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Vida Maria O presente vídeo proposto traz uma série de elementos críticos para serem discutidos. Nesse sentido, é importante destacar todo o contexto que envolve “Vida Maria”. Superficialmente, podemos observar cronologicamente a vida de Maria, uma criança que mora no sertão, e tem que abandonar os estudos para trabalhar, ajudando a mãe, cresce, casa, engravida e envelhece. Resumidamente, no vídeo é notável notar esses pontos. De início, a mãe de Maria não permite que a filha tenha seu tempo de estudo, colocando a educação em segundo plano, e lhe dando ordens para ajudar nos afazeres de casa. Maria, sem escolha e questionamentos ajuda a mãe sem reclamar, logo, demonstra o semblante cansado. Maria cresce, conhece um homem, casa, logo engravida, mas sempre na batalha do lar, enquanto o marido a observa de longe. Pela segunda vez, é nítido o semblante angustiado, frustrado e oprimido de Maria, de viver somente para o lar, cuidando de roupa e quintal. Os filhos de Maria crescem, num total de sete, transparecendo cada vez mais a velhice da mãe. Por conseguinte, o cenário se volta para a filha de Maria, Lurdes, ainda pequena, que deixa de lado os estudos, para obedecer às ordens da mãe para ajudar nos afazeres de casa, assim, demonstrando o mesmo cenário inicial de sua avó e mãe. Após, Maria vela sua mãe, juntamente com seu pai viúvo e os outros filhos. Perceptivelmente, Lurdes acaba fazendo o papel da mãe, ilustrando que a história da família se repete a cada geração, especialmente em relação à todas as Marias da família. Desta forma, os momentos de interação que podemos visualizar no vídeo está em todo o contexto, na realidade cultural a qual a família de Maria vive, construída pelas gerações passadas, refletindo na história ancestral entre a avó, mãe e neta. Em relação a percepção social, Maria demonstra a todo momento seguir os ensinamentos da mãe, transparecendo em seus momentos de reflexão certa angústia ao relembrar que está vivenciando experiências anteriores, como a de sua mãe, se comportando e agindo de forma semelhante. A atitude de Maria, está interligada a fatores cognitivos, emocionais e comportamentais, é possível visualizar a pré-disposição de Maria à obediência, abdicando os estudos para cuidar do lar, causando insatisfação, pois é visível em seus aspectos emocionais, demonstrando sempre estar cansada, angustiada no meio a qual vive. Considerando o aspecto preconceito, no vídeo podemos perceber e ressaltar a questão do gênero feminino sempre cuidando do lar, deixando de lado a oportunidade de estudar, enquanto em relação ao homem não é demonstrado nenhuma colaboração; aqui também podemos destacar a falta de vínculo afetivo que não fora demonstrado no cenário, transparecendo ser algo inexistente em uma família de vários membros. Por último, a conformidade, dita que “ocorre quando as pessoas modificam seu comportamento, suas atitudes e crenças em resposta à pressão real ou imaginária do grupo”, é notório em todo contexto de “Vida Maria”, pois desde o início é possível ver a repetição de padrões, dos eventos de sofrimento, o que torna difícil romper esse padrão natural que vem desde os ancestrais, e ainda, sem ânimo, disposição e esperança de mudança. Teorias do Condicionamento Teoria do condicionamento Teóricos Formas de aprendizagem Ivan Pavlov Aprendizagem por condicionamento simples Essa aprendizagem trata de comportamentos que são eliciados automaticamente por um estímulo. (MOREIRA, 2010, p.42) Esta aprendizagem, foi inicialmente estudado por Pavlov, quando investigava o papel da saliva no processo digestivo, por meio de cães como sujeitos da sua experiência. Com as observações, passou a estudar a formação da associação estímulo neutro – resposta reflexa, ou seja, o condicionamento simples aqui estudado. Além da resposta condicionada, como os psicólogos expressam, outros comportamentos, como o medo, também podem ser observada nessa aprendizagem. B.F. Skinner Condicionamento instrumental ou operante Essa forma de aprendizagem “refere-se à aprendizagem de comportamentos voluntários que operam o meio com o intuito de produzir consequências”. Exemplos: andar de bicicleta, correr, ler, escrever etc. (MOREIRA, 2010, p.44) O psicólogo buscou provar que a emissão de comportamentos operantes podia ser controlada mediante a apresentação de reforço, que caracteriza como um evento que aumenta a frequência de um comportamento. Ou seja, o reforço aparece logo após a resposta, por meio da modelagem. Ainda, podem ser de cunho positivo e negativo, este último ainda envolvendo dois processos: a esquiva e a fuga. Lado outro, os reforçadores também podem ser chamados de reforços primários, secundários ou condicionados e generalizados. Quando deixa de apresentar o reforço, acontece a extinção. Assim, como a punição, o que não provoca extinção, porém é um procedimento que diminui a ocorrência de comportamentos indesejáveis. Edward Thorndike Aprendizagem por ensaio-e-erro Na presente, o psicólogo utilizou um gato para seus estudos (que após várias tentativas, alcança o que almeja, sempre de forma mais fácil). Para Moreira (2010, p.48), essa aprendizagem caracteriza-se por “uma eliminação gradual dos ensaios ou tentativas de comportamentos que levam ao erro e à preservação daqueles que acarretam o efeito desejado”. Albert Bandura Aprendizagem por imitação Segundo o psicólogo, essa aprendizagem “é fruto de processos cognitivos ativamente críticos e construtivistas, e não uma cópia mecânica”. (MOREIRA, 2010, p.48) Ou seja, através do experimento do psicólogo, observou-se que os humanos possuem a tendência de imitar. Teoria cognitivista Teóricos Formas de aprendizagem Kohler Aprendizagem por insight O teórico estudou essa aprendizagem por meio de macacos, que solucionou o problema subitamente, e chamou de insight. O autor define insight ou discernimento, sendo “empregado para se referir a uma mudança repentina no desempenho, oriundo da aprendizagem”. (MOREIRA, 2010, p.50) Sawrey e Telford Inicialmente, os dois psicólogos registram três conclusões quanto essa aprendizagem: * “memorização é um elemento importante para que o raciocínio ocorra”; * “experiências anteriores, nas quais a resolução de problemas ocorreu mediante o raciocínio, favorecem o uso do raciocínio em problemas futuros”; * “o pensamento flexível é um facilitador do raciocínio”. Outros autores, Braghirolli et al. “considera o raciocínio um processo semelhante ao ensaio-e-erro, com elabração e testagem de hipóteses, porém em nível mental”, o que verifica-se que esse processo/ procedimento é o mesmo do método científico, porque inicia-se quando a pessoa almeja resolver um problema, formulando hipóteses, verificando e finalmente, aplicando conhecimentos na base que foi construída. (MOREIRA, 2010, p.51) Referências MOREIRA, Ana Rosa Costa Picanço. PSICOLOGIA: Introdução a psicologia. Cuiabá: Central de Texto EdUFMT, 2010.
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