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CCJ0051-WL-A-LC-Mecanismo de Coesão Referencial

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MECANISMOS DE COESÃO REFERENCIAL
A coesão textual é estruturada de duas maneiras: referencialmente e seqüencialmente. Aqui, vamos estudar a REFERENCIAÇÃO, que consiste em termos (pronomes, advérbios, expressões equivalentes) que fazem alusão a um vocábulo já citado, para enfatizá-lo ou para repeti-lo. Vejamos tais mecanismos.
A) Pronominalização: substituição do termo referente por um pronome ou advérbio.
A Seleção Brasileira foi bem, no jogo de ontem, no Estádio do Arruda. Lá, a torcida sempre apoia o time brasileiro.
B) Numerais: usados para substituírem os referentes textuais.
Existem dois tipos de coesão. A primeira é referencial; a segunda, seqüencial.
C) Elipse: supressão de um termo subentendível, por ter sido colocado no início, ou que será inserido no final do segmento.
Fazia gols inimagináveis. Romário foi um gênio na pequena área.
Cazuza viveu intensamente. Tinha fama de rebelde, mas queria mesmo era transgredir.
D) Repetição de nome próprio integral ou parcialmente: Reitera um nome total ou parcialmente para enfatizá-lo.
Luis Inácio Lula da Silva esteve com Barack Obama. Lula espera que relação entre os dois países melhore ainda mais.
E) Metonímia: Processo de substituição de uma palavra por outra, fundamentada numa relação de contigüidade semântica. Ou seja, quando essas palavras guardam alguma relação de sentido entre si.
O governo americano diz estar aberto ao diálogo com qualquer país. A Casa Branca realmente mudou com a chegada de Barack Obama.
F) Epíteto: Elogio ou injúria atribuída a alguém.
Pelé sempre é polêmico quando abre a boca. O Rei do Futebol não costuma usar a retórica a seu favor.
G) Nominalização: É o uso de um substantivo que mantém relação semântica com verbo usado anteriormente.
O reitor afirmou que a Universidade não se adequará às mudanças este ano. Aafirmação ratificou o que todos já presumiam.
H) Sinonímia: Emprego de palavras ou expressões sinônimas ou muito parecidas.
Todos devem cumprir os deveres para poder cobrar alguma coisa depois. Não cumprir as obrigações significa estar inapto a reivindicar o que quer que seja.
I) Repetição: Quando não houver possibilidade de substituição por palavra equivalente ou quando a situação favorecer.
O verbo é a espinha dorsal de uma oração. Sem ele, não existe significação e, por conseqüência, comunicação. Assim, o verbo torna-se indispensável para que se construa sentido.
J) Termo-síntese: Emprego de uma palavra ou expressão que resume uma idéia anterior.
Falta de professores, escolas depredadas, estrutura degradada, currículo arcaico.Todos esses obstáculos fazem do Brasil um país sempre vergonhoso no quesito educação.
COESÃO INTERFRÁSTICA
A coesão interfrástica designa mecanismos de seqüencialização que marcam diversos tipos de interdependência  entre as frases que ocorrem num texto. Basicamente, a conexão interfrástica é assegurada pelos conectores, que podem ser conjunções (ex.1) ou advérbios conectivos (ex.2).
Exemplo
(1) Parto para férias, quando acabar o relatório.
(2) Estou disposta a abdicar do feriado. Agora, não me peçam que trabalhe 12 horas por dia.
