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Lidiane Jesus Silva - Relatório Gestão Escolar

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Gestão Escolar
Anos Inicias – Ensino Fundamental
Gestão - Espaço Formal e Não Formal
Educação Infantil
Estágio Supervisionado
ESTUDO DE CASO – Gestão Escolar
Lidiane de Jesus Silva
Caso Apresentado
 Um aluno de 15 anos do 8ª ano do Ensino Fundamental, segundo os relatos de uma de suas professoras, demonstrava constantemente alterações no comportamento em sala de aula. Não se comunicava com os colegas, nem mesmo com a professora, além de gostar de sentar-se próximo à porta e sempre sair da sala sem a permissão dela. Era um aluno frequente, fazia as atividades propostas, mas, sempre isolado do grupo. Não aceitava realizar trabalhos em grupo, demonstrando muita resistência. Às vezes levava para a sala de aula um radiofone e ficava cantando o tempo todo, perturbando a aula. De acordo com a professora, várias formas de se trabalhar com ele foram feitas, mas tudo em vão. O aluno não apresentava mudanças. A Escola Estadual Fonte Boa recebe alunos com características muito diferentes uns dos outros. Os problemas mais frequentes na escola são indisciplina e violência, que são rotineiros e trabalhados no dia-a-dia com os alunos. 
 Uma nova gestora foi atribuída para tentar solucionar os problemas que a escola estava apresentando, nesta mesma escola já havia passado 3 diretores e nenhum conseguiu sanar o problema. 
- Você, como o (a) novo (a) gestor (a) da Escola Estadual Fonte Boa, o que faria para solucionar os problemas encontrados? 
Estudo de Caso
 Ao analisar as várias possibilidades de abordagem tanto em sala de aula como em qualquer outro meio escolar, os problemas que mais se destacam são indisciplina e violência, onde se mostram serem problemas rotineiros e que já são trabalhados diariamente com os alunos. Analisar do ambiente de aprendizagem tem sido uma das opções de trabalho no campo educacional, porém a violência e indisciplina dentro do ambiente escolar vão além do que um apenas um problema rotineiro da escola. É preciso que haja uma investigação com uma finalidade maior e mais abrangente, com a finalidade de comprovar se o ambiente da sala de aula, bem como algumas variáveis sócio demográficas, são relevantes na explicação do rendimento acadêmico dos alunos. É necessário que sejam feitas primeiramente pesquisas de campo, entrevistas com os pais e alunos, a fim de serem constatadas a real fonte de tais problemas vivenciados dentro da escola e quem podem ter influencias externas, desse modo é preciso saber tratar do problema de frente e encontrar uma solução que seja tratada de maneira conjunta onde todos estejam engajados em uma dissolução definitiva para tais questões. Constatou-se que o ambiente da sala de aula tem um impacto positivo e significativo no rendimento académico dos alunos, porém com muitas intervenções externas negativas.
Toda forma de violência, abuso, opressão, maus-tratos, negligência e outras formas de violações de direitos de crianças e dos adolescentes devem “obrigatoriamente” ser comunicados aos órgãos responsáveis – estabelecimentos de ensino, família, Estado, sociedade civil – conforme estabelecido no artigo 227 da Constituição Federal. Observar os artigos 55, 56 e 245 do Estatuto da Criança e do Adolescente, que abordam as questões relacionadas à evasão escolar e da obrigatoriedade de denunciar casos de violações de direitos.
 Ao referir-se diretamente ao caso do aluno que apresenta constantes alterações de comportamento, falta de comunicação, e por fim sua característica individual de sentar-se próximo a porta e sempre se ausentar da sala sem permissão do professor que está ministrando a aula em questão, é algo que deve ser tratado de forma individual, buscando entender o que de fato se passa com esse adolescente, pois de contra partida também foi levantado que ele é um aluno que frequente, que se dispõe em fazer as atividades propostas a ele e com bom desempenho, mesmo que sempre de forma isolada do restante da turma, inclusive do professor em questão.
 Outra questão que precisa de atenção é a resistência que o aluno demonstra em trabalhar em grupo e assim não aceita de forma alguma socializar com o restante da turma, ainda de acordo com os professores, forma feitas varias tentativas de formas diferentes em trabalhar com o aluno em questão e todas sem sucesso. A escola já tem a característica marcante em receber alunos com dificuldades pedagógicas, assim como também com problemas sócio educativo e outros.
 O principal objetivo a ser buscado nesta instituição como um todo é a inclusão desses alunos num ambiente escolar em constante desenvolvimento, assim como livre de violência e indisciplinaridade, a mediação escolar em casos de crianças e adolescentes que já possuem um histórico violento e inadimplente é principalmente incluir esses alunos num ambiente modificado e assim introduzir aos poucos uma nova vivencia a eles, a qual eles não estão acostumados e por isso necessita de um acompanhamento constante e regular, apresentando a eles alunos um ambiente escolar inovador, com ganhos de aprendizagem e socialização.
