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SEMIOLOGIA DO ABDOME

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SEMIOLOGIA DO 
ABDOME 
MARÍLIA GOUVEIA FERREIRA MAIA 
1.2021 
Semiologia do Abdome 
CONSIDERAÇÕES GERAIS 
• Paciente despido e em ambiente com boa 
iluminação 
• Limites do abdome 
o Externo 
o Superior – apêndice xifoide + arcada 
costal + coluna vertebral + bacia 
o Inferior – base do sacro + cristas ilíacas 
+ crista pubiana 
o Interno 
o Superior – diafragma 
o Inferior – estreito inferior 
SEMIOLOGIA 
• Inspecionar a forma e cicatrizes 
• Auscultar os RHA, aorta e artérias renais 
• Palpação superficial dos 4 quadrantes 
• Palpação profunda dos 4 quadrantes 
• Avaliação dos sinais de irritação peritoneal 
• Palpação do fígado (hepatimetria) 
• Avaliação da vesícula biliar 
• Palpação do baço 
• Palpação dos linfonodos inguinais 
• Avaliação da aorta e das artérias femorais 
• Testes para ascite 
• Avaliação renal 
Inspeção 
• Forma normal 
• Lesões cutâneas 
• Forma anormal 
• Abaulamentos: súbito/progressivo; 
localizado/global; idade; conteúdo 
• Depressões 
• Ondas peristálticas visíveis 
• Respiração 
• Circulação colateral 
• Cicatriz umbilical 
Palpação 
• Fígado – simples, bimanual ou Fleckel e Mathieu 
ou em garra 
• Baço – simples ou bimanual 
• Rim – lactentes e outras idades 
• Palpação hepática 
o Hepatimetria – entre 6-12 centímetros 
na linha hemiclavicular direita e 4-8 cm 
na linha média esternal 
o Lemos torres – palpação da borda do 
fígado 
o Mathieu – em garra – espessura e 
textura do fígado 
• Palpação do baço 
o Bordas e tamanho do baço 
o Manobra de Schuster – decúbito lateral 
direito 
• Palpação do rim 
o Decúbito dorsal 
o Tamanho do rim e presença da cápsula 
renal 
o Possível somente no rim direito (mais 
inferiorizado) 
o Percussão dolorosa – Manobra de 
Giordanno – punho percussão 
Percussão 
• Método digito-digital 
• Som normal – timpanismo 
• Som de órgão maciço – zona hepática, espaço 
de Traube ocupado (6º-10º espaços intercostais 
esquerdos), vísceras aumentadas, vísceras 
sólidas aumentadas, vísceras ocas repletas de 
líquidos, ascite 
• Hipertimpanismo – aerofagia com meteorismo 
Ausculta 
• Burburinhos – gases e líquidos passando por 
dobras intestinais 
• Peristaltismo de luta – obstrução 
• Pós-operatório – retorno dos movimentos 
• Massas – aneurismas arteriais 
SÍNDROME COM ASCITE 
• Inspeção geral – palidez cutânea, edema 
palpebral e membros, clínica cardiocirculatória 
• Inspeção abdominal – abaulamento global ou 
nos flancos, protusão da cicatriz umbilical 
• Palpação superficial – cacifo, tensão aumentada 
em função do volume, Piparote positivo 
• Palpação profunda – técnicas do rechaço 
• Percussão 
o Grande volume – macicez 
o Volume moderado – macicez de declive 
ou de decúbito 
• Ausculta – incaracterística, RHA ausentes 
SÍNDROME IRRITAÇÃO PERITONEAL 
• Inspeção geral – fácies de dor ou apreensão, 
marcha com flexão de tronco, respiração 
torácica e rápida, comprometimento sistêmico 
nos graves 
• Inspeção abdominal – geralmente abaulamento 
localizado e, por vezes, generalizado 
• Palpação superficial – aumento da tensão só na 
localização da massa ou em todo abdome 
• Palpação profunda – caracterização de órgão ou 
massa 
• Percussão – macicez no local do processo 
expansivo 
• Ausculta – incaracterística 
Semiologia do Sistema 
Urinário 
CONSIDERAÇÕES GERAIS 
• Sinais e sintomas 
• Alterações da micção 
• Volume e ritmo urinário 
• Alterações das características da urina 
• Dor abdominal 
• Febre 
• Edema 
ALTERAÇÕES DA MICÇÃO, VOLUME E 
RITMO URINÁRIO 
• Em condições normais de saúde, uma pessoa 
adulta elimina de 800 a 2500 mL de urina/dia 
• A capacidade da bexiga normal é de 350 a 450 
mL 
• Alterações 
o Oligúria, anúria, poliúria, disúria, 
urgência miccional, polaciúria, noctúria, 
retenção urinária, incontinência urinária 
• Odor 
• Urina turva – presença de depósitos 
esbranquiçados – pus ou proteínas 
Oligúria e Anúria 
• Oligúria – excreção de volume urinário inferior a 
400 mL/dia ou 20 mL/h 
o Causas – redução do fluxo sanguíneo 
renal – desidratação, hemorragia, 