	Adição
	e, alem disso, além do mais, e ainda, e até, também, igualmente, do mesmo modo, não só …como também, não só … como ainda, bem como, assim como, por um lado … por outro, nem…nem, de novo, incluindo…
	Certeza
	com certeza, decerto, naturalmente, é evidente que, certamente, sem dúvida que,…
	Oposição / contraste
	mas, porém, todavia, contudo, no entanto, de outro modo, ao contrário, pelo contrário, contrariamente, não obstante, por outro lado…
	Concessão
	apesar de, ainda que, embora, mesmo que, por mais que, se bem que, ainda assim, mesmo assim…
	Conclusão / síntese / resumo
	pois, portanto, por conseguinte, assim, logo, enfim, concluindo, em conclusão, em síntese, conseqüentemente, em conseqüência, por outras palavras, ou seja, em resumo, em suma, ou melhor…
	Confirmação
	com efeito, efetivamente, na verdade, de fato, sem dúvida, de certo, deste modo, na verdade, ora, aliás, sendo assim, veja-se, assim…
	Explicitação / particularização
	quer isto dizer, isto (não) significa que, por outras palavras, isto é, por exemplo, ou seja, é o caso de, nomeadamente, em particular, a saber, entre outros, especificamente, ou melhor, assim, ressalte-se, saliente-se, importa salientar, é importante frisar …
	Opinião
	Na minha opinião, a meu ver, em meu entender, no meu ponto de vista, parece-me que, creio que, penso que, para mim,  …
	Dúvida
	talvez, provavelmente, é provável que, possivelmente, é possível, porventura…
	Alternativa
	fosse…fosse, ou, ou então, ou …ou, ora…ora, quer…quer, seja…seja, alternativamente, em alternativa, senão …
	Comparação
	como, conforme, também, tanto…quanto, tal como, assim como, tão como, pela mesma razão, do mesmo modo, de forma idêntica, igualmente, …
	Consequência
	por tudo isto, de modo que, de tal forma que, de sorte que, daí que, tanto…que, é por isso que…
	Causa
	pois, pois que, visto que, já que, porque, dado que, uma vez que, por causa de, posto que, em virtude de, devido a, graças a …
	Fim / intenção
	com o intuito de, para (que), a fim de, com o fim de, com o objetivo de, de forma a …
	Hipótese / Condição
	se, caso, a menos que, salvo se, exceto se, a não ser que, desde que, supondo que, admitindo que …
	Sequência temporal / espacial.
	em primeiro lugar, num primeiro momento, antes de, em segundo lugar, em seguida, seguidamente, então, durante, ao mesmo tempo, quando, simultaneamente, depois de, após, até que, enquanto, entretanto,  logo que, no fim de, por fim, finalmente,acima, abaixo, atrás, ao lado, à direita, à esquerda, ao centro, adiante, diante, em cima, em baixo, no meio, naquele lugar, detrás, por trás (de), próximo de sob, sobre…
 
CASO CONCRETO 1
Mãe diz que não abandonou o menino que caiu
Moradora do Barramares, onde filho morreu em queda do 26º andar, achou que ele seria vigiado pelo irmão mais velho.
O sono pesado de Fernando Moraes Júnior, de 3 anos, deu à mãe dele, Rosana Rosa Cavalcanti da Silva, a certeza de que poderia ir sem problemas até a farmácia de propriedade da família num pequeno shopping embaixo do apartamento onde mora, no 26º andar de um dos prédios do Condomínio Barramares, na Barra da Tijuca.
Segundo Rosana contou a parentes, mesmo assim pediu para o filho mais velho, de 8 anos, ficar em casa até que ela voltasse. Mas o menino recebeu um telefonema de um vizinho e saiu para jogar bola. Fernando acordou sozinho, abriu a porta do quarto e levou uma cadeira até a varanda – que estava com a porta de correr aberta. Fernando subiu na cadeira, apoiou-se no parapeito sem grade, desequilibrou-se e caiu de uma altura de pouco mais de 80 metros às 20h40min de 6 de maio de 1999. Ele morreu no local e foi enterrado no Cemitério São João Batista, em Botafogo (RJ).
A mãe foi avisada e encaminhou-se para o local. Em estado de choque, sentou e chorou ao lado do corpo do filho por mais de duas horas. Segundo testemunhas, antes de cair no chão o corpo ainda bateu num coqueiro na frente do edifício, o que amorteceu a queda e evitou que ele tivesse muitas escoriações. O menino ainda teria respirado por alguns instantes, mas não resistiu. Policiais militares cobriram o corpo com um plástico preto.
- Não há dúvidas de que foi uma fatalidade. Ela sempre foi uma excelente mãe, cuidadosa, carinhosa com os filhos. Não foi negligência – afirmou Gisela Moraes Zepeta, irmã de Fernando Moraes, pai do menino.
A morte foi registrada na 16ª. DP (Barra) como fato a ser investigado. O perito Antônio Carlos Alcoforado disse que encontrou uma cadeira na sacada do apartamento no 26º andar. Segundo ele, o parapeito tinha 1.20 metros e só com a cadeira o menino poderia ter ultrapassado.
