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Estagio Remoto Educação Infantil - Lidiane Silva

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Estagio Remoto: Relato de Experiência – Educação Infantil Aluno: Lidiane de Jesus Silva
Relato de experiência com uma turma de educação infantil, supervisionado pela professora Maria (nome fantasia), no Colégio Dos Sonhos (nome fantasia), Guarujá – São Paulo.
No início do ano de 2020, fui indicada a auxiliar uma turma de crianças de 3 anos ( 10 meninos e 4 meninas,) que era assumida pela professora de educação infantil Maria. Fui recebida na instituição de ensino pela coordenadora pedagógica Ana, que foi muito atenciosa e prestativa. A Coordenadora foi responsável por me apresentar à rotina da escola e como funcionavam os horários e aulas de cada turma.
Fui designada para a sala da educação infantil número III, onde iria auxiliar nas atividades desenvolvidas pela professora com as crianças, e acompanhamento nas aulas extracurriculares. A instituição de ensino tem uma rotina de estudos e desenvolvimento pedagógica muito rica e significativa, contando com várias entidades organizadas e muitos grupos envolvidos em atividades artísticas, físicas e lúdicas. Outra característica marcante é a participação significativa das famílias, todos sempre engajados no desenvolvimento das crianças.
Percebi que dentro desse aspecto comum, as culturas e costumes familiares eram bem diversificadas, as experiências sócios - culturais de cada família refletem nitidamente no comportamento das crianças. Pude observar e perceber que quase todas as crianças já tinham experiência escolar anterior, a professora definiu que o primeiro grande objetivo seria uma acolhida que trouxesse segurança afetiva para as crianças.
Na sua acolhida, a professora organizava (me proporcionando a chance sempre de auxilia – lá e observa – lá) cuidadosamente o espaço, que sempre era muito diversificado, dias com muitos brinquedos, outros dias com uma roda de conversa ou uma roda cantada. Seguido do momento da acolhida, a professora apresentava a rotina diária para a turma de forma coletiva e lúdica.
As atividades eram sempre administradas e coordenadas de forma coletiva pela professora, sempre apostando no poder dos brinquedos como auxiliares lúdicos num novo espaço, em princípio, “ameaçador”. Aos poucos, as crianças foram se encaminhando e conseguiam desenvolver as atividades com certa “independência”. Eram coordenadas pela professora atividades que desenvolviam a coordenação motora, como a pinça, por exemplo, atividades em folhas em papel A3, onde as crianças tinham um espaço maior e assim podiam desenvolver seus movimentos de forma livre e com fácil aprendizado.
Pude perceber que na educação infantil é muito importante considerar e optar por muito aconchego e tolerância e menos exigências nesse princípio. A hora das regras e limites tem que acontecer, mas depois, no tempo e na necessidade adequados, pois é fundamental contribuir com a formação ética das crianças. Além de considerar as vivências das crianças como ponto de partida para o desenvolvimento escolar, pedagógico e social.
Na pouca experiência como expectadora e auxiliar da professora e da turma pude perceber que os conhecimentos, a rotina diária dentro e fora de sala de aula, tanto com a professora quanto com as crianças entre si, são de construção, um processo formativo que se inicia a partir do primeiro dia de aula, e que as intenções e respostas das crianças de forma comportamental de modo geral precisavam ser consideradas ao pensar no trabalho durante o ano.
Não pude conhecer a turma melhor e a rotina de ensino da escola de forma mais ampla e com maior tempo de convivência, por conta da pandemia do novo corona vírus – COVID – 19 e com isso pude perceber que o tempo de adaptação (para as crianças e para a professora) foi vivido com ansiedade. Nesse curto espaço de tempo, procurei observar atentamente a realidade, as necessidades e os interesses específicos daquele grupo de crianças, buscando articulá-los às intenções educativas apropriadas para o desenvolvimento de crianças de 3 anos.
Assim, pude absorver quais objetivos e conteúdos eram esperados para aquela turma, naquele ano. Notei que essa é sempre uma tarefa desafiadora, pois vai indicar a qualidade do trabalho educativo. Para enfrentar esse desafio, a professora que estava me auxiliando e me acompanhando de forma coordenada, compartilhou comigo sua experiência e me relatou que sempre conta com duas ferramentas que são grandes aliadas de qualquer professor de Educação Infantil: o brincar, pois é nessa atividade que as crianças mais se revelam, e o cantar, pois elas adoram e se acalmam na realização dessa atividade, tornando- se mais receptivas às outras propostas. Uma postura de escuta/leitura do grupo também é determinante. Em relação a essas informações que pude colher da professora e por suas experiências comigo compartilhadas, por toda observação e convivência com as crianças e suas respectivas famílias e também com a interação que obtive com a rotina escolar pedagógica e sócio afetiva, nesse ano e para essa turma considerei importante:
· integrar as famílias a escola: aos 3 anos, é ainda mais evidente que a criança não está solta no mundo. Tem uma família, raízes, histórias que a constituem. Ter o acolhimento familiar é fundamental para o crescimento pedagógico e social da criança.
· oportunizar a formação do aprendiz; fui muito bem recebida e acolhida pela instituição de ensino, para minha formação como uma futura docente uma primeira imagem positiva desse espaço educativo fez toda a diferença na minha busca por experiência de vivencia no ambiente escolar, despertando o prazer para seguir vida afora em busca de descobrir o novo, aprender, aprender e gostar disso.
Para isso entendo como uma docente em formação que, em cada situação, será necessário oferecer oportunidades e diferenciar as estratégias para todos desenvolverem suas capacidades nas diferentes dimensões humanas (ética, ecológica, sócio-emocional, cognitiva, física).

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