choque, insuficiência cardíaca, 
infecções 
• Anúria – diurese inferior a 100 mL em 24 horas 
ou ausência de diurese 
o Causas – obstrução bilateral das artérias 
renais ou ureteres, necrose cortical 
bilateral, sepse 
Urgência Miccional e Polaciúria 
• Urgência Miccional – corresponde à 
necessidade súbita e imperiosa de urinar, 
podendo haver esvaziamento involuntário da 
bexiga 
• Polaciúria – necessidade de urinar ocorre 
repetidas vezes, com intervalo entre as micções 
inferior a 2 h e sem que haja concomitante 
aumento do volume urinário 
o Causas – infeções, cálculos, obstrução 
urinária, alterações neurológicas, frio, 
ansiedade 
Retenção Urinária e Incontinência 
Urinária 
• Retenção Urinária – incapacidade de esvaziar a 
bexiga, apesar de os rins estarem produzindo 
urina normalmente e o indivíduo apresentar 
desejo de esvaziá-la 
o Causas – obstruções do nível da uretra 
ou colo vesical 
• Incontinência Urinária – eliminação involuntária 
da urina, sendo normal em crianças de até um 
ano e meio de idade 
o Causas – bexiga neurogênica, cistites, 
hiperplasia prostática benigna 
Noctúria 
• Ocorre quando o ritmo de diurese se altera, 
ocasionando a necessidade de esvaziar a bexiga 
durante a noite 
• Reflete os pacientes que retêm líquidos durante 
o dia, principalmente nos MMII (ICC, cirróticos, 
IRC) 
o Quando eles se deitam a noite, o 
excesso de líquido retido retorna à 
circulação, resultando em aumento de 
diurese 
Hematúria 
• Presença de sangue na urina, podendo ser 
macro ou microscópica 
• Total – sangramento das estruturas acima do 
colo vesical 
• Inicial – lesões localizadas entre a uretra distal e 
o colo vesical 
• Terminal – lesões no trígono vesical 
Hemoglobinúria 
• Presença de hemoglobina livre na urina, sendo 
esta condição associada com crises de hemólise 
intravascular 
Mioglobinúria 
• Presença de mioglobina na urina, decorrente da 
destruição muscular maciça 
Porfiriúria 
• Consequente da eliminação de porfirinas ou de 
seus precursores, os quais produzem coloração 
vermelho-vinhosa 
DOR LOMBAR 
• O parênquima renal é insensível, porém a 
distensão da cápsula renal pode ocasionar dor, 
que é recebida no flanco ou lombar 
• Piora com o movimento 
• Padrão de dor lancinante ou padrão de cólica, 
associada a sintomas constitucionais 
EDEMA 
• Periorbitário ou em MMII (principalmente à 
noite) 
• Pode evoluir com anasarca e ascite 
• Decorre da retenção de sódio e água ou da 
redução da pressão oncótica 
EXAME FÍSICO 
• Inspeção e palpação do abdome, flancos e dorso 
• Sinal de Giordano 
• Comumente, os rins são impalpáveis (exceto em 
crianças) – quando palpáveis, geralmente estão 
com volume aumentado 
Semiologia do Fígado 
CIRROSE HEPÁTICA 
• Causas mais frequentes – álcool, hepatite 
crônica B ou C, fígado gordo não alcóolico 
• Fatores de risco – obesidade, diabetes mellitus, 
hipertrigliridemia e by-pass jejun-ileal 
• Cirrose biliar 
• Hemocromatose 
• Causas mais raras – hepatite crônica autoimune, 
medicamentos, doenças metabólicas genéticas, 
infeções, cardíaca, Doença de Rendu-Oster-
Weber, doenças veno-oclusivas 
Clínica 
• Forma assintomática (40%) 
o Exame clínico de rotina 
o Alterações persistentes da função 
hepática 
o Autópsia 
• Forma sintomática 
o Manifestações gerais – astenia, 
anorexia, emagrecimento, perda de 
massa muscular, osteoporose 
o Manifestações decorrentes da 
disfunção hepatocelular e disrupção 
parênquima hepático (hipertensão 
portal > 30 mmH2O) – icterícia, prurido, 
equimoses fáceis, edemas MMII 
o Descompensação – ascite e peritonite 
bacteriana espontânea, síndrome 
hepatorrenal, encefalopatia e 
hemorragia GI 
Exame Físico 
• Icterícia 
• Ascite e edema bilateral dos MMII e MMSS 
• Circulação venosa colateral na paredeabdominal – “caput medusa” 
• Sopro de Curveilher-Baumgarten 
• Hepatomegalia 
• Esplenomegalia 
• Asterix 
• Faetor hepaticus 
• Aranhas vascular e telangiectasias 
• Eritema palmar 
• Ginecomastia, rarefação pilosa 
• Viralização 
• Atrofia testicular 
• Contratura de Dupreytren 
• Alterações ungueais – unhas de Muechrckes e 
unhas de Terry 
