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Disfunção erétil

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Fisiopatologia da disfunção erétil 
× Qualquer mecanismo que interfira na inervação peniana, 
artérias e veias responsáveis pela irrigação arterial e 
drenagem venosa do pênis e na anatomia peniana possui 
capacidade de gerar a disfunção erétil. Entre as causas 
possíveis, pode-se citar: 
• Nervos afetados por algum trauma 
• Nervos afetados por irradiação 
• Patologias sistêmicas, como Diabetes Melitus 
• Doença aterosclerótica, a qual obstrui o fluxo arterial 
e pode impedir a ereção 
• Anormalidades anatômicas e estruturais do pênis e 
corpos cavernosos por patologias >> Exemplo: doença 
de Peyronie 
× O processo de ereção ocorre da seguinte forma: 
• Corpos cavernosos do pênis: possuem os espaços 
lacunares, os quais acumulam sangue após o 
relaxamento da musculatura lisa 
• O fluxo sanguíneo para os corpos cavernosos chega 
por meio das artérias peniana e cavernosa 
• A manutenção da ereção é auxiliada pela própria 
tumescência peniana, a qual comprime as veias e 
impede a drenagem venosa com o escoamento de 
sangue 
• O processo de ereção resulta da inervação 
parassimpática, a qual vem dos plexos sacrais 
• Já a perda da ereção e vasoconstrição ocorre 
mediante a liberação de noraepinefrina pelas cadeias 
simpáticas 
• O relaxamento da musculatura lisa é regulado pelo 
aumento do GMPc >> A produção de GMP cíclico é 
estimulada pelo óxido nítrico, o qual é liberado pelas 
terminações nervosas parassimpáticas. 
Posteriormente, o GMPc será metabolizado e inativado 
pela fosfodiesterase tipo 5 em GMP. Quando ocorre a 
inativação, as células musculares lisas dos corpos 
cavernosos contraem e o fluxo de sangue reduz, 
gerando assim a perda de ereção 
Fatores de risco e causas da disfunção erétil 
× A disfunção erétil é causada 80% das vezes por uma 
patologia orgânica, sendo que a etiologia mais comum é a 
vascular >> Aparentemente, a disfunção é um marcador de 
patologia cardiovascular em seus estágios iniciais 
• Explicação fisiopatológica: associação entre a 
disfunção erétil e disfunção endotelial >> Na 
disfunção endotelial ocorre liberação deficiente de 
oxido nítrico e, com isso, ocorre uma resposta 
vasodilatadora insuficiente 
× Disfunção venosa: provoca escoamento de sangue pelas 
vênulas subtúnicas, o qual pode impedir o desenvolvimento 
de pressões altas o suficiente nos corpos cavernosos e 
impossibilita assim a manutenção de uma ereção rígida >> A 
disfunção venosa pode ser consequência de trauma, 
formação de fistula arteriovenosa ou doença de Peyronie 
× Doenças endócrinas: hipogonadismo, doenças da tireoide, 
hiperprolactinemia e diabetes são as doenças mais 
associadas a disfunção >> Insuficiência renal, hepática e a 
hipertrofia prostática benigna também se associam a 
disfunção 
× Doenças neurológicas: neuropatia relacionada ao diabete 
melitus, sequelas de AVE e mal de Parkinson são as mais 
importantes 
× Medicamentos: os medicamentos mais associados a 
disfunção erétil são 
• Anti-hipertensivos >> Em especial, os diuréticos 
• Agentes de ação central 
• Bloqueadores do receotor H2 
• Omeprazol e metoclopramida, a qual causa 
hiperprolactinemia 
• Neurolépticos 
× Em pacientes com mais de 60 anos, as patologias 
vasculares e hipogonadismo são as causas mais comuns 
× Pacientes com menos de 60 anos possuem como causa 
mais comum os problemas conjugais e a depressão 
Tratamento 
× Em casos em que há uma etiologia específica identificada, o 
tratamento da causa deve resultar em melhora da disfunção 
>> Porém, a disfunção erétil é de origem multifatorial na 
maioria das vezes e, por isso, seu tratamento exige a 
abordagem simultânea dos diversos fatores potencialmente 
envolvidos 
× Intervenções que visam modificar o estilo de vida são muito 
importantes >> Entre as intervenções, temos: 
Processo de envelhecimento 
• Atividade física 
• Mudanças na dieta >> A dieta do Mediterrâneo previne 
e muitas vezes melhora a disfunção, pois possui 
efeitos benéficos na diminuição da inflamação 
subclínica vascular e no combate à disfunção 
endotelial 
• Perda de peso 
• Cessação do tabagismo 
• Ingestão de álcool moderada >> Evidências indicam que 
o consumo moderado exerce efeito protetor 
As intervenções relacionadas à modificações do estilo de vida 
são comprovadamente benéficas, porém, muitas vezes são 
insuficientes por si só ou levam muito tempo para surtir efeito. 
Dessa forma, deve-se usar tratamentos específicos para a 
disfunção erétil 
× Entre os tratamentos medicamentosos, temos: 
• Inibidores da PDE5 (fosfodiesterase 5): Sildenafila, 
tadalafila e vardenafila >> Atuam aumentando os níveis 
de GMPc nas células musculares lisas cavernosas, o 
que leva a seu relaxamento. Os 3 inibidores podem 
apresentar efeitos colaterais modestos, tais como a 
dor de cabeça, rubor facial e dispepsia 
- É contraindicação absoluta para os 3 inibidores: pacientes que 
fazem uso de nitratos, com estenosa aórtica grave e com 
cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva 
- Vardenafila: não deve ser usada em pacientes que usam 
antiarrítmicos que pertencem às classes IA e III, pois pode haver 
alargamento do intervalo QT 
-Vardenafila e sildenafila: podem ter absorção intestinal 
prejudicada pela ingestão concomitante de alimentos gordurosos 
- Efeitos da vardenafila e sildenafila: 5 horas >> Efeito da 
tadalafila: 36 horas 
- Neuropatia óptica isquêmica anterior não arterítica seria um 
potencial efeito adversos dessa classe de medicamentos 
- Novos inibidores de PDE5 vem sendo comercializados: avanafil 
(início rápido, em cerca de 15 minutos), lodenafila, mirodenafil 
e udenafil 
• Apomorfina: atua no nível das vias dopaminérgicas do 
SNC >> Mostra-se eficaz em doses de 2 a 4g, porém é 
menos eficaz que os inibidores. É administrado por via 
sublingual 
• Trazodona: as vezes melhora a disfunção >> É um 
antidepressivo com mecanismo de ação ligado ao 
antagonismo da serotonina e à inibição de sua 
recaptação no SNC 
• Alprostadil: supositório intrauretral com 
prostaglandinas >> Pode ser administrado em 
combinação com um dos inibidores de PDE. Entre os 
efeitos colaterais, tem-se dor local, sangramento 
uretral e hipotensão arterial sistêmica (muito raro ter 
a hipotensão) 
• Reposição hormonal androgênica: pode ter um 
papel adjuvante no tratamento da disfunção erétil >> 
Alguns estudos demonstram uma melhora não apenas 
na libido, mas também na qualidade das ereções em 
homens idosos 
• Aplicação intrapeniana de substâncias 
vasodilatoras: por meio de injeção >> É mais eficaz 
que qualquer agente oral e as substâncias mais usadas 
são a prostaglandina E1, fentolamina e a papaverina

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