O delegado titular disse que vai esperar alguns dias até que a família esteja mais tranquila para tomar os depoimentos. Segundo ele, caso seja apurada negligência na atenção ao menor, o responsável poderá ser indiciado por homicídio culposo.
- Não podemos, porém falar de um caso assim porque a família já está sofrendomuito. Temos que esperar pelas provas técnicas – disse o delegado.
Segundo Gisela, Rosana contou que foi até a Farmácia Barramares 2000, que é administrada pelo marido, Fernando, pegar remédios e um panfleto para fazer no computador de casa. A mãe contou ainda que o menino estava cansado depois de brincar na creche que frequentava desde o início do ano, dentro do condomínio. Depois de tomar banho e jantar, ele dormia profundamente, segundo a mãe que aproveitou para descer. Segundo Gisela, Rosana teria demorado fora de casa cerca de cinco minutos até o momento do acidente.
Consulte também as fontes:
Art. 133 do CP: Abandonar pessoa que está sob seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade, e, por qualquer motivo, incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos.
§ 1º - Se do abandono resulta lesão corporal de natureza grave:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 5 (cinco) anos.
§ 2º - Se resulta a morte:
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 12 (doze) anos.
O instituto do perdão judicial somente pode alcançar o acusado que se mostrar suficientemente punido pelo sofrimento que o ato praticado causou na sua própria vida.
Art. 121, § 5º do CP: Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária.
Art. 107, IX do CP: Extingue-se a punibilidade: pelo perdão judicial, nos casos previstos em lei.
QUESTÃO DISCURSIVA
Selecione algumas das expressões do quadro anterior e produza três parágrafos argumentativos que defendam uma tese sobre a situação de conflito apresentada no caso concreto. O tipo de argumento é de sua livre escolha. Serão avaliadas, na correção, as escolhas que produzam melhor coesão entre os parágrafos.
CASO CONCRETO 2
Trata-se de indenização por danos morais de EVA TERESINHA SILVA DA ROSA em face de MANZOLI S.A INDÚSTRIA E COMÉRCIO. A violação da imagem ocorreu na loja Manlec n. 12, Rio Grande do Sul, no dia 16 de fevereiro do ano de 2011.
Alega a autora que esteve em uma das lojas da empresa requerida na ocasião em que comprou uma televisão marca Baysinic, além de outros objetos. No mesmo dia, foi filmada de forma imperceptível e depois sua imagem passou a aparecer diariamente, com destaque entre outras pessoas, na RBS, canal 12, em propaganda promocional da loja. Por um período de trinta dias, a gravação produzida era transmitida em sua velocidade normal e depois passou a ser apresentada com maior velocidade, o que tornou as cenas jocosas.
Tudo acontecendo muito rapidamente, fez com que os gestos e o caminhar das pessoas tornassem-se caricatos. Aduziu a requerente que, além da exploração clandestina de sua imagem, a demandante passou a enfrentar o ridículo da gozação de pessoas suas conhecidas e dos colegas da repartição pública onde trabalha.
Carlos Alberto Corrêa Machado, colega da autora no Hospital Santa Casa, ouviu de sua esposa que Eva estava aparecendo na televisão por diversas vezes, entre a novela das sete e a novela das oito e teve curiosidade, assistiu ao comercial umas duas ou três vezes, e, efetivamente, viu Eva carregando uma caixa de televisão.
O depoente só assistiu aos colegas brincarem com Eva dizendo que ela estava famosa. Jaqueline Camargo Domingues relatou que também foi colega da autora na Santa Casa e tem certeza que viu a propaganda no horário das novelas, e que não era reportagem jornalística, era propaganda mesmo.
Jaqueline tem certeza porque chegava ao serviço e todos os dias “mexiam” com ela, chamando-a de garota propaganda da Manlec e até chegou a dizer que parecia uma louquinha correndo com aquela caixa. Na Santa Casa eram gerais as brincadeiras com ela, todos dizendo que a viram na televisão.
Consulte as Fontes:
Art. 6º do CDC: São direitos básicos do consumidor:
IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços;
VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos;
Art. 5º, V da CRFB: é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;
Art. 5º, X da CRFB: são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
Art. 5º, XXVIII da CRFB: são assegurados, nos termos da lei:
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas;
QUESTÃO DISCURSIVA
Leia o caso concreto e, com base em tudo o que aprendeu até agora, produza fundamentação e conclusão para o caso concreto.