• Osteoartropatia hipertrófica 
• Anéis de Kayser-Fleisher 
Laboratório 
• Hemograma com plaquetas 
• Transaminases (AST e ALT) 
• Y glutamil-transpeptidase 
• Fosfatase alcalina 
• Bilirrubina total, direta e indireta 
• Amônia 
• Eletroforese proteínas 
• Tempo de protrombina 
• Alfa feto-proteína 
Imaginologia 
• Ecografia abdominal com doppler 
• Tomografia computadorizada 
• Ressonância magnética 
• Angio-ressonância magnética 
• Outros exames 
o Endoscopia digestiva alta 
o Biopsia hepática 
ASCITE 
• Cirrose hepática (80%) 
• Neoplasia (10%) 
• Insuficiência cardíaca (3%) 
• Tuberculose (2%) 
• Pancreatite (1%) 
Laboratório 
• Contagem de células total e diferencial 
• Proteínas totais 
• Albumina 
o > 1,1 g/dL – hipertensão portal 
o < 1,1 g/dL – carcinomatose peritoneal, 
peritonite tuberculosa, ascite 
pancreática, outras 
• Exame bacteriológico direto e cultural 
• Amilose – ascite pancreática 
• Bilirrubina – ascite biliar 
• Triglicerídeos – ascite quilosa 
• Glicose e LDH – peritonite bacteriana 
• Pesquisa de BAAR – tuberculose peritoneal 
• Citologia – ascite maligna 
Terapêutica 
• Grau I – pequeno volume 
o Restrição de sódio 
• Grau II – volume moderado 
o Repouso no leito 
o Restrição de sódio moderada (2 g/dia) 
o Espironolactona (100 a 200 mg/dia) 
o Furosemida (20 a 40 mg/dia) 
• Grau III – volume grande 
o Paracentese 
o Expansão do volume – albumina, 
dextranos, coloides 
• Refratária – shunt, transplante 
PERITONITE BACTERIANA ESPONTÂNEA 
• Assintomática ou febre 
• Dor abdominal 
• Choque 
• Líquido ascítico 
o Exame bacteriológico cultural 
o Contagem de neutrófilos >250 mm3 – 
AB tx e profilático) 
SÍNDROME HEPATORRENAL 
• Tipo I – IR rapidamente progressiva 
• Tipo II – IR estável ou lentamente progressiva 
ENCEFALOPATIA HEPÁTICA 
• Disfunção hepatocelular e/ou shunt porto-
sistêmico com acúmulo de tóxicos (amônia, 
mecaptanos) e aumento da permeabilidade da 
barreira hematocefálica 
• Precipitantes – aumento azoto (hemorragia GI, 
ingesta proteica, obstipação, azotemia), 
desequilíbrio hidroeletrolítico (hipovolemia, 
hipóxia, hipocalicemia, alcalose), drogas 
(diuréticas, sedativas), infecção, cirurgia, 
agressão hepática adicional 
Clínica 
• Aguda ou crônica 
• Fator hepático 
• Alterações comportamento e personalidade 
• Alterações consciência 
• Asterixis -hiperreflexia, rigidez, convulsões 
• EEG característico 
HEMORRAGIA GI 
• Cirrose hepática – evolução 
• Critérios de gravidade 
o SCORE de Meld – utilizado para 
encaminhar paciente precocemente ao 
transplante 
o SCORE de Child – utiliza variáveis 
clínicas para definir prognóstico e risco 
de complicações do paciente 
Abdome Agudo 
• Dor intensa com duração superior a 6 horas que 
ocorre em indivíduo previamente saudável 
• Requer diagnóstico e tratamentos agressivos, 
geralmente cirúrgico 
• A acurácia diagnóstica é essencial para o 
tratamento correto, o que pode evitar a morte 
do paciente 
• A doença que está gerando a dor abdominal 
pode ser 
o Resolução espontânea com 
pouco/nenhum tratamento - GECA 
o Progredir para peritonite generalizada e 
óbito – víscera perfurada 
• A história e o exame físico são cruciais para o 
diagnóstico, que se confirma com exames 
laboratoriais e exames de imagem 
Anatomia e Fisiologia da Dor 
Visceral 
• A dor visceral chega ao SNC por 3 rotas 
o Nn. Parassimpáticos 
o Nn. Simpáticos 
o Nn. Somáticos que inervam a parede 
abdominal e o diafragma 
• Reflexos viscerais e sensações orgânicas – nn. 
Parassimpáticos aferentes 
• Dor visceral – nn. Simpáticos 
• Pelve/esôfago/traqueia – n. vago e nn. Pélvicos 
Dor Referida 
• Não é no órgão principal 
• É a dor de estruturas viscerais que ocorre 
distante do órgão envolvido 
o Dor no ombro – colecistite aguda 
o Dor na região da coluna torácica – 
úlcera duodenal 
• Explicação 
o Migração caudal do diafragma durante 
a embriogênese – irritação do 
diafragma = dor ombro e pescoço 
o Duodeno posterior próximo ao 
pâncreas – irritação = dor na região da 
coluna torácica = úlcera duodenal 
Anamnese do Abdome Agudo 
• Dor abdominal 
• Início súbito ou gradual? 
• Progride para maior gravidade? 
