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Perguntas e Respostas - Bulhas Cardíacas

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Laísa Dinelli Schiaveto 
 
Perguntas e Respostas – Bulhas Cardíacas 
PRIMEIRA BULHA CARDÍACA 
1) O que é a 1a bulha cardíaca? 
Corresponde ao fechamento das valvas 
atrioventriculares mitral e tricúspide, sendo 
representadas pelo “TUM”. 
2) Quais são as características da 1a bulha cardíaca? 
Coincide com o ictus cordis e com o pulso carotídeo. 
É o timbre mais grave e seu tempo de duração é maior 
que o da B2. É auscultada nos focos mitral e tricúspide, 
sendo mais intensa no mitral. 
3) O que compreende as alterações da 1a bulha 
cardíaca? 
- Intensidade; 
- Timbre e Tonalidade; 
- Desdobramentos; 
- Mascaramento. 
4) Quais fatores influenciam a intensidade da 1a 
bulha cardíaca? 
- Posição das valvas no início do seu fechamento; 
- Níveis das pressões nas cavidades cardíacas; 
- Velocidade de subida da pressão intraventricular; 
- Condições anatômicas das valvas; 
- Força de contração do miocárdio; 
- Condições relacionadas com a transmissão das 
vibrações. 
5) Causas de hiperfonese da 1a bulha cardíaca. 
Taquicardia; extrassístoles; hipertireoidismo; estados 
hiperdinâmicos (febre, anemia, exercício e 
tireotoxicose); estenose mitral; fibrose do aparelho 
orovalvar; fusão das comissuras; tórax delgado. 
6) Causas de hipofonese da 1a bulha cardíaca. 
Miocardite; miocardiopatia; miocardioesclerose; IAM; 
insuficiência cardíaca; estenose mitral com intensa 
calcificação da valva; choque cardiogênico; obesidade; 
enfisema pulmonar; derrame pericárdico. 
7) O que ocorre com a 1a bulha cardíaca quando há 
fibrilação ventricular? 
A intensidade varia de uma sístole para outra, sendo 
ora hiperfonética, ora mediana e ora hipofonética. 
Isso ocorre devido ao variável enchimento dos 
ventrículos decorrente das diferenças na duração da 
diástole. É chamado de delirium cordis. 
8) Causas da alteração do timbre e da tonalidade. 
Quais são as características adquiridas? 
Estenose mitral. 
O ruído se torna mais intenso, adquirindo tonalidade 
aguda e timbre metálico. 
9) Defina o desdobramento da 1a bulha cardíaca. 
Ausculta-se “TLUM-TA”. 
10) Defina o desdobramento fisiológico da 1a bulha 
cardíaca. 
Ocorre especialmente em crianças e jovens, devido a 
um discreto assincronismo normal na contração dos 
ventrículos. 
11) Defina o desdobramento patológico da 1a bulha 
cardíaca. 
Trata-se de um desdobramento mais amplo, no qual 
sugere-se bloqueio de ramo direito. Este retarda a 
contração ventricular direita, atrasando o fechamento da 
valva tricúspide. 
12) Quais as causas de mascaramento da 1a bulha 
cardíaca? 
Sopro sistólico de regurgitação. 
SEGUNDA BULHA CARDÍACA 
13) O que é a 2a bulha cardíaca? 
Corresponde ao fechamento das valvas semilunares 
aórtica e pulmonar, sendo responsável pelo “TA”. 
 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
14) Quais são as características da 2a bulha cardíaca? 
Surge após um pequeno silencio, seu timbre é mais 
agudo e soa de maneira mais seca. É mais intensa nos 
focos da base (aórtico e pulmonar), sendo que em 
crianças a maior intensidade está no foco pulmonar e, 
em adultos e idosos está no foco aórtico. 
15) O que compreende as alterações da 2a bulha 
cardíaca? 
- Intensidade; 
- Timbre e Tonalidade; 
- Desdobramentos. 
16) Quais fatores influenciam a intensidade da 2a 
bulha cardíaca? 
- Posição das valvas no início do seu fechamento; 
- Condições anatômicas das valvas; 
- Níveis tensionais na circulação sistêmica e na 
circulação pulmonar; 
- Condições relacionadas com a transmissão das 
vibrações. 
17) Causas de hiperfonese da 2a bulha cardíaca? 
Persistência do canal arterial (PCA); comunicação 
interatrial (CIA); HAS; tórax delgado. 
18) Causas de hipofonese da 2a bulha cardíaca? 
Extrassístoles; estenose aórtica; estenose pulmonar; 
miocardiopatias; hipertensão pulmonar; obesidade; 
enfisema pulmonar. 
19) Causas da alteração do timbre e da tonalidade. 
Quais são as características adquiridas? 
Endurecimento das valvas semilunares. Adquire 
caráter mais seco. 
20) Defina o desdobramento da 2a bulha cardíaca. 
É auscultado no foco pulmonar, como “TUM-TA”. 
21) Defina o desdobramento fisiológico da 2a bulha 
cardíaca. 
Resulta do aumento de negatividade intratorácica 
durante a inspiração que se acompanha de maior 
enchimento do VD. 
 