QUESTÃO DISCURSIVA
Leia o texto adiante, da autoria do Ministro Eros Grau, e identifique os tipos de argumento predominantes, se possível em cada parágrafo. Comente o efeito persuasivo alcançado pelo argumentador em cada trecho relevante.
Pequena nota sobre o direito a viver
Inventei uma história para celebrar a Vida. Ana, filha de família muito rica, apaixona-se por um homem sem bens materiais, Antonio. Casa-se com separação de bens. Ana engravida de um anencéfalo e o casal decide tê-lo. Ana morre de parto, o filho sobrevive alguns minutos, herda a fortuna de Ana. Antonio herda todos os bens do filho que sobreviveu alguns minutos além do tempo de vida de Ana. Nenhuma palavra será suficiente para negar a existência jurídica do filho que só foi por alguns instantes além de Ana.
A história que inventei é válida no contexto do meu discurso jurídico. Não sou pároco, não tenho afirmação de espiritualidade a nestas linhas postular. Aqui anoto apenas o que me cabe como artesão da compreensão das leis. Palavras bem arranjadas não bastam para ocultar, em quantos fazem praça do aborto de anencéfalos, inexorável desprezo pela vida de quem poderia escapar com resquícios de existência e produzindo consequências jurídicas marcantes do ventre que o abrigou.
Matar ou deixar morrer o pequeno ser que foi parido não é diferente da interrupção da sua gestação.Mata-se durante a gestação, atualmente, com recursos tecnológicos aprimorados, bisturis eletrônicos dos quais os fetos procuram desesperadamente escapar no interior de úteros que os recusam.Mais “digna” seria a crueldade da sua execução imediatamente após o parto,mesmo porque deixaria de existir risco para as mães. Um breve homicídio e tudo acabado.
Vou contudo diretamente ao direito, nosso direito positivo. No Brasil o nascituro não apenas é protegido pela ordem jurídica, sua dignidade humana preexistindo ao fato do nascimento, mas é também titular de direitos adquiridos. Transcrevo a lei, artigo 2o do Código Civil:
A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro.
No intervalo entre a concepção e o nascimento dizia Pontes de Miranda “os direitos, que se constituíram, têm sujeito, apenas não se sabe qual seja”. Não há, pois, espaço para distinções, como assinalou o ministro aposentado do STF, José Néri da Silveira, em parecer sobre o tema:
Em nosso ordenamento jurídico, não se concebe distinção também entre seres humanos em desenvolvimento na fase intrauterina, ainda que se comprovem anomalias ou malformações do feto; todos enquanto se desenvolvem no útero materno são protegidos, em sua vida e dignidade humana, pela Constituição e leis.
Trata-se de seres humanos que podem receber doações [art. 542 do Código Civil], figurar em disposições testamentárias [art.1.799 do Código Civil] e mesmo ser adotados [art. 1.621 do Código Civil]. É inconcebível, como afirmou Teixeira de Freitas ainda no século XIX, um de nossos mais renomados civilistas, que haja ente com suscetibilidade de adquirir direitos sem que haja pessoa. E, digo eu mesmo agora, nele inspirado, que se a doação feita ao nascituro valerá desde que aceita pelo seu representante legaltal como afirma o artigo 542 do Código Civil – é forçoso concluir que os nascituros já existem e são pessoas, pois “o nada não se representa”.
Queiram ou não os que fazem praça do aborto de anencéfalos, o fato é que a frustração da sua existência fora do útero materno, por ato do homem, é inadmissível [mais do que inadmissível, criminosa] no quadro do direito positivo brasileiro. É certo que, salvo os casos em que há, comprovadamente, morte intrauterina, o feto é um ser vivo.
Tanto é assim que nenhum, entre a hierarquia dos juízes de nossa terra, nenhum deles em tese negaria aplicação do disposto no artigo 123 do Código Penal, que tipifica o crime de infanticídio, à mulher que matasse, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho anencéfalo, durante o parto ou logo após, sujeitando a a pena de detenção, de dois a seis anos. Note-se bem que ao texto do tipo penal acrescentei unicamente o vocábulo anencéfalo!