• Localização 
• Dor andar superior do abdome – UPGD, 
colecistite aguda, pancreatite 
• Dor andar inferior do abdome – cisto ovário 
roto, diverticulite perfurada 
• Dor lombar irradiada para região inguinal – 
cólica néfrica 
• Dor súbita e intensa no tórax e interescapular, 
estende para o abdome e para extremidades 
(MMII e MMSS) – aneurisma dissecante aorta 
torácica 
• Vômitos – colecistite, obstrução intestino 
delgado 
• Anorexia 
• Alteração hábito intestinal 
o Diarreia – GECA/HIV 
o Constipação = obstrução intestinal 
o Menstruação 
o Cirurgias prévias 
o História familiar 
o Revisão sistêmica 
Exame Físico de Abdome Agudo 
• Sinais vitais 
o Hipotensão 
o Taquicardia 
o Desidratação 
• Inspeção 
• Ausculta – RHA presentes (normal) ou ausentes 
• Percussão – meteorismo exagerado, ausência de 
macicez hepática (pneumoperitôneo), presença 
de líquido na cavidade abdominal 
• Palpação – avaliação da dor, presença de 
massas ou plastrão, descompressão brusca 
Tipos de Abdome Agudo 
• Abdome Agudo Traumático 
• Hemorragia intraperitoneal 
o Ruptura de baço – hemorragia em 2 
tempos 
o Ruptura do fígado 
o Ruptura do epiplon e mesentérico 
• Ruptura de órgãos retroperitoneais 
o Rins, duodenos e pâncreas – 
compressão contra a coluna vertebral 
• Perfurações do intestino grosso e delgado 
• Abdome Agudo Vascular 
o Isquemia mesentérica 
o Angina mesentérica 
o Aneurisma de aorta abdominal 
o Trombose venosa de VCI e ilíacas – 
edema de MMII 
• Abdome Agudo Obstrutivo 
• Íleo mecânico – obstrução de causa mecânica 
• Classificação 
o De intestino delgado ou grosso 
o Simples ou crônico 
o Completa ou incompleta 
• Obstrução da luz – tumor poliploide, 
invaginação, bolo de áscaris, corpos estranhos, 
cálculo biliar, fecaloma 
• Lesões intestinais intrínsecas 
o Congênitas – arteriais, estenoses 
o Adquiridas – neoplasias, estenoses, 
inflamatórias, pós anastomose 
intestinal, pós irradiação 
• Lesões intestinais extrínsecas – feridas, hérnias 
intestinais, tumores extrínsecos, volvos 
Quadro Clínico do Abdome Agudo 
Obstrutivo 
• Dor 
• Náuseas e vômitos 
• Parada de eliminação de fezes ou gases 
• Distensão abdominal 
• Exame físico 
o Percussão – timpanismo ou áreas de 
macicez fixa ou móvel 
o Ausculta – RHA aumentados no início, 
evoluindo para RHA metálico (aumento 
do conteúdo líquido e hipertensão 
intraluminal), RHA ausentes em fase 
tardia 
COLECISTITE AGUDA 
• Dores de início mal definido no hipocôndrio 
direito, intensificação da dor em poucas horas 
• Náuseas, vômitos, icterícia, febre 
• Dor à palpação em HCD, com sinal de Murphy 
positivo (palpação profunda – dor) 
• Ultrassom de abdome superior – exame para 
diagnóstico 
HÉRNIA INGUINAL ESTRANGULADA 
• Dor aguda 
• Exame local típico 
• Íleo mecânico 
 
 
Peritonite 
APENDICITE AGUDA 
• Dor intensa na fossa ilíaca direita – dor 
paraumbilical 
• Bloomberg positivo – dor à descompressão 
brusca na FID 
• Vômitos 
• Leucocitose, sensibilidade dolorosa a toque retal 
DIVERTICULITE 
• Início agudo, com história pregressa de outros 
surtos inflamatórios e dificuldades de evacuação 
• Peritonite de localização FIE, às vezes, peritonite 
difusa ou pneumoperitôneo 
CISTO OVÁRIO ROTO 
• Dor súbita, intensa, sem peritonite generalizada 
•Reação peritoneal local 
MEGACÓLON TÓXICO 
• Geralmente complicação de retrocolite 
ulcerativa 
• Choque hipovolêmico e secundário a 
endotoxinas 
o Taquicardia, oligúria 
o Reação peritoneal 
o Peritonite se perfuração 
GRAVIDEZ TUBÁRIA ROTA 
• Início agudo, anamnese geralmente incorreta 
• Reação peritoneal no baixo ventre 
• Choque hemorrágico 
Náuseas e Vômitos 
• Náuseas – desagradável sensação no epigástrio, 
que surge em ondas, associada à palidez e 
sudorese 
o Resultante da atividade motora 
desordenada do TGI superior 
(antiperistaltismo intestinal) 
o Precede os vômitos 
• Vômitos – o conteúdo gástrico é forçado a 
refletir do estômago até a boca 
o Ocorre devido a contração dos 
músculos abdominais e diafragma no 
momento em que a cárdia é forçada a 
abrir 
• Regurgitação – é a volta de alimentos ou 
secreções do esôfago, estômago ou duodeno 
até a boca, sem náuseas precedentes e sem 
