém- sintetizadas estão disponíveis para a ligação dos peptídeos TAP – possibilita o conteúdo proteico processado ser colocado dentro do RE. Ou seja, realizada o transporte das proteínas de forma ativa dependente de ATP Tapasina – associa-se a TAP dentro do RE, fazendo com que o transportador TAP forme um complexo com as moléculas do MHC de classe I que estão aguardando a chegada de peptídeos A cadeia invariante – protege (bloqueia) a fenda do MHC de classe II, deixando-o inativo, pois impede que ele aceite qualquer peptídeo
Compartilhar