Ora, se o filho anencéfalo morto pela mãe sob a influência do estado puerperal é ser vivo, por que não o seria o feto anencéfalo que repito pode receber doações, figurar em disposições testamentárias e mesmo ser adotado?
Que lógica é esta que toma como ser, que considera ser alguém – e não res – o anencéfalo vítima de infanticídio, mas atribui ao feto que lhe corresponde o caráter de coisa ou algo assim?
De mais a mais, a certeza do diagnóstico médico da anencefalia não é absoluta, de modo que a prevenção do erro, mesmo culposo, não será sempre possível. O que dizer, então, do erro doloso?
A quantas não chegaria, então, em seu dinamismo – se admitido o aborto – o “moinho satânico” de que falava Karl Polanyi? A mim causa espanto a ideia de que se esteja a postular abortos, e com tanto de ênfase, sem interesse econômico determinado. O que me permite cogitar da eventualidade de, embora se aludindo à defesa de apregoados direitos da mulher, estar-se a pretender a migração, da prática do aborto, do universo da ilicitude penal, para o campo da exploração da atividade econômica. Em termos diretos e incisivos, para o mercado. Escrevi esta pequena nota para gritar, tão alto quanto possa, o direito de viver. (http://www.febnet.org.br/reformadoronline/pagina/?id=254)
CASO CONCRETO
Analise os elementos constitutivos da argumentação jurídica que seguem e escreva a fundamentação e a conclusão pertinentes. Para que se compreenda a importância das disciplinas de Português Jurídico para o Exame das OAB, transcrevemos a ?grade de comentários? utilizada pelos examinadores. Atente para os critérios a serem comentados. Dos seis existentes, quatro são trabalhados diretamente por nossas disciplinas.
Adequação da Peça ao problema apresentado:
Raciocínio jurídico:
Fundamentação e sua consistência:
Capacidade de interpretação e exposição:
Correção gramatical:
Técnica profissional:
Situação de conflito
Pedro foi denunciado, pelo Promotor de Justiça da comarca de São Paulo, de subtrair, em 1º de julho de 2009, a importância de R$ 360,00 em dinheiro de Antônio, utilizando-se de um revólver de brinquedo.
Tese
O réu deve ser condenado pela prática do crime de roubo qualificado.
Contextualização do real
Fatos favoráveis à tese:
- O Juiz ouviu o réu no dia 5 de setembro de 2009, ocasião em que confessou, com detalhes, a prática delituosa, descrevendo a vítima e afirmando que o dinheiro fora utilizado na compra de drogas.
- O réu afirmou, ainda, que havia sido internado várias vezes para tratamento de desintoxicação.
- O réu foi preso em flagrante, com R$ 360,00 no bolso, a duas quadras do local do crime, por um policial à paisana, por estar em ?atitude suspeita?.
- A vítima garante que o réu tem o mesmo porte físico de quem o abordou no ato delituoso e usava roupas semelhantes, calça jeans e camiseta branca.
Fatos contrários à tese:
- Na referida oitiva com o juiz, o réu não estava acompanhado de seu defensor.
- A vítima, ao ser ouvida, confirmou o fato e afirmou que não viu o rosto do autor do crime porque estava encoberto e, por isso, não tinha condições de reconhecê-lo com segurança.
- - Dois policiais afirmaram que ouviram a vítima gritando que havia sido roubada, mas nada encontraram no local do crime.
Para a produção do que se pede, caso julgue necessário, utilize as polifonias:
LEGISLAÇÃO
Roubo
Art. 157, CP - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência:
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 10 (dez) anos, e multa.
§ 1° - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a detenção da coisa para si ou para terceiro.
Roubo qualificado
§ 2° - A pena aumenta-se de um terço até metade:
I - se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma;
II - se há o concurso de duas ou mais pessoas;
III - se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal circunstância;
IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior;
V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade.
§ 3° Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de cinco a quinze anos, além da multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa.
Art. 261, CPP - Nenhum acusado, ainda que ausente ou foragido, será processado ou julgado sem defensor.
Parágrafo único. A defesa técnica, quando realizada por defensor público ou dativo, será sempre exercida através de manifestação fundamentada.