participação da musculatura abdominal ou 
diafragmática 
• Eructação – devolução retrógrada de gás do 
estômago de maneira ruidosa 
• Vômica – é a eliminação pela boca de material 
purulento proveniente do pulmão 
Características 
• Vômito repentino e em jato – doença 
intracraniana 
• Náuseas e vômitos matutinos – gravidez ou 
gastrite alcóolica 
• Vômitos tardios de grande quantidade de 
alimentos e secreções – obstrução pilórica 
• Vômitos persistentes sem perda de peso – 
origem psicogênica 
Fisiopatologia de náuseas e 
vômitos 
1. Zona de deflagração de quimiorreceptores 
a. Situa-se no assoalho do IV ventrículo, 
onde a barreira hematoencefálica não é 
muito evidente 
b. Recebe informação nervosa dos centros 
superiores do cérebro e nervos 
periféricos 
c. Vômitos por medicações sistêmicas e 
doenças metabólicas 
2. Núcleo vestibular – ouvido interno e cerebelo 
a. Labirintite, doença de Meniere 
3. TGI e vísceras intracavitárias 
a. Irritantes gástricos 
b. Distensão do estômago, intestino 
delgado, cólon, ducto biliar 
c. Inflamação ou isquemia de intestino, 
fígado, pâncreas e peritônio 
4. Córtex superior do SNC 
a. Emoções intensas e estresse 
5. Medicamentos 
a. Quimioterápicos 
b. Analgésicos (aspirina, AINH) 
c. Cardiovasculares (digotoxina, anti-
arritmicos, anti-hipertensivos) 
d. Anticoncepcionais 
e. Antibióticos 
f. Nicotina 
g. Álcool 
h. Radioterapia 
i. Pós-operatório 
j. Infarto do miocárdio 
k. Insuficiência cardíaca congestiva 
6. Infecções 
a. Gastroenterites bacterianas e virais 
b. Extraintestinais 
c. Otite média 
7. Distúrbios Gastrointestinais 
a. Obstrução mecânica 
b. Úlcera péptica 
c. Colecistite 
d. Pancreatite 
e. Hepatite 
f. Doença de Crohn 
g. Neoplasias 
8. Doenças do SNC 
a. Enxaqueca 
b. Hipertensão intracraniana 
c. Doenças do labirinto (tumores, 
labirintites, doença de Meniere) 
9. Distúrbios endócrinos e metabólicos 
a. Gravidez 
b. Uremia 
c. Cetoacidose diabética 
d. Hipertireoidismo 
e. Hiper ou hipoparatireoidismo 
f. Doença de Addison 
10. Queixas relacionadas a causas de estímulo ao 
SNC 
a. Cefaleia 
b. Alterações do quadro mental 
c. Alterações neuromusculares 
d. Sintomas relacionados ao ouvindo 
interno 
e. Ingesta de drogas 
f. Tensão emocional ou ambiental 
11. Queixas relacionadas a causas de doenças TGI 
a. Dor abdominal 
b. Diarreia 
c. Constipação 
d. Sangramento 
e. Perda de peso 
Anamnese Náuseas e Vômitos 
• Quando começou? (agudo ou crônico) 
• Há alívio de dor epigástrica pós vômitos? 
o Sim – UPGD 
o Não – pancreatite, doença do trato 
biliar 
• Sentiu algo antes de vomitar? (náuseas, tontura, 
dor) 
• Qual era o conteúdo dos vômitos? 
• Qual era o odor dos vômitos? 
• Qual a quantidade? 
• Quanto tempo após a última refeição? 
• Qual foi a última refeição? 
Exame Físico 
• Perda de peso 
• Desidratação 
• Abdome 
o Tensão abdominal 
o RHA 
o Presença de massas 
o Dor à palpação 
o Hérnia 
o Cirurgia prévia 
Exames Diagnósticos 
• Laboratoriais 
o Hemograma 
o Eletrólitos – sódio, potássio, cloro e 
cálcio 
o Amilase, TGO, TGP, bilirrubina 
o Ureia, creatinina 
• RX simples de abdome 
• EDA 
• USG de abdome 
Consequências dos Vômitos 
• Pneumonia aspirativa 
• Síndrome de Mallory-Weiss 
o Laceração da transição gastro-esofágica 
pelo esforço do vômito 
• Desidratação/distúrbios hidroeletrolíticos 
• Desnutrição 
Hemorragia Digestiva 
HEMORRAGIA DISGESTIVA ALTA 
• Qualquer sangramento do TGI proximal ao 
ligamento de Treitz – duodeno, estômago, 
esôfago 
• Exterioriza-se por hematêmese, melena, 
hematoquezia (sangue vivo nas fezes) ou sangue 
oculto nas fezes 
• Uma das principais causas de atendimento 
hospitalar de urgência – 170 casos/100000 
adultos nos EUA 
• Mortalidade de 6 a 8% mantida inalterada a 
despeito doas medidas endoscópicas e 
terapêuticas – idade avançada e comorbidades 
• 80% dos sangramentos cessam 
espontaneamente 
• 15% requerem abordagem cirúrgica 
• No Brasil, HDA não varicosa tem como principal 
causa a úlcera péptica (50 a 70% dos casos) 
Causas de HDA 
• Úlcera péptica duodenal 
• Lesão aguda de mucosa gastro-duodenal – 
erosões superficiais da mucosa gástrica 
• Úlcera gástrica 
• Varizes de esôfago 