22) Defina o bloqueio de ramo direito 
(desdobramento patológico da 2a bulha cardíaca) 
Ocorre na expiração e inspiração devido ao retardo da 
ativação do VD, sendo acentuado na inspiração devido 
ao maior enchimento do VD. 
23) Defina o bloqueio de ramo esquerdo 
(desdobramento patológico da 2a bulha cardíaca). 
Ocorre apenas na expiração devido ao retardo do 
componente aórtico. Na inspiração, o retardo do 
componente pulmonar faz com que a bulha se torne 
única (desdobramento paradoxal). 
24) Defina a comunicação interatrial – CIA 
(desdobramento patológico da 2a bulha cardíaca). 
O grau de desdobramento é o mesmo na expiração e 
na inspiração (desdobramento fixo), pois as alterações 
da pressão intratorácica durante a respiração não 
influem no enchimento do VD porque os átrios estão 
se intercomunicando. 
25) Defina a estenose aórtica (desdobramento 
patológico da 2a bulha cardíaca). 
Ocorre na expiração porque a contração ventricular 
está prolongada, retardando o componente aórtico. 
TERCEIRA BULHA CARDÍACA 
26) O que é a 3a bulha cardíaca? 
É um ruído protodiastólico, que tem origem mediante 
a vibrações da parede ventricular subitamente 
distendida pela corrente sanguínea, a qual penetra na 
cavidade durante a fase de enchimento ventricular 
rápido. Caracterizado pelo “TU”. 
27) Quais são as características da 3a bulha cardíaca? 
É de baixa frequência, sendo mais audível na área 
mitral, com o paciente em decúbito lateral esquerdo. 
28) Quando a 3a bulha cardíaca é fisiológica? 
Crianças e jovens. 
29) Quando a 3a bulha cardíaca é patológica? 
 Insuficiência mitral; miocardiopatia; miocardite; 
defeitos que apresentam shunt da esquerda pra 
direita (CIA, CIV e PCA). 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
30) Existe diferenças estetoacústicas entre a 3a bulha 
cardíaca fisiológica e patológica? 
Não. Sendo assim, o reconhecimento da condição 
patológica depende de outras alterações indicativas 
de lesão cardíaca (ex.: cardiomegalia, sopros e sinais 
de insuficiência cardíaca). 
QUARTA BULHA CARDÍACA 
31) O que é a 4a bulha cardíaca? 
Ruído que origina-se pela brusca desaceleração do 
fluxo sanguíneo mobilizado pela contração atrial de 
encontro à massa sanguínea existente no interior do 
ventrículo no final da diástole. 
32) Quais são as características da 4a bulha cardíaca? 
Trata-se de um ruído débil, que pode ser ouvido 
raramente em condições normais, que ocorre no fim 
da diástole ou pré-sístole. 
33) Quando a 4a bulha cardíaca é fisiológica? 
Crianças e jovens. 
34) Quando a 4a bulha cardíaca é patológica? 
Lesões estenóticas das valvas semilunares; 
hipertensão arterial; doença arterial coronariana; 
miocardiopatias hipertróficas. 
Obs.: É indicativa de lesão de órgão alvo.

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