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I- História da Epidemiologia

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HISTÓRIA DA EPIDEMIOLOGIA
“A BUSCA DAS RAÍZES DA EPIDEMIOLOGIA CONFUNDE-SE COM A HISTÓRIA DA MEDICINA E COM A PRÓPRIA EVOLUÇÃO DAS TEORIAS SOBRE AS CAUSAS DAS DOENÇAS.”
ATRAVÉS DA MENÇÃO A VULTOS ILUSTRES E A ACONTECIMENTOS DO PASSADO, SERÃO REALÇADOS ALGUNS MARCOS DA HISTÓRIA DA EPIDEMIOLOGIA, DA IDADE ANTIGA AOS DIAS ATUAIS.
A EVOLUÇÃO DA EPIDEMIOLOGIA ATÉ O SÉC. XIX
HIPÓCRATES
 Análise das doenças em bases racionais
 Doença como produto da relação complexa entre a constituição do indivíduo e o ambiente que o cerca
 Estudou as doenças epidêmicas e as variações geográficas das condições endêmicas
 Hipócrates, o pai da Medicina, é considerado também o pai da Epidemiologia, ou o primeiro Epidemiologista
PRESERVAÇÃO DOS ENSINAMENTOS HIPOCRÁTICOS
 Após Hipócrates, os gregos voltaram-se ao individualismo nas práticas em saúde
 Os ensinamentos hipocráticos foram mantidos basicamente por Galeno (138 – 201) na Roma Antiga e por árabes como Avicena (980 – 1037) na Idade Média e retomada por clínicos da Europa a partir da Renascença
 Durante muito tempo os ensinamentos hipocráticos foram relegados a segundo plano, dando lugar a explicações como a Teoria dos Miasmas
TEORIA DOS MIASMAS
A origem das doenças situava-se na má qualidade do ar, proveniente de emanações oriundas da decomposição de animais e plantas.
JOHN GRAUNT (1620 – 1674)
 Publicou em 1662 um tratado sobre as tabelas mortuárias de Londres, no qual analisou a mortalidade por sexo e região
 Considerado o pai da Demografia ou das Estatísticas Vitais
O SÉCULO XIX
 Europa como o centro das Ciências
 Revolução Industrial em 1750
 Deslocamento da população do campo para as cidades
 Epidemias de Cólera, Febre Amarela e Febre Tifóide, como grandes problemas urbanos
 Preocupações quanto à higiene, ao aprimoramento da legislação sanitária e à criação de uma estrutura administrativa para a aplicação das medidas preconizadas
CORRENTES DE PENSAMENTO:
PIERRE LOUIS (1787 – 1872)
 “Epidemiologia Clínica”
 Estudos clínico – patológicos sobre a Tuberculose e a Febre Tifóide
 Utilização do Método Estatístico na investigação clínica das doenças
LOUIS VILLERMÉ (1782 – 1863)
 “Epidemiologia Social”
 Etiologia social das doenças
 Condições econômicas e sociais e seus efeitos no estado de saúde da população
WILLIAM FARR (1807 – 1883)
 Influências de Louis e Villermé
 Escritório do Registro Geral da Inglaterra
 Produção de informações epidemiológicas sistemáticas usadas para subsidiar o planejamento das ações de prevenção e controle
JOHN SNOW (1813 – 1858)
 “Epidemiologia de Campo”
 Investigações sobre as epidemias de Cólera
 Verificou o consumo de água poluída como responsável pelos casos de cólera em Londres
LOUIS PASTEUR (1822 – 1895)
 Pai da bacteriologia
 Bases biológicas para o estudo das Doenças Infecciosas
 Identificação e isolamento de inúmeras bactérias
 Trabalhos pioneiros em Imunologia
 Princípio da Pasteurização em 1865
 Desenvolvimento da Vacina Antirábica
 Com Pasteur e outros microbiologistas, ficou a impressão de que as doenças poderiam ser explicadas por uma única causa, o agente etiológico, passando para a história como a Teoria do Germe.
A PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XX
Conjunto de pequenos avanços que contribuíram para a consolidação da Epidemiologia
INFLUÊNCIAS DA MICROBIOLOGIA
 A clínica e a patologia subordinaram-se ao laboratório
 Padrões laboratoriais para higiene e legislação sanitária
 Oswaldo Cruz (1872 – 1917): estudou no Instituto Pasteur, voltou ao Brasil e investigou os principais problemas nacionais de saúde, indicando medidas saneadoras preventivas.
DESDOBRAMENTOS DA TEORIA DOS GERMES
 Os caminhos da prevenção se consolidaram através da identificação de agentes etiológicos e dos meios de combater sua ação
 Saneamento ambiental, vetores e reservatórios
 Esquema sobre Agente, Hospedeiro e Meio Ambiente (Tríade Epidemiológica)
 A saúde passa a ser mais bem compreendida como uma resposta adaptativa do homem ao meio ambiente, e a doença como um desequilíbrio desta adaptação, resultante de complexa interação de múltiplos fatores.
BASE DE DADOS DA MODERNA EPIDEMIOLOGIA
 Coleta sistemática de dados
 Sistemas de informação
 Estatísticas vitais
 Dados sobre morbidade e fatores de risco
EPIDEMIOLOGIA NUTRICIONAL
 Estudos epidemiológicos mostrando que algumas doenças tidas como infecciosas tinham natureza nutricional
 Escorbuto – Beribéri – Pelagra 
A SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX
Após a Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945)
ÊNFASE DAS PESQUISAS
 Mudança do perfil das doenças prevalentes
 Condições crônico-degenerativas
 3 temas principais:
 Determinação das condições de saúde da população (inquéritos de morbi - mortalidade)
 Investigações Etiológicas (estudos de Coorte e Caso – Controle)
 Avaliação de Intervenções (eficácia e efetividade)
SITUAÇÃO ATUAL
 Papel das Doenças Crônico - degenerativas
 O complexo problema da multicausalidade
 Numerosas variáveis confundidoras
 Necessidade de imprimir grande complexidade ao arsenal analítico, de caráter estatístico
 Rigor metodológico, na tentativa de obter imparcialidade na verificação dos eventos
 Sofisticação do planejamento das investigações e da análise estatística em computadores
 Análise conjunta de fatores físicos, biológicos e psicossociais
TENDÊNCIAS DA ATUAL EPIDEMIOLOGIA
  EPIDEMIOLOGIA CLÍNICA
 Retorno da Epidemiologia ao ambiente estritamente clínico
 Maior rigor científico à prática médica
 Aplicação dos fundamentos epidemiológicos modernos ao diagnóstico clínico e ao cuidado direto com o paciente.
EPIDEMIOLOGIA SOCIAL
 Estudo da determinação social da doença
 Utilização de princípios de sociologia
 Produção de conhecimento sobre a interação do Processo Saúde – Doença com os fatores sociais
PILARES DA ATUAL EPIDEMIOLOGIA
CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
 Clínica – Patologia – Microbiologia – Imunologia – Parasitologia - ...
 Descrição e classificação das doenças
CIÊNCIAS SOCIAIS
 Dimensão ampla à Epidemiologia
 Significados sociais dos determinantes do Processo Saúde – Doença
 Interação do Social com o Biológico na produção da doença
ESTATÍSTICA
 Arte de coletar, resumir e analisar dados sujeitos a variações
 Ferramenta de trabalho nos estudos epidemiológicos
 Presente em todas as etapas de um estudo
 Advento da informática  programas estatísticos para microcomputadores
“As preocupações da Epidemiologia concentram-se principalmente na mensuração da freqüência e da distribuição dos agravos à saúde na população, e no estudo dos fatores determinantes desta freqüência e desta distribuição.”
Gilmor José Farenzena
Elaboração: Marcelo da Cunha Müller
PEREIRA, Maurício Gomes. Epidemiologia: Teoria e Prática. Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 1995.

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