DOUTRINA
Cancelada a súmula nº 174 do Superior Tribunal de Justiça[1]
Agravação da pena em face do emprego de arma de brinquedo
na execução do crime de roubo
Nos termos do art. 157, § 2.º, I, do Código Penal, a pena deve ser agravada de um terço até metade "se a violência ou grave ameaça é exercida com emprego de arma".
E quando se trata de arma de brinquedo ("arma finta")?
Há duas orientações:
1ª) o emprego de arma de brinquedo não agrava a pena do roubo: RT, 580/464, 591/360 e 667/305; JTACrimSP, 76/283, 72/23, 73/222, 75/54 e 202 e 99/275; STF, HC n. 69.515, 1.ª Turma, rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJU, 12.3.1993, p. 3561; RT, 705/416;
2ª) o roubo é agravado: RTJ, 106/838, 109/285, 91/179, 95/299 e 103/443; RJTJSP, 14/488 e 40/367; RT, 540/419, 553/349, 555/377, 576/480, 588/439 e 592/434; JTACrimSP, 66/257, 67/258, 69/242 e 79/447; Justitia, 105/181; JTJ, 164/321. Era a orientação da Súmula n. 174 do STJ:
"No crime de roubo, a intimidação feita com arma de brinquedo autoriza o aumento da pena".
Sempre entendemos que o emprego de arma de brinquedo não aumenta a pena do crime de roubo, respondendo o sujeito pelo tipo simples, sendo inadequada a Súmula n. 174. Nossa argumentação se fundamenta no sistema da tipicidade. O CP somente agrava a pena do delito quando o sujeito emprega arma. Revólver de brinquedo não é arma(1). Logo, o fato é atípico diante da circunstância. Caso contrário, por coerência, o porte de revólver de brinquedo constituiria o crime do art. 10, caput, da Lei n. 9.437, de 20.2.1997 (porte ilegal de arma de fogo). Se, no roubo, configura a circunstância "arma", por que não constituiria a elementar do crime especial? Como disse o Ministro Sepúlveda Pertence no HC n. 69.515, julgado pela 1.ª Turma do STF, em 1.º.12.1992, "a melhor doutrina tem oposto crítica demolidora" à tese de que o roubo, na espécie, é circunstanciado(2).
A Terceira Seção do STJ, no REsp n. 213.054, de São Paulo, em 24.10.2001, relator o Ministro José Arnaldo da Fonseca, decidiu cancelar a Súmula n. 174, considerando que o emprego de arma de brinquedo, embora não descaracterize o crime, não agrava o roubo, uma vez que não apresenta real potencial ofensivo. Ficou assentado que a incidência da referida circunstância de exasperação da pena:
1º) fere o princípio constitucional da reserva legal (princípio da tipicidade);
2º) configura bis in idem;
3º) deve ser apreciada na sentença final como critério diretivode dosagem da pena (circunstância judicial do art. 59 do CP);
4º) lesa o princípio da proporcionalidade(3).
De notar-se que a decisão apenas cancelou a referida Súmula, não havendo impedimento a que juízes e tribunais ainda continuem adotando a segunda orientação, que determina o agravamento da pena. Além disso, há o perigo de que, cancelada a mencionada Súmula, venham a reconhecer, no roubo agravado pelo concurso de pessoas, o concurso material entre esse tipo e o crime de utilização de arma de brinquedo na execução do fato (art. 10, § 1.º, II, da Lei n. 9.437/97). Se isso ocorrer, teremos a seguinte situação: se os assaltantes empregarem arma verdadeira, a pena mínima abstrata será de 5 anos e 4 meses de reclusão (art. 157, § 2.º, I e II, do CP); se roubarem com revólver de brinquedo, aplicando-se a regra do concurso material, a pena mínima abstrata será maior, qual seja, 6 anos e 4 meses de privação da liberdade (5 anos e 4 meses pelo roubo agravado pelo concurso de pessoas e 1 ano pelo crime da lei especial). Então, se os assaltantes receberem a mensagem, irão usar somente armas verdadeiras.
A Lei 10.826/2003[2]
A única disciplina jurídica que possui a nova Lei de Armas sobre o brinquedo perigoso é o art. 26, no qual prescreve que: "São vedadas a fabricação, a venda, a comercialização e a importação de brinquedos, réplicas e simulacros de armas de fogo, que com elas se possam confundir".