• Síndrome de Mallory-Wriss 
• Esofagites 
• Câncer gástrico 
Anamnese e antecedentes em 
casos de HDA 
• Antecedentes de UPGD, HDA prévia ou varizes 
de esôfago 
• História de cirrose hepática 
• Uso de medicamentos – AINH, anticoagulantes, 
aspirina, imunossupressores, corticoides 
• Queixas dispépticas prévias 
• Epidemiologia para esquistossomose 
• Doenças associadas 
Exame Físico 
• Palidez cutâneo-mucosa 
• Taquicardia 
• Instabilidade hemodinâmica – hipotensão 
• Fatores preditivos de sangramento ou 
recorrente 
o Aspecto do lavado gástrico 
o Idade do paciente - > 60 anos 
o Doenças associadas – DPOC, ICC, ICO, 
IRC, colagenases 
o Usos de drogas anti-inflamatórias não 
hormonais (AINH) 
Exame Endoscópico 
• Essencial para diagnóstico, avaliação preditiva 
de ressangramento e terapêutica 
• Ideal nas primeiras 24 horas 
o Diminui necessidade de 
hemotransfusões 
o Diminui tempo de permanência 
hospitalar 
o Diminui custos com pacientes 
• Fatores preditivos de sangramento persistente 
ou recorrente – HDA não varicosa 
o Endoscópicos – proximidade de grandes 
vasos 
o Úlceras gástrica de pequena curvatura 
alta – próximas a artéria gástrica 
esquerda 
o Úlcera duodenal de parede póstero-
inferior – próxima a artéria 
gastroduodenal 
HDA varicosa 
• É a principal complicação da hipertensão portal 
• 60% dos cirróticos – varizes de esôfago 
• HDA – se pressão do sistema porta > 12 mmHg 
• 85% dos sangramentos por varizes ocorrem no 
1/3 inferior do esôfago 
• As varizes podem estar presentes do fundo 
gástrico até o 1/3 superior do esôfago 
Hipertensão Portal 
• Formação de varizes de esôfago 
• Aumento da pressão portal – HVPG > 10 mmHg -
> formação de varizes -> dilatação das varizes -> 
ruptura das varizes (HVPG > 12 mmHg) 
• Achados endoscópicos na HDA varicosa 
o Grau I – varizes de pequeno calibre sem 
prolapso na luz esofágica 
o Grau II – varizes de médio calibre com 
prolapso na luz esofágica e discreta 
obstrução da junção gastroesofágica 
o Grau III – varizes de grosso calibre com 
obstrução substancial da junção 
gastroesofágica 
o Grau IV – varizes de grosso calibre com 
sinais preditivos de sangramento com 
“red spots” 
HEMORRAGIA DIGESTIVA BAIXA 
Causas de HDB 
• Hemorroidas/Fissura anal 
• Angiodisplasia 
• Doença diverticular dos cólons 
• Doença inflamatória intestinal 
• Tumor 
Anamnese e antecedentes em 
casos de HDB 
• Hematoquezia – fezes com sangue vivo, diarreia 
sanguinolenta, perda de coágulos 
• Antecedentes 
o História prévia de sangramentos 
o Doença inflamatória intestinal 
o Radioterapia 
o Uso de AINH 
Diagnóstico de HDB 
• Colonoscopia 
• Angiografia – diagnóstico em 40 a80% dos casos 
– necessário fluxo de sangramento mínimo de 1 
ml/min 
o Terapia de embolização ou injeção local 
de vasosconstritores 
• Cintilografia com hemácias marcadas 
o Velocidade de sangramento mínimo de 
0,1 mL/min 
o Identifica o local, mas não a causa da 
hemorragia 
o Sensibilidade de 85% e especificidade 
de 70% 
Síndromes Digestivas 
ESÔGAFO 
• Disfagia – dificuldade de deglutição 
o Orofaríngea ou esofagiana 
o Somente à sólidos – obstáculo 
mecânico 
o Também a líquidos – alteração motora 
o Evolução – intermitente – membranas e 
anéis; progressiva – neoplasia e 
estenose péptica 
o Duração – recente com perda de peso – 
neoplasia; longa – causa benigna 
• Odinofagia – dor durante a ingesta alimentar 
o Monilíase esofágica, esofagite actínica, 
esofagite hepática, úlceras agudas, 
hipercontratibilidade motora 
• Pirose – azia, queimação – típio da DRGE 
o Ocorre geralmente após refeição e 
ingesta de frituras, café, álcool, frutas 
cítricas, chocolate 
• Regurgitação – volta dos alimentos contidos no 
esôfago ou estômago à boca, sem precedência 
de náuseas ou participação dos músculos 
abdominais 
o Causas mecânicas – estenoses, 
neoplasias, divertículo de Zencker 
o Causas motoras – megaesôfago 
chagásico, acalasia, espasmos 
esofágicos 
• Soluço – contrações clônicas do diafragma – 
inflamação 
o Presente nos casos de hérnia de hiato e 
megaesôfago chagásico 
o Outras causas – SNC, doenças do 
mediastino, pleura e órgãos intra-
abdominais 
DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO 
