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Panorama da Nova Lei de Licitações: As principais novidades no regime geral das Licitações e Contratos Administrativos - Compras públicas - Administração Pública - Legislação

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Um panorama sobre as principais novidades no 
regime geral das licitações e contratos administrativos
O novo marco legal justifica-se pela defasagem da legislação atual, tendo o objetivo de criar uma lei unificada, avançada e moderna, trazendo maior eficácia e agilidade.
Da vigência
A nova Lei nº 14.133 entra em vigor na data de sua publicação, entretanto, as leis anteriores que disciplinam a matéria - Lei nº 8.666/93, Lei nº 10.520/02 ( Lei do Pregão) e Lei nº 12.492/11 (Regime Diferenciado de Contratação) - não serão revogadas imediatamente. Elas vigerão ainda por dois anos, ou seja, até o dia 1º de abril de 2023.
E como se dará a aplicação dessa combinação de leis discrepantes durante esses dois anos?
O administrador público poderá optar por licitar ou contratar diretamente usando a nova Lei ou o regime das leis antigas, deixando claro sua escolha no edital, no aviso ou no instrumento de contratação direta (art. 194).
Esse tempo de dois anos se justifica para viabilizar a aplicação imediata da nova Lei e ao mesmo tempo, permitir um tempo de adaptação maior para os gestores.
E vale ressaltar que não se pode combinar a aplicação das leis e que as normas sobre crimes e seu respectivo processo judicial contidas na lei antiga estão revogadas desde já.
A NOVA LEI DE LICITAÇÕES
A nova lei estabelece normas gerais sobre licitação e contratos administrativos que serão aplicadas a toda Adm. pública direta, autárquica e fundacional de todos os entes da Federação
Da aplicação
A nova lei estabelece normas gerais sobre licitação e contratos administrativos que serão aplicadas a toda Adm. pública direta, autárquica e fundacional de todos os entes da Federação.
Contudo, não se aplica às licitações, aos contratos administrativos envolvendo empresas estatais, operações de crédito e gestão da dívida pública (uma vez que já possuem regulamentação própria).
Princípios e objetivos
A nova lei mantém as finalidades da licitação, porém traz outros novos objetivos:
· Assegurar a seleção da proposta apta a gerar o resultado de contratação mais vantajoso;   
· Assegurar tratamento isonômico;    
· Incentivar a inovação e o desenvolvimento nacional sustentável; 
· Justa competição;    
· Evitar contratações com sobrepreço, com preços manifestamente inexequíveis e superfaturamento.   
Modalidades de Licitação
Modalidades da Lei nº 8.666/93 que são extintas: a tomada de preços e o convite. Por outro lado, há adoção da modalidade de diálogo competitivo.
Diálogo competitivo: é a “modalidade de licitação para contratação de obras, serviços e compras em que a Administração Pública realiza diálogos com licitantes previamente selecionados mediante critérios objetivos, com o intuito de desenvolver uma ou mais alternativas capazes de atender às suas necessidades, devendo os licitantes apresentar proposta final após o encerramento dos diálogos” (inspirada no diálogo concorrencial da Diretiva 2014/21 da UE). É reservado apenas para objetos envolvendo inovação tecnológica e alta complexidade.
Além disso, agora, o que define a modalidade da licitação é apenas a natureza do objeto.
Agentes Públicos
A lei n° 14.133/21 traz novos conceitos referentes aos agentes públicos.
- Agente de contratação: não haverá mais formação de uma comissão de licitação para a aplicação do procedimento licitatório, havendo uma figura semelhante ao pregoeiro, o Agente de Contratação.
- Autoridade Superior: equiparada ao agente competente da lei anterior, ela é hierarquicamente superior ao Agente de Contratação.
- Comissão de Licitação
Bens e serviços especiais: possível, mas não obrigatória a formação de uma comissão.
Diálogo Competitivo: formação obrigatória.
Contratação Direta
Da Inexibilidade de Licitação
As hipóteses previstas na lei 8.66/93 permanecem, entretanto, a Nova Lei prevê que a contratação do serviço técnico especializado deve atender:
- Natureza predominantemente intelectual
- Prestação por um profissional de notória especialização
Ademais, outras novas hipóteses adicionadas à Lei:
- Credenciamento: A administração lança um edital com os requisitos a serem cumprido e as informações a respeito do credenciamento, e quem se interessar é contratado diretamente, já que não existe competição.
- Aquisição ou locação de imóveis cujas características de instalações e de localização tornem necessária sua escolha: é o caso de haver a necessidade de locação ou compra de um imóvel específico, destinado a atender determinada finalidade pública.
Da Licitação Dispensável
Mudanças importantes referentes à Dispensa de licitação por Baixo valor (máx.100 mil para obras e serviços de engenharia e para serviços de manutenção de veículos automotores (nova hipótese) e 50 mil para compras e outros serviços) e para Emergências (Calamidades públicas).
Da Licitação Dispensada
Adoção do termo “admitida a dispensa”. Possivelmente, será objeto de debates futuramente, por deixar em aberto se significa obrigatória a dispensa ou possível a dispensa.
Critérios de julgamento
As novidades:
- Maior desconto
-Melhor técnica ou conteúdo artístico
- Maior Retorno Econômico
Fases da Licitação
Prossegue o que já era praticado na Lei do Pregão, com inversão das fases de habilitação e julgamento.
Prazos de Divulgação
Variação de acordo com a natureza do objeto e o critério de julgamento.
Regimes de execução
Os regimes da Nova Lei são: 
· Empreitada por preço unitário; 
· Empreitada por preço global;   
· Empreitada integral; 
· Contratação por tarefa;  
· Contratação integrada;  
· Contratação semi-integrada;   
· Fornecimento e prestação de serviço associado (novidade). 
Publicidade e sigilo 
Na nova Lei, o sigilo do valor estimado do contrato não deve ser regra, exigindo-se justificativa, quando o sigilo for essencial à segurança do Estado e sociedade. Há também situações em que a publicidade ocorrerá depois de um certo marco.
Regra: Processo eletrônico, com raras exceções para o presencial.
(A ideia do orçamento sigiloso é evitar o chamado “efeito âncora” nas negociações. Ou seja, na medida em que os licitantes sabem de antemão o quanto a Administração está disposta a pagar, os preços ofertados tendem a ser o mais próximo possível do valor de referência. Não obstante, andou bem o legislador em não estabelecer o sigilo como regra. Há inúmeros riscos na não divulgação do orçamento estimado, sendo o mais grave deles o de corrupção. Se o valor estimado vaza, quem o conhece ganha enorme vantagem competitiva. Além disso, se o orçamento não é divulgado, não se pode conhecer os defeitos de sua elaboração. No final das contas, só a competição faz os preços baixarem)
Outras novidades...
Vedação à aquisição de artigos de luxo; Definição de matriz de risco; Novos crimes e penas; Criação de um Portal único de contratações públicas.
Referências bibliográficas
GUTERRES, Thiago. A nova lei de licitações: um panorama sobre as novidades no regime geral de licitações e contratos administrativos. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/222330. Publicado em 04 de outubro de 2021.
TIBÚRCIO, Ana Luiza. Nova Lei de Licitação: panorama geral sobre as principais alterações . Disponível em: https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/nova-lei-de-licitacao-panorama-geral-sobre-as-principais-alteracoes/. Publicado em 15 de dezembro de 2020.

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