 A partir desse estudo de caso pode-se apresentar uma narrativa da construção de uma mediação escolar, a partir de uma pesquisa feita diretamente com os pais/familiares, comunidade e o meio com que convivem essas crianças e esses adolescentes. A dificuldade de interação dos alunos entre si estão diretamente ligadas ao estilo cognitivo diferenciado e o desenvolvimento do adolescente em vários aspectos, orientados pela perspectiva diretamente ligada ao ambiente em comunidade quem vivem. 
 È necessário estabelecer normas e regras de convivência que estimulem e incentivem o respeito mutuo entre todos, tanto professores, como alunos e funcionários em comum, assumindo uma postura de dialogo e falar a língua dos estudantes. De um modo geral é preciso que a escola seja reconhecida pelos alunos e familiares como um ambiente social seguro, onde se pode manter um canal de comunicação sempre aberto com os alunos e sua família. Esse hábito auxilia de forma direta na construção sólida e segura de um vínculo de confiança entre todos.
 Sendo assim, quando o aluno se sentir seguro e acolhido no ambiente escolar, ao sinal de qualquer problema mesmo que externo, ele se sentirá mais confortável para buscar ajuda, ao invés de expressar seus problemas de forma violenta e brusca. Vale lembrar que quem cresce em um ambiente com situações diárias de violência, tenderá a reproduzi-la, seja entre alunos ou contra os professores e funcionários da escola, ou mesmo em forma de vandalização do patrimônio escolar material ou imaterial.
 É ideal que ao se perceber que episódios de violência têm ocorrido com frequência na escola, talvez seja o caso de convidar um profissional especializado para auxiliar na tarefa de identificar as motivações, discutir as ações e atuar em busca de soluções. Por essa razão a escola precisa favorecer o diálogo em torno desse tema, ele ajuda a desenvolver o senso crítico em seus alunos e ganha força no sentido de valorizar o respeito, a solidariedade e a convivência entre seres humanos que chegam à escola com origens, histórias, bagagens e limitações muito diferentes.
 Fazer uso de abordagens coletivas, como por exemplo, mostrar filmes e promover debates entre os alunos, é estratégias importantes e que em curto prazo apresentam bons resultados para sensibilizar os alunos e encorajá-los a enfrentar o problema. Promover palestras, ou até mesmo incentivar os alunos a promovê-las sobre o assunto também contribui nessa direção. A reflexão e a construção da consciência coletiva é um passo importante no caminho da prevenção.
 A respeito de como tal violência física e/ou simbólica estiverem sendo refletidos no comportamento de uma criança ou adolescente, a família pode e deve buscar o auxílio de um psicólogo, profissional especializado na área, e a escola poderá orientá-la nessa situação. Crianças que sofrem de agressões devem ter consciência do seu valor para que não internalizem o tratamento recebidopor alguém que as menospreze ou humilhe. E, acima de tudo, elas jamais devem encarar esses comportamentos como normais. A conscientização em massa funciona como uma dupla estratégia, fazendo com que aqueles que praticam a violência entendam por que não devem fazê-lo, e os que a sofrem, se encorajem a relatar a situação para a família e professores sempre funcionando como uma via de mão dupla, desse modo quem sofre a agressão consegue se livrar do agressor, e contra partida é recuperado aquele adolescente que em algum dado momento da via entendeu que agressão era o único caminho que ele poderia seguir.
 A violência escolar é um tema que deve ser abordado periodicamente em reuniões entre família e professores, não se deve de forma alguma fingir que o problema não existe, assim estará dando a entender que significa negligenciar aqueles que sofrem com ele. O ato de violência não deve nunca ser tratado como algo normal nem pelos gestores e muito menos pela família e alunos, e quando se reconhecer a existência dela, as soluções possa e deve ser buscadas por todos, em conjunto e de forma imediata, de fato que desentendimentos, discussões e brigas ocorrem, sim. O que não é saudável é que comportamentos que constranjam, envergonhem, agridam física e moralmente outras pessoas se tornem algo comum, rotineiro em ambientes familiares e escolares.
 Por essa e muitas outras razões, a participação mais efetiva e presente da família no contexto escolar são fundamentais e imprescindíveis, uma aproximação maior desta com os filhos, o incentivo da escola em preparar melhor seu corpo docente e seus funcionários para que se dediquem a promover atitudes de tolerância e respeito entre os alunos, são medidas que ajudam significativamente no combate à violência na escola, estimulando um convívio mais saudável entre os grupos sociais.
 Instalar dispositivos de segurança, por exemplo, é um meio eficaz e que a curto e longo prazo apresentam resultados muito bons e satisfatório, desde que os alunos seja consultados e ouvidos a respeito de tais atitudes e posicionamento dos gestores e direção da escola, a escola pode providenciá-los. Por outro lado, também é importante estar ciente de que apenas essa medida não exclui o problema. Ela só funciona se for associada às ações de conscientização.

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