• Hipotonia do EEI 
• É o movimento do conteúdo gástrico para o 
esôfago 
• Esofagite é a condição de inflamação 
histopatológica da mucosa do esôfago por 
refluxo ácido 
• Hérnia de hiato é uma alteração anatômica 
onde a junção esôfago-gástrica se encontra 
acima do diafragma 
• Fatores agressores – refluxo ácido 
o Relaxamento temporário do EEI 
o EEI hipotenso 
o Hérnia de hiato 
• Fatores de defesa 
o Clearance do ácido esofágico – 
peristaltismo – retorno do ácido para o 
estômago e aumento da saliva 
(alcalinização) 
o Resistência da mucosa 
• Quadro clínico 
o Pirose ou azia 
o Regurgitação ácida ou alimentar 
o Disfagia 
o Plenitude pós-prandial – sensação de 
enchimento 
o Náuseas 
o Eructações frequentes 
ESTÔMAGO 
• Epigastralgia – dor no epigástrio 
o Úlcera péptica, câncer gástrico, 
gastrites 
o Dispepsia funcional 
• Náuseas e vômitos 
• Dispepsia 
o Desconforto epigástrico com sensação 
de empachamento, distensão gasosa, 
saciedade precoce, eructações 
• Úlcera péptica 
• Câncer gástrico 
• Gastrite 
• HDA 
• Fisiologia 
o Células parietais – no fundo gástrico – 
produzem HCl – recebe estímulos da 
Ache (n. vago, gastrina e histamina) 
o Células G – antro – produzem gastrina 
o Células produtora de muco – proteção 
gástrica 
ÚLCERA PÉPTICA 
• É um defeito na mucosa gastrointestinal que se 
estende até a muscular da mucosa, e persiste 
devido a atividade ácido péptica do suco 
gástrico 
• Há duas formas 
o Associada a Helicobacter pylori 
o Uso de AINH 
• Manifestações clínicas 
o Forma gástrica – dor epigástrica tipo 
queimação também durante a noite, 
que alivia após a refeição ou uso de 
antiácidos 
o 40% dos pacientes não queixam de dor 
abdominal 
o Pode ocorrer HDA após uso de AINH 
sem sintomas antecedentes 
• Diagnóstico 
o Exame físico tem valor limitado – leve 
dor à palpação profunda 
o Endoscopia digestiva alta 
o Úlceras duodenais – raras, baixa 
malignidade, dispensam biopsias ou 
EDA controle de cura 
o Úlceras gástricas – 4% das lesões 
aparentes, geralmente são malignas; 
EDA controle após 8 a 12 semanas de 
tratamento clínico – obter várias 
amostras da úlcera gástrica por biópsia 
GASTRITES 
• Inflamações da mucosa gástrica 
• Gastrite erosiva – lesão superficial 
• Gastrite não erosiva 
• Gastrite específica ou distinta 
• Formas comuns 
o Por Helicobacter pylori 
o Atrófica – autoimune ou ambiental 
o Por AINES 
o Química 
• Formas raras 
o Infecciosa – tuberculose, sífilis 
o Granulomatosa – Doença de Crohn, 
sarcoidose 
o Eosinofílica 
o Linfocítica 
o Hiperplásica 
INTESTINO DELGADO 
• Diarreia – aumento da quantidade de água 
(peso das fezes) e diminuição da consistência 
das fezes 
• Anamnese 
o Volume e consistência das fezes 
o Frequência de evacuações 
o Duração do processo diarreico 
o Aspecto das fezes 
o Sintomas precedentes – cólicas, 
eliminação de gases 
o Presença de produtos patológicos – 
sangue, pus ou muco 
• Avaliação clínica 
o Hábitos alimentares 
o Uso progressivo de medicamentos – 
ATB, AINH, anti-HAS 
o Febre, dor abdominal e não melhora 
com jejum – diarreia exsudativa, 
inflamatória 
o DM, problemas psicossociais, HIV etc 
• Exame físico 
o Anemia, hidratação, febre 
o Dados vitais, perfusão periférica, peso 
o Palpação do abdome, toque retal, 
quelite angular (hipovitaminose) 
o Cicatrizes de cirurgia prévia – 
colecistectomia, pós-vagotomia, 
ressecção de íleo terminal) 
o Sintomas de disautonemia – hipotensão 
postural, impotência, sudorese – 
neuropatia diabética 
o Tireoide palpável, rubor cutâneo dos 
tremores neuroendócrinos 
o Artrite, eritema nodoso, uveite, úlceras 
orais – DII 
ESTEATORREIA 
• Aumento da quantidade de gordura excretada 
nas fezes 
• Fezes amareladas, com aspecto gorduroso, que 
flutuam no vaso e gordura adere a sua parede 
• Etiopatogenia – insuficiência pancreática, 
colestase ou ressecção ileal prévia (solubilização 
intraluminal defeituosa), efeito de drogas 
(neomicina, colchicina), parasitoses, neuropatia 
visceral do DM 
• Sintomas 
o Dor abdominal 
o Perda de peso 
o Febre 
o Anemia 
o Deficiência de ferro, vitamina B12 ou 
folatos 
o Hemorragia digestiva 
