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Sarah Silva Cordeiro | Medicina FITS | P3 2021.2 | Histopatologia | @study.sarahs Adaptações do crescimento celular e diferenciação 1. Aumento no tamanho das células/Aumento da atividade funcional – Hipertrofia Hipertrofia, não tem novas células, apenas o aumento no tamanho. Células capazes de divisão celular: podem responder ao estresse por sofrer tanto hiperplasia quanto hipertrofia, mais hiperplasia do que hipertrofia. Células com baixa taxa de divisão: aumentam a massa tecidual devido a hipertrofia (p.e., fibras miocárdicas) mais mecanismos hipertróficos. Hipertrofia pode ser fisiológica ou patológica. Por causas como demanda funcional aumentada, estimulação por hormônios de crescimento. Funcional por uma estimulação como exemplo a musculação como também uma sobrecarga hemodinâmica que pode causar uma hipertrofia no musculo cardíaco. Ação dos hormônios estrogênicos sobre os receptores de estrogênio de musculo liso, no útero, há um aumento da síntese de proteínas do músculo liso aumento no tamanho da célula. Mecanismos de hipertrofia: 1. Ações ligadas aos sensores mecânicos, que são acionadas por carga de trabalho aumentada; 2. Fatores de crescimento, TGF-β, IGF-1, fator de crescimento de fibroblastos; 3. Agentes vasoativos, α-adrenérgicos, endotelina-1 e angiotensina II. 2. Aumento no seu número – Hiperplasia Aumento no número de células em um órgão que resulta da proliferação aumentada de células diferenciadas ou, em alguns casos, de células progenitoras menos diferenciadas. O que aumenta a massa deste órgão e tecido. Células possuem a capacidade de se dividir. Pode ser uma hiperplasia fisiológica ou patológica. Fisiologia: pode ser hormonal (aumenta a capacidade de um tecido quando necessário) ou compensatória (aumenta a massa do tecido após um dano ou ressecção parcial). Patológica: excessos de hormônios (hiperplasia do endométrio ou prostática benigna por exemplo, ocasionado por níveis de hormônios insatisfatórios, desregulações) Fatores de crescimento que atuam em células alvo, todos juntos levam a hiperplasia. Câncer (fatores de crescimento) os mecanismos de controle de crescimento tornam-se desregulados ou ineficazes por causa de aberrações genéticas. Proliferação desenfreada. Infecções virais, após a infecção as células podem perder o controle sobre o processo replicativo. Exemplo o HPV induz as células a se proliferarem Mecanismos de hiperplasia: 1. Depende da capacidade de regeneração dos diferentes tipos de células; 2. células lábeis (estaminais) dividem continuamente, exemplo células tronco da medula óssea, podem sofrer hiperplasia como uma adaptação à lesão celular; 3. células estáveis (repouso) estão na fase G0, como exemplo, hepatócitos, astrócitos, células musculares lisas, podem entrar no processo de hiperplasia, mas para isto precisam ser estimuladas; ciclo G0 não esta sendo realizado mitoses, mas podem sair deste estagio; 4. células permanentes, células altamente especializadas que não podem se replicar, como por exemplo neurônios, células musculares esqueléticas e células cardíacas. Podem sofrer hipertrofia (apenas no musculo). 3. Diminuição no tamanho e na atividade metabólica – Atrofia Diminuição no tamanho do tecido que vai refletir sobre o tamanho do órgão. Causa: estimulação hormonal diminuída. o Hipopituitarismo: causando atrofia de órgãos-alvo, tais como a tireoide e do córtex adrenal. Causa: diminuição da inervação o Esclerose lateral amiotrófica (ELA) Causa: atrofia cerebral o Aterosclerose da arterial carótida Causa: diminuição da oferta de nutrientes Sarah Silva Cordeiro | Medicina FITS | P3 2021.2 | Histopatologia | @study.sarahs o Marasmo privação total de calorias Causa: aumento da pressão sanguínea o Hidronefrose, atrofia do córtex e da medula renal Causa: oclusão de ductos secretores o Fibrose cística, atrofia das glândulas exócrinas por espessamento dos ductos Mecanismos da atrofia: 1. Encolhimento das células devido ao catabolismo aumentado de organelas celulares (por exemplo as mitocôndrias) e redução no citosol. Perda de células por apoptose; 4. Mudança no fenótipo – Metaplasia Substituição de um tipo de célula totalmente diferenciado por um outro: as células substituídas são menos sensíveis a um stress em particular (se adaptam melhor) Tipos de metaplasia: Metaplasia de epitélio escamoso para glandular (exemplo esôfago de Barrett exibem um aumento das células caliciformes e células secretoras de muco) Metaplasia de epitélio glandular a outros tipos de epitélio glandular (exemplo metaplasia intestinal, epitélio do piloro e do antro exibe um aumento de células caliciformes e de Paneth em resposta à ação da H. pylori induzida por gastrite atrófica crônica) Metaplasia de epitélio glandular para escamoso (epitélio brônquico, pessoas fumantes, substituição do epitélio pseudoestratificado por epitélio que tem mais camadas celulares assim mais resistente a ação do cigarro) Metaplasia de epitélio de transição para escamoso (epitélio da bexiga infecção por Schistosoma haematobium na bexiga provoca metaplasia do epitélio de transição para escamoso) Mecanismos da metaplasia: 1. Reprogramação de células tronco em resposta aos seguintes sinais: a. Estrogênio; b. Ácido retinóico; c. Fumaça do cigarro. 2. Metaplasia pode ser reversível desde que o agente irritante seja removido.
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