Com isso chega-se a seguinte conclusão: é proibida a prática de atos comerciais tendo por objeto arma de brinquedo que possa ser confundida com arma de fogo. Logo, se for cometido algum crime com a utilização de arma de brinquedo, o agente só responderá pelo crime que efetivamente cometer, não podendo a utilização da arma de brinquedo ser objeto de elementar ou circunstância do crime.
A falta de técnica legislativa para a elaboração da Lei está muito aquém do aclamado pela sociedade. Explico.
Se o legislador proibiu a prática empresarial de arma de brinquedo é porque esta possui uma lesividade considerada. Então, porque não impor uma sanção própria como fez a revogada Lei?
Chega-se ao absurdo de se proibir a prática de comércio com a arma de brinquedo e ser totalmente livre a sua utilização na prática de crimes. Seria o mesmo que considerar proibida a venda de entorpecente e ser liberado o seu uso.
JURISPRUDÊNCIA
2006.0000.0945-8/0 - APELAÇÃO CRIME ? Tribunal de Justiça do Ceará
Data Protocolo: 14/02/2006
Data Distribuição: 02/05/2006
Órgão Julgador: 1ª CÂMARA CRIMINAL
Relator: Des. FRANCISCO HAROLDO R. DE ALBUQUERQUE
Ementa: APELAÇÃO CRIMINAL. ROUBO DUPLAMENTE QUALIFICADO. AUTORIA DO CRIME COMPROVADA. ABSOLVIÇÃO INVIÁVEL. PARTICIPAÇÃO DE MENOR IMPORTÂNCIA. DESCLASSIFICAÇÃO PARA A FORMA TENTADA. INVIÁVEL. INEXISTÊNCIA DE CONCURSO MATERIAL. INOCORRÊNCIA. DIMINUIÇÃO DE PENA. IMPOSSIBILIDADE. DECOTE DE QUALIFICADORA. ARMA DE BRINQUEDO. PROVIMENTO PARCIAL. I - Inviável a absolvição pleiteada, quando as provas coletadas durante a instrução, especialmente os depoimentos testemunhais e as declarações das vítimas, comprovam, sem eiva de dúvidas, que o apelante cometeu os crimes pelos quais foi condenado. II - Não se pode considerar como sendo de menor importância a participação do acusado que, empunhando a arma do crime, anunciou o assalto. III - A consumação do crime de roubo se dá no momento em que o agente, mediante violência ou grave ameaça, retira o bem da posse do ofendido, embora tenha sido logo após devolvido. IV - O acusado, mediante duas ações distintas, ocorridas em ruas e horários diversos, cometeu dois crimes de roubo, o que se amolda, perfeitamente, no conceito de concurso material, definido no art. 69 do Código Penal. V - Não se reputa severa a pena aplicada no mínimo legal, quando presentes as circunstâncias do art. 59 do código repressivo. VI - O emprego de arma de brinquedo não qualifica o crime de roubo, devendo ser retirada dita qualificadora, sem alterar, contudo, a pena fixada, haja vista que o juiz sentenciante, pela incidência de duas qualificadoras, estabeleceu o aumento mínimo de 1/3. VII - Apelo parcialmente provido, apenas para decotar a qualificadora do emprego de arma, mantendo-se inalterada, entretanto, a pena aplicada. 
Tribunal de Justiça de Pernambuco
Nº Processo         213992002 / Acórdão                0431882003 / Relator                  NELMA SARNEY COSTA
Data                       25/02/2003 00:00:00 / Órgão                    SÃO LUÍS / Processo               APELAÇÃO CRIMINAL
Ementa: Apelação criminal. Crime de roubo. Defesa pleiteia desclassificação para o crime de furto, dado a inexistência de potencialidade lesiva na arma de brinquedo. Inadmissibilidade. Desclassificação para crime para modalidade tentada. Procedência. Pena definitiva não superior a dois anos. Concessão da suspensão condicional da pena. I - a utilização de simulacro de arma de fogo, quando causa intimidação à vítima, é meio idôneo para a caracterização da vis compulsiva e, conseqüentemente, do crime de roubo. II - para a consumação do delito de roubo, assim, como no de furto, é necessário que haja inversão do título da posse da res furtiva. Tendo sido, os agentes, presos por populares quando tentavam fugir com a coisa subtraída, interrompido está o iter criminis, restando configurado apenas o delito na sua forma tentada. III- presentes os pressupostos da suspensão condicional do processo impõe-se a sua concessão. IV - recurso parcialmente provido à unanimidade.
Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro
2007.001.62394 - APELACAO / DES. ELTON LEME - Julgamento: 30/01/2008 - DECIMA SETIMA CAMARA CIVEL / TROCA DE BEBES DURANTE AS PRIMEIRAS HORAS DE VIDA / PRIMEIRO ALEITAMENTO REALIZADO POR MAE DIVERSA / MA PRESTACAO DE SERVICOS / DANO MORAL / REDUCAO DO VALOR
AÇÃO INDENIZATÓRIA. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DE ESTABELECIMENTO HOSPITALAR. TROCA DE BEBÊS DURANTE AS PRIMEIRAS HORAS DE VIDA. PRIMEIRO ALEITAMENTO REALIZADO POR MÃE DIVERSA. DANOS MORAIS CONFIGURADOS. REDUÇÃO DO QUANTUM INDENIZATÓRIO. 1. A troca de bebês nas primeiras horas de vida, que acarretou o primeiro aleitamento por mães diversas, não deixa dúvida acerca do serviço defeituoso prestado pelo estabelecimento hospitalar que, por isso, responde pelos danos morais causados aos respectivos pais. 2. Não obstante haja diferenças na percepção do vício do serviço pelos pais dos bebês, não há motivos plausíveis para arbitrar valores diferenciados, eis que a intensidade da mácula moral não se aufere por fórmulas matemáticas, mas decorre da análise circunstanciada e equilibrada do episódio lesivo como um todo. 3. Danos morais que devem ser reduzidos à luz dos critérios da razoabilidade e da proporcionalidade. 4. Recurso parcialmente provido. 
Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro
2007.001.28856 - APELACAO - 1ª Ementa / DES. ADEMIR PIMENTEL - Julgamento: 22/08/2007 - DECIMA TERCEIRA CAMARA CIVEL / ACAO DE INDENIZACAO POR ATO ILICITO / TROCA DE CRIANCAS EM MATERNIDADE / MORTE DE UMA DAS CRIANCAS / DANO MORAL / PRINCIPIO DA PRESERVACAO DA SOCIEDADE EMPRESARIAL
Processual Civil. Ação para reparação de danos morais por ato ilícito. Criança trocada na maternidade e que se constatou haver falecido, quando da troca promovida em sede judicial. Ao invés do filho querido, uma certidão de óbito."Daminum in re ipsa". Valor indenizatório que, ao lado do aspecto reparatório, deve atender aos aspectos pedagógicos da condenação, sem, contudo, colocar em risco a saúde financeira da instituição. Parcial provimento ao primeiro e improvimento ao segundo recurso. I- Indiscutível a culpa de estabelecimento hospitalar que em maternidade troca os bebês nascidos, cabendo-lhe responder pelo ato negligente de seus prepostos; II- Ainda que a morte do bebê não decorra de ato do nosocômio, a troca ocorrida retirou dos verdadeiros pais a oportunidade de conviver nas poucas horas de vida, com o filho querido. Afagar-lhe, beijar-lhe a face gélida e lhe dar um sepulcro como eles, verdadeiros pais, gostariam de dar. Não que aqueles que o detinham tivessem agido culposamente e não lhe tenha dadosepulcro digno; III- A "via crucis" experimentada pelos Autores, principalmente a mãe se submetendo à humilhação de exames de DNA em face da dúvida da paternidade, culminou com o triste desenlace: quando da troca entregaram um filho e receberam no lugar de seu filho uma certidão de óbito; IV- "Damnum in re ipsa",cujo valor indenizatório, sem se afastar dos aspectos da reparação, deve atender aos princípios pedagógicos da condenação, a tentativa de, através de condenações significativas, se evitarem novos sofrimentos para aquelas mães que trazem ao mundo filhos queridos. Contudo, esse valor não pode traduzir risco à sobrevivência da instituição; V- Parcial provimento ao primeiro e improvimento ao segundo recurso.

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