o Desnutrição proteíco-calórica 
• Distúrbios mecânicos 
• Doenças inflamatórias 
• Síndrome de má absorção 
• Tumores 
INTESTINO GROSSO 
• Dor abdominal 
o Difusa – colite, obstrução intestinal, 
constipação 
o FID – região de ceco e cólon ascendente 
– apendicite, DII, suboclusão intestinal 
o FIE – região sigmoide – doença 
diverticular do cólon, obstipação 
intestinal, processo inflamatório, SII, 
neoplasias 
o Tenesmos – sensação de dor no reto + 
desejo imperioso de evacuar 
• Diarreia 
o Desinteria – diarreia com sangue, 
cólicas intensas, tenesmo (amebiana ou 
shigelose) 
o Mudança no ritmo intestinal – ca 
intestino grosso 
o Alternância de diarreia e constipação – 
SII 
• Distensão abdominal – dificuldade de trânsito 
nos cólons 
o Fecaloma, megacolon chagásico, 
constipação intestinal, volvo de 
sigmoide, câncer de intestino 
• Obstipação intestinal – pelo menos 2 dias sem ir 
ao banheiro 
o Ritmo intestinal normal de 3x/dia até 
2/2 dias 
o Mecânicos – oclusão tumoral, processo 
inflamatório 
o Neurogênicos – doença de Hinchprung 
(agangliose), megacólon chagásico 
o Metabólico-hormonais – 
hipolicoidismo, uremia, poliúria 
o Medicamentos – antiácidos, 
anticolinérgicos, opiáceos 
o Psicogênicos 
o Alimentação inadequada 
• Sangramento anal – hemorroidas, diverticulite, 
pólipos, uretites, colite actínica 
• Prurido anal – má higiene, enterobiose, doenças 
anorretais (eczemas, fissura anal) 
• Constipação intestinal – sintoma, não doença! 
o Pequena frequência de evacuações 
o Consistência endurecida das fezes 
o Volume e/ou calibre reduzido de bolo 
fecal 
o Dificuldade/esforço para evacuar 
o Sensação de evacuação incompleta 
o Trânsito normal-funcional 
o Trânsito lento 
o Distúrbio defecatório 
DISTÚRBIOS DO ASSOALHO PÉLVICO 
• Disfunção do assoalho pélvico e/ou do esfíncter 
externo – síndrome do assoalho pélvico 
espástico, anismo, discinergia 
• Obstrução do assoalho pélvico – prolapso retal, 
enterocele, retocele, intussuscepção retal 
• Exame físico 
o Percussão – avaliar distensão gasosa 
o Fezes palpáveis – cólon carregado, 
palpação retal 
o Impactação/consistênciadas fezes 
o Presença de massas não fecais ou 
anormalidades – tumores, hemorroidas, 
fissuras, fístulas, prolapso, neoplasias 
o Presença de sangue 
o Tônus esfincteriano 
• Síndrome do Cólon Irritável 
o Doenças inflamatórias 
o Doenças diverticulares 
o Tumores 
PÂNCREAS 
• Pancreatite aguda 
• Pancreatite crônica 
• Tumores 
PANCREATITE AGUDA 
• Dor abdominal em faixa 
• Náuseas, vômitos 
• Íleo paralítico 
• Sinal de Cullen – manchas equimóticas 
periumbilicais 
• Sinal de Gray-Turner – em flancos 
• Icterícia 
• HDA – úlceras de estresse ou Malloru-Weiss 
PANCREATITE CRÔNICA 
• Predomina no sexo masculino 
• Início entre os 30 e 40 anos de idade 
• Dor abdominal – sintoma mais frequente 
o Dor em andar superior do abdome, 
precipitado pelo abuso de gordura ou 
álcool 
o Ocorre devida a distensão dos ductos 
pancreáticos secundários a obstrução – 
rolha proteica, cálculos e estenoses 
o Dor precipitante e repetida pode ser 
principal indicação de tratamento 
cirúrgico 
• Emagrecimento 
o Anorexia nas crises de dor 
o Receio de comer e doer 
o Má-absorção e diabetes 
o Complicações/doenças associadas 
• Insuficiência exócrina ou endócrina 
FÍGADO E VIAS BILIARES 
• Icterícia 
• Colestose 
• Hipertensão porta 
• Ascite 
ASCITE 
• Acúmulo de líquido no abdome 
• Causada por cirrose hepática em 80% dos casos 
• Prognóstico de sobrevida de 2 anos em 
cirróticos 
• Fisiopatologia 
o Capilarização dos sinusoides – se 
fecham 
o Extravasamento de líquido sem 
proteína (albumina) para circulação 
linfática 
o Linfáticos sobrecarregados de linfa 
o Exsudação hepática para cavidade 
abdominal 
o Hipoalbuminemia – diminuição da 
pressão oncótica intravascular 
o Aumento da reabsorção de sódio pelos 
rins 
o Vaso dilatação esplâncnica 
o Aumento do fluxo portal 
• Quadro clínico 
o Aumento do volume abdominal 
o Pesquisa da macicez móvel quando 
cerca de 1500 mL de fluidos retidos 
o Abdome obeso com dificuldade de 
percussão – USG de abdome detecta 
ascite de, no mínimo